Bem, Acho que não é possível alterar o passado, assim, houve apenas um.
Quanto a isso, concordamos, e não vejo nada que indique que a realidade possa ser diferente.
Quanto ao futuro, ele ainda não aconteceu. Será função do passado e presente. há muitas possibilidades, mas apenas uma acontecerá.
Aqui, entendo que a coisa é mais complicada e eu não afirmaria, peremptoriamente, que o futuro ainda não aconteceu, sendo isso o centro das questões que te fiz. Se o futuro é função do agora e do antes e se apenas um "acontecerá" (não já aconteceu?; não já está determinado?), como se pode afirmar que há "muitas possibilidades"? A única(?) maneira empírica de provar isso seria voltar ao passado muitas vezes e ver o processo ocorrer variadas vezes de formas diferentes. Mas, em seguida, *você* sugere que, de acordo com a relatividade, não é possível voltar ao passado. Em face disso tudo, você continuaria afirmando que há muitas possibilidades para o futuro? Por que?
Quanto a viagens no tempo, só é possível avançar no futuro, conforme toda aquela coisa da relatividade (dilatação temporal em função da velocidade e do campo gravitacional, etc).
De fato, 'oficialmente' (não que a teoria da relatividade seja incompatível com a existência de partículas superluminais -- táquions), o universo (*tudo nele*, na verdade; não sei se isso vale para o universo, como um "todo") "viaja" para o futuro.
É o que sei. Digo... sei mais ou menos.
Alguns sabem um pouco mais, muitos sabem um pouco ou muito menos mas TODOS, na verdade, sabem mesmo é "mais ou menos" (em outras palavras, pouquíssimo). É, todavia, um assunto fascinante e, em ciência, o segredo não é descoberto por meio de respostas, mas formulando-se as perguntas certas. Quando se alcança a síntese da pergunta certa, a resposta é sempre automática e inevitável (e correta). Esse é o verdadeiro trabalho de todo cientista. E não é nada fácil descobrir a pergunta certa a se fazer.
Acho que a expansão é entre objetos celestes, assim, seria entre galáxias e dentro das galáxias. Mas esse assunto é complicado. quanto mais velha uma galáxia mais ela toma a forma espiral. Daí, não sei como é a expansão interna das galáxias.
É realmente um assunto complicado e eu, por minha vez, não vejo razão para concluir, especificamente, que só o espaço intergaláctico/interestelar se expande (embora eu possa desconhecer observações e dados empíricos já existentes). Deixando de lado a forma espiralada das galáxias espiraladas ou a forma de qualquer outro tipo de galáxia, quero deixar para você outra questão ainda mais cognitivamente exigente. Você teria muita dificuldade em conceber a proposta de que, ainda que o espaço-tempo "expanda", o universo não aumente seu tamanho e não diminua sua densidade média? A proposta do big bang é, basicamente, a de um fenômeno adiabático. É um processo físico que envolve transformações termodinâmicas num sistema sem troca de energia com o ambiente. Mas, no caso do universo, que ambiente seria esse? A termodinâmica aplica-se ao universo, como um todo? Vejo razões para duvidar. A relação entre matéria e espaço-tempo foi prosaicamente definida por Wheeler ("a matéria "diz" ao espaço como se *curvar* e o espaço "diz" à materia como se mover" -- um resumo parcial bem sintético da RG). Pode a matéria (gravidade) fazer mais que curvar o espaço-tempo, alterando simples geodésicas? Se dois corpos celestes movem-se, relativamente, por inércia ou interação, isso altera a expansão do espaço-tempo? Se esses dois corpos aproximan-se, seja inercialmente ou por interação, o espaço-tempo entre eles não estará ainda se expandindo, independentemente? O movimento "aparente" dos objetos celestes, causado pela expansão do espaço-tempo, é inercial ou de interação ou nenhum dos dois? O princípio da equivalência estende-se e aplica-se aí também? Se o universo fosse feito só de espaço-tempo, ele se expandiria do mesmo jeito? Em toda a sua extensão ou só em trechos dela?
Já são perguntas demais, por ora, mas as respostas podem ter drásticas implicações para o modelo padrão. O "problema" maior que vejo/conheço seria a radiação de fundo. Eu teria que fazer muitas perguntas para ela também.
Outra coisa importante tb é que, se houve um big bang, as subpartículas se distanciaram no início e depois passaram a se atrair, formar particulas, depois átomos e compor a matéria e mais um monte de detalhes difíceis de se explicar.
É, o modelo cosmológico *padrão* assume, entre outros, "aproximadamente", estes pressupostos. Mas você disse mesmo muito bem: "SE houve um big bang".
Há cientistas ainda que observaram taxas de expansão diferentes, o que dá ensejo a se achar que o universo estaria se expandindo em alguns lugares e se contraindo em outros.
E por aí vai...
Pode dar ensejo, mas estou certo de que as observações, os dados são insuficientes, até mesmo, para se ter certeza de que trata-se do mesmo fenômeno de Hubble.