Agregou, sim. Ele sumariza por que uma pessoa de centro é menos provável de ter um ídolo político que uma pessoa de direita ou de esquerda: o centro é um balaio de gatos cheio de apolíticos.
Alteração no seu post: agora há uma oposição entre "todo mundo tem ídolos" e "a maior parte esmagadora da raça humana tem ídolos, exceto alguns". Há algum jeito de escolher entre as duas hipóteses?
Sobre refutar a idéia FZappiana de "ídolos da moda": nops. Não contra-argumentou, tacou só um "achômetro" e se deu por satisfeito...
Já ouviu falar da juventude russa atual? Não? Então olhe:
http://blogs.abril.com.br/falandorusso/2009/01/russia-extrema-esquerda-extrema-direita.htmlhttp://www.spiegel.de/international/world/0,1518,500053,00.htmlhttp://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/572763.stmNão são fontes lá muito boas, mas são ilustrativas. E corroboram a idéia do FZapp - agora, a moda na Rússia é ser anti-esquerda.
O líder tá morto? E daí? Tá morto pro neocórtex das pessoas (área correspondente ao raciocínio), mas tá bem vivinho no hipotálamo (área das emoções, se não me engano). Toda vez que a foto do líder aparece, que fala-se dele, ou alguma coisa do tipo, o hipotálamo dá um berro gigantesco de prazer. Fotos, gravações e etc. são algo absurdamente recente, nossos cérebros simplesmente não sabem lidar com "tá morto, mas tá ali, ó, falando e se mexendo".
Quando você idolatrava o Senna, via nele
alguém a ser seguido, certo? É
isso que quero dizer com "líder". Ainda preciso desenvolver um pouco mais o que tô falando, mas... acho que tô indo pelo caminho teórico certo, só falta eu arrumar um jeito de testar o que tô escrevendo.
Análise: algumas Bohemias tá de bom grado, hehe. Depois da Revolução Socialista Brasileira, quero tacar em pauta o direito do cidadão à cerveja diária depois de cumprir o seu dever cívico de... ãnh... ir pro boteco e permanecer lá algumas horas? 
Gente, um pouco de fode-mentes agora.
O assunto caiu num ponto interessante: ver ao ídolo como seu líder (superior hierárquico)
versus vê-lo como um exemplo (imitar as ações dele).
Biologicamente falando, acho que isso é corroborado pela evolução. As pessoas
querem ser alfas. É nisso que nasce a competividade entre elas. Há pressão seletiva a favor disso - o alfa vive mais (tem prioridade na comida), gera mais prole (pois tem mais direito às fêmeas), e com maior chance de sobrevivência (lobos são um caso clássico - freqüentemente abandonam suas crias pela dos alfas).
Por outro lado, também há a pressão seletiva para
se submeter ao alfa caso você não possa vencê-lo. Isso porque um ser social que se submete aos superiores - ainda que esteja num escalão baixíssimo - tem maior chance de sobrevivência e gerar prole que se simplesmente mandasse o grupo se foder.
E, ainda por cima, há o fator da estratificação da sociedade martelando, martelando... "pertencer a um grupo de adoradores", como o Agnóstico falou, ou o nacionalismo (nas palavras de Orwell, "nacionalismo é fome de poder temperada com auto-decepção"). As duas coisas demonstram devoção ao grupo, do grupo, e/ou para o grupo. Pode haver uma parcela genética nisso, mas acho que taquei o dedo num fator muito social: a estratificação da sociedade em classes (grupos) veio a partir da divisão do trabalho, coisa absurdamente recente - recente demais pra alguma pressão seletiva útil ter surgido em coisa tão complexa. Ou seja, me parece que a sociedade tá moldando e aproveitando instintos anteriores sob uma nova forma.
A sociedade também tem um papel decisivo quando associa-se a satisfação ao sucesso alheio. Isso é embutido socialmente, e chama-se... "alienação".