Autor Tópico: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação  (Lida 27887 vezes)

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Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #300 Online: 15 de Outubro de 2009, 23:32:43 »
Ótimo. Agora o MST é o novo Green Peace.
Não, mas sua colocação de certa forma é bem focada, coisa de quem entendeu mas parece não admitir.

Coisa de quem entendeu sua posição completamente baseada em achismo e sem nenhuma fonte para se amparar.

Lembrando-se que na época da depredação da Aracruz o grito constante das senhoras campesinas era "Ninguém come eucalipto nem papel", o que realmente joga por terra sua posição de "MST ambientalista".

eu concordo 100%

Caraca Juca, você caiu nessa???

Mais uma vez, o Juca se recusa a admitir o óbvio... esses caras querem só fazer barulho, ganhar dinheiro do governo... e instalar o modelo cubano no Brasil. E para isso soltam um discursinho para ser comprado pelos mais desavisados.

Velho. Uma coisa é certa, eu não compro notícia de jornalão. Leio, mas com o filtro bem apurado. Você acha que eu cai nessa e eu acho que você caiu naquela, e assim vamos.O MST não é feito de santos e não gosto de fazer o papel de defensor de movimentos que geram tanta controversia. Mas o óbvio pra mim é que a razão do ódio que ele gera, é o ultimo argumento por você utilizado. Ser marxista, socialista, comunista e as vezes negro, índio, espírita, ateu etc... ainda é por parte de alguns ( e não estou dizendo isso de você) motivo para destilar todo seu ódio e frustração perante aquilo que lhe foi passado por uma sociedade profundamente marcada pela desigualdade social, educacional e também moral. O que sinceramente eu vejo nessas críticas ferrenhas e cheias de preconceito, tais como o arcanjo destila e muitos outros que eu conheço, é uma total incompatibilidade com o bom senso que é preciso para nortear nossa vida no dia a dia. Se você acha que são bandidos e eu não, expomos nossas diferenças, e não apelamos para as falácias, nem preconceitos absurdos. Se acima de tudo não entendem como eu ( e não estou dizendo que sou dono da razão) a questão da reforma agrária, do êxodo rural, das questões mal resolvidas do campo, eu respeito e não desqualifico a questão contrária.
Não estou do lado deles como pode julgar, mas tento entender o lado deles. Assim como não estou do lado dos conservadores. Não caí nessa como disse, expus os fatos. O que acontece é que não há qualquer fato do ponto de vista da razão ideológica, que  possa mostrar os pontos positivos desse movimento pela terra, a quem tem uma forte tendência para intolerância. Há apenas pontos negativos, e eles serão sempre o mal encarnado, não adianta. Qualquer coisa que colocar, mesmo que seja evidente, será rechaçada ou ignorada com a costumeira desqualificação do contra argumento. E é o que eu espero desse meu post também.
É evidente que no caso da Aracruz e Vale, o que o MST quis foi chamar a atenção para si. Também o é, quando o MST sempre focaliza grandes muitinacionais, que são o esteio do capitalismo, e também o quanto essas empresas gostariam de ver o MST fora de cena. Não entenderam os casos do eucalipto, pra mim tudo bem, não vou ficar explicando como se fossem crianças, por que não são, mas o que tento, é claro que em vão, é mostrar que há legitimidade na luta pela reforma agrária, e que os unicos que realmente perdem com ela são os supergrileiros que ocuparam terras do estado e que os únicos que lutam por ela são o MST, MSLT e mais alguns gatos pingados, todos de esquerda.
Também ficar dizendo que eles querem implantar o comunismo da ilha aqui é um argumento fraco, me desculpe. Ao ficar dizendo isso, me parece que  se eles conseguirem levar adiante qualquer pauta de suas ações, isso significaria o desastre no nosso modo de vida, fazendo do Brasil, a maior nação comunista da Terra. Ora, você não acha que está superestimando a capacidade de que uma organização minoritária tenha de aplicar tal modelo? Descriminalizar o modo de pensar de um grupo, não serve como uma forma ética de combatê-los, mesmo que estejam ultrapassados em suas idéias.

O governo Lula tem culpa no cartório. Se omitiu perante os dois lados. E a batata pode assar pro próximo presidente. Na verdade quero que o MST se exploda, junto com os ruralistas do DEM. Eles sabiam que uma ação dessas, como as dos laranjais iria contribuir com a radicalização da retórica populista anti-MST, e assim mesmo o fizeram sob os holofotes. É difícil defender um organização que para sobreviver é sinônimo de radicalização. Isso vira um circulo vicioso. Eles querem radicalizar para sobreviver, e do outro lado os consrvadores para destrui-los. Mas a luta pela terra é legítima, isso é o que eu reconheço e defendo, e somente o bom senso será capaz de concretizá-la um dia.


Juca, não é questão de Jornalão ou não. Na verdade, estas notícias saem em FSP, OESP, O Globo, etc.. O que você pode dizer é que caros amigos, etc.. saem outro tipo de notícia.

E a questão não é preconceito. A questão é algo que é bem teimoso: Fatos.

É claro, são fatos, e preciso me desculpar com você, de modo algum te acho preconceituoso, isso não era pra você.

