Autor Tópico: Teoria das Hidroplacas  (Lida 35928 vezes)

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Offline Geotecton

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #125 Online: 14 de Agosto de 2011, 00:25:27 »
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[...]
Uma vez que o stress em tais rachaduras é concentrado nas extremidades, as extremidades cresceram rápido (aproximadamente 2 milhas por segundo) dentro de alguns segundos, esta rachadura abaixo da câmara subterrânea seguiu o trajeto de menos resistência em torno da terra. As extremidades da rachadura, viajando em sentidos opostos, circundaram a terra em 2 ou 3 horas.
[...]

E qual seria o "trajeto de menor resistência" se até então o material era perfeitamente rígido, o que pressupõe uma isotropia em grau fantástico.

Eu, sinceramente acho mais plausível, que o break up crustal tenha ocorrido pela ação do Scrat, conforme mostra este vídeo, e que até onde se sabe é do tipo "não-evolucionista", o que mostra toda a "seriedade" dele  :P:

<a href="http://www.youtube.com/v/q_IYQdKkWsU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/q_IYQdKkWsU</a>


Citar
A maior parte da pressão foi aliviada quando uma extremidade da rachadura se encontrou com a outra. Em algum lugar no lado oposto onde a ruptura começou, ela se abriu em um grande ângulo, em forma de um "T" ou um "Y".

Qualquer material submetido a um esforço não precisa aliviá-lo necessariamente por ruptura, pois a flexura também é capaz de fazê-lo, embora em menor escala. Além disto, fico curioso do porque que a camada granítica (ao que parece) ter-se-ia rompida em forma de "T", pois a forma grosso modo em "Y" é a mais usual, visto que no processo de rifteamento eles são comuns formando ângulos de aproximadamente 120 graus.
« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, 18:31:13 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #126 Online: 14 de Agosto de 2011, 17:20:30 »
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[...]
A rachadura correu em torno de toda a terra, a grossa crosta de 10 milhas foi aberta como um rasgo em um pano firmemente esticado. A pressão na câmara subterrânea imediatamente abaixo da ruptura era maior que a pressão atmosférica. A água explodiu com a grande violência par fora da crosta rasgada em torno da terra como a emenda de uma bola de baseball.
[...]

Uma crosta com 10 milhas (16 quilômetros) não é espessa se comparada às reais crostas continentais que podem ter até 100 quilômetros.

A água saiu somente após o fraturamento total de toda a camada? Seria muito estranho se isto acontecesse, sendo mais provável que ela se transformasse em vapor (pelo rebaixamento súbito da pressão e pela grande temperatura) e que seria ejetado violentamente pela primeira fissura que chegasse à superfície, no qual o próprio fluído ajudaria na fragilização da camada por fraturamento hidráulico.

Eu avalio que, a despeito de não ter realizado nenhum cálculo, uma grande parte deste vapor quente seria lançado na parte mais alta da atmosfera, talvez até mesmo saindo dela devido à velocidade de ejeção.
« Última modificação: 01 de Agosto de 2012, 19:09:41 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #127 Online: 14 de Agosto de 2011, 18:14:35 »
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[...]
Todos ao longo desta ruptura globo-circundandante, cujo o trajeto corresponde á cordilheira Meio--Oceanica de hoje.
[...]

O texto acima foi traduzido de forma confusa. De qualquer maneira o autor afirma que a mega-fratura inicial corresponde às atuais Cordilheiras Meso-Oceânicas. Então cabem as seguintes perguntas:

A) Porque é que não se acham vestígios da primeira camada (a de granito isotrópico)?

B) Porque é que o assoalho oceânico acabou sendo formado por basalto toleítico e não por granito?

C) Porque é que há variações importantes nas datações paleomagnéticas das amostras obtidas a partir de perfilagens laterais do assoalho oceânico, se a camada basáltica formou-se ao mesmo tempo, praticamente?


Citar
[...]
As fontes de água jorraram supersonicamente para o alto acima da atmosfera. Muito da água foi fragmentada em um "oceano" de gotas que caíram a grandes distâncias como chuvas torrenciais, tais como a terra tem nunca experimentou antes de ou em após.
[...]

"Supersonicamente"?

Será que é coisa do Batfino ("O meu super sonar-radar vai me ajudar!")? :P




Muito antes da água precipitar sob a forma de chuva, o vapor super-aquecido elevaria, e muito, a temperatura da baixa atmosfera (troposfera) e da interface oceano-atmosfera, talvez ao ponto de inviabilizar a vida neles.
« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, 18:21:46 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #128 Online: 14 de Agosto de 2011, 18:54:11 »
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[...]
Parte da água que jorrou elevou-se acima da atmosfera onde eventualmente se congelou e caiu então em várias regiões da terra como massas enormes extremamente frias e enlameadas. Que enterrou, sufocou e congelou muitos animais, incluindo alguns mamutes.

PQP! Aqui a minha paciência começou a ser vencida.

Se a água com lama foi "jorrada" até "acima da atmosfera" ela não teria sido congelada por causa do volume de sedimentos nela contidos.

E mesmo que tivesse sido congelada, seria mais provável ela ter se precipitado sob a forma de granizo, de tal forma que os animais não morreriam congelados mas sim por impactos diretos de bólidos congelados.

E o que fazer com as evidências de flora e de litogeoquímica que mostram que muitos dos fósseis foram formados em ambientes cálidos ou mesmo tropicais?


Citar
Finalmente, a água jorrando jogou restos enormes de rocha que escaparam da gravidade da terra e transformaram-se em cometas, asteroides, e meteoros do sistema solar.
[...]

Uau!!!

Vou patentear esta ideia e vendê-la à NASA como uma maneira barata de lançamento de cargas úteis para o espaço próximo.

Esqueceram de avisar ao "gênio cientista criacionista" que muitos dos cometas não são rochosos e que a maioria dos meteoros apresenta uma composição químico-mineralógica que não existe na Terra desde os seus primórdios.
« Última modificação: 15 de Agosto de 2011, 22:47:40 por Geotecton »
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Offline gilberto

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #129 Online: 14 de Agosto de 2011, 20:10:17 »
PQP! Aqui a minha paciência começou a ser vencida.
Calma!!! :histeria:

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #130 Online: 14 de Agosto de 2011, 20:33:41 »
PQP! Aqui a minha paciência começou a ser vencida.
Calma!!! :histeria:

Estou tentando... :biglol:
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Offline Gaúcho

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #131 Online: 14 de Agosto de 2011, 22:24:39 »
Agora eu já sei que a era glacial aconteceu porque uma enorme quantidade de água foi jogada acima da atmosfera, virou neve e cobriu o mundo todo, incluindo os pobres mamutes.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #132 Online: 20 de Agosto de 2011, 01:15:32 »
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[...]
Fase do Dilúvio: Cada lado da ruptura era basicamente um penhasco de 10 milhas de altura, as cargas vibrando no fundo do penhasco excederam extremamente a resistência esmagando a rocha, assim que o fundo penhasco foi sendo continuamente desintegrado, desmoronado, e jogado para fora pelas fontes jorrando.
[...]

Deve ter sido um cataclisma gigantesco. Com a ruptura se formou um "penhasco" por onde era ejetada a água juntamente com rocha moída por... vibração(?). Estou muito emocionado com esta hipótese que é..., digamos, "tão científica" que quero dar a minha pequena contribuição (não em dinheiro, por favor, e sim em termos de conhecimento).

Supondo-se que existiram três camadas concêntricas constituídas de granito latu sensu, água e basalto; que a primeira e a terceira camadas eram totalmente isotrópicas e sem nenhuma imperfeição e sabendo-se que a água é incompressível então deveria ter ocorrido uma catástrofe muito maior do que o jorro de quilômetros cúbicos de água aquecida.

Quando da quebra da camada granítica e com a saída da água deveria ter ocorrido o maior recalque hidráulico em todos os tempos, pois a camada granítica não teria mais sustentação e desabaria sobre a camada de basalto, provavelmente fragmentando esta e deixando o manto exposto em boa parte da superfície do planeta.

Ou será que alguma força misteriosa segurou a camada granítica?


Citar
[...]
A parte superior do penhasco também se fragmentou e caíu no fluxo pulverizante supersonico. Conseqüentemente, a largura da ruptura que era de 46,000 milhas alargou-se rapidamente em aproximadamente 800 milhas em média em torno de toda a terra.
[...]

Aqui certamente houve um erro de tradução.

O autor provavelmente se referia à extensão das cordilheiras meso-ocêanicas, que perfazem cerca de 75.000 quilômetros, e não à sua largura. De qualquer modo, fica claro que o autor associa a formação das cordilheiras ao processo de ruptura, o que é parcialmente correto.


Citar
[...]
Aproximadamente 35% dos sedimentos corroídos eram basaltos do fundo da câmara que lançados pelas águas, o que deu às águas da inundação uma consistência grossa, enlameada.
[...]

Então este basalto fazia parte da terceira camada que foi em parte pulverizada e então carreada pela água ejetada na ruptura, que ao precipitar formou uma inundação com características semelhantes aos de turbiditos? E em escala planetária?

Porque é que estes sedimentos também não se precipitaram sob a forma de neve/granizo?

Aqui o autor está afirmando que um esguicho formado por um misto de água e vapor na vertical tem a mesma capacidade de transporte de massa que um grande volume de água na superfície, o que não é verdade, principalmente porque envolve uma necessidade energética contínua para o deslocamento de sedimentos de frações granulométricas distintas. E isto não se consegue com um... esguicho.


Citar
[...]
Estes sedimentos se espalharam sobre a superfície da terra naqueles dias, prendendo e enterrando muitas plantas e animais, provocando um processo de fossilização de vários animais pelo mundo.
[...]

Cerca de 35% de todas as rochas sedimentares do planeta são parecidas com turbiditos e são provenientes dos basaltos da terceira camada? Errado. Em termos volumétricos os turbiditos são ínfimos, pois antes deles predominam os folhelhos, os arenitos e os calcáreos.


Citar
[...]
As águas jorrando da ruptura geraram uma inundação que eventualmente cobriu a superfície da terra que era relativamente lisa, já que as principais montanhas de hoje não tinham forma ainda, as montanhas e cordilheiras de hoje foram formadas neste processo. [...]

Esta “bela teoria” se destaca principalmente pela sua simplicidade. Ou eu deveria dizer pela sua... simploriedade?

Não havia nenhum oceano e nenhuma topografia pretérita? E mesmo que este absurdo fosse possível, qual foi o fantástico mecanismo de formação e modelagem de relevo, em particular o de orogênese?

E como é possível desconsiderar as rochas metamórficas neste contexto, visto que muitas delas são mais antigas que a maioria das rochas ígneas e sedimentares?


Citar
[...]
A temperaturas da água subterranea jorrando era aumentada a medida que era forçadas pela câmara de alta pressão. Já que a água quente fica menos densa, esta tendeu a subir à atmosfera, Lá, a evaporação ocorreu, daí o dilúvio e.... depois vocês sabem.

Sim, eu sei. Hoje aqui estamos aguentando as bobagens criacionistas.
« Última modificação: 01 de Agosto de 2012, 19:12:33 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #133 Online: 20 de Agosto de 2011, 02:21:14 »
Agora passarei a analisar criticamente a enorme postagem do forista criacionista Diogênio datada da madrugada de 01/04/2009.

GEOLOGISMO, UNIFORMISMO E ATUALISMO

Geologismo?

De onde veio esta nomenclatura?


Prezados, apenas um esclarecimento aos pseudo-intelectuais de plantão

Não sou um intelectual e sim, apenas, um geólogo.


O planeta Terra é o objeto principal dos estudos da geologia. Nele encontramos uma grande variedade de fenômenos. A intensidade e as possíveis causas destes fenômenos oferecem uma grande variedade de interpretações e teorias que a geologia utiliza.

Sem dúvida que a Terra é o principal campo de estudos da Geologia, como o próprio nome derivado do grego o demonstra. E para estudá-la os geólogos lançam mão de um conjunto de conhecimentos de diversas áreas, em especial a Física, a Química e a Biologia e com grande uso da Matemática, esta especialmente a partir do século XX.


