Autor Tópico: Revolta Árabe  (Lida 71019 vezes)

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Offline Pagão

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #25 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 13:59:24 »
Situação no Egito, a 04-02-2011

Agência Lusa:
"A onda de levantamentos nos países árabes é um sinal de um despertar islâmico inspirado pela revolução iraniana." - Ayatollah Ali Khamenei.

Jornal Público:
"Apesar da tensão, quando chega a hora a maioria pára para rezar.(com foto)"

  :(
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Offline Mr. Mustard

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #26 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 14:12:05 »
"Apesar da tensão, quando chega a hora a maioria pára para rezar"... E pede para o seu deus matar mais gente do lado lá da trincheira...

Completei a revelia. :hehe:

Offline Mahul

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #27 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 14:18:13 »
Heh, bem lembrado. Mas isso é bom, quem sabe assim não abandonamos o Capitalismo e passamos para um sistema mais eficiente (sem conotações marxistas)? Dizem que a necessidade é a mãe da invenção e o fato é que estamos acomodados com o Capitalismo de consumo. No dia em que a escassez generalizada bater...

Enfim, enquanto o Capitalismo não acaba, temos que agradecer que ele foi a razão para Mubarack desistir de desligar a internet do Egito. O motivo? Tava saindo caro demais.

Isso é interessante. Eu estava envolvido em uma discussão, em outro fórum, sobre como o capitalismo está encaminhando o mundo para um super apocalipse, e que a troca para um sistema melhor é urgente e necessária. Só que ninguém conseguiu dizer que sistema seria esse, ou pelo menos um esboço de como ele seria. Tens alguma idéia?
Pois é, Di, questão complicadíssima! Isso tem muito a ver com o que já foi discutido em outro tópico, sobre a barafunda da imigração de milhares de refugiados de países pobres para a Europa. Foi sugerido que um dos caminhos para diminuir o problema (eliminar totalmente é impossível) seria fomentar o desenvolvimento desses países. Mas aí surge um outro problema, talvez até maior: até que ponto deve ir o crescimento econômico? É simplesmente impossível que todos os países do mundo cheguem ao nível sócio-econômico dos mais ricos. Ou fazemos uma mudança radical em muitos de nossos hábitos ou será mesmo o Apocalipse! :'( :chorao:
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Offline Dbohr

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #28 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 15:58:09 »
Heh, bem lembrado. Mas isso é bom, quem sabe assim não abandonamos o Capitalismo e passamos para um sistema mais eficiente (sem conotações marxistas)? Dizem que a necessidade é a mãe da invenção e o fato é que estamos acomodados com o Capitalismo de consumo. No dia em que a escassez generalizada bater...

Enfim, enquanto o Capitalismo não acaba, temos que agradecer que ele foi a razão para Mubarack desistir de desligar a internet do Egito. O motivo? Tava saindo caro demais.

Isso é interessante. Eu estava envolvido em uma discussão, em outro fórum, sobre como o capitalismo está encaminhando o mundo para um super apocalipse, e que a troca para um sistema melhor é urgente e necessária. Só que ninguém conseguiu dizer que sistema seria esse, ou pelo menos um esboço de como ele seria. Tens alguma idéia?

Se eu tivesse já estaria empenhado em promovê-la e assim ganhar o Nobel de Economia :-)

Só sei que a matemática me diz que é impossível sustentar 7 bilhões de humanos no nível de consumo europeu (e muito menos o americano); e que é profundamente injusto permitir que uma parcela significativa desses 7 bilhões passe fome e deixe de ter "luxos" como água potável e esgoto enquanto a mesa de tanta gente fica cheia.

Sei também que a Natureza não liga a mínima pra nós macacos pelados. A crise no Egito foi detonada, entre outras coisas, porque tá muito caro comprar comida lá com o atual nível de desemprego e falta de perspectiva para a jovem população do país. E a comida está cara não só lá mas em toda parte em boa medida por causa de eventos climáticos extremos que vêm se acumulando na última década.

Offline Mahul

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #29 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 17:16:24 »
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Só sei que a matemática me diz que é impossível sustentar 7 bilhões de humanos no nível de consumo europeu (e muito menos o americano); e que é profundamente injusto permitir que uma parcela significativa desses 7 bilhões passe fome e deixe de ter "luxos" como água potável e esgoto enquanto a mesa de tanta gente fica cheia.

Sei também que a Natureza não liga a mínima pra nós macacos pelados. A crise no Egito foi detonada, entre outras coisas, porque tá muito caro comprar comida lá com o atual nível de desemprego e falta de perspectiva para a jovem população do país. E a comida está cara não só lá mas em toda parte em boa medida por causa de eventos climáticos extremos que vêm se acumulando na última década.
Perfeito! :ok:
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Offline Liddell Heart

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #30 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 17:24:51 »
Posso ser muito ingênuo, mas creio que El Baradei conseguirá criar uma democracia moderna, secular e relativamente liberal. Isso, é claro, se assumir.
Desculpe estimado colega... para mim a "ingenuidade" está em pensar que o querer de um homem basta para determinar e controlar o processo em curso no Egito contra a ancestral cultura dominante... precisaria de uma base social de apoio bem forte... e de forças armadas fiéis.

