Micrômegas,
Por que você acha que as mulheres não são boas para defender o ceticismo? Aquilo de morrer de medo em um centro espírita foi só uma comediazinha. Minha mãe morreu há pouco mais de 7 meses e teria enorme satisfação se pudesse enxergá-la ou pelo menos sentir a presença dela na minha casa nem que fosse só minha imaginação. Durmo as vezes na cama dela, olho para todos os cantos e NADA. Tenho certeza de que se isso fosse de alguma forma possível, ela apareceria para mim. Entretanto, uma amiga espírita veio pela primeira vez na minha casa e disse que "sentiu" a presença de minha mãe. Só para reforçar a teoria de que a imaginação das pessoas é bem fértil.
As coisas não funcionam como agente quer que funcione minha querida. A vida na terra é exatamente para isso: aprender, aprender e aprender. Tudo é aprendizado, tudo! A dor é apenas uma consequência, mas não é eterna, por isso precisamos ficar longe das pessoas que amamos para aprender a amar sem paixão, sem desejos, sem se prender, sem achar que somos donos dos outros, ou seja, amar verdadeiramente; o espírito é eterno e a dor passa, e se torna um bem depois que superamos com entendimento, portanto, uma morte é apenas uma separação temporaria.
Veja bem, se desde os primórdios morremos, porque não superamos esse fato tão comum que é morrer, por que ainda sofremos com a dor da morte, por que nosso cérebro sente por aqueles que ja não existem mais, por que sabemos que temos um prazo de validade e não aceitamos, por que a medida que o mundo avança sentimos mais dejeso de compreender a morte?
É simples, esse medo só é superado quando encontramos a causa, e a causa é exatamente compreender que não morremos, porque morrer não é uma causa natural: é contrária à Natureza. Quando chegamos a esta compreensão natural, não sentimos mais o medo da morte e nem o desespero que é ficar longe de quem amamos. Vamos sentir falta, mas amando, e não pensar no absurdo de que essa pessoa que amamos não existe mais.
Veja que a ilusão, a imaginação fértio, é de quem esforça, treina ardentemente para ficar longe dessa verdade; ou seja, o ceticismo.