No Século IXX, Charles Lyell, considerado o fundador da geologia, foi o grande defensor da idéia de que as causas básicas dos fenômenos naturais, e as forças a eles associadas, haviam permanecido idênticas no decorrer dos séculos. Para ele "o presente é a chave do passado". Este posicionamento ficou conhecido como atualismo. A tese do atualismo de Lyell foi ampliada. O uniformismo da geologia de hoje vai muito além da proposta inicial. Nele, não somente as causas atuais dos fenômenos foram sempre iguais, como também permaneceram idênticos o seu efeito (em média) e o seu ritmo.

A proposição de Lyell reflete o conhecimento científico e epistêmico de sua época. Ele não prevalece hoje na sua acepção original, mas a ideia central continua válida, conforme se observa neste glossário da UnB:

Citação de: Glossário Geológico da UnB
Um dos princípios basilares da ciência geológica é o do uniformitarismo segundo o qual "o presente é a chave do passado", ou seja, as leis da natureza são constantes de modo a que o estudo dos registros geológicos, essencialmente rochas e suas estruturas, decorrentes de processos atuais permite se interpretar a evolução geológica a partir de registros geológicos antigos. Este princípio, hoje, é adequado a novos conhecimentos que indicam ter existido variações de intensidade e/ou velocidade de processos geológicos como, por exemplo: a duração de um dia solar menor no passado, o gradiente geotérmico terrestre, maior no passado quando existiam mais elementos radiativos aquecendo a crosta terrestre, entre outros.

O trecho destacado em negrito é frontalmente contrário à afirmação do forista criacionista destacado em itálico.


Como vocês sabem (ao menos espero que saibam), Lyell propôs que a capacidade humana de interpretar a história da Terra, desde a sua origem até os dias atuais, depende do grau de confiança que se tem na permanência das leis da natureza. Somente esta imutabilidade permitiria relacionar através da analogia tudo aquilo que se refere a épocas passadas.

A “imutabilidade das leis da natureza” não é uma prerrogativa da Geologia. Ela é um postulado de toda a Ciência, o que não significa que não possa ser questionado pontualmente. Para isto, basta que se demonstre que um dado processo não se aplica ao longo da história planetária, por exemplo.


Em resumo, tudo deveria ser explicado pelas forças geológicas atuais, assumindo que as mesmas se mantiveram idênticas em intensidade no decorrer do tempo. Existem muitos argumentos baseados em evidências geológicas contra este posicionamento.

Pura demonstração de ignorância.

Cada processo geológico deixa alguma marca na crosta e por isto ele é perfeitamente rastreável por um geólogo experiente. Apenas nos casos em que há uma obliteração total das estruturas das rochas e ou sedimentos é que não é possível estudar melhor um dado processo.

Portanto, novamente o forista está enganado, pois há muito tempo se reconhece que os processos não são iguais em duração e intensidade ao longo da história geológica.


Recentemente observamos um evento catastrófico na Ásia, a Tsunami de 26 de Dezembro de 2004. Através deste evento, até a própria inclinação do eixo da terra foi alterada. O movimento obliquo da placa da Índia em relação à placa de Burma, que ocorre com velocidade média de 6 cm/ano, produziu um deslocamento de aproximadamente 1200 km da região de contacto entre elas.

Erro crasso. As placas não se moveram 1.200 km e sim elas tiveram uma ativação ao longo do contato entre elas, em uma extensão de 1.200 km representada por uma zona de falhas de empurrão. O movimento foi de 15 metros na vertical, o que não deixa de ser impressionante pela quantidade de energia requerida para isto, proveniente de grande acúmulo de tensão.

Outro aspecto importante é que o deslocamento do eixo de rotação foi muito pequeno, acho que da ordem de milionésimo de segundo. Embora expressivo, ele não foi o único a fazer mudanças no eixo, pois qualquer terremoto com deslocamento de massas produz tal efeito (devido à lei de conservação do momento angular), embora eles sejam imperceptíveis ou até mesmo não-mensuráveis com o equipamento que hoje dispomos.

Nesta postagem há um maior detalhamento de como este processo ocorre.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2014, 16:34:14 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #134 Online: 21 de Agosto de 2011, 18:53:31 »
O resultado foi destruidor. A região de Lhonknga, na Indonésia sofreu uma grande alteração em questão de minutos. Exemplos como este mostram que grandes mudanças podem ocorrer em um período de tempo extremamente curto.

Há muito tempo a humanidade sabe que podem ocorrer rápidas e significativas mudanças no meio físico. A erupção do Vesúvio em 79 AD foi narrada com notável precisão por Plínio, o Jovem, que fez especiais menções aos fluxos piroclásticos.

Os sismos são bem descritos há pelo menos 3.000 anos na China, sendo que em 132 AD foi construído o primeiro sismocópio por Cheng Heng e em 141 AD este mesmo sábio elaborou a primeira cartografia sísmica da humanidade, incluindo os locais afetados por deslizamentos advindos dos terremotos.


Ou seja, fenômenos geológicos possuem intensidade variável. Também fenômenos diferentes possuem causas diferentes. Usar o referencial do uniformismo com uma erosão e uma sedimentação lenta e gradual para as alterações geológicas causadas pelo terremoto e pela TSUNAMI na Ásia produziria uma interpretação de "eras geológicas" de muitos anos.

A afirmação supra (acusação!) talvez pudesse ser válida para o contexto histórico da geologia da Europa do final do século XVIII, mas jamais para o cenário atual.

Mas o que mais me admira no texto supra do forista é que sob o tom professoral reside uma ignorância científica que beira o ridículo, pois do contrário o forista saberia que os processos associados aos eventos sísmicos e aos tsunamis deixam evidências marcantes e que são facilmente reconhecíveis por um geólogo.

Um terremoto intenso pode causar a mudança nos cursos de rios e no alinhamento de cristas de morros (por causa de falhas), produzir deslizamentos de encostas e soerguer ou abater porções da crosta; isto apenas para citar algumas feições mais evidentes.

Um tsunami como o de 2004 pode mudar a fisiografia costeira pela devastação de regiões de mangues, colmatando pequenas baías e carreando os sedimentos de uma dada praia, também apenas para citar algumas feições que até mesmo um apedeuta em geologia conseguiria detectar.


Isto seria totalmente incompatível com a realidade, portanto totalmente equivocado !!! Este evento, bem como outras catástrofes que ocorreram num passado próximo, e que foram observadas pelo homem nos mostram o quanto o uniformismo não pode ser aplicado de forma generalizada como tem sido feito.

Hahahaha. Pelo contrário.

Isto mostra o quanto o Uniformitarismo é válido, pois há indícios de que os terremotos e os tsunamis ocorrem há muito tempo, desde que existem crosta e oceano, respectivamente. Aqui fica claro a mentalidade fixista e ideológica do forista, pois ele simplesmente acredita que os geólogos ignoram todo o cabedal científico produzido nos últimos 200 anos em prol de uma visão histórica reducionista.


Grandes mudanças ocorrem em pequenos períodos de tempo. Existem ainda outros fenômenos geológicos globais que poderiam ser considerados como extraordinários. Impactos de meteoritos são exemplos extraordinários. Imagino que conheçam o caso da cratera Barringer, com cerca de 1250 metros de diâmetro e 175 metros de profundidade. Uma formação recente é atribuída a ela devido a sua borda estar ainda bem preservada. O núcleo do meteorito possuía não mais que 30 metros de diâmetro. A própria Lua, com a sua superfície toda marcada, é prova da incidência destes corpos celestes.

A comparação da Lua com a Terra é um ótimo exemplo da validade do Uniformitarismo atual. A Lua apresenta muitas marcas de impacto antigas e que ainda são visíveis porque não há atmosfera lá, ao contrário da Terra, em que a maioria dos impactos já foram “apagados” pela dinâmica de superfície. Ou seja, neste caso, um processo semelhante (quedas de meteoritos) gerou feições semelhantes (crateras) em dois astros distintos, mas com graus bem diferentes de preservação das estruturas por conta da existência de processos erosivos superficiais em um dos astros.


Ainda há outro exemplo de fenômeno geológico extraordinário é o vulcanismo.

Errado. Completamente. O vulcanismo é um fenômeno comum desde que houve a formação da primeira crosta na Terra. Basta saber que entre as rochas mais antigas do planeta estão as vulcânicas do tipo Greenstone Belt, com mais de 3,8 bilhões de anos.

Fica claro que o forista está é impressionado com a observação de uma atividade vulcânica, o que é realmente uma visão deslumbrante e, em certo sentido, assustadora.


Observamos isso com evidências, caso da erupção do Monte Santa Helena nos Estados Unidos, no dia 18 de Maio de 1980. A explosão inicial pulverizou 400 metros do topo da montanha, lançando uma coluna de poeira e gazes com 20 km de altura, produzindo ventos super aquecidos de 500°C, e destruindo o equivalente a 400 quilômetros quadrados de área.

Sem ter mais dados disponíveis, eu arrisco dizer que a soma de todas as explosões vulcânicas similares ao Santa Helena, Pinatubo e Krakatoa ao longo de todo o tempo geológico foram menos modificadores do ambiente que o vulcanismo fissural que agiu no planalto Decan (Índia), na Bacia do Paraná (América do Sul), no platô do rio Colúmbia (Estados Unidos) ou na Sibéria (Rússia).
« Última modificação: 17 de Novembro de 2014, 16:40:14 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #135 Online: 28 de Agosto de 2011, 22:16:04 »
Um canyon com aspectos semelhantes ao Grand Canyon do Colorado foi formado em questão de horas. Eventos como estes mudaram a geologia do planeta, suas condições climáticas e ambientais em questão de horas.

Quais são estes “aspectos semelhantes”? Jogo as minhas fichas e aposto que a analogia se encerra pela presença de alguma estratificação no empilhamento do material piroclástico.

No mais são dois processos completamente distintos. O Grand Canyon é constituído de rochas metamórficas e intrusivas (embasamento Vishnu com idade do Proterozóico Inferior) e sedimentares na parte superior, sendo que as mais recentes pertencem à Formação Chinle (de idade tardi-Triássica) e com algumas poucas rochas intrusivas mais recentes. Estas rochas foram submetidas a um processo de alçamento crustal da ordem de três quilômetros e que permitiu ao rio Colorado esculpir e modelar a paisagem.

Aqui pode ser vista a coluna estratigráfica do Grand Canyon.


Alguns eventos causaram danos locais, outros regionais e alguns outros globais. Diante de eventos como estes ainda é possível afirmar que o uniformismo é consistente e que o mesmo oferece uma base sólida para a interpretação da história?

Se o forista tivesse cursado uma disciplina de "Introdução à Geologia" saberia porque está errado.


A geologia criacionista considera tanto os eventos considerados ordinários quanto os extraordinários, quando se trata da interpretação histórica.

Não existe “geologia criacionista”. Existe Geologia e criacionismo.


Creio ser ridículo, hilário, porém ao mesmo tempo preocupante, a parcialidade interpretativa dos fatos por parte dos colegas, não julgo um desrespeito (diferentemente da colocação infeliz de um dos membros), pois não estamos aqui debatendo pessoas, mas sim idéias, porém julgo ser isso, no mínimo, uma falta de ponderação que seria natural em pessoas com bom nível de abstração mental / intelectual. Digo isto pelo simples fato de não enxergarem de forma dissociativa duas questões que, embora relacionadas, são totalmente diferentes entre si, a saber: Criacionismo e religiosidade.

Claro, claro. Os criacionistas sabem distinguir ambas perfeitamente. ::)


Nem todo criacionista é um religioso e, por incrível que vos pareça colegas, NEM TODO RELIGIOSO É UM CRIACIONISTA (bom, pra quem sabe ler um pingo é letra).

Verborragia inútil.


Acho até interessante, embora um tanto ridículo, certas pessoas sem gabo intelectual / científico e sem propriedade na área, com base em meia dúzia de palavras “bem arrumadas”, e se valendo de jargões indutivos (do tipo: obviamente, com certeza, é lógico etc.), tentarem induzir os mais simples a “plena convicção da verdade”.

A descrição supra assenta-se perfeitamente nos criacionistas.


Bom enfim, não estou aqui para bombardear ninguém, mas como membro atuante da área das ciências exatas (lecionante na área de física e matemática) , conheço tão bem quanto o caro colega as afirmações supracitadas, e lamento dizer que há muitos erros circunstânciais.

