http://www.talkorigins.org/faqs/faq-speciation.html
Com a ênfase de que o mais importante para essa questão de fundamentalismo vs. ciência não é a observação direta, mas a indireta.
e você considera a observação indireta como prova ? voce acaba admitindo que não há provas.
Há fosseis. Isto é um fato. A teoriá da evolução porém, não oferece certeza absoluta que há elos de evolução entre as espécies fossilizadas, extintas. Em ciência "fato" só pode significar "confirmado a um grau tal que não seria razoável retirar concordância"
Os fósseis são bastante interessantes e esclarecem muitos pormenores, mas o grosso ou o necessário para não deixar dúvida razoável é possível de se constatar mesmo sem fósseis.
Os próprios seres vivos, organizados taxonômicamente de acordo com suas similaridades biológicas, já criam, "automaticamente", uma árvore genealógica de toda a vida.
Sem os fósseis, certos aspectos seriam bastante obscuros, mas mesmo os pontos "mais importantes" são bastante claros mesmo sem eles, como o da evolução humana a partir de um ancestral comum com os chimpanzés, por exemplo.
Basta que se aceite existirem modificações hereditárias nas linhagens, como as que se observa em qualquer linhagem, como se observa com transformações mais drásticas em raças criadas por seleção artificial, e já se tem algo além da dúvida razoável, uma vez que nem se tem qualquer alternativa minimamente plausível para a origem de espécies, que não a modificação na descendência de outras espécies.
Nunca se observou espécies surgindo da lama, ou se materializando em nuvens de fumaça, por exemplo.
Toda a comunidade científica aceita a macroevolução, sendo questionada apenas, e não-cientificamente, por religiosos fundamentalistas de diversos credos, e esotéricos, eventualmente crentes que as espécies foram trazidas por extraterrestres ou algo assim.
apenas as chamadas microevoluções podem ser demonstradas dentro da metodologia científica
Não.
A macroevolução é demonstrada cientificamente e aceita pela comunidade científica há mais de um século.
A demonstração se dá através da averiguação das expectativas da hipótese de que os seres são todos aparentados em diversos graus, de acordo com uma imensa árvore genealógica.
O parentesco biológico não é um "oba oba", não pode qualquer coisa ser parente de qualquer outra coisa no mesmo grau, por mais diferente que seja. Se prevê que os parentes dos gatos serão parecidos com gatos, por exemplo, e não com papagaios. E se encontra, espécies parecidas com outras espécies, e de forma que pode se ir traçando uma genealogia de todos os seres vivos.
Para refutar a evolução, tudo que se precisaria fazer seria demonstrar que as espécies não formam realmente uma árvore genealógica, que qualquer ser poderia ser apontado como parente tão próximo de qualquer outro, ou sem diferenças significativas. Mas a realidade está muito longe disso, por isso a evolução é cientificamente aceita.
Inclusive por uma pequena parte dos criacionistas chamados de defensores do "projeto inteligente", que aceitam toda a evolução, e os criacionistas da Terra jovem que entendem que não caberiam todas as espécies vivas na arca de Noé (pois são bem mais de doze), só que esses rejeitam o parentesco arbitrariamente, porque é incompatível com a criação literal a partir do comando de Jeová à terra.
Alguns inclusive admitem a evidência a favor da evolução, e defendem o literalismo apenas a partir de um ceticismo pirrônico possível a partir da aceitação da hipótese de onipotência de Jeová. Por exemplo, Adão e Eva, foram criados sem parentesco, porém com todas as características de parentesco biológico. O mesmo vale para cada casal de cada espécie criada, e logo esse "falso parentesco" poderia valer para grupos maiores de seres. Meio como se em vez de ter criado só Adão e Eva, tivesse criado Adão, Eva, e os sogros de cada um, de uma vez só.
Então não consideram necessário "refutar" a evidência do parentesco biológico que não aceitam, apenas estimar o quanto de macroevolução seria necessária para caberem todos os "tipos" de seres na arca de Noé, e as demais espécies [macro]evoluírem.
mas as microevoluções são apenas uma pequena parcela da evolução como é geralmente compreendida e difundida, sendo, portanto, impossível de se provar cientificamente a evolução, pois não há evidências ou provas científicas de que ela ocorre como afirma a teoria, e se ela realmente ocorreu em outras épocas, como é sugerido (macroevolução), pode-se apenas concluir que ela existiu através da interpretação de algum indício, e nisto há grande fragilidade para se provar a evolução, pois a teoria propõe a existência de mecanismos naturais que devem ter atuado, mas que não se prova em laboratório sua existência e nem mesmo através da observação do registro fóssil.
Como eu disse, a evolução, a macroevolução, é sim satisfatoriamente comprovada.
Mesmo a maior parte dos criacionistas aceita macroevolução, como que gatos, pumas, jaguatiricas, e leões são parentes de verdade.
O nível de pirronismo necessário para esse questionamento da evolução não vale apenas para o parentesco entre espécies ou grupos maiores de seres. Pode se usar para raças humanas (como criacionistas costumavam fazer) ou até mesmo para famílias, ou para todos indivíduos.
Poderia ser que um deus criou todo o universo só há três minutos, mas com todas evidências de uma história falsa, de parentesco falso entre as espécies, e entre as pessoas, entre cada familiar que não esteja nascendo nesse instante. Além das memórias nas cabeças de cada pessoa também.
Não há motivos para se considerar melhor a hipótese de criação "do nada" com "passado falso" e "parentescos falsos" há 6000 anos, do a hipótese de criação do nada há 6 minutos.