Offline O Grande Capanga

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #301 Online: 16 de Outubro de 2009, 00:15:00 »
A explosão da barbárie

Além de invadir, depredar e saquear fazendas, agora o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também faz ameaça de morte, pratica extorsão e espalha o terror entre os próprios camponeses


ATAQUES COM DIGITAIS OFICIAIS
O presidente do Incra, Rolf Hackbart, criticou a destruição na fazenda do grupo Cutrale promovida por militantes do MST. Que ninguém se engane: o Incra funciona como um braço auxiliar dos criminosos, que recebem dinheiro, informações e apoio logístico para executar as operações


O lavrador Francisco do Carmo Neto, morador do assentamento Barreirinho, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, a cerca de 150 quilômetros de Brasília, dorme com um olho aberto e uma espingarda ao alcance da mão. A arma está sempre carregada. Francisco não tem medo de jagunços a soldo de fazendeiros ou dos ladrões de galinha que pululam na região. Francisco tem medo dos homens do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os líderes da organização ameaçam matá-lo há anos – tudo em razão de sua recusa em alistar-se como soldado do movimento. Ali, como em diversos assentamentos espalhados Brasil afora, o MST é o patrão; os camponeses, seu proletariado. Tal qual uma boa empresa capitalista, a organização sabe captar e multiplicar o seu dinheiro. Quer plantar? O MST consegue o financiamento, desde que mediante o pagamento de uma pequena taxa de administração. Cobra um pedágio de 2% dos trabalhadores que pegam empréstimo com o governo. Quem discordar dos métodos tem a liberdade de partir. Se não quiser partir, jagunços do movimento se encarregam de convencê-lo – a bala, queimando e saqueando as casas, ameaçando de morte. O Incra, órgão governamental que deveria gerir os assentamentos, sabe de tudo isso, mas nada faz e, segundo os lavradores, sempre que pode, ainda dá apoio logístico aos criminosos do MST.

É essa perigosa simbiose entre a violência do movimento e a leniência do governo que proporciona espetáculos grotescos como o de dez dias atrás, quando integrantes do MST invadiram a fazenda Santo Henrique, em São Paulo, de propriedade da Cutrale, a maior produtora de sucos de laranja do país. Alegando que a propriedade estava em litígio, 250 sem-terra ocuparam o local. No começo, o Incra confirmou que a posse da fazenda estava em discussão na Justiça, o que impediu os advogados da Cutrale de conseguir rapidamente a reintegração de posse. Pura malandragem. A propriedade da fazenda já fora discutida na Justiça, e o Incra perdera o processo em segunda instância – e, evidentemente, sabia disso. Quando os juízes descobriram o estratagema do MST e de seus comparsas no Incra, era tarde demais. Os sem-terra haviam devastado a fazenda. Os vândalos destruíram 10 000 pés de laranja, roubaram 45 toneladas de produtos agrícolas e sumiram com 12 000 litros de diesel. Para completar o serviço, quebraram 28 tratores. A empresa calculou os prejuízos em 3 milhões de reais. A ação foi tão repugnante que até a cúpula do governo Lula, incluindo o Incra, veio a público condená-la. "A minha reação é de indignação. Não tem razão para isso", disse Rolf Hackbart, o presidente do Incra. No Congresso, reavivaram-se os debates para a criação de uma CPI destinada a investigar o MST.


SEM-TERRA X SEM-TERRA
Em depoimentos ao MP, sem-terra, armados para se defender, acusam o MST de implantar um clima de terror no assentamento: tiros, ameaças e destruição de casas de quem se recusa a participar de novas invasões




As ilegalidades cometidas pelo movimento dos sem-terra, entremeadas por tantas outras manifestações recentes de brutalidade autoritária, trazem à luz o verdadeiro espírito do MST: uma organização criminosa, espalhada pelos quatro cantos do país, mantida por dinheiro dos contribuintes e cujo poder provém do livre exercício da violência. VEJA esteve no assentamento Barreirinho, onde moram 140 famílias que, assim como o lavrador Francisco, convivem com a natureza belicosa do movimento. Essas famílias estão há anos sob o signo do terror, levando uma vida pior do que as outras, aquelas que aceitam se submeter às ordens despóticas da organização. Muitos já foram embora, com medo da morte. Os lavradores que resistem sofrem toda sorte de retaliação. Desde que foram assentados pelo Incra, há uma década, os sem-terra criaram uma cooperativa própria e decidiram se afastar da cartilha maoísta do MST. Isso, na prática, significava dizer que não participariam mais de invasões e não aceitariam mais as duras regras impostas pelas lideranças do movimento.

A situação no assentamento deteriorou-se seriamente há dois anos, quando, diante do crescente número de famílias que se negavam a participar das ações do movimento, o MST resolveu radicalizar – com a competência de sempre. Sobrevieram ameaças de morte e atos de vandalismo. Alguns, como Francisco dos Santos Rodrigues, acordaram um dia com armas apontadas para a cabeça e ordens de abandonar a própria casa. Para mostrar que não estavam para brincadeira, os pistoleiros do MST descarregaram seus revólveres aos pés do camponês. "Se você abrir a boca sobre o que aconteceu aqui, nós vamos te matar", prometeram os bandidos. Diz o lavrador: "Fui expulso de casa sem carregar nada junto, só a roupa do corpo. Eles não tiveram dó". Teimoso, Francisco decidiu voltar. Está marcado para morrer.


EXTORSÃO
Os assentados da fazenda Barreirinho, como Antônio Lisboa, são obrigados a destinar ao MST 2% do dinheiro que recebem do governo para plantar




As famílias acabaram procurando o Ministério Público de Minas Gerais. Em fevereiro de 2007, formalizaram a denúncia, narrando os abusos em detalhes. Os promotores ainda investigam o caso. Ato contínuo, elas também buscaram ajuda no Incra em Brasília. Bateram na porta errada. Desde o começo do governo Lula, em razão da admiração histórica entre o PT e o MST, o órgão é dominado por integrantes ou simpatizantes do movimento. Segundo o líder dessas famílias, o assentado Antônio Teixeira, o Incra nada fez – e, para piorar, seus agentes passaram a hostilizar abertamente os lavradores. As famílias dizem que o governo travou os processos de regularização dos lotes e tentou realocá-las em outros assentamentos. Diz Teixeira: "Eles querem que as terras voltem para o controle do MST". E já voltaram. Lá, não há conversa. As famílias que quiserem obter dinheiro público para tornar a terra produtiva precisam obedecer ao MST. No papel, conceder empréstimos para os assentados cabe ao Incra. Na terra, vale a lei do movimento.