Se o forista realmente foi um profissional nas áreas supramencionadas então a crença dele superou, em muito, a sua capacidade de análise crítica, pois os equívocos científicos do criacionismo são vários.


Não necessariamente nos cálculos matemáticos em si, mas sim nos pressupostos tomados como base para o calculo, que ferem totalmente o princípio regulador da teoria das hidroplacas.

“Princípio regulador da teoria das hidroplacas”? É uma brincadeira, não?

Como é que, em sã consciência, alguém pode defender uma “teoria” onde sem qualquer explicação (mesmo que absurda!) se parte do pressuposto que a parte mais externa da crosta terrestre, há menos de 7.000 anos, era constituída de três camadas (granítica, água e basalto), sendo que sobre a primeira jazia o supercontinente Pangéa, e que este era quase que plano?


Entre os mais gritantes temos que a atmosfera ambiente era dotada de propriedades físicas e estruturais (em nívies geológicos) TOTALMENTE DIFERENTES das atuais,..

O que, em nome da Ciência, vem a ser uma “atmosfera ambiente dotada de propriedades físicas e estruturais (em níveis geológicos)”?

Será que o forista realmente tinha diploma de física? Será que não era de... educação física?


... e isso, inclusive, coincide perfeitamente com a própria teoria adotada pelos evolucionistas e céticos como a “verdadeira”, a saber: Das placas tectônicas.
[...]

O forista deveria ter mostrado mais respeito, chamando-a de Teoria da Tectônica de Placas.


...Isto é, o fato de existir um continente único implica numa série de fatores ignorantemente ignorados pelo colega, como:

O caro forista ignorou de modo “ignorantemente ignorado” (sic) que não há nenhuma possibilidade física de ter existido um super continente a menos de 7.000 anos.

Além disto, o Pangea deixou de existir há mais de 200 milhões de anos.


[...]
O nível de salinização da água, termo-regulagem interna e externa do planeta e por conseqüência, a inerente condição termo-estrutural da Terra, sem se esquecer do equilíbrio perfeito entre continentalidade maritmidade (por se tratar de um bloco único de terra).

Linguajar ridiculamente pseudo-científico. O nível de salinização da água não influi na formação de super continentes e nem na taxa de acreção/subducção de placas.

A termo-regulagem atmosférica e mesmo dos oceanos não mudou significativamente nos últimos 7.000 anos e nem tem influência na formação dos super continentes.

E qual é a relação conhecida que existe entre ambientes mais úmidos (típicos de áreas litorâneas) com o de ambientes mais secos (típicos de áreas internas) com a Tectônica de Placas formadora dos super continentes? Nenhuma!


Portanto querido, diferentemente doq eu foi ERRONEAMENTE, afirmado a terra NÃO SERIA COZIDA. O Dr. Brown, dentro de sua excelente formação no meio acadêmico e científico, jamais cometeria a torpeza ou ignorância de desprezar fatos de relevância fundamental em sua teoria, diferente de como fazem os evolucionistas.

A “excelente formação” dele é engenharia mecânica. Sem dúvida, ele é muito mais gabaritado para falar de Geologia do que um geólogo.

Affff....
« Última modificação: 08 de Outubro de 2012, 10:03:18 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #136 Online: 28 de Agosto de 2011, 22:41:58 »
Eu já devo ter falado, mas vale repetir: os posts do Geo, em especial sobre geologia, são muito bons e esclarecedores. São praticamente aulas de geologia grátis. :ok:
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #137 Online: 02 de Setembro de 2011, 23:06:34 »
Eu já devo ter falado, mas vale repetir: os posts do Geo, em especial sobre geologia, são muito bons e esclarecedores. São praticamente aulas de geologia grátis. :ok:

Concordo...

Mas resumindo, na visão de um criacionista, todos os geologos do mundo estão errados, A exploração de minas e localização de jazidas alem do desenvolvimento de tecnologias baseadas em conhecimento geológico não são feitas por esses profissionais, já que a geologia está toda errada, e sim são inspirações induzidas pelo deus cristão, que parece preferir cientistas que não acreditam nele para realizar seu trabalho...
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #138 Online: 02 de Setembro de 2011, 23:14:03 »
[...]
e sim são inspirações induzidas pelo deus cristão, que parece preferir cientistas que não acreditam nele para realizar seu trabalho...

Pelo menos em alguns momentos Javé exercita o seu bom humor com ironia... :lol:
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #139 Online: 03 de Setembro de 2011, 22:43:50 »
Então surge um individuo que, talvez, mal tenha uma formação superior, quiçá uma especialiazação dentro da área, e com meia dúzia de afirmações questionáveis e uma série de ponderações matemáticas mais questionáveis ainda (por ignorar fatores primordiais da teoria em si), se acha na autoridade de refutar por meio do deboche uma idéia totalmente porvável e por que não dizer respeitável.

A ideia das hidroplacas é totalmente “imporvável” (sic) e absolutamente não-respeitável.


Ainda se deve lembrar, quanto a questão diluviana, alguns fatores de extrema relevância:

Tenho até medo (de rir) em continuar lendo. :lol:


1. Registros históricos (seja na língua, na escrita, registro papíricos antigos etc.) da mais de 120 nações descentes de povos pré-diluvianos (sumérios, babilônio etc.), embora haja, claro, pequenas variações dentro de cada história, são unânimes em quatro pontos primordiais:

Registros históricos não são evidências científicas suficientes para comprovar a ocorrência de tal “fato”. E neste caso não é história e sim estória, pois foram feitos sob uma clara perspectiva mitológica. Do contrário, então se deve dizer com convicção que dragões existiram, pois eles aparecem em estórias de muitos povos tão ou mais antigos que os da Bíblia.

Teria sido interessante se o forista tivesse citado uma fonte confiável que relacionasse e descrevesse estes “registros históricos”.


Houve, no passado, uma grande precipitação pluviométrica,...

Uma só?


... houve uma peça embarcatória,...

Felizmente para toda problemática (quase) sempre há uma “solucionática”! :P


... poucas pessoas se salvaram e aconteceu em função da ira de Deus ou (dependendo da nação ou da cultura) dos “deuses”.

Na maioria dos povos antigos há passagens que falam em purificação em larga escala pelo fogo. Porque a versão aquática deve ser considerada um “fato” e esta outra não?


Quem determina o que é mito e o que história ??

Os historiadores com auxílio da Ciência?


Uma “elite intelectual” que dita o que temos que crer, no pensar, como agir ou como ser?? Ah, me poupem...

Felizmente ela não “dita” nada. Basta ter um conhecimento de segundo grau e um pouco de ceticismo para saber distinguir uma estória de natureza mitológica de uma narrativa histórica.


2. A maior “evidencia” que evolucionistas usam, são uma das suas maiores pedras de tropeço: os registros fósseis, tão estimados por anti-criacionistas, não passam de um fracasso arqueológico e científico no tocante a teoria da evolução.

Os fósseis não concernem à arqueologia e sim à paleontologia, porque aquela trata do estudo dos seres humanos a partir do momento que eles deixaram algum vestígio de cultura. Ou seja, o seu objeto de estudo está no final do Holoceno, até onde se sabe.


Isto posto por que a famosa coluna geológica, tão afamada e aclamada, que possui seus “períodos” geológicos, de “milhões” de anos (proterozóico, mezozóico etc.), simplesmente NUNCA EXISTIU, pelo menos da maneiro como vocês evolucionistas propõem.

A coluna geológica é apenas uma representação gráfica que visa mostrar a relação temporal entre as diversas unidades litológicas e sedimentos em uma dada área, fornecendo uma datação relativa (“a rocha Y é mais nova que a rocha Z e mais antiga que a rocha X”). A estratigrafia é a parte da Geologia que estuda a natureza dos contatos, os empilhamentos e a relação temporal entre as rochas de uma determinada área.


Apenas em 1/3 das escavações arqueológicas feitas no mundo todo, temos cerca de 15 a 20% da “ordem” proposta” pelos evolucionistas.

Como já foi dito anteriormente, as escavações arqueológicas não se prestam para uma análise estratigráfica. O contrário é que é verdadeiro. E (biólogos) “evolucionistas” não propõem nada sobre a coluna estratigráfica. Geólogos é que fazem isto.


Ou seja, EM NENHUMA PARTE DO MUNDO, encontramos a formação geológica proposta por essa farsa cientifica, e mesmo as que mais se aproximam, possuem a dificuldade de nunca encontrarem os símios,...

Acho que o forista quis dizer “configuração” ao invés de “formação” geológica. E não existe um só ponto na Terra que possua uma coluna estratigráfica completa e há vários motivos para isto. A dinâmica do manto no estágio inicial da Terra impediu que a primeira rocha formada se mantivesse incólume. A tectônica alça, rebaixa, amalgama, separa e fragmenta várias porções da crosta propiciando que a dinâmica dos agentes de erosão e alteração de superfície retrabalhem as rochas ao ponto de, algumas vezes, fazê-las virtualmente desaparecer.

Quanto aos símios, estou tentando entender de que forma a presença (ou ausência) deles tornaria válida a coluna estratigráfica, pois esta trata diretamente de empilhamento de rochas.


...fora o fato de existirem “saltos arqueológicos” exorbitantes de até 100 milhões de anos como no caso das escavações no Colorado (EUA). No fundo todos sabem que isso não passa de uma palhaçada, desculpe o termo, mas é a mais pura verdade. Onde estão os outros 80% ??

“Saltos arqueológicos de 100 milhões de anos”? Mas como pode ser isto se o ancestral mais antigo dos seres humanos deve ter idade em torno de 4 milhões de anos?

Acho que o forista se refere às lacunas observadas na estratigrafia de vários locais da Terra e que ocorrem pelos motivos já citados anteriormente. E há locais onde as lacunas excedem, em muito, os 100 milhões de anos.

Vou exemplificar com a coluna estratigráfica do local de onde escrevo neste momento: No topo há sedimentos inconsolidados e regolito, de idade do final do Holoceno. Logo abaixo vem o embasamento constituído de gnaisses, migmatitos e quartzitos do Proterozóico Inferior (cerca de 2 bilhões de anos) intensamente retrabalhadas no Proterozóico Inferior (cerca de 600 milhões de anos). Portanto entre as rochas mais antigas e os sedimentos mais recentes há uma diferença de apenas... 2 bilhões de anos.
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #140 Online: 04 de Setembro de 2011, 00:12:59 »
3. A grande maioria dos fósseis são sempe encontrados no meio de rochas sedimentadas e muita lama, isto indica a forma como eles morreram (não precisa ser muito esperto pra saber que eu estou falando de uma “causa mortis” por asfixia),...

Os fósseis são quase todos encontrados em rochas sedimentares. Uma pequena fração é encontrada em âmbar, poços de piche, gelo e em rochas metamórficas de baixo grau de origem sedimentar (eu tenho uma amostra de estromatólitos em metacalcáreos de idade do final do Proterozóico Médio, ou seja, cerca de 1 bilhão de anos).

E daqueles encontrados em rochas sedimentares uma parte significativa está preservada em sedimentos arenosos de granulometria muito fina, como é o caso de alguns icnofósseis, incluindo coprólitos.

E a maioria não morreu de “asfixia por soterramento”. As doenças, a velhice, os ataques de predadores, os acidentes de percurso e as intempéries já foram identificadas como possíveis causas da morte de organismos fossilizados.


... milhares de árvores fósseis, em escavações, foram encontradas de PONTA CABEÇA, isso mesmo caros amigos, uma evidência de que há “milhões de anos” as árvores cresciam de cabeça para baixo !!!!! Jamais teriam sido fossilizadas nesta posição se não tivessem sido vítimas de uma forma abrupta e violenta de deslocamento e soterramento.

Não. Não existem “milhares de árvores de ponta-cabeça encontradas em escavações”, porque os sítios paleontológicos não são tão abundantes assim. Nesta postagem há uma explicação um pouco mais detalhada sobre a fossilização de árvores e uma refutação das bobagens criacionistas sobre o tema.