Acho que a cultura não é tão decisiva, veja o exemplo da Turquia kemalista. De fato, uma base política, social e armada é necessária, a falta de uma delas pode culminar em um fracasso, mas, até o momento, El Baradei tem apoio social, político e militar americano.  :P
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Re: Revolta Árabe
« Resposta #31 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 17:30:43 »
Posso ser muito ingênuo, mas creio que El Baradei conseguirá criar uma democracia moderna, secular e relativamente liberal. Isso, é claro, se assumir.
Desculpe estimado colega... para mim a "ingenuidade" está em pensar que o querer de um homem basta para determinar e controlar o processo em curso no Egito contra a ancestral cultura dominante... precisaria de uma base social de apoio bem forte... e de forças armadas fiéis.

Acho que a cultura não é tão decisiva, veja o exemplo da Turquia kemalista. De fato, uma base política, social e armada é necessária, a falta de uma delas pode culminar em um fracasso, mas, até o momento, El Baradei tem apoio social, político e militar americano.  :P

Desde quando? Até um dia desses o governo americano ainda dizia apoiar o Mubarak.
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Offline Liddell Heart

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #32 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 18:34:53 »
Posso ser muito ingênuo, mas creio que El Baradei conseguirá criar uma democracia moderna, secular e relativamente liberal. Isso, é claro, se assumir.
Desculpe estimado colega... para mim a "ingenuidade" está em pensar que o querer de um homem basta para determinar e controlar o processo em curso no Egito contra a ancestral cultura dominante... precisaria de uma base social de apoio bem forte... e de forças armadas fiéis.

Acho que a cultura não é tão decisiva, veja o exemplo da Turquia kemalista. De fato, uma base política, social e armada é necessária, a falta de uma delas pode culminar em um fracasso, mas, até o momento, El Baradei tem apoio social, político e militar americano.  :P

Desde quando? Até um dia desses o governo americano ainda dizia apoiar o Mubarak.

Ele(El Baradei) tem o apoio americano para uma eventual tentativa dos fundamentalista ascenderem ao poder. Aliás, os americanos estão pressionando Mubarak para que saia, não pelos "valores americanos", mas para que tudo permaneça no controle de Washington, D.C.
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Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #33 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 16:16:50 »
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11/02/2011 - 14h03
Após 30 anos no poder, ditador Hosni Mubarak renuncia no Egito

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Revolta Árabe - Atualizado às 14h20.

Após 18 dias de intensos e violentos protestos que tomaram diversas cidades do Egito, o ditador Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.

"Presidente Hosni Mubarak decidir renunciar como presidente do Egito", disse Suleiman, em um breve anúncio, acrescentando que o poder foi entregue às Forças Armadas.

Segundo Suleiman, a decisão foi tomada diante das "difíceis circunstâncias pelas quais o país passa".

A saída de Mubarak solidifica a crise no mundo árabe, sendo a segunda ditadura a ruir na região em menos de um mês. Ainda no dia 14 de janeiro a Revolução do Jasmim levou o ditador da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, a abandonar o país, em meio ao movimento que se alastrou para outros países, causando protestos na Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.

Após o anúncio, uma explosão de alegria tomou as ruas do Cairo. Centenas de milhares de egípcios agitaram bandeiras, choraram e se abraçaram em celebração. "O povo derrubou o regime", cantavam em coro.

A renúncia ocorre menos de 24 horas depois de fortes rumores de sua saída imediata do poder. Na noite de quinta-feira, Mubarak discursou à nação e disse que passava parte de seu poder a Suleiman, mas permaneceria até setembro --quando estão previstas eleições presidenciais. O discurso de "fico" causou fúria nos manifestantes que marcharam em direção ao Palácio Presidencial aos gritos para que deixasse o poder.

O ditador Mubarak ascendeu na Força Áérea --principalmente pelo seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel-- e tornou-se vice-presidente em 1975. Ele assumiu a Presidência quando islamitas mataram a tiros seu antecessor, Anwar Sadat, em um desfile militar em 1981.

Mubarak se beneficiou de artigos da Constituição egípcia que ditam mandatos presidenciais de seis anos com um número de reeleições indefinidas. Além disso, alterações à lei fizeram com que a vitória de candidatos de outro partido que não o seu fosse praticamente impossível.

Sob denúncias de corrupção e em meio a diversas acusações de abusos de autoridade e prisões tornadas possíveis devido ao estado de emergência, em vigor há 30 anos no país, a imagem de Mubarak deteriorou-se ao longo dos anos.
   
