Considera que é algo que ele pessoalmente escolheu por ser o melhor. Comprou a falsa idéia da livre escolha, a maneira como são vendidos os dogmas. Sempre é considerado como aceito por uma decisão pessoal. Por isso a crença é tão arraigada e forte.
Mas estes "dogmas" podem mudar com o tempo, a partir do momento em que ver um sentido melhor do que um conceito presente.
Some-se a isso a ilusão de se sentir "especial" ao deter um "conhecimento" superior aos outros! E olha que ele se considera melhor que toda a comunidade científica!
Você vive com isso na sua cabeça, esse achismo seu de eu me sentir superior pelo fato de eu ter decidido caminhar com as próprias pernas, ao invés de me submeter à visão de realidade de muitos que a impõem isso. Quantas vezes eu disse que não fico me achando melhor que ninguém. A minha escolha foi seguir o meu caminho, elaborar uma visão de realidade, ao invés de me sujeitar às filosofias mundanas. Se bem que em parte eu me baseio nelas, mas não me subjugo a elas.
Quer dizer, que penso que as pessoas deveriam sim contestar os atuais paradigmas. É isso o que tento dizer o tempo todo! Mas daí o pessoal fica com essa idéia de que eu acho que sei mais que os outros. Eu não sei mais que os outros, apenas discordo de certos parâmetros estabelecidos. É isso que deve ficar claro aqui. As pessoas tem que ter esta liberdade. E como eu disse antes, já levei em conta argumentos de outras pessoas, portanto não é só eu com meus achismos.
Aliás, todos acham mais do que realmente sabem de algo, essa é que é a verdade. Mas há os orgulhosos que acham que sabem de tudo e impõe isso na mente das pessoas. Mas eu sou contra isso, como já disse antes.
Vocês acham que as civilizações mais antigas eram só habitadas por tolos, até que surgiu a ciência. Mas eu não subestimo a sabedoria antiga tão fácil assim. Aliás, nós é que nos baseamos em conhecimentos milenares. E havia a ciência que havia hoje? Não.
Sim, eu fui pelo pego novamente espiritismo numa abordagem evolucionista e laboratorial, portanto "empírica". Além da inserção na internet, sendo fácil de acessar este conteúdo. Outro ponto foi a grande utilização de bibliografia selecionada e a institucionalização desta crença. Como não tinha muito acesso ao ensino formal, então uma alternativa mais fácil preencheu o meu desejo de conhecimento "verdadeiro". A institucionalização globalizada me encantava.
As religiões institucionalizam crenças. Mas sou contra isso. Pretendo mostrar a minha filosofia, mas nela dou espaço para o simpatizante ou não mudar algo nela, para si, para sua própria convicção pessoal. As religiões não dão esta liberdade. Prefiro ser simpatizante de uma religião do que ser religioso de fato, ou seja, confiar totalmente numa crença estabelecida. E mais uma vez digo aqui, prefiro caminhar com as minhas próprias pernas.
Eu contesto a idéia de um deus bom, misericordioso, justo, consciente e pessoal. Isso para mim não se passa de um processo natural que se mantém em sua própria harmonia (senão teria ficado instável, e não haveria nada que regesse a existência, de forma natural, assim como a gravidade rege nosso universo). E essa idéia é assustadora para a grande maioria dos religiosos que confiam num deus que vai salvá-los e colocam toda a moral nisso, mas eu já tenho uma moral voltada a este meu conceito, mas será só uma sugestão minha, não obrigação. E neste aspecto me destaquei do espiritismo, onde o povo tem aquela mentalidade místico-cristã-sentimentalista agarrada no salvacionismo afetivo.
E eu já me livrei disso, pois percebi que isso estava me prejudicando. O problema talvez não seja a crença em si, mas um sentimentalismo por detrás dela, que mantém as pessoas presas nisso por conveniência ou necessidade afetiva mesmo. Mas eu me curvei contra isso, pelo bem do meu próprio desenvolvimento racional. Ser racional não é só ser cientista, isso é mito, babaquice imposta por fundamentalistas acadêmicos.
As academias não são tão diferentes das religiões assim, pelo que vi... Cânones da verdade (religiosos fundamentalistas e acadêmicos), isso é uma piada! A intimidação está tanto presente nas academias quanto catedrais!