4. Pedras fósseis de “400 milhões de anos” já foram identificadas com trilobitas (artrópodes característicos do Paleozóico, conhecidos apenas do registo fóssil) incrustados nela, e adivinhem junto com o que? Hein? Hein? Com uma bela marca de sapato!

Será que o sapato era do trilobita? Espero que ao menos fosse um Giorgio Armani (se ele fosse de uma classe mais alta) ou um Caterpillar (se ele fosse do tipo aventureiro). :biglol:

Poucas vezes li tanta bobagem. Das “pérolas” criacionistas, esta deve estar no Top 10.


Exatamente, uma marca de sapato numa rocha de 400 milhões de anos, isso indica “obviamente” que há 400 milhões de anos tínhamos amebas que usavam sapatos. Evidente que se trata de mais um dado questionável do que muitos chamam de ciência.

As amebas não usavam sapatos a 400 milhões de anos. Mas hoje certamente muitas “amebas” usam-nos, além de escreverem em fóruns. :)


Não peço que vocês sejam "crentes", mas que vocês raciocinem... É muito mais fácil controlar a massa, quando todos pensam e acreditam no que voce quer que eles acreditem.

Eis um raro momento de concordância. A sua descrição se encaixa perfeitamente para a religião e para o criacionismo.


Existem basicamente tres tipos de pessoas no mundo: Os removiveis ( a massa de manobra, isto é, o povo que correspondem a mas de 90% das pessoas), os irremovíveis (que não aceitam qualquer coisa como verdade) e os removedores (formadores de opinião).

WFT?


A questão é: Quem você é nessa história, e com quem vocêestá lidando. Será que pensa ser formador de opinião e na verdade é só mais um ferramenta na mão de uma elite intelectual hipocrita, que mais uma vez já se valeu de fraudes como o homem de Java e o home de Piltdown, para sustentar o que ela defende.

O “home” (sic) de Piltdown foi uma fraude perpetrada por dois religiosos e foi desmascarada no âmbito da própria Ciência. O homem de Java é totalmente reconhecido pela Ciência, sendo hoje aceito como a variante asiática do Homo erectus.


Devo esclarecer que é evidente que não somos, enquanto criacionistas, inimigos da ciência, justo o oposto, inclusive estamos usando ela nesse exato instante, só queremos que no mínimo seja aberto o que a própria ciência chama de cientificismo, isto é, a ciência criticando a própria ciência.

A Ciência se auto-criticar e reavaliar é ótimo. Mas isto não se aplica ao criacionismo.


Se torna uma hipocrisia sem medida, uma verdadeira inquisição racional, tornar impositório os pensamentos “científicos”, como se os mesmo não fossem passivos de argüição, questionamento ou erro (como mostramos acima que são).

Aonde mesmo é que estão os erros científicos?

Ohhh. É claro. O erro é chamar de ciência o criacionismo.


Os tais que julgam a pobre ciência dos homens, tão mutável, inconstante e passageira, como a “verdade incontestável” se tornam loucos, tão loucos quanto aos que amarram uma bomba ao corpo e que, se explodindo, matam a si e a outras dezenas, centenas ou milhares que não comungam da mesma fé. Esse é o fanatismo científico...

Diogo Vasconcellos  :ok:   

Amém.
« Última modificação: 20 de Novembro de 2011, 09:36:32 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #141 Online: 04 de Setembro de 2011, 21:20:09 »
[...]
Bom, creio ter ficado bem claro, que não procurei dar nenhum “jeitinho” (ad hoc), isto é nenhuma “ajeitada” em quaisquer bases argumentatórias, pelo contrário, em momento algum me referi a alguma lei natural ou física que tenha sido alterada. Os termos por mim utilizados foram: “termo-regulagem”, “termo-estrutura” entre outros.

Todas as informações disponíveis pela Física, pela Química, pela Geologia e pela Climatologia mostram que a “hipótese das hidroplacas” é recheada de ad hocs e é um completo absurdo científico. Não passa de um exercício de (fraca) imaginação, sem nenhum tipo de capacidade previsiva e feita com base apenas no princípio de satisfazer uma crença religiosa fanática e anacrônica.


Ora, trocando em miúdos, estou me referindo às questões ambientais diferenciadas na Terra no período pré-diluviano, a saber:

Eis mais um ad hoc. Não há nenhuma evidência de ter havido um “dilúvio” e todas as referências a ele foram feitas claramente dentro de um contexto mitológico, sob a forma de um arquétipo.


Clima único, pressão atmosférica maior, temperatura continental (Super continente da Pangéia) etc. Não há nenhuma violação das leis naturais ou físicas, simplesmente uma condição termo atmosférica diferenciada. Quanto a isso não creio ter deixado nenhuma margem para tal interpretação.

Primeiro erro. Em todos os planetas que possuem atmosfera não existe um só tipo de clima. Muito menos na Terra, que possui adicionalmente, uma divisão entre massas de água (oceanos) e massas de terras emersas (continentes). E mesmo no caso de um supercontinente, há uma diferença de clima entre as bordas e o interior, mesmo que não exista nenhum relevo significativo na parte interna.

Segundo erro. Não existe nenhuma evidência de que há 7.000 anos a pressão atmosférica fosse maior que atualmente.

Terceiro erro. Não existe nenhuma possibilidade física e geológica de ter existido um supercontinente há 7.000 anos.

Quarto erro. O super continente Pangea deixou de existir há mais de 200 milhões de anos.


Ora, levando em consideração essas mesmas questões, devemos inclusive mostrar que isso não se trata de algo que, digamos, foi “inventado” para adequar (ad hoc) ou acoplar a nossa realidade às informações trazidas a nós pelas Escrituras, mas sim eventos dotados de comprovação por meio de evidências científicas. Nessa máxima segue a referência do mesmo no texto que se segue:

As informações trazidas pelo texto judaico do Gênesis são muito simples e curtas, não trazendo nenhuma referência às três camadas; à ruptura da crosta; à transformação de água em vapor; etc. Portanto, a “teoria das hidroplacas” é sim um compêndio de ad hocs.


Existem inúmeras provas científicas para esse fato, onde entre elas citamos um martelo manufaturado encontrado pelo Prof. Carl Baugh (professor de paleontologia) que após examinado pelo Laboratório Tell (Columbus – Ohio), o mesmo que examinou as pedras da Lua, concluiu que era composto de 96.6% Fe, 0.74% S e 2.6% Cl, onde nas condições atmosféricas existentes hoje é impossível unir Cloro com Ferro metálico, porém sob as condições atmosféricas apresentadas no período pré-diluviano, mostradas até aqui, seria perfeitamente possível realizar esse feito, como a Bíblia relata que Tubalcaim fazia (Gênesis 4:22).

Fonte.

Eu duvido que tal martelo exista, porque o problema não está apenas na composição química apresentada, mas também na metalurgia, visto que não há carbono na composição.

Por curiosidade fui verificar o link indicado e encontrei muitas tolices ditas como “verdades” dirigidas para uma massa ignara em termos científicos. Eis três exemplos singelos. E grotescos.

O primeiro:

Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
O Dr. Walter Brown, geólogo e cientista do Pentágono, demonstrou através de experimentos científicos que o Dilúvio foi um fato e não uma teoria, comprovando-o perante a comunidade científica e provando que o mesmo teve proporções universais. Afirma ainda que a potência causada pela abertura das “fossas do grande abismo equivaleria a cerca de 10 bilhões de bombas de hidrogênio, formando os depósitos de carvão e óleo, causando a rápida deriva dos continentes e gerando no ‘piso do oceano’ enormes ‘valas’, centenas de fósseis e até seria a explicação geológica mais plausível para a formação do Grand Cânion nos E.U.A.

O parágrafo supra é repleto de idiotices, relacionadas a seguir:

A) O “dotô” Brown não é geólogo e sim um engenheiro mecânico e nunca foi um “cientista” no Pentágono, embora tenha sido militar.

B) Ele nunca “demonstrou” nada sobre o dilúvio, a não ser a sua crença religiosa nesta narrativa bíblica.

C) O autor é um ignorante, pois não sabe o significado da palavra “teoria” em Ciência, confundindo-a com o uso dado no cotidiano.

D) Do nada, o “dotô” Brown afirma que a abertura das “fossas do grande abismo” gerou os depósitos de carvão e petróleo, bem como a “rápida deriva dos continentes" (sic) e até o Grand Canyon. São três feições com processos distintos de formação.

O segundo:

Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
A Terra era, no princípio, coberta por uma espessa camada de nuvens o que está de acordo com o relato da criação em Gn 1:6-7 que diz: “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas, e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez”.

Sabemos que as nuvens são a água em forma de vapor, assim sendo essa camada de nuvens que cobria o planeta era tão espessa que não se via o sol, mas apenas sua claridade, e nunca antes havia chovido mas a água minava do solo (Gn 2:6).

Cientificamente é perfeitamente possível a existência desse ‘envoltório’ pois dos nove planetas existentes no nosso sistema solar três deles possuem essa mesma camada de nuvens os envolvendo (Júpiter, Saturno e Vênus). Devemos contudo entender que esse fenômeno não impossibilitaria a existência de vida nem tão pouco a sua qualidade.

No texto do Gênesis não há uma menção explícita para as nuvens (porque será que Javé nunca consegue transmitir uma mensagem de forma clara?). Aí o autor do texto afirma que a espessa formação de nuvens é plausível (sem ter demonstrado que isto ocorreu!) e cita o caso de três planetas em que isto ocorre hoje. Ele somente “esqueceu” de citar que as atmosferas dos três são bem distintas das observadas na Terra.

Em Vênus as nuvens não são constituídas de vapor d´água, pois 99,9% da atmosfera é constituída de dióxido de carbono e nitrogênio. Em Júpiter há vapor de d´água apenas em uma franja da troposfera, pois o resto é constituída predominantemente por amônia. Em Saturno há o predomínio de hidrogênio, hélio, metano e amônia, sendo que o vapor d´água é um mero traço.

O terceiro:

Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
A Bíblia afirma que: “as fontes do grande abismo se abriram e as comportas do céu”. Essa é uma indicação do que ocorreu. A espessa camada de nuvens se dissipou em chuva e a extraordinária quantidade de lençóis freáticos (fontes do grande abismo) existentes na época foram abertos e jorraram água.

Eu sinceramente nunca havia percebido a clareza desta “teoria científica bíblica”. As nuvens se condensaram abruptamente e se precipitaram sobre a terra e, simultaneamente, todos os lençóis freáticos verteram água porque foram... abertos?

O poder divino é fascinante, não é mesmo?


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
A pressão causada pela força dos lençóis freáticos, que jorravam, foi de uma proporção tal que formou uma grande fissura ao redor do globo terrestre e que hoje é conhecida como a camada Meso-Oceânica, uma rachadura que existe no fundo do mar e que circula todo o globo terrestre, deixando o nosso planeta semelhante a uma bola de Basebol (Gn 7:11 e 8:2).

OOOpppsss!

Então os “lençóis freáticos” não estavam no subsolo das terras emersas, mas sim debaixo daquela famosa “camada granítica impermeável”? Então para que chamá-la de “lençóis freáticos”?

E a água sob esta camada, ao deixar seu estado de confinamento, formou as cordilheiras meso-oceânicas?

A resposta é: Não! Nunca houve a camada granítica; nunca houve água confinada entre duas camadas isotrópicas e a cordilheira meso-oceânica não é uma “camada”.

E o planeta parece com uma bola de beisebol porque tem forma oval ou porque na Bíblia estava escrito que havia este jogo? A propósito eu torço para o Chicago Cubs:P


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
O solo em que pisamos está situado em cima de espessas camadas de rocha, chamadas placas tectônicas que por sua vez estão “boiando” em cima do magma existente no núcleo da Terra.

O núcleo da Terra não é constituído de magma, mas de uma liga metálica de ferro e níquel, que embora nunca tenha sofrido uma observação direta, foi interpretado do estudo da propagação de ondas sísmicas e da distribuição de massas na crosta e da densidade média do planeta.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Quando houve o dilúvio houve também terremotos que separaram os continentes, que anteriormente formavam um único bloco continental, por isso que ao criar nosso planeta Deus colocou-lhe o nome de Terra, porque havia mais terra do que água na sua superfície, ao contrário de hoje que existe mais água do que terra, devido ao dilúvio.