MAUS RESULTADOS
Cerca de 520 000 famílias foram assentadas no governo Lula: venda de lotes e dificuldades para conseguir produzir


Quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou uma linha de crédito para que os assentados pudessem plantar mandioca, os dirigentes sem-terra aprenderam rapidamente os lucrativos mecanismos da economia de mercado. Ofereceram-se para ajudar as famílias – desde que um porcentual dos empréstimos ficasse com o movimento. Nesse quesito, o MST inovou: criou o pedágio com débito em conta! O politburo local dos sem-terra alugou um ônibus, levou as famílias até o banco e, sabe-se lá como, cuidou das formalidades junto ao governo. Na hora de fechar os empréstimos, os sem-terra obrigaram os camponeses a assinar a autorização para débito em conta. Era pegar ou largar. Quase todos pegaram. Os lavradores, que não têm nada a ver com o movimento, passaram a pagar pedágio como se fosse conta de telefone. Um dos clientes do MST foi o camponês Antônio Lisboa. Ele contraiu um empréstimo de 1 000 reais. Deixou 20 na conta do movimento. Procurado, o Incra não quis se pronunciar sobre as acusações. "Não sei nada a respeito de violência, e, com relação a essa taxa, não é coisa oficial do movimento", disse Gaspar Martins Araújo, líder local do MST, sem mostrar nenhuma surpresa quando informado de que a conta do pedágio é administrada por um colega do MST.



Essa relação siamesa entre o Incra e o MST está na raiz do fracasso do projeto de reforma agrária do governo Lula. Nos últimos anos, o Incra distribuiu mais terras do que em toda a história do país. Foram 43 milhões de hectares, nos quais cerca de 520.000 famílias de sem-terra foram assentadas. Há água, energia e um teto para a maioria desses camponeses. Eles têm moradia, o que certamente constitui um avanço – mas isso basta? "A reforma agrária não é apenas a redistribuição de terras improdutivas, mas um meio de fazer com que os lavradores consigam produzir nos assentamentos", explica o professor Gilberto de Oliveira Júnior, da Universidade de Brasília. Hoje, mesmo após o governo ter gasto 1,3 bilhão de reais, os assentados produzem pouco, como confirma uma pesquisa feita pelo Ibope nos assentamentos (veja quadro ao lado). Produzindo pouco, não têm renda. Sem renda, não conseguem sair da pobreza. A lógica que governa a política do Incra e do MST é simples – e cruel. Ela aponta um descompasso entre a dinheirama investida pelo governo e a situação de penúria na qual vivem os assentados. Aponta também uma solução: em vez de usar o dinheiro da reforma agrária para financiar as atividades criminosas do MST, o governo deveria investi-lo na produção agrária dos assentamentos. Essa lógica, a de quem realmente precisa dos investimentos para sair da pobreza e desenvolver a economia do país, é impecável.

http://veja.abril.com.br/141009/explosao-barbarie-p-64.shtml

Offline Fernando Silva

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #302 Online: 16 de Outubro de 2009, 07:11:46 »
Citar
Hoje, mesmo após o governo ter gasto 1,3 bilhão de reais, os assentados produzem pouco, como confirma uma pesquisa feita pelo Ibope nos assentamentos (veja quadro ao lado).
Se produzem pouco, são improdutivos. Se são improdutivos, suas terras lhes devem ser tomadas.

Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #303 Online: 16 de Outubro de 2009, 09:21:19 »
Veja...!!!!!!!!!????? É brincadeira, né....?  :clapping: Parabéns, agora todos estão muito bem informados.

Offline Mr. Mustard

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #304 Online: 16 de Outubro de 2009, 09:47:56 »
Veja...!!!!!!!!!????? É brincadeira, né....?  :clapping: Parabéns, agora todos estão muito bem informados.

Se um meio de comunicação é bom, ruim, tendencioso ou não é um ponto de vista. Mas certamente, eu, dono de uma editora, não gostaria de ter meu trabalho taxado de ruim. Até porque todos ali são profissionais e levam a sério o que fazem.

Se você acha que a Veja não condiz com a verdade, cabe a você provar o contrário... Ou não.

Offline Nina

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #305 Online: 16 de Outubro de 2009, 10:39:16 »
A Istoé também está falando do uso da mídia pelo Lula esta semana...

Fonte de confiança é o vermelho.org....
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Fernando Silva

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #306 Online: 16 de Outubro de 2009, 12:42:47 »
Veja...!!!!!!!!!????? É brincadeira, né....?  :clapping: Parabéns, agora todos estão muito bem informados.
Fonte de confiança é aquela que diz o que você quer ouvir?

Até hoje fico com ódio quando lembro de uma foto dos capiaus do MST na sala de controle de uma hidroelétrica invadida, com suas caras de imbecis, segurando foices e enxadas.

A foto foi forjada?

E a foto do congresso invadido e depredado?
« Última modificação: 16 de Outubro de 2009, 12:44:49 por Fernando Silva »

Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #307 Online: 16 de Outubro de 2009, 14:05:16 »
Veja...!!!!!!!!!????? É brincadeira, né....?  :clapping: Parabéns, agora todos estão muito bem informados.

Se um meio de comunicação é bom, ruim, tendencioso ou não é um ponto de vista. Mas certamente, eu, dono de uma editora, não gostaria de ter meu trabalho taxado de ruim. Até porque todos ali são profissionais e levam a sério o que fazem.

Se você acha que a Veja não condiz com a verdade, cabe a você provar o contrário... Ou não.

No caso que tal ver também o outro lado:

Gustavo Souto de Noronha
Sou economista do INCRA e Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento na Superintendência do Rio de Janeiro e sinto-me na obrigação de comentar alguns pontos da pesquisa IBOPE.

1- Pesquisa com amostra insignificante dado o tamanho do universo, relevância estatística quase nenhuma para qualquer tipo de afirmação em nível nacional até porque o sucesso ou fracasso de um assentamento depende de diversos fatores que vão desde as condições de clima, solo e relevo onde está inserido até as políticas públicas, particularmente a assistência técnica e crédito, oferecidas aos assentados.

