Caro Luís Dantas.
Pelo que eu tenho compreendido, o “Budismo” acima de tudo propõe uma ética, que exige como indispensável, o livre pensamento individual. Entretanto pode ser mais ou menos moralista, dependendo da cultura social em que se vive.
Por essa razão o Budismo é uma religião, porque assenta na aceitação de princípios universalmente válidos, embora isentos de qualquer tipo de mística “divinal” convencional.
Todavia, quando se fala de reencarnação ou de renascimento, entra-se em paradoxos conceptuais: Você pretende, que não há qualquer tipo de semelhança com o “Espiritismo”, não é? Concerteza que é lógico o que você diz… Na medida em que as palavras muitas vezes são de sentido ambíguo e paradoxal.
Então o que é que renasce? Provavelmente um certo tipo de Ar, Água e Luz, que são constantes mais ou menos fundamentais da nutrição celular… Porque para nascermos temos de começar a respirar. E a morte, é o fim dum certo ciclo respiratório e alimentar.
Desse modo, numa dada sociedade, gera-se um certo ambiente respiratório e alimentar, comum a um conjunto de pessoas que praticam uma certa disciplina, ou filosofia de vida, com vista a uma certa unanimidade “espiritual”, que em última instância constitue um “Thulku” colectivo. E eu digo isto, porque existe quase sempre uma liderança, numa colectividade. Neste caso é a ideia de existir um “Buda”.
Ora de facto - concretamente – um Lama, ou um Buda, só existem enquanto respiram, não é assim? Uma vez que a atmosfera, é mais ou menos permanente, e o corpo humano depende dela para sobreviver.
Portanto, poder-se-á conjecturar, que em antepenúltima instância, que o que de facto renasce é um certo tipo de Ar…!?!... Não será?
----------------------------------------------------------------------------
especulando – paralogismo comparado artur.