PQP!!! Eu não deveria sequer ler esta... coisa, quanto mais fazer uma refutação de tal idiotice. Mas alguém tem que fazer este “trabalho sujo”. Então...

Os terremotos não separam continentes porque eles são uma consequência de atividades tectônicas e não a sua causa. O que move as placas tectônicas é a distribuição de esforços tensionais (stress) nas suas bordas por conta das correntes de convecção do manto.

Com o acúmulo de tensões nas placas ocorre, em algum momento, a liberação deste esforço (shear stress) na forma de energia calorífica e mecânica (terremotos), que causam uma deformação (strain) nas rochas.

Quero deixar claro que estou usando, aqui, definições mais simples de stress, shear stress e strain.

E a partir do momento que os oceanos se formaram, nunca mais existiram terras emersas em área maior que a das águas marítimas. Ou seja, há mais de 4 bilhões de anos.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Havendo o dilúvio, os continentes (Américas, África e Europa) se separaram dando início a um enorme deslocamento de solo (movimento orogênico) até que encontraram ‘barreiras’, mas as várias camadas de solo existente umas sobre as outras continuaram a se locomover, impulsionadas pela água que se localizava entre tais camadas, até encontrarem, também, barreiras e iniciarem a formação das cadeias montanhosas e paralelas a elas as grandes fossas oceânicas.

Então tudo começou com os continentes sendo separados a uma taxa gigantesca (pelo menos 680 metros por hora) comparada às modestíssimas taxas de hoje (em média 4 cm por ano) por causa da camada de água pressurizada?

Depois o interior dos continentes continuou se deslocando horizontalmente porque havia água entre as “muitas camadas” e, ao encontrarem as “barreiras” elas formaram as montanhas e as grandes fossas oceânicas?

Que explicação pitoresca. Confesso que nunca tinha lido nada sobre esta versão de orogênese.

Ainda assim lamento informar que não foi (e nem é) a água pressurizada que deu origem às montanhas. Elas se formam como uma resposta de alívio aos esforços compressionais em bordas convergentes decorrentes do movimento das placas.

E as fossas oceânicas são as regiões dos oceanos onde as placas oceânicas subductam sob outras placas, principalmente continentais.

Mas pelo menos em um ponto eles têm “razão”. A principal componente de esforço que forma montanhas é a horizontal.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
É por isso que hoje os geólogos mostram que as cadeias montanhosas são paralelas às fossas oceânicas, e foi justamente para essas fossas oceânicas que parte da água do dilúvio escorreu, enquanto outra parte voltou a evaporar e encontra-se em forma de nuvem e a parte final das águas estão cobrindo boa parte do nosso planeta, em cima da camada antiga de oceano. Por isso é que hoje há mais água do que terra.

Então “tá”! ::)


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Essas fossas oceânicas possuem uma profundidade de aproximadamente 12 Km, no entanto elas não são profundas o suficiente para comportarem as águas do dilúvio de forma que os mares fiquem no mesmo nível que o do período pré-diluviano, é por isso que o nível do mar, hoje, possui uma camada de ‘água nova’ em cima de uma quantidade de ‘água velha’ já existente, que os cientistas chamam de Plataforma Continental (aproximadamente 200 metros de profundidade). Essa Plataforma é citada por todos como uma camada de água nova que foi ‘depositada’ em cima da água oceânica existente anteriormente. É como se “alguém” tivesse colocado essa água lá.

Como a minha paciência está próxima do esgotamento, vou escrever apenas sobre dois aspectos.

O primeiro é que as fossas oceânicas tem uma profundidade média de 6.000 metros, sendo que a mais profunda (a das Marianas) tem aproximadamente 11.600 metros.

E o segundo é que as plataformas continentais não representam uma medida de uma camada de ”água nova” depositada por um deus. Elas são uma feição de borda das placas continentais decorrentes do processo de rifteamento.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2014, 16:53:18 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #142 Online: 04 de Setembro de 2011, 23:32:13 »
Parabéns pela paciência e parabéns pela aula de geologia, Geo. :)
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #143 Online: 05 de Setembro de 2011, 23:04:29 »
Eu já devo ter falado, mas vale repetir: os posts do Geo, em especial sobre geologia, são muito bons e esclarecedores. São praticamente aulas de geologia grátis. :ok:

Parabéns pela paciência e parabéns pela aula de geologia, Geo. :)

Muito obrigado pelos elogios.
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #144 Online: 07 de Setembro de 2011, 12:36:11 »
Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Os registros fósseis são outro fator de fundamental importância na prova de um dilúvio universal. Os fósseis são encontrados em rocha calcária (espécie de rocha que se formou da ‘lama’, que por sua vez envolveu os seres vivos, que com o passar do tempo solidificou).

Há fósseis em sedimentos argilosos, arenosos e calcários; o que já indica uma multiplicidade de ambientes deposicionais, incluindo os desertos e estes são totalmente incompatíveis com um “dilúvio universal”.

As rochas calcárias se formam basicamente por deposição clástica, biológica e química. No primeiro caso, elas provém do retrabalhamento e sedimentação de materiais calcários pré-existentes juntamente com sedimentos terrígenos, como é o caso das margas. No segundo caso, há a deposição de conchas calcíferas de animais, como é o caso dos foraminíferos. No terceiro caso, o mais comum, há a deposição de calcário incluindo o dolomítico.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
O curioso é que esses peixes são encontrados em posição de natação, com as nadadeiras estendidas, e com os olhos protuberantes, por causa da força exercida pela ‘lama’ que pressionava o corpo dos mesmos. Esse registro explica que tais peixes foram cobertos pela lama enquanto estavam vivos. A lama (água provinda dos oceanos e empurradas pela pressão das fossas oceânicas juntamente com sedimentos) que veio envolvendo o planeta no dilúvio.

Seria interessante se o forista tivesse mostrado a referência bibliográfica científica da qual ele tirou as informações supra, mas isto seria pedir demais para um criacionista, mesmo porque para alguém que acha que a “lama” veio da mistura da água “diluviana” com sedimentos (que ele não explica de onde vieram) não adianta lhe expor uma explicação mais técnica.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Boa parte dos registros fósseis encontrados são achados de maneira mista, ou seja, peixes de água doce junto com peixes de água salgada, plantas de água doce com plantas de água salgada e terrestres, animais de zonas climáticas diferentes juntos, bem como plantas também. Esse é um vestígio de uma inundação universal, que foi capaz de unir seres de zonas diferentes em um só local.

Errado. Não existe tal “mistura” generalizada a não ser para aqueles que são apedeutas em Geologia e Paleontologia.

A fauna e a flora de cada etapa do tempo geológico formam associações que são facilmente identificáveis por especialistas e a coerência destas associações é um das muitas evidências da evolução.

O fato de nunca ter sido encontrado um só fóssil de, por exemplo, um animal contemporâneo pós-Idade do Gelo, em sítios paleontológicos do, por exemplo, Carbonífero ou do Cretáceo, indica com muita clareza, a estupidez que caracteriza o criacionismo e o dilúvio enquanto “alegações científicas”, que necessita de outras alegações tão ou mais idiotas, como são os casos da “flutuabilidade seletiva” e do “zoneamento ecológico pré-diluviano”.


Citação de: Visão Nacional para a Consciência Cristã
Os relatos históricos, os fatos geológicos, a camada meso-oceânica e a ciência de uma forma em geral têm confirmado o relato bíblico de uma forma surpreendente.

Não. Realmente não tem.


Esta é apenas uma das várias evidências que relatam a provável existência de uma atmosfera diferenciada na Terra até certo período.

Que satisfação em encontrar pelo menos uma afirmação plausível do ponto de vista científico. E não é “provável” que em tempos primitivos a atmosfera era outra. É um fato corroborado por muitas evidências, mas que não ocorreu há menos de 7.000 anos, pois é muito mais antigo.


Contudo, se estamos falamos de violência às leis naturais, permita-me citar algumas que o evolucionismo, não somente viola, mas ignora completamente, a saber:

Atenção. Um Prêmio Nobel pela proa!


LEI DA BIOGÊNESE: Formulada pelo micro-biologista Louis Pasteur e o médico sanitarista Walter Reed, a lei da biogênese diz, categoricamente, que uma vida somente pode originar-se de outra vida. De acordo com essa lei, as matérias inanimadas e inorgânicas não podem produzir vida, nem o inorgânico produzir o orgânico espontaneamente, isto é, de forma não induzida. Logo, a idéia de que o homem é produto do acaso e da matéria é insustentável. Vida provém de vida.

Errado. Pasteur somente demonstrou que uma dada situação histórica de sua época descrita como sendo “geradora espontânea de vida” estava equivocada, pois houve contaminação da amostra.

As atuais pesquisas e descobertas mostram, cada vez mais, que as bases para o surgimento da vida surgem sem qualquer interferência extraordinária ao mundo natural.

E se “vida provem de vida”, de onde veio o criador?


1ª LEI DA TERMODINÂMICA: Também conhecida como lei da conservação da energia. Segundo esta lei, a energia não pode ser criada nem destruída; a quantidade de energia no universo é sempre a mesma podendo apenas ser transformada em diversos níveis. No tocante a hipótese evolucionista, essa lei é ignorada, pois esta ´(O Evolucionismo) afirma que a energia está em expansão, em evolução. Isto é um terrível equívoco.

Errado. A Teoria da Evolução não faz qualquer afirmação sobre termodinâmica, quanto mais uma bobagem de que a “energia está em expansão”.


2ª LEI DA TERMODINÂMICA: Também conhecida como Lei da entropia. Esta Lei atesta que o universo caminha de níveis organizados para níveis cada vez mais desorganizados. Toda desordem que pode haver num sistema altamente complexo, faz com esse sistema decresça, entre em colapso; ficando cada vez mais desorganizado. Ora, os evolucionistas afirmam exatamente o contrário, desprezando a ciência! No entanto a 1ª e a 2ª leis da termodinâmica estão em perfeita harmonia.

Haja paciência.

Onde ocorreu a evolução que nós conhecemos, o planeta Terra, não é um sistema fechado em termos energéticos porque recebe energia de uma fonte externa, conhecida como Sol.

E se a Segunda Lei da Termodinâmica afirma que o sistema tende a ficar “mais desorganizado”, então não há como o criacionismo ser verdadeiro, porque nele entrou em ação a “perfeição divina”, não sendo possível (permitido) que ele (o sistema) se desorganize.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2014, 16:55:49 por Geotecton »
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #145 Online: 07 de Setembro de 2011, 23:29:30 »
Bom, de volta ao penúltimo parágrafo, sabemos que situações ou condições ambientais e atmosféricas não são alteradas espontaneamente, faz-se, portanto, necessário um evento cataclísmico, fortemente abalador, para que haja a desestruturação deste sistema.

Errado. Como qualquer sistema dinâmico caótico, o clima é fortemente alterado pela soma de pequenas mudanças.


Ora, mas o que garante que tal evento tenha sido um dilúvio? É simples deduzir, tomando como bases muitos conhecimentos comuns tanto a evolucionistas como criacionistas.

Não existe conhecimento científico produzido por criacionistas.


Quanto à questão diluviana, preciso, antes de iniciar a base de resposta, fazer a citação de um trecho postado por um dos colegas:

Vejamos.


Citação de: Pedro Reis
Mas mesmo sem entender xongas de Física como você já mostrou, pense um pouco: se o deslocamento de 1 cm de uma placa tectônica é refletido no eixo de rotação o que aconteceria se o manto inferior e o núcleo, com a maior parte da massa da Terra, estivessem soltos no seu interior, balançando enquanto o planeta gira?Pensou? A Terra antes do Dilúvio seria um lugar... errr.... digamos... muito movimentado.

Realmente essa é uma teoria boa pra quem fugiu da escola. Mas o pior é a Física criacionista explicar como o magma da astenosfera, mais denso que a própria crosta não afundava no tal oceano interior. Ou se afundava, como toda aquela água acima dele submetida a altíssima temperatura e pressão não estava esguichando pelos muitos vulcões que Walter Brown diz que estavam espalhados por toda a terra?

Isso sem falar que da mesma forma a Física mais elementar impede que a astenosfera flutue sobre a água não há como imaginar nenhum processo geológico que crie uma camada de água abaixo de uma camada de basalto e granito.

