Olá Banzai. Tentarei ser sucinto, e novamente vou evitar citações.
Vejo, nessas discussões, que muitas evidências para a Evolução nada mais são que desconhecimento da Natureza. É o problema de se querer explicar uma construção apenas pelo seu aspecto histórico, e não funcional.
1. “todos os projetos são cheios de defeitos”.É isso que deveríamos discutir. A índole de Deus é Teologia, e pode ser avaliada pela Bíblia.
2. “a coluna vertebral não é adequada para o bipedalismo”.Essa interpretação não se sustenta, como eu disse.
3. O olho Num estúdio de TV como o que você exemplificou, eu ficaria perplexo! Ia querer saber quem foi o engenheiro do lugar, que conseguiu fazer com que os fios não atrapalhassem as câmeras!
A visão não é tão simples como os evolucionistas gostariam.
http://www.tedmontgomery.com/the_eye/Clicar em “Retina” na imagem do olho, e boa leitura!
Tenho um bom livreto chamado Fisiologia: Texto e Atlas, onde os curiosos podem se saciar (Demanda um bom conhecimento de citologia, bioquímica, etc). (
http://www.submarino.com.br/produto/1/21502879/fisiologia+texto+e++atlas). Obviamente aqueles que têm a certeza de que o olho é um amontoado de estruturas durante o processo evolutivo podem ficar revoltados com as minuciosidades.
A luz entra pela pupila, atravessa o olho e as primeiras camadas da retina, sendo então REFLETIDA na escura camada pigmentada para as células fotorreceptoras. Essa camada também tem a função de manutenção dessas células. E algumas das células mais interiores da retina (no caso, que estão entre a entrada de luz e as células fotorreceptoras – as células ganglionares) também são responsivas à luz, tendo sua função na visão. E para favorecer a visão, existe a fóvea central, local que “milagrosamente” tem menor interposição dessas outras células, sendo responsável pela acuidade visual. A formação do nervo óptico na frente da retina é uma conseqüência dessa incrível construção, e que não atrapalha em nada a função. Putz, a luz reflete no fundo do olho e volta para as células receptoras de luz, e a informação já tem processamento antes de chegar ao cérebro! Isso sim é um “projeto magistral de inteligência abismal”. Perdoem-me, mas eu fico maravilhado estudando as obras do Criador.
E o nervo ótico (é óptico) nos vertebrados bem poderia ser como nos cefalópodes.
Só no seu olho!
http://pos-darwinista.blogspot.com/2009/03/evolucao-do-olho-tipo-camera-do-polvo-e.html (Pra ver as imagens).
Esse site abaixo tem diferentes construções para a captação da luminosidade. Ver em especial a do polvo (octopus) e dos vertebrados.
http://cas.bellarmine.edu/tietjen/images/Eyes!.htmEssa construção parece conter muito menos interconexões que a visão humana, e talvez a incidência de luz diretamente nos fotorreceptores fosse prejudicial para nós, enquanto esses animais estão protegidos pela água. Não me parece inteligente querer as células fotorreceptoras antes das células neuronais, e não desfrutar das maravilhas da complexidade de nossa visão.
Vocês deveriam tentar buscar o entendimento através do aspecto funcional, e não histórico.
A existência de dois tipos de olhos tão semelhantes é, na verdade, uma dificuldade para as explicações evolucionistas. Afinal, como se deu essa milagrosa evolução convergente? Como apenas com mutações aleatórias e a seleção natural se pode chegar a resultados tão semelhantes?
4. A “cauda humana”.Uma observação atenta das imagens a que você referiu mostra que a eminência caudal permanece do mesmo tamanho (ver com uma régua), enquanto o restante cresce, como expliquei. A apoptose ocorre em todo o desenvolvimento embrionário, em diversas partes, e aliás é chamada de "morte celular programada". É parte necessária da formação, quando morrem as células precursoras em alguns locais, estando as mais especializadas já em andamento.
Com relação ao cóccix: ele tem função própria no organismo, mas origem semelhante à da cauda nos outros animais. Claro que ficam em posição semelhante. Se tem uma função própria, considerar um resto de cauda é uma suposição do Evolucionismo.
Li os artigos que tinham disponíveis sobre a "cauda humana" (
www.pubmed.com), e identifiquei o seguinte:
a) Quando tem as vértebras, ela fica rente ao corpo, não se estendendo para fora, e tem entre 3 a 5 vértebras coccígeas, que é o normal no desenvolvimento, mas que geralmente ficam fundidas.
b) Quando é móvel e fica protruída (para fora como uma cauda "comum"), não tem as vértebras, sendo um outro tipo de formação.
Portanto, não chega a ser formada uma cauda "funcional", ou com material "extra", no caso de um retorno aos ancestrais. São malformações de partes já existentes no corpo humano normal. Mesmo assim, com essas importantes limitações, não posso negar que para mim por enquanto, essa pode ser considerada uma evidência de Evolução. Mas vejam que há explicação não evolucionista para essas malformações, assim como no caso de um sexto dedo, um pé extra, dentre outras estruturas que não existem em outros animais.
A existência de uma cauda embrionária não quer dizer que tivemos ancestrais com cauda. Isso é uma interpretação que ignora as estruturas internas e a funcionalidade dessa estrutura, que eu expliquei. Fosse assim, precisaríamos também procurar quais nossos ancestrais tinham o intestino para fora do corpo, ou o coração externo, ou o canal medular aberto para fora, condições que ocorrem durante a formação do organismo.
Aliás, falando sobre a ontogenia (desenvolvimento dos seres), é interessante notar que apesar de algumas semelhanças nos estágios de diferentes vertebrados, as divisões iniciais são bem diferentes, algo que gostaria de saber muito como os evolucionistas explicam. Afinal, retrocedendo nos estágios mais iniciais, que deveriam ser os mais semelhantes, são os mais diferentes!
5. O apêndice.Se o apêndice tem uma função clara e existe em outros animais, eles são homólogos, e tão “vestigiais” quanto o fígado ou os rins. Ou o nariz, que no elefante é muito “mais completo”. Ou o estômago, que é “mais completo” nos ruminantes. Ou as unhas, “mais completas” nas garras. Ou seja, só suposição baseada num paradigma evolucionista pré definido. As diferenças em cecos e apêndices podem se dever apenas pela alimentação diversa, e características próprias de cada espécie.
Aconselho aos que estão acompanhando a ler o debate desde o início, e reler, e ler em outros locais, antes de tecerem comentários.
Infelizmente a partir de Segunda-feira (3/1) eu volto a trabalhar pesado (cerca de 90 horas por semana), e tenho que estudar coisa pra caramba. Minha previsão de ter um novo período de folga é em Março, e as férias são em Abril. Então, me desculpem se vou demorar muito para responder qualquer coisa. Espero sinceramente que essa discussão tenha ajudado aos interessados na questão das Origens em seus estudos e raciocínios. Porque o conhecimento não está nesses fóruns, e sim na reflexão baseada neles, mas principalmente em leituras sólidas.
Indico os seguintes livros, além de outras referências que citei no debate com o Marcus Valério XR (
http://www.evo.bio.br/LAYOUT/RAFAEL5.html).
http://www.submarino.com.br/produto/1/21536362/colecao+vida:+a+ciencia+da+biologia – Vida A Ciência da Biologia
WWW.scb.org.br – procurar na Loja o livro Evolução – Um Livro Texto Crítico. Muito interessante. É uma tristeza que muitos vão malhá-lo sem conhecer...
Feliz 2011!