2- Pelo que vi a pesquisa foi feita em cima de assentamentos consolidados. Se no caso dos assentamentos nos quais o INCRA atua temos as realidades mais díspares possíveis, nos consolidados então nem se fala, pela realidade do Rio de Janeiro temos casos de fracassos (quase sempre por omissão do poder público) e sucessos (normalmente por mérito exclusivo dos trabalhadores), de forma que qualquer pesquisa apenas por amostragem fica extremamente prejudicada.

3- Ainda olhando apenas os assentamos consolidados. tivemos no final do governo FHC, sob a batuta do então ministro Jungman uma série de consolidções feitas a toque de caixa sem atender as exigências legais tais como acesso a todos os lotes, infra-estrutura mínima e titulação de pelo menos 50% das parcelas. Temos casos de assentamentos consolidados (que estamos anulando os atos) sem um lote sequer titulado. Não sei se isso se deu por incompetência pura e simples, falta de compromisso público ou ação deliberada para desqualificar a reforma agrária.

4- Por fim, o uso dos dados de uma pesquisa com amostra restrita quando, com a devida paciência e tempo, poderia se fazer uma análise mais completa a partir dos dados recém-liberados do censo agropecuário. O problema que isso demanda tempo, para o olhar os dados desagregados, e os resultados como já mostraram aqueles sobre a concentração fundiária e produção agrícola podem não ser aqueles esperados por estes setores.

5- Importante também destacar que os dados que temos no INCRA indicam que apenas 10% das parcelas são vendidas e quem o faz está comentendo o crime previsto no artigo 171 do código penal e quando tomamos ciência imediatamente retomamos a parcela (a forma como se dá esse procedimento está disponível na própria página do INCRA, http://www.incra.gov.br, e é a Instrução Normativa n.º 47).

6- De toda sorte, como a farta literatura acadêmica demonstra Reforma Agrária não se restringe a distribuição de terras. É indispensável, fora os investimentos e infra-estrutura, que seja garantida assistência técnica contínua e crédito às famílias assentadas.




Offline Mr. Mustard

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #308 Online: 16 de Outubro de 2009, 14:17:10 »
Veja...!!!!!!!!!????? É brincadeira, né....?  :clapping: Parabéns, agora todos estão muito bem informados.

Se um meio de comunicação é bom, ruim, tendencioso ou não é um ponto de vista. Mas certamente, eu, dono de uma editora, não gostaria de ter meu trabalho taxado de ruim. Até porque todos ali são profissionais e levam a sério o que fazem.

Se você acha que a Veja não condiz com a verdade, cabe a você provar o contrário... Ou não.

No caso que tal ver também o outro lado:

Eu não gostaria de ver o outro lado porque não estou defendendo ninguém aqui. Minha sugestão é simples: Se você acha que revistas como a Veja não condizem com a verdade, prove. Apenas isto.

Eu estou do lado da Lei e os fatos atrelados ao MST comprovam um desrespeito total a ela. Não vivemos no país das maravilhas, temos coisas boas e ruins.

Se o assentamento de famílias não é do seu gosto, vote melhor. Violar a Lei não tem justificativa nem "Lados"...

Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #309 Online: 16 de Outubro de 2009, 14:20:29 »
Continuando, esta notícia que saiu hoje também diz muito, por favor atenha-se ao ponto de crítica que a ONG faz ao Brasil no texto:

Brasil é líder no combate à fome entre emergentes, diz ONG

Action Aid elogia esforços do governo do Brasil e critica Índia e EUA.

O Brasil é líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento, de acordo com um ranking elaborado pela ONG antipobreza Action Aid e publicado nesta sexta-feira para marcar o Dia Mundial da Alimentação.

Segundo o documento, o país demonstra "o que pode ser atingido quando o Estado tem recursos e boa vontade para combater a fome".

A lista foi elaborada a partir de pesquisas sobre as políticas sociais contra a fome em governos de 50 países. A partir da análise, a ONG preparou dois rankings - um com os países em desenvolvimento, onde o Brasil aparece em 1º lugar, e o outro com os países desenvolvidos, liderado por Luxemburgo.

Em último lugar na lista dos desenvolvidos está a Nova Zelândia, abaixo dos Estados Unidos. Entre os países em desenvolvimento, a República Democrática do Congo e Burundi aparecem nas últimas colocações.

Segundo a diretora de políticas da Action Aid, Anne Jellema, "é o papel do Estado e não o nível de riqueza que determina o progresso em relação à fome".

Brasil

O documento elogia os esforços do governo brasileiro em adotar programas sociais para lidar com o problema da fome no país e destaca os programas Bolsa Família e Fome Zero.

"O Fome Zero lançou um pacote impressionante de políticas para lidar com a fome - incluindo transferências de dinheiro, bancos de alimentação e cozinhas comunitárias. O projeto atingiu mais de 44 milhões de brasileiros famintos", diz o texto.

Segundo o relatório, o programa ainda ajudou a reduzir a subnutrição infantil em 73%.

A ONG afirma ainda que o Brasil é "exemplar" no exercício do direito ao alimento e cita a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan 2006) e o Ministério do Combate à Fome como medidas de que exemplificam que o direito à alimentação está sendo cada vez mais reconhecido como direito fundamental.

Apesar do aspecto positivo, a ONG afirma que o Brasil "ainda tem áreas em que pode melhorar" e cita o desafio de incluir os trabalhadores sem terra e pequenos agricultores nos programas sociais de alimentação.

"É imperativo que famílias em pequenas fazendas também estejam protegidas da expansão dos enormes programas industriais de biocombustíveis do Brasil", afirma o relatório.


Índia

Em segundo lugar no ranking dos países em desenvolvimento aparece a China, seguida por Gana (3º) e Vietnã (4º).

A Action Aid destaca a redução no número de famintos na China - 58 milhões em dez anos - e elogia os esforços do governo em apoiar os pequenos agricultores.

Em contrapartida, o documento critica a Índia onde, segundo o relatório, 30 milhões de pessoas teriam entrado para a taxa dos famintos desde a metade dos anos 90.

Além disso, a ONG destaca que 46% das crianças estão abaixo do peso e subnutridas no país.

"A fome existe não porque não há alimento suficiente na Índia, mas porque as pessoas não conseguem chegar até ele. O governo indiano enfrenta um enorme desafio para proteger os direitos dos pobres", diz o texto.

Ricos

Não só os esforços e as políticas dos governos de países em desenvolvimento e mais pobres são criticados no documento divulgado nesta sexta-feira.

No ranking dos países desenvolvidos, atrás de Luxemburgo está a Finlândia (2º) e a Irlanda (3º), com a Nova Zelândia(22º) e os Estados Unidos (21º) nas últimas colocações.

A ONG acusa o governo neozelandês de ordenar cortes acentuados no incentivo oficial à agricultura e classifica o incentivo do governo americano à agricultura como "mesquinho".

"A contribuição (desses países) para expandir programas de segurança social permanece insignificante", diz o documento, agregando Grécia, Portugal e Itália. BBC Brasil


Offline Mr. Mustard

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #310 Online: 16 de Outubro de 2009, 14:24:09 »
E... ?

Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #311 Online: 16 de Outubro de 2009, 15:02:09 »
E para quem não sabe ,75% da produção agrícola no Brasil é feita por pequenos agricultores (agricultura familiar) e esses detém 25% das terras agricultáveis no Brasil. Para expandir a produção agrícola e garantir a segurança alimentar é preciso redistribuir mais as terras para as mãos de pequenos proprietários. Agora eu pergunto aos leitores de Veja, aliás eu também leio a Veja, existe outro modo de garantir  disponibilidade cada vez maior de alimentos?
A o ler o artigo de Veja, a unica coisa que consigo enxergar é sua tentativa de jogar a reforma agrária para escanteio, e não outra. Apontar as mazelas com costumeira forma distorcida e parcial da revista, tendo por base uma pequisa de amostragem contenstada e me parece que também não tão representativa, pois quem se deu ao luxo de ver a pesquisa no site do Ibope, pode comprovar que naõ foi feito pesquisa no Sudeste, onde estão a maior parte dos assentamentos, e onde o nível de vida é bem superior ao resto do país. Fizesse a crítica certa, a fim de mostrar os erros, e assim ajudar na reforma agrária... Mas o objetivo explícito e não declarado é barrar a reforma agrária, por que ela é para eles e para que acredita neles uma forma de comunismo/socialismo, nada mais. Mas ao contrário, eu penso que a reforma agrária, é uma forma de garantir que que no futuro, se tenha mais gente produzindo e garantindo que os ganhos em poder aquisitivo conquistados nos ultimos 10 anos, não vire pó, como já estava començando a acontecer com a inflação de alimentos, em 2007 e 2008 e freada pela crise financeira.

Offline Diegojaf

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #312 Online: 16 de Outubro de 2009, 15:06:34 »
E para quem não sabe ,75% da produção agrícola no Brasil é feita por pequenos agricultores (agricultura familiar) e esses detém 25% das terras agricultáveis no Brasil.

Citar
"É decisiva para a formação do conceito de agricultura familiar a divulgação do estudo
realizado no âmbito de um convênio de cooperação técnica entre a Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA). O estudo define agricultura familiar “[...] a partir de três características centrais:
a) a gestão da unidade produtiva e os investimentos nela realizados são feitos por indivíduos que
mantém entre si laços de sangue ou casamento; b) a maior parte do trabalho é igualmente
fornecida pelos membros da família; c) a propriedade dos meios de produção (embora nem
sempre da terra) pertence à família e é em seu interior que se realiza sua transmissão em caso de
falecimento ou aposentadoria dos responsáveis pela unidade produtiva” (INCRA/FAO, 1996: 4)."

Ao lado das classificações acadêmicas, surge a delimitação formal do conceito de
agricultor familiar, prevista na Lei 11.326, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
presidente da República em 24 de julho de 2006. Esta lei considera “[...] agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo,
simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
(quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar
predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou
empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família” (Brasil,
2006). Tendo em conta o atendimento de tais requisitos, inclui ainda “[...] silvicultores que cultivem
florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; [...]
15 aqüicultores que explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2 ha (dois hectares)
ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em
tanques-rede; [...] extrativistas pescadores que exerçam essa atividade artesanalmente no meio
rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores” (Brasil, 2006).

http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/biblioteca/agricultura-familiar/CONCEITO%20DE%20AGRICULTURA%20FAM.pdf

Citar
"O módulo fiscal de cada município, expresso em hectares, será fixado pelo INCRA, através de Instrução Especial, levando-se em conta os seguintes fatores: a – o tipo de exploração predominante no município; I – hortifrutigranjeira; II – cultura permanente; III – cultura temporária; IV – pecuária; V – florestal; b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; d) o conceito de "propriedade familiar", constante do art. 4º, item II, da lei 4504, de 30 de novembro de 1964. § 1º. Na determinação do módulo fiscal da cada município. O INCRA aplicará metodologia, aprovada pelo Ministro da Agricultura, que considere os fatores estabelecidos neste artigo, utilizando-se dos dados constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural. § 2º. O módulo fiscal fixado na forma deste artigo, será revisto sempre que ocorrerem mudanças na estrutura produtiva, utilizando-se os dados atualizados do Sistema Nacional de Cadastro Rural".

A distinção é relevante em face da diferença de extensão de um para outro. Para citar apenas um exemplo, no município de Hidrolândia, na região da Grande Goiânia, um módulo rural mede 3 hectares, enquanto que o módulo fiscal mede 12 hectares. A implicação é enorme, porque, a se adotar o número de módulos rurais, imóvel pequeno naquele município seria o que tivesse até 12 hectares, enquanto que pelo conceito adotado pela lei 8629/93 que se refere ao módulo fiscal, passa para 48 hectares! Seria de se perguntar quantas pessoas, neste país, em região valorizada e próxima de grande centro, teriam um imóvel rural com área de 48 hectares. Certamente, a resposta seria a de que, de todos os proprietários rurais, bem poucos não seriam considerados pequenos.[/u]

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1676
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #313 Online: 16 de Outubro de 2009, 15:13:16 »
Jucavini,

Entendo seu ponto de vista, entendo os dados fornecidos. Ambos não justificam as atitudes do MST.

Me responda?

O povo brasileiro precisou saquear supermercados, mercearias, bares para ter o Bolsa Família? Não né? O povo simplesmente votou. Deu certo? Deu. O resultado está aí.

Offline Nina

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #314 Online: 16 de Outubro de 2009, 15:46:18 »
Fizesse a crítica certa, a fim de mostrar os erros, e assim ajudar na reforma agrária...

E qual é a crítica certa?

O que eles mostram na reportagem já alarmante, mesmo levando em conta que não estão em São Paulo.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #315 Online: 16 de Outubro de 2009, 15:56:34 »
Não, claro que não, mas não justificam também, essa vergonhosa desmoralização orquestrada contra todos os pontos que envolvem a reforma agrária, única e exclusivamente por o MST está ideologicamente muito aquém daquilo que gostariam certos formadores de opinião. Talvez agora tenhamos chegado ao um determinador comum, não é mesmo? É preciso melhorar urgentemente a qualidade da reforma agrária e não acabar com ela. É preciso ter em mente que a reforma agrária é necessária e está sendo conduzida de forma irresponsável tanto pelo MST , quanto por veículos de comunicação de massa. O que eu quero dizer é que a radicalização desse discurso, dando uma conotoção de guerra a um movimento social, que não é de propriedade do MST ou de qualquer outro, leva a uma falsa questão de cunho ideológico, servindo assim para um grupo que não gostaria de ver seus previlégios contestados, mesmo que isso custe o bem estar da geral da população, é querer que o Brasil continue "Brasil", entende? E também para que os dirigentes do MST significa a manutenção do poder, por que se a reforma for feita mesmo, por que MST? Críticas pontuais e verdadeiras, como a da ONG, que eu citei, essas sim contribuem de verdade e com a verdade.

Offline _Juca_

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #316 Online: 16 de Outubro de 2009, 16:01:14 »
E para quem não sabe ,75% da produção agrícola no Brasil é feita por pequenos agricultores (agricultura familiar) e esses detém 25% das terras agricultáveis no Brasil.

Citar
"É decisiva para a formação do conceito de agricultura familiar a divulgação do estudo
realizado no âmbito de um convênio de cooperação técnica entre a Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA). O estudo define agricultura familiar “[...] a partir de três características centrais:
a) a gestão da unidade produtiva e os investimentos nela realizados são feitos por indivíduos que
mantém entre si laços de sangue ou casamento; b) a maior parte do trabalho é igualmente
fornecida pelos membros da família; c) a propriedade dos meios de produção (embora nem
sempre da terra) pertence à família e é em seu interior que se realiza sua transmissão em caso de
falecimento ou aposentadoria dos responsáveis pela unidade produtiva” (INCRA/FAO, 1996: 4)."

Ao lado das classificações acadêmicas, surge a delimitação formal do conceito de
agricultor familiar, prevista na Lei 11.326, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
presidente da República em 24 de julho de 2006. Esta lei considera “[...] agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo,
simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
(quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar
predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou
empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família” (Brasil,
2006). Tendo em conta o atendimento de tais requisitos, inclui ainda “[...] silvicultores que cultivem
florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; [...]
15 aqüicultores que explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2 ha (dois hectares)
ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em
tanques-rede; [...] extrativistas pescadores que exerçam essa atividade artesanalmente no meio
rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores” (Brasil, 2006).

http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/biblioteca/agricultura-familiar/CONCEITO%20DE%20AGRICULTURA%20FAM.pdf

Citar
"O módulo fiscal de cada município, expresso em hectares, será fixado pelo INCRA, através de Instrução Especial, levando-se em conta os seguintes fatores: a – o tipo de exploração predominante no município; I – hortifrutigranjeira; II – cultura permanente; III – cultura temporária; IV – pecuária; V – florestal; b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; d) o conceito de "propriedade familiar", constante do art. 4º, item II, da lei 4504, de 30 de novembro de 1964. § 1º. Na determinação do módulo fiscal da cada município. O INCRA aplicará metodologia, aprovada pelo Ministro da Agricultura, que considere os fatores estabelecidos neste artigo, utilizando-se dos dados constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural. § 2º. O módulo fiscal fixado na forma deste artigo, será revisto sempre que ocorrerem mudanças na estrutura produtiva, utilizando-se os dados atualizados do Sistema Nacional de Cadastro Rural".

A distinção é relevante em face da diferença de extensão de um para outro. Para citar apenas um exemplo, no município de Hidrolândia, na região da Grande Goiânia, um módulo rural mede 3 hectares, enquanto que o módulo fiscal mede 12 hectares. A implicação é enorme, porque, a se adotar o número de módulos rurais, imóvel pequeno naquele município seria o que tivesse até 12 hectares, enquanto que pelo conceito adotado pela lei 8629/93 que se refere ao módulo fiscal, passa para 48 hectares! Seria de se perguntar quantas pessoas, neste país, em região valorizada e próxima de grande centro, teriam um imóvel rural com área de 48 hectares. Certamente, a resposta seria a de que, de todos os proprietários rurais, bem poucos não seriam considerados pequenos.[/u]

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Quanto vale um alqueire em Goíás, em São Paulo ou no Sertão da Bahia?

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #317 Online: 16 de Outubro de 2009, 16:01:51 »
Não diria radicalização. Apenas acho que se o fato soa absurdo, como a destruição de uma lavoura (ou parte dela), é de se esperar críticas pesadas. Isto é ação e reação, mesmo que tendenciosa.

Offline Nina

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #318 Online: 16 de Outubro de 2009, 16:05:19 »
Eu pessoalmente não sou contra reforma agrária. Acho ela necessária, mas a forma como está sendo feita é vergonhosa.

Só uma coisa: não é o MST ou a mídia de massa que estão conduzindo a reforma agrária. É o governo federal (mesmo que pressionado pelo MST).

Eu sei o valor do trabalho e sei que tem muito vagabundo engrossando o MST. Infelizmente parece ser a maioria. O MST não é um movimento a favor da reforma agrária, você mesmo citou os motivos. É massa de manobra. E uma massa de manobra criminosa, que prejudica a sociedade e não paga pelos seus crimes. Tá aí o problema.
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Offline Derfel

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #319 Online: 16 de Outubro de 2009, 17:05:38 »
O Buckaroo colocou algumas coisas interessantes no outro tópico: ../forum/topic=18952.25.html

Algumas coisas sobre experiências pessoais que tive sobre o MST (muito poucas por sinal...)

1. Assentamentos do MST produzem sim, pelo menos os que eu vi. Como disse em eoutra oportunidade, na época que servi, participei de uma missão para fiscalização de entrega de água no sertão do RN. Fui em alguns assentamentos (além de muitas outras propriedades) e eles produziam no seu roçado (principalmente milho e mandioca). Havia também, em alguns asentamentos e propriedades, painéis solares para levar luz ao campo, pelo governo do estado.

2. O MST recruta na cidade muito da sua massa. São pessoas que não entendem do campo e não sabem o que fazer da terra. São convencidos e esperam apenas ganhar a terra para depois vender. Era o que fazia uma senhora que trabalhou na casa dos meus pais há algum tempo. Lembro que uma vez ela disse algo sobre o filho ficar tomando conta do lugar para garantir o recebimento. Essas pessoas, de certa forma, são tão vítimas do MST quanto os que têm sua propriedade invadida, já que são usadas e incentivadas ao delito (e não sabem nem direito o que estão fazendo).

3. Quando vou trabalhar em um município aqui perto, passo em frente a um acampamento sem-terra. Não tem ninguém lá. Está sempre vazio, apenas um ou dois ficam ali só para tomar conta (e com o carro devidamente parado na porta do barraco).

4. Acho, e aqui é uma opinião baseada no que leio e vejo, não existem sem-terras reais hoje em dia. O MST virou uma organização que precisa do conflito e das invasões para existir (e receber por isso), assim ele precisa fabricar "sem-terras".

Offline Nina

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #320 Online: 16 de Outubro de 2009, 17:14:22 »

Quanto vale um alqueire em Goíás, em São Paulo ou no Sertão da Bahia?

Alqueirinho, alqueirão, alqueire mineiro ou paulista? :P

A única medida padronizada de terra é o hectare.
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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #321 Online: 19 de Outubro de 2009, 22:07:23 »
O assunto das ditaduras foi movido para:  ../forum/topic=21636.0.html
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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #322 Online: 22 de Outubro de 2009, 17:10:48 »
CPI do MST é aposta no conflito, diz líder governista

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Campo deve render um novo embate com a oposição e o País não irá ganhar nada com o que ela produzir. “Foi muito ruim para o País a aposta no conflito. Precisamos de paz no campo. Solução para esse problema não é guerra ou CPI política, é mais investimento e dinheiro para agricultura familiar”, disse.

A estratégia da oposição teve êxito em deixar pouco tempo entre a leitura do pedido da CPMI na sessão conjunta do Congresso e o horário máximo no qual os dissidentes poderiam tirar suas assinaturas da proposta (meia-noite). “O fato voltou a acontecer. Foram 23 deputados pressionados pelo governo que retiraram as assinaturas, mas nós tínhamos 51 novas para apresentar”, explicou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Os números oficiais de senadores e deputados serão confirmados pela Secretaria Geral do Senado na tarde desta quinta-feira, “mas a instalação da CPI já é certa. Temos 210 deputados mais 36 senadores”, afirma Lorenzoni.

“A oposição está cumprindo com seu papel constitucional e democrático: fiscalizar os atos de governo. A partir daí, temos um governo que, nos últimos anos, transferiu mais de R$ 160 milhões para 40 entidades ligadas ao MST, que financia, com dinheiro público, ações que ninguém pode chamar de movimento social. Movimento social destrói sede da Embrapa, unidade de pesquisa da Aracruz, promove cárcere privado, destrói laranjal da Cutrale? Isso na cabeça dos membros do governo é movimento social?”, questiona o deputado do DEM.

A partir de agora, a discussão está na composição da comissão, que terá 34 membros (17 titulares e 17 suplentes). A expectativa é que a base aliada do governo ocupe os cargos de direção e relatoria.

“Vamos ter que estudar todo o cenário. Evidente que prerrogativas regimentais das bancadas e dos partidos deverão ser seguidos. São as bancadas que a população elegeu, mas será trabalho de engenharia complexa, demorada e de baixíssima produtividade. O que o País vai ganhar com a CPI? Mais briga”, acredita Fontana.  O deputado petista avalia que a CPI também será utilizada como palanque eleitoral pela oposição.

“A oposição não quer deixar de botar dinheiro na saúde para financiar movimento que pratica atos criminosos. Quando um bando de facínoras se traveste de movimento social e passa a agredir princípios fundamentais do direito democrático, passa a ferir o direito da população. É papel da oposição fiscalizar o governo. Tem CPI que funciona, essa vai funcionar também”, aposta Lorenzoni.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/22/cpi+mista+do+campo+e+aposta+no+conflito+diz+lider+governista+8913910.html

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #323 Online: 03 de Novembro de 2009, 07:29:07 »
02/11/2009 - 21h00
Para Stédile, invasão da Cutrale foi ação "desesperada" e mídia defende "burguesia"

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da Agência Brasil
O coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, foi entrevistado na última sexta-feira (30) no programa 3 a 1, exibido pela TV Brasil. Na entrevista, que vai ao ar no próximo dia 11, ele disse que a invasão da Cutrale, no interior de São Paulo, foi um equívoco do MST e criticou a mídia brasileira, afirmando que ela age em defesa dos interesses dos ricos.

Stédile falou sobre a ocupação da fazenda da Cutrale por integrantes do MST, no final de setembro. Ele classificou a ação de "desesperada" e motivada pela situação em que se encontravam os militantes do movimento acampados na região há seis anos.

"Foi uma atitude desesperada das famílias que ocupavam a fazenda. Com a notícia do próprio Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] de que a área é da União, desde 1910, naquele clima de indignação, alguns dos companheiros pegaram o trator e destruíram os laranjais", disse o coordenador do MST.

"Evidentemente que foi um equívoco, porque a direita e os órgãos de comunicação deste país, que servem aos interesses da burguesia brasileira, se utilizaram daquelas imagens, que foram gravadas pelo serviço de inteligência da PM de São Paulo, com o uso de helicóptero, e nos execraram na opinião pública", completou.

Stédile defendeu o movimento da acusação de que militantes haviam invadido casas de trabalhadores da fazenda e causado danos. "Nenhum militante entrou nas casas dos funcionários. Aquilo lá foi uma armação da polícia e da Cutrale, sobretudo da Cutrale. Quem fez o serviço [de entrar nas casas] não foi o MST. Ou seja, tem uma hora aí de espaço. Nós saímos, deixamos tudo bonitinho, não mexemos nas casas. Aí ficou a polícia sozinha com a Cutrale dentro da fazenda por uma hora. Aí depois dessa hora veio a imprensa", afirmou.

O coordenador do MST ainda criticou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CMPI) para investigar repasses de verbas do governo ao movimento.

"A CPMI é uma armação. Eles fizeram uma matéria na Veja com dados requentados de três anos. Com a matéria da Veja, convocaram a outra CPMI. Aí nós derrubamos, porque era sintomático. Aí com a ocupação da Cutrale, você acha que por uma ocupação, por algumas laranjas vale a pena abrir uma CPMI? Então é melhor abrir uma CPMI aqui na Assembléia Legislativa de São Paulo para saber por que que que Cutrale tem aquela área grilada", afirmou.

Stédile explicou também que Organizações Não Governamentais (ONGs) independentes do MST é que recebem dinheiro para a realização de serviços no campo. "Desde o [governo] Fernando Henrique, o governo contrata ONGs para fazer o serviço que deveria ser do Estado. E que recebem dinheiro público. Esse dinheiro vai lá para resolver um problema concreto, ou de escola, ou de contratar agrônomo, ou de fazer casa, ou fazer medição, ou luz elétrica. Quem organiza essas ONGs, às vezes, são grupos de agrônomos, às vezes tem até jornalista, é iniciativa da sociedade", disse.

"Todo dinheiro é fiscalizado, primeiro pelo Incra, depois Ministério do Desenvolvimento Agrário, depois pelo TCU, de todos esses recursos que não têm a ver conosco. A nossa posição é que isso é esdrúxulo. Somos contra isso, nós dissemos já ao Lula: pelo amor de Deus pare com essa história de ONGs, faça com que o Estado consiga fazer isso", completou.

O coordenador do MST reafirmou a posição do movimento em defesa da agricultura familiar. De acordo com ele, apenas com uma posição clara do governo e da sociedade a favor desse modo de produção é que a reforma agrária vai andar.

"A reforma agrária, como um programa realmente universalizado, que chegue a milhões de trabalhadores, é só quando o governo e a sociedade brasileira priorizarem a agricultura familiar. E hoje há esse embate entre esses dois modelos [agronegócio e agricultura familiar], e não há uma prioridade clara de dizer a agricultura familiar é política de governo".

Stédile ainda fez uma avaliação do processo de reforma agrária no governo Lula. "Em alguns aspectos, ela ficou para trás, como o ritmo desapropriações no Nordeste, Sul e Sudeste. O governo continuou priorizando a Amazônia. Em outros aspectos, ela avançou muito, com o Luz para Todos, um outro programa de moradia, que é insuficiente em números, mas os programa é bom. É um balanço equilibrado, é bem melhor que na época do Fernando Henrique, mas ainda insuficiente para enorme demanda dos pobres do campo têm", afirmou.

Stédile foi entrevistado pelo âncora do programa, Luiz Carlos Azedo, pela jornalista da Folha de S.Paulo Kátia Seabra e pelo jornalista da revista "Brasieiros" Ricardo Kotscho

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u646705.shtml
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: MST destrói lavoura com mil pés de laranja para forçar desapropriação
« Resposta #324 Online: 03 de Novembro de 2009, 17:23:15 »
Citar
Stédile defendeu o movimento da acusação de que militantes haviam invadido casas de trabalhadores da fazenda e causado danos. "Nenhum militante entrou nas casas dos funcionários. Aquilo lá foi uma armação da polícia e da Cutrale, sobretudo da Cutrale. Quem fez o serviço [de entrar nas casas] não foi o MST. Ou seja, tem uma hora aí de espaço. Nós saímos, deixamos tudo bonitinho, não mexemos nas casas. Aí ficou a polícia sozinha com a Cutrale dentro da fazenda por uma hora. Aí depois dessa hora veio a imprensa", afirmou.

Ah, claro!

Eles invadem fazendas, queimam tratores, matam gado e passam com máquinas por cima de plantações, quebram laboratórios e arrancam trilhos de trens mas deixaram as casas em perfeito estado...

É mais uma conspiração da zelity qui qué u pudê organizada pela C.I.A e pelos EUA para sujar o nome dos trabaiadô do MST.

 

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