(Resposta #17 : 03 Abr 2009, 09:02:17)

É uma boa síntese de argumentos contrários ao “dilúvio”.


Embora desnecessariamente descortês e um tanto ofensivo, deixando assim, explícito que a discussão está em nível de pessoalidade, Pedro mostra fluência no assunto, o que deve ser respeitado, como já havia dito anteriormente. No entanto, a questão entre as tectônicas e as hidroplacas não é tão simples assim. Primeiro que, em termos comparativos, assim como o colega levantou “limitações” que, segundo se entende, impossibilitaria encararmos as Hidroplacas como uma verdade científica, nada mais justo do que fazer um contraponto demonstrando que existem muito mais variáveis a se analisar do que se cuida ter.

Estou ansioso para ver as tais “variáveis”.


ESTRUTURA DAS TEORIAS

Bom, inicialmente devemos considerar que existem várias teorias que competem na mesma área das tectônicas, mas entre todas, as que estão sob análise nesse momento são:

1.TEORIA DA SUBDUCÇÃO OU DA PLACAS TECTÔNICAS – proposta por Alfred Wergener, em 1915.
2.TEORIA DAS HIDROPLACAS - proposta pelo Dr. Walter Brown, em 1980.

Não existe nenhuma “competição” entre teorias tectônicas. Apenas uma, a Teoria da Tectônica de Placas (TTP), é aceita pela totalidade da comunidade acadêmica geológica.

Alfred Wegener não é o autor da TTP e sim o da teoria da deriva continental. Os atuais historiadores de Geologia admitem que a TTP não possui um só elaborador, sendo na realidade o resultado de uma soma de conhecimentos. O primeiro geólogo a cunhar a expressão “placas tectônicas” foi John Tuzo Wilson em 1965.

E Walter Brown é um apedeuta em Geologia, totalmente ignorado na comunidade acadêmica.


Existem outras como a teoria “Camada de água ao redor da Terra”, que não nos interessa nesse momento, e que, além disso, possui muitos pontos que impossibilitariam sua concretização sendo isso senso comum em ambos os lados. Por exemplo, o fato de essa teoria afirmar a existência dessa camada (na forma de vapor, é claro), coloca-a numa situação complicada, pois essa mesma camada água (ou gelo, como outros dizem) liberaria, em sua precipitação da atmosfera, nada menos do que 415° C de calor (na forma de vapor) e, no caso do gelo, 5700°C. Portanto, é inviável.

Esta pitoresca “teoria” eu não conheço.


No caso das tectônicas, temos alguns pequenos problemas, dos quais vou citar alguns, os quais, eu julgo os mais importantes:

Estarei em frente a um candidato à Medalha Harry Hammond Hess?


1. As forças envolvidas para que tal fenômeno ocorresse, ainda são, fisicamente falando, totalmente desconhecidas. Ora, mas como assim? Que história é essa? É bem simples, veja:

Errado.

A “força” que faz as placas se movimentarem provem das correntes de convecção do manto, que ao ocorrerem movimentam massa (magma) e dissipam energia, pela liberação de calor nas dorsais meso-oceânicas, principalmente.


Partamos de um princípio bastante conhecido, tanto por mim quanto pela maioria dos membros do fórum: A fórmula de cálculo de Energia cinética, que é “Ec = ½. mv²”. Façamos um cálculo bem simples de movimentação dessas placas pegando, por exemplo, a América do Sul. Faça um cálculo de área da América do Sul (17,7 milhões de km²), então você multiplique essa área por 11 km e assim você terá o volume em Km³. Daí, como quase tudo isso é feito, em sua maior parte, por granito, calcule e multiplique esse volume pela densidade do granito (2,65 g/cc aproximadamente), então você terá a massa, essa mesma massa (m), será a utilizada na equação citada no topo deste parágrafo, que é “Ec = ½. mv²”. Então, depois que tiver sido feito esse cálculo, mediante os conhecimentos, que, sem sombra de dúvida (falo sem hipocrisia) tenho certeza que você possui, a gente pode “conversar” sobre a Energia cinética necessária pra movimentar toda essa estrutura mencionada pela teoria das placas tectônicas, cuja intensidade, é bastante, bastante, mas bastante expressiva MESMO. O grande problema, em relação a toda essa suposta energia, é que não há como demonstrar como isso funciona fisicamente. É algo simples de ser percebido meus caros, e posso falar seguramente (sem nenhuma intenção de soberba ou orgulho em demasia), baseado em todo conhecimento de senso comum que existe na comunidade científica. A origem de “toda essa energia” é totalmente desconhecida em se tratando de termos científicos.

O forista citou todo o “blá-blá-blá” acima apenas para demonstrar que não sabia fazer cálculos e nem conhecia o tema, pois que, segundo as palavras do próprio forista, “a origem de toda essa energia é totalmente desconhecida em se tratando de termos científicos” mostra o quanto ele estava desinformado sobre um conhecimento basilar de Geologia, que é a dinâmica do manto.


Outra questão, é que caso a formação dos continentes houvesse ocorrido por movimentação de placas, nós teríamos que admitir que houvesse rotacionamento de continental, ou seja, continentes rotacionando, girando, literalmente, como teria sido o caso, por exemplo, da Oceania.

A rotação de continentes é um fato e está ocorrendo hoje, por exemplo, com a América do Sul, cujo ponto focal de rotação é a Islândia. O porquê disto ainda é objeto de discussão, mas o mais aceito é que localmente há uma maior atividade nas correntes de convecção fazendo com que a taxa de acreção seja um pouco maior na dorsal meso-oceânica adjacente.


O que não acontecesse dentro da proposta das hidroplacas, tendo em vista a formação super continental da Pangeia, lembrando que, no tocante a essa formação original, existe um consenso entre todas as partes.

Sim, o Pangea é um consenso assim como outros 4 supercontinentes anteriores: Kenorano, Colúmbia, Rodínia e Pannotia, dos quais o mais antigo é o Kenorano com cerca de 2,5 a 2,6 bilhões de anos.

Mas o forista certamente não sabia disto.


No entanto, o maior problema não é esse. A maior dificuldade que nós temos sobre essa teoria, é que, quando nós temos placas se movimentando desse jeito, é que a força de tensão de uma rocha é muito menor do que a sua força de compressão, ou seja, a rocha seria esfarelada, literalmente, com toda essa energia. Elas não ficariam, em hipótese alguma, escorregando dessa forma.

As placas tectônicas são, de maneira bem simplificada, um conjunto de rochas muito bem delimitadas na superfície e um pouco menos conhecidas em profundidade. E, ao contrário do que o forista afirmou, as rochas são sim muito deformadas dúctil e ruptilmente na região de contato entre as placas. No interior das placas ainda há tensões por conta dos esforços compressivos, mas que são muito menores e mais homogeneamente distribuídos.


Agora analisemos as Hidroplacas.

Precisa mesmo?


Ela propõe, caso alguns não saibam, que o houve um evento cataclísmico (que só bem posteriormente, teria sido identificado com o dilúvio de Genesis), antes do qual a Terra possuía uma forma diferenciada da atual, isto é, sua forma original.

Bobagem. A “teoria das hidroplacas” foi elaborada por um apedeuta em Geologia com a única finalidade de tentar (inultimente) dar um “ar de credibilidade científica” para um trecho de um texto religioso. E foi feita com base unicamente na crença e não na Ciência.

Nada mais.


Antes do referido evento abalador, havia um lençol de água subterrâneo, homogêneo de aproximadamente 11 a 12 km de profundidade e mais ou menos 1 km de espessura.

O forista não deu informações mais detalhadas sobre a área total que este “lençol freático” (sic) ocupou, mas dá a entender que seria todo o “Pangea criacionista”. De qualquer maneira, não existe e nem nunca existiu condições geológicas para formar um único aqüífero (não é um “lençol freático”) do tamanho sugerido pelo forista.


Ora, segundo esta teoria, era necessária haver também, uma uniformidade climática no planeta, além de uma pressão atmosférica maior do que a atual.

A própria existência de duas massas distintas, representadas pelas terras emersas (“Pangea criacionista”) e pelos oceanos já determinaria a presença de climas diferentes sobre cada uma destas massas.

E, repito, não há nenhum indício ou evidência de que o planeta Terra tivesse uma pressão atmosférica maior há 7.000 anos.


Tendo em vista as condições sob as quais ele se encontrava. Todas essas circunstâncias, como mostrarei mais adiante, possuem evidências cientificas de que de fato ocorreram.

Não. Não há evidência nenhuma, a não ser wishful thinking religioso.


Mas donde teria vindo toda essa água?

Ótima pergunta!


Bom, dois poços de alta profundidade foram perfurados. Um deles na península de Kola na Rússia e outro na Bavária (Alemanha). Os pesquisadores queriam descobrir, o que existe na chamada “área de transição”, isto é, a área que existe entre a camada de granito e a de basalto.

Mentira.

Os pesquisadores não queriam saber o que existe na “área de transição criacionista” porque não existe tal estruturação crustal.

As perfurações acima faziam parte de um dos muitos projetos de sondagens da crosta e que incluiu o Mohole, entre 1970 e 1982, em que este objetivava perfurar a crosta oceânica para chegar à parte superior do manto.

A perfuração russa (soviética na época) na península de Kola, fazia parte do ICDP (International Continental Scientific Drilling Program), e atingiu um pouco mais de 12.000 metros quando foi interrompida por problemas técnicos, em especial porque naquele local, o gradiente de temperatura ficou acima do previsto na teoria.


Os perfuradores de Kola fizeram uma perfuração de 12 km e os da Bavária de 9 km. O que eles encontraram? Água. O problema é que era uma água aquecida e com duas vezes mais salinidade do que a água do mar que existe hoje.

Eles não encontraram “água” e sim uma solução hidrotermal aquosa, o que é bem diferente. Esta solução é comum na crosta e é responsável por mineralizações diversas, quando existem as condições propícias.

Não é a “água” encontrada nem nos lençóis freáticos, nem nos aqüíferos e nem nos oceanos. E muito menos é um resquício do “dilúvio”.


Com base nisso que eu acabei de citar, nós podemos agora entender melhor a questão processual da teoria:

“Questão processual da teoria”?

Ela está em julgamento?

Então eu digo: Culpada por propagar mentiras e contra-informações científicas! :P


A questão da ruptura.

Convido à análise de uma das afirmações feitas acerca das hidroplacas:

Citação de: Pedro Reis
Mas o pior é a Física criacionista explicar como o magma da astenosfera, mais denso que a própria crosta não afundava no tal oceano interior. Ou se afundava, como toda aquela água acima dele submetida a altíssima temperatura e pressão não estava esguichando pelos muitos vulcões que Walter Brown diz que estavam espalhados por toda a terra? Isso sem falar que da mesma forma a Física mais elementar impede que a astenosfera flutue sobre a água não há como imaginar nenhum processo geológico que crie uma camada de água abaixo de uma camada de basalto e granito.

(Resposta #17 : 03 Abr 2009, 09:02:17)

A análise do forista Pedro Reis é categórica e precisa. Não havia como existir uma camada, em equilíbrio, de água entre duas outras camadas de rochas. E neste caso para os criacionistas não basta afirmar, e sim mostrar qual foi o processo de diferenciação crustal que resultou nestas camadas.


Bom, quanto a essa base afirmativa, Pedro, deve-se considerar alguns fatores, talvez não conhecidos ou ignorados em suas afirmações. Na verdade as coisas não são bem assim, gostaria de mostrar, através da explanação abaixo, o processo exato de como se embasa a teoria, e assim, talvez esclarecer alguns pontos. Na verdade, existem algumas hipóteses quanto ao surgimento dessa ruptura:

Quando os criacionistas são acuados eles sempre se saem com evasivas do tipo “as coisas não são bem assim” ou “foi deus que assim fez e não nos cabe julgar”.

De qualquer maneira estou curioso para saber porque ocorreu a ruptura.


Impacto de um asteróide.

Em qual local houve o impacto? Quando ele ocorreu?

Lembrando que ele tem de ter menos de 7.000 anos e teve que ser suficiente para fragmentar a crosta.


Aumento dessa pressão de Água.