Aliado de Washington na região, o ditador usufruía de boas relações com o Ocidente embora fosse fato conhecido de que seu governo era uma ditadura de mão de ferro.

Mubarak também era bem visto por ter mantido um acordo de paz com Israel, assinado em 1979, país com o qual o Egito travou três guerras.

Nas eleições legislativas de novembro passado, o partido de Mubarak ganhou cerca de 90% dos assentos no Parlamento, que viu a principal oposição islâmica perder todos os seus 88 lugares, garantindo ao partido de Mubarak as decisões do Parlamento e apertando o punho Mubarak no poder.

SAÍDA DO CAIRO

Em uma tentativa de acalmar os manifestantes, Mubarak anunciou dias atrás que não concorreria às eleições presidenciais de setembro próximo, mas alertou que ficaria no poder até lá para evitar o "caos" no país. Ele mandou ainda seu vice, Omar Suleiman, negociar com a oposição --oferta que foi rejeitada. Os manifestantes exigiam que Mubarak deixasse o poder antes de iniciar qualquer diálogo.

Mais cedo, o porta-voz do partido de Mubarak havia confirmado que o mandatário e sua família viajaram para o balneário de Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho.

"Ele está em Sharm el-Sheikh", afirmou Mohammed Abdellah, do Partido Nacional Democrático.

Pouco antes, fontes ligadas ao governo informaram que Mubarak e a família haviam deixado o Cairo nesta sexta-feira, mas sem deixar claro qual era o destino.

A TV estatal egípcia informou também que uma importante declaração de Mubarak será transmitida em breve, mas não deu mais detalhes.

A edição digital do jornal pró-governo "Al Ahram" afirma, citando fontes próximas às Forças Armadas, que Mubarak esteve em uma base militar durante as últimas 48 horas para garantir sua segurança.

O jornal diz ainda que, "devido à situação na capital, foi impossível para o presidente mover-se com segurança com sua comitiva habitual".

A informação sobre a viagem de Mubarak também foi divulgada pelas redes de TV árabes Al Arabiya e Al Jazeera. Sharm el-Sheikh, localizado no extremo sul da península do Sinai, é o local em que Mubarak costuma receber personalidades estrangeiras e realizar conferências internacionais.

PROTESTOS

Os violentos protestos registrados no Egito por mais de duas semanas registraram quase 300 mortes, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), além da morte de jornalistas e diversos ataques à imprensa.

Iniciadas no Cairo, as manifestações se espalharam por outras cidades, como Alexandria e Suez.

O Exército teve um papel crucial desde o início da crise, por vezes apoiando a população mas em algumas ocasiões também abrindo fogo contra os manifestantes.
   
Nesta sexta-feira, centenas de milhares de pessoas fizeram orações na praça Tahrir, onde clérigos traçaram paralelos entre a luta dos manifestantes contra Mubarak e a do profeta Moisés com o antigo faraó. "Que Deus force os opressores para fora!", os clérigos diziam. "Amém, amém", respondiam os fiéis. Depois, seguiram para o palácio presidencial.

Do lado de fora do prédio, homens rezavam atrás de veículos blindados. Os militares não interferiram, apesar de eles terem bloqueado as principais ruas que levam ao palácio, um grande complexo onde Mubarak conduz a maioria de suas tarefas oficiais.

"Abaixo, abaixo Hosni Mubarak!", cantavam os manifestantes. Centenas deles andaram por mais de uma hora para chegar até o palácio na noite de quinta-feira, saindo do epicentro dos protestos, a praça Tahrir, no centro do Cairo.

"Saia! Por que você continua?", gritavam cinco mulheres idosas. "Trinta anos é o suficiente", elas diziam ao ditador, de 82 anos de idade. O número de manifestantes no palácio já era de 2.000 no início da tarde.

"Não sairemos até que Mubarak renuncie e, se Deus quiser, o protesto de hoje será pacífico", disse Yasmine Mohamed, 23, uma estudante universitária. "Tudo ficará bem e ele renunciará com certeza."
   
Um membro de um dos movimentos jovens por trás protestos, que começaram em 25 de janeiro, disse que os manifestantes iriam "tomar o palácio". "Teremos massas de egípcios após as orações de sexta-feira para tomá-lo", disse Ahmed Farouk, 27.

Na segunda maior cidade egípcia, Alexandria, na costa mediterrânea, centenas de milhares de pessoas foram às ruas após as orações. O xeque Ahmed al Mahalawi, em seu sermão na principal mesquita da cidade, pediu aos fiéis para não desistirem.

"Não recuem de sua revolução porque a história não irá recuar", afirmou o xeque em um sermão transmitido pela rede Al Jazeera. Mahalawi disse aos fiéis que eles estavam derrubando um "regime corrupto" que não serve para governar.

E agora? Dois governos árabes caíram, Tunísia e Egito. