Concordo em parte contigo. Realmente tenho uma enorme dificuldade em entender como Jesus pensava. O referencial de Jesus era seu povo.
O referencial de Jesus era a humanidade inteira, tanto que proferiu a parábola do Samaritano, hospedava-se com coletores de impostos, etc... O povo judeu foi apenas um meio de ele falar à humanidade, mas ele não falava só para eles.
Ele pregava o judaísmo. Só que o judaísmo acredita que a idéia de Jesus ser Deus, ou parte de uma trindade, ou um mediador de Deus, é heresia.
Se você me disser aonde é que está na Bíblia que Jesus é Deus, ou parte de uma trindade... Em dezenas de lugares o vemos diferenciar a sua pessoa da do Pai. Esse negócio de Jesus ser Deus ou parte de uma Trindade é invenção posterior da Igreja, que queria vê-lo como Salvador. Já mediador de Deus, sim, pois essa é a função dos Messias. Os judeus, aliás, esperam ainda um messias, o que mostra que essa ideia não é herética para eles. Eles só não creem que foi Jesus, só isso.
Aposto minha alma que ele tomou um belo de um esporro de Yahweh pela enorme confusão deixada aqui entre meros mortais.
Nada, ele fez o trabalho direitinho. Aos trancos e barrancos as suas palavras chegaram até os nossos dias quase (eu disse, quase) sem nenhuma distorção e o Cristianismo se tornou uma das maiores crenças do mundo. Aliás, mesmo os não cristãos rendem algum tipo de consideração a Jesus, como os islâmicos, por exemplo.
Como eu já disse, o seu problema é de referencial. Jesus não veio para arrumar o mundo, muito pelo contrário. Ele veio ao nosso mundo para juízo, avisou em João 9:39, e ele avisou que as "trevas" viriam em seguida, claro que sob o consentimento de Deus. Tem que se colocar no referencial espiritual, ainda que não creia nele, para conseguir entender.
Um abraço.