Como e porquê?

Não pode ser pela fragmentação da crosta, porque a perda de confinamento levaria a uma queda de pressão imediatamente.


Essa água teria aproximadamente 12 km para percorrer. Agora imagine essa água chegando “lá em cima”... Lama! Muita lama. E muita água caindo ao mesmo tempo.

“Imaginação”. Eis o verdadeiro segredo desta “teoria” (sic).

E de onde viria a lama, que não passa de sedimento terrígeno hidratado? Será que a água arrancou porções das camadas, triturou-as e depois as depositou?

“Imaginação”. Sem dúvida alguma!


O que acontecesse quando se formam fósseis em rochas sedimentares? São presos na lama rapidamente.

Não é o inverso, possivelmente?  ::)


Por que as grandes áreas onde encontramos fósseis estão perto de um determinado local no planeta?

E qual seria este “determinado local”?


Sempre perto de regiões por onde parece ter passado essa rachadura?

Pelo contrário. A maioria dos fósseis estão distantes das dorsais meso-oceânicas.


Essa água tinha tendência de chegar à superfície na forma de “spray”, pelo fato de chegar apenas em pequenas partículas ela congela rapidamente por causa da temperatura que temos quando se está a 20 km de altura.

Então a água saiu da parte superficial da crosta e chegou na parte superior da troposfera?


Logo, estas partículas ao caírem, produziram uma chuva torrencial incrível: primeiro seria água e depois gelo em pó! (efeito é semelhante ao que acontece quando se põe a mão molhada naquela pequena camada de gelo do freezer (a mão sai, mas a pela fica).

Então houve precipitação de água e de gelo... em pó?

Agora estou mais tranqüilo, porque anteriormente o forista não havia dito que tipo de gelo havia precipitado e, deste modo, fiquei chocado em imaginar porque o criador tinha sido tão sádico em mandar bólidos de gelo na cabeça dos pobres animaizinhos e plantinhas.  ::)  :P


Não é curioso que encontramos muitos mamutes e rinocerontes congelados na Sibéria, muitos congelados no ato da alimentação (com a comida na boca!), outros com a comida ainda no estômago sem sequer passar pelo processo de digestão. Por mais que sejam irracionais, eles não ficariam centenas de anos esperando serem congelados, isso evidencia que o congelamento foi rápido.

Sim, o congelamento de alguns dos espécimens de mamutes teve que ser muito rápido para que o conteúdo de seu trato intestinal fosse preservado. O espécimen achado próximo ao rio Beresovka, por exemplo, ficou preso em uma poça com toda a parte anterior para fora em uma posição que sugere que ele morreu tentando sair da sua armadilha.

E não foi por causa do “dilúvio”, pois do contrário o criador se esqueceu de matar afogado algum animal carniceiro que se aproveitou da condição do mamute e devorou-lhe a tromba e uma pequena porção da parte superior da cabeça. Sádico este criador, não é mesmo?  :P


Muitos podem quere afirmar: Mas isso foi na Sibéria! Lá é frio mesmo. Sim, concordo plenamente. Mas mamute congelado na enquanto comia comida tropical? Totalmente atípica da Sibéria?

E onde está escrito que era “comida tropical” que jazia na boca do mamute?


Após esta água desbastar a parte de granito, desbastar a parte de basalto (pois estava entre eles), essa água, ao sair por ali, ocasionará formação de granito e de basalto em várias regiões do planeta. Assim, você vai encontrar basalto onde você não deveria encontrar basalto. Coisas assim, que nós, realmente nós, vemos e encontramos.

Oooooo quêêêêê??????

A água diluviana dissolveu os granitos e os basaltos e os reconstituiu em diversos lugares, de tal modo que eles são rochas sedimentares?

Há muito tempo eu não encontrava um Neptuniano.


Até a uns 30 anos atrás, acreditava-se que o fundo dos oceanos era plano, até que tivemos uma surpresa com o satélite “SEA-SAT” (Satélite do mar), mostrou formações montanhosas subaquáticas. Logo, descobriram que não era plano, e mais, que a maior cadeia de montanhas (74000 km ininterruptos de montanha) está no fundo dos oceanos.

E no que estas informações reforçam a “teoria das hidroplacas”?


Pergunto, inclusive creio que o Pedro, também saiba disso: Não há placas tectônicas se mexendo ali. Como é que se formaram as cadeias montanhosas?

É claro que existem placas tectônicas nas dorsais, pois as de natureza oceânica justamente se formam ali, onde o magma ascende do manto e é incorporado lateralmente às duas placas que margeiam a dorsal.

E tais montanhas são formadas por um intumescimento da crosta oceânica pela ascensão de magma mantélico, que ao resfriar se contrai diferencialmente e que resultam em locais com campo de esforços de distensão pontuais, formando blocos mais rígidos que progressivamente são abatidos à medida que se afastam do eixo de acreção, tomando formas de paralelepípedos compridos. A figura esquemática abaixo mostra, de forma esplêndida, como se formam as cordilheiras meso-oceânicas.




Fonte


Mas é claro, e esperado, que, como é de costume, haja uma resposta da parte de qualquer geólogo como também é óbvio que eu espero esta resposta do querido colega. No entanto, independente da resposta, o fato é que em nível de placas tectônicas, não há, até o presente instante, nenhuma teoria ou explicação sólida para explicar seu surgimento a não ser pela teoria das Hidroplacas.

Então “tá”. ::)


Onde o afastamento dos continentes, provocou uma descompressão das camadas subcontinentais que eram, até então, suprimidas, no entanto ao ocorrer o afastamento das porções de terra, essa compressão foi desfeita, fazendo com essas formações montanhosas surgissem, como uma espécie de “efeito mola”. Daí o surgimento das famosas cadeias de montanhas subaquáticas como a Dorsal meso-atlântica (cordilheira submarina que se estende sob o Oceano Atlântico e o Oceano Ártico).

O texto é tão mal redigido que tenho sérias dúvidas sobre o que ele quis dizer, mas ao que parece, o “efeito mola” dele pode ser chamado de “campo de esforços distensional devido ao resfriamento”.
« Última modificação: 20 de Novembro de 2011, 09:57:59 por Geotecton »
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Offline Luiz F.

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #146 Online: 08 de Setembro de 2011, 19:25:38 »
Fala a verdade Geo. Você se diverte refutando esses textos pitorescos, não é?

E meus parabéns pelo didatismo e paciência. Cada vez que leio seus textos eu aprendo um pouquinho mais dessa ciência tão interessante que é a geologia. :ok:
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #147 Online: 08 de Setembro de 2011, 19:39:29 »
Fala a verdade Geo. Você se diverte refutando esses textos pitorescos, não é?

Sim, eu tenho uma certa alegria em escrever textos "leves", mas ao mesmo tempo fico muito triste em constatar que a Internet está sendo usada ostensivamente para propagar bobagens pseudo e anti-científicas.


E meus parabéns pelo didatismo e paciência. Cada vez que leio seus textos eu aprendo um pouquinho mais dessa ciência tão interessante que é a geologia. :ok:

Obrigado Luiz F.

Um dos meus objetivos ao escrever estes textos é justamente o de apresentar aos foristas daqui, uma certa gama de informações sobre Geologia e, sempre que estiver ao meu alcance, responder as dúvidas do pessoal.
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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #148 Online: 11 de Setembro de 2011, 18:22:07 »
Em continuidade temos que, os continentes ao se moverem, por causa do momento de inércia, agora eles são compactados, tendo, portanto, oceanos mais profundos, e ao mesmo tempo por causa da compactação, continentes mais altos.

Como podem estar os continentes sob movimento de inércia se eles continuam sendo “empurrados” a partir das zonas de acreção?


A evidência indicadora disso revela que a quantidade de superfície de terra no planeta, hoje, é diferente da pré-diluviana. Tanto é que, se somássemos a área toda área dos continentes atuais não seria igual á área da Pangéia. Os continentes são mais altos, pois foram compactados pelo momento de inércia.

A superfície terrestre, representada pela área de todas as placas, apresenta-se igual ou muito próxima disto há pelo menos 4,4 bilhões de anos. A área coberta por crosta continental vem crescendo continuamente desde que se formou a primeira crosta estável há mais de 4,1 bilhões de anos.

E a soma de todas as áreas dos atuais continentes seria semelhante ou um pouco maior que o supercontinente Pangea porque neste continente não existiam as cordilheiras dos Andes, das Rochosas e dos Himalaias.


O mais fascinante é que a movimentação de um continente nessas condições iria produzir coisas interessantes, a saber: Suponhamos a América do Sul, se ela está se movendo, quando ela pára, devido ao momento de inércia, ela irá, literalmente, encavalar, em função desses “encavalamentos” derivados do momento de inércia, teríamos uma cadeia de montanhas principais, uma região com planaltos e planícies e, por fim, uma parte com cadeias de montanhas secundárias.

As principais montanhas atuais não se formaram por “inércia” e sim pelo choque de placas que comprimiu os sedimentos que estavam depositados nas cavidades situadas longitudinalmente às bordas dos continentes. E umas poucas se formaram devido a uma distensão na crosta que gerou blocos limitados por falhas lístricas.


Isso te lembra algo? Dá uma olhadinha, no mapa da América do sul, por exmplo:

CADEIAS DE MONTANHAS PRINCIPAIS: Cordilheira dos Andes

VÁRIOS PLANALTOS E PLANÍCIES NO MEIO

CADEIAS SECUNDÁRIAS: Serra do mar.

A Serra do Mar é uma cadeia montanhosa mais antiga que a Cordilheira dos Andes e foi formada em ambiente distensional, ou seja, o contrário dos Andes. E o que o forista tem a dizer das montanhas arrasadas pela erosão como a Serra do Espinhaço ou da Serra do Espigão que ficam entre a Serra do Mar (a leste) e a Cordilheira dos Andes (a oeste)?


Agora, a América do Norte:

CADEIAS DE MONTANHAS PRINCIPAIS: Rochosas

PLANALTOS E PLANÍCIES

CADEIAS SECUNDÁRIAS: Apalaches

E mais: ISSO ACONTECE NO MUNDO TODO.

Novamente o forista se equivocou.

As rochas dos Apalaches tem cerca de 1 bilhão de anos ao passo que as montanhas tem cerca de 480 milhões de anos, enquanto que a cordilheira das Rochosas tem entre 170 e 40 milhões de anos (foram 3 eventos tectônicos). Quando os Apalaches se formaram, por uma colisão do tipo continente-continente, a região das Rochosas ainda era um mar epicontinental.


Observe o Grand Canyon, no Colorado. As pessoas afirmam, que aquilo foi o rio que foi passando, passando... Até que formou o Canyon em “milhões” de anos. Tudo bem, mas e erosão do vento e a chuva não iam produzir efeito nenhum no Canyon? É claro que iam.

Não foi somente o rio que foi “passando, passando”. No local houve um alçamento crustal que fraturou as rochas e propiciou ao rio Colorado, que é um rio pouco caudoloso, um gradiente hidráulico capaz de desgastá-las ao longo das linhas de fraqueza.

E tanto o vento como a chuva desgastam muito as rochas do Grand Canyon. Basta ver a foto abaixo, tirada na trilha South Kaibab, onde todas as ravinas do lado esquerdo do rio foram formadas pela ação da chuva, que se aproveitou de linhas de fraqueza (fraturas) nas rochas.

 



Fonte.

Entre a Groelândia e o Canadá, temos um Canyon submarino, isto é, no fundo dos oceanos. Como explicar um Canyon nos oceanos quando a velocidade da água por lá é menos de 0,5 km/h?

Não existe apenas um canyon submarino, e sim muitas dezenas deles, quase sempre localizados na zona de transição entre a borda da plataforma continental e as planícies abissais, como pode ser visto nesta página. O mais profundo deles, o Zhemchung (situado no mar de Bering), atinge 2,6 km contra o 1,6 km do Grand Canyon. E o processo de formação dos canyons submarinos é completamente distinto dos canyons continentais.

Os continentais se formam pela erosão fluvial que se aproveita de uma ou mais linhas de fraqueza (falhas e fraturas), com forte contribuição pluvial, geralmente acompanhada de um alçamento local da crosta, quase sempre isostático.

Os submarinos, por sua vez, se formam principalmente pela instabilização das encostas da plataforma continental provocadas por terremotos, na qual há um grande movimento de massa que incluem rochas e sedimentos. A profundidade deles depende do tipo do substrato, da inclinação local e do total de massa transportada. Alguns canyons podem ter se formado originalmente na borda dos continentes, ainda emersos, e que com a posterior subida do nível do mar, foram retrabalhados pelos deslizamentos.


Um dilúvio universal teria, inevitavelmente, produzido estratigrafia. E não é exatamente isso que nós vemos em todo lugar? Ora, essa sedimentação só poderia ocorrer de uma forma leve e calma.

Até aqui o “dilúvio”, o processo “catastrófico” por excelência, era o responsável por toda a estratigrafia do planeta. Agora o forista afirmou que a sedimentação só poderia ocorrer de forma “leve e calma”?

Como explicar esta mudança?


Bom, depois da catástrofe, aconteceu com toda aquela água o mesmo o que acontece até hoje duas vezes por dia: Maré alta, maré baixa, maré alta, maré baixa... Trocando em termos mais científicos: Compressão/descompressão.

E?


E sabe o mais interessante? Diferentemente do que muitos têm afirmado, o Dr. Brown, à época da criação desta teoria, não era cristão, aliás, vou um pouco além, ele era ateu.

Ele alega que era ateu?

Eu acho pouco plausível, pois dificilmente um ateu conseguiria ser um militar de carreira no EUA na época da ascensão do senhor Brown (final dos anos 50 ou início dos anos 60), porque o segmento militar é o mais conservador (retrógrado?) dentre as carreiras governamentais, ainda mais de um indivíduo que passou por West Point.


Citação de: CreationScience.com
Brown is a retired Air Force full colonel, West Point graduate, and former Army Ranger and paratrooper. Assignments during his 21 years of military service included: Director of Benét Laboratories (a major research, development, and engineering facility); tenured associate professor at the U.S. Air Force Academy; and Chief of Science and Technology Studies at the Air War College. For much of his life Walt Brown was an evolutionist, but after years of study, he became convinced of the scientific validity of creation and a global flood. Since retiring from the military, Dr. Brown has been the Director of the Center for Scientific Creation and has worked full time in research, writing, and teaching on creation and the flood.
[...]

E o trecho supra, retirado do site dele, denota uma suspeição ímpar, em particular o destacado em negrito.


Portanto, é uma inverdade afirmar que a teoria surgiu em detrimento de uma crença ou religião. Antes mesmo de sua conversão, ocorrida por razões obvias, ele já havia conjecturado o passo-a-passo que o levou posteriormente a enxergar que tudo se encaixava com fatos já ditos nas Escrituras.

O fato é que ele é um apedeuta em Física e Geologia e o trabalho dele não pode sequer ser classificado como conjectura, pois não passa de justificação pseudo-científica com claro matiz de ideologia religiosa.

E da pior extirpe.
« Última modificação: 11 de Setembro de 2011, 18:36:14 por Geotecton »
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Offline Geotecton

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Re: Teoria das Hidroplacas
« Resposta #149 Online: 20 de Setembro de 2011, 00:08:06 »
COLUNA GEOLÓGICA

Com relação ao quesito Coluna Geológica, devo antes de responder à sua questão, não somente reafirmar novamente minhas colocações anteriores acerca da falta de complementação e coesão e coerência na coluna (citarei as fontes posteriormente), como também referenciar, novamente, uma afirmativa sua:

Se o forista tivesse um conhecimento básico de Estratigrafia não mais faria afirmações estapafúrdias sobre esta área da Geologia. A crítica do forista Pedro Reis é contundente e muito precisa em termos de conteúdo, embora resvale em alguns ad hominens desnecessários.


Citação de: Pedro Reis
Mas será que se vc ler a frase acima umas dez vezes e com vontade não te daria de repente um estalo que te despertasse finalmente desse estado de torpor intelectual e vc deixasse de ser um zumbi criacionista? Tenta amigo, quem sabe o  seu cérebro não pega nesse tranco. Veja, hominídeos nunca em camadas profundas da coluna geológica! Nunca junto com dinossauros. Dinossauros nunca no Permiano, e assim sucessivamente. E isso não te diz nada? Não cai mesmo a ficha?

Como alguém pode ser tão acéfalo?! Lembre que na sua teoria humorística estes animais e plantas morreram todos juntos, ao mesmo tempo e como parte do mesmo processo. Não deveriam então estar todos eles juntos, bem misturadinhos na lama do Dilúvio? Mas como foi que, ao contrário, eles terminaram arrumadinhos, perfeitamente distribuídos em camadas distintas, e o que é mais estranho: sempre com os fósseis das camadas superiores parecendo ter evoluído de formas de vida representadas nas camadas inferiores?

E o mais engraçado é que a Teoria das Hidroplacas transforma a terra em um gigantesco liquidificador cósmico, tornando ainda mais impossível dar uma explicação para o fenômeno. Onde estão os fósseis dos milhões de seres humanos que teriam morrido durante o Dilúvio que nunca são encontrados?

Gênesis também fala de ovelhas e outros animais (embora não mencione dinossauros), mas porque não há fósseis de ovelhas no pré-cambriano? Por que será que fósseis de ovelhas só vão surgir quando já existiam outras formas de vida das quais ovelhas poderiam ter evoluído? E por que será que isso se dá com cada único fóssil encontrado até hoje?

(Resposta #17 : 03 Abr 2009, 09:02:17)

O forista Pedro Reis destacou os principais pontos que mostram a coerência e a harmonia entre a estratigrafia e a paleontologia e o nonsense que é a “teoria das hidroplacas”, a saber:

A) Em uma sequência normal de estratos sedimentares, nunca se observou uma mistura caótica de animais. Pelo contrário. O que se constata é a presença de associações bem definidas em cada estrato fossilífero, o que depõe contra a “teoria das hidroplacas” que preconiza um caos aquático e deposicional.

B) Há fósseis em diversos tipos de rochas, atestando a variedade de ambientes deposicionais, desde desertos até fundos de mares epicontinentais. Não existe a menor possibilidade de que ambientes de deposição tão díspares sejam produtos de um só processo, como o suposto pela “teoria das hidroplacas”.

C) Nunca se observou um só fóssil de qualquer animal moderno junto a um fóssil de um animal mais antigo, o que é de se estranhar baseando-se na “teoria das hidroplacas”.


Imagino que devo ter te irritado muito, mas novamente peço desculpas por esse ato. Bom, Quero esclarecer toda a sua colocação acerca dos fósseis, através da figura do Dr. Leonard Grant.

O único Leonard Grant que eu rastreei é um cantor de rap. Mas, felizmente, o forista Agelo Melo já identificou o nome correto, que é Leonard Brand, hoje lotado na Universidade de Loma Linda, uma instituição de ensino superior pertencente à igreja adventista.

O interessante é que ele possui um bom currículo científico, com quinze artigos publicados em importantes revistas, todos nas áreas de paleontologia e de sedimentologia, mas não há, em nenhum momento, uma só menção sequer sobre um “dilúvio” como sendo o responsável pelas feições estudadas.

No entanto ele é recorrente na ideia de que muitas rochas se formaram em condições subaquáticas, como é o caso dos arenitos da Formação Coconino, no Grand Canyon, sendo que os demais geólogos consideram que foram formados em condições áridas de um deserto.

Também é digno de menção que ele, de um modo geral, usa corretamente os conceitos hodiernos de Estratigrafia e Geocronologia Paleontológica, não contestando, em momento algum, qualquer aspecto deles, nem mesmo a duração dos intervalos do tempo geológico.

De qualquer maneira, o conhecimento dele sobre Geologia é muito maior que o mostrado pelo apedeuta Walter Brown.


A equipe da Universidade de Cornell, nos EUA, comandada pelo Dr. Leonard Grant (não criacionistas), fez uma experiência interessante: Ele pegou 2 galões de água, interligou esses galões com um cano e em um dos galões ele colocou água e no outro vários tipos de solo diferentes (terra). O que ele fez foi simular como se fosse o movimento de uma balança. A idéia era simular, assumindo-se a idéia de maré alta/ maré baixa (compressão e descompressão), por um período de aproximadamente 330 dias.

Eu não consegui localizar a referência do trabalho que contém esta experiência. Eu acho pouco plausível que ela tenha sido realizada, ainda mais na Universidade de Cornell porque tem claramente um viés criacionista, indicado pelo suposto período de simulação de 330 dias, além de típicos erros metodológicos, como, por exemplo, o de gerar estratos sedimentares usando apenas argila.


Ele começou a realizar movimentos de compressão e descompressão neste parelho simulatório, e adivinhe o resultado? Estratigrafia. Exatamente a mesma formação de camadas que estamos habituados a ver na coluna geológica.

Gostaria de ver se o “pesquisador” conseguiria reproduzir todos os tipos de camadas já observadas na natureza, como estas daqui, por exemplo:








Ele ainda deu um passo além. Pegou grupos diferentes de animais mortos: mamíferos, anfíbios, aves e repteis. Tudo isso, animais de tamanhos diferentes, pesos diferentes, misturados num tanque muito grande com água e lama, produziu novamente o mesmo processo: Compressão e descompressão. Curiosamente a ordem foi:

- Anfíbios (fundo do tanque)
- Repteis (logo acima dos anfíbios)
- Mamíferos (logo acima dos repteis)
- Aves (na parte superior do tanque)

Esta formação lhes é familiar? Exatamente meus caros, é exatamente a formação da coluna geológica por espécies.

O que temos aqui é a famigerada “flutuabilidade seletiva”, uma ideia estapafúrdia que os criacionistas inventaram como mais um ad hoc. E eu duvido que tal “experiência” tenha sido realizada em Cornell.

E ainda assim esta “experiência” é totalmente falha sob o ponto de vista conceitual, porque ignora uma porção de ordens e de classes de animais, como os anelídeos, os artrópodas e os equinodermas, por exemplo.


Grant havia descoberto que o posicionamento desses animais dentro da famigerada coluna geológica era referente à densidade do animal e não ao seu peso.

Uma criança de 12 anos já saberia que para um meio de mesma viscosidade, os corpos (ou objetos) mais densos ocupariam a base. Não é preciso ser um cientista conceituado para se “descobrir” isto.


De um lado, contam a história de como a “vida evolui” na Terra, porém, isso não é possível reproduzir em laboratório.

Não, não é. Mas nem por isto deixa de ser Ciência, porque esta demanda uma interpretação coerente dos dados observados.


Bom, do outro, temos a proposta criacionista, o interessante, é que a mesma coluna é meramente classificatória, contendo apenas a ordem da “coluna geológica”, e o melhor: PODE SER REPRODUZIDO EM LABORATÓRIO. Em quanto tempo? Apenas 1 ano.

É impossível de que todas as rochas sedimentares tenham vindo de um mesmo processo deposicional, além de que a diagênese demanda mais do que um ano, ainda mais se em condições rasas de subsuperfície.


E o mais interessante é que todo esse trabalho quando foi iniciado pelo Dr. Grant e sua equipe, eles eram, como já havia citado, todos ateus, ou seja, eles não tinham a bíblia como referência. Seria a princípio um teste meramente simulatório, e certamente com fins nada religiosos. Mas a conjectura inevitável dos fatos levou-os a observação inegável das afirmativas bíblicas. Foi aí, exatamente nesse ponto, que se deu a conversão do Dr. Brown. É realmente lastimante que, as credenciais do Dr. Walter Brown foram postas em cheque, e ridicularizadas tendo como base de apontamento sua postura criacionista, sendo, portanto, acusado de formular a teoria a partir de uma pressuposição bíblica. Ora, o que muitos ignoram é que o Dr. Walter Brown, como acabei de afirmar, à época da formulação da teoria das hidroplacas era evolucionista, isto é, ele NÃO ERA CRISTÃO de fato.

O parágrafo supra não passa de proselitismo eivado de mentiras. Não existe o “doutor Grant” e nem a referida experiência. O “doutor Brown” é um apedeuta em Geologia e eu duvido que ele tenha sido ateu em algum momento de sua vida, com a possível exceção do instante em que nasceu.

Foto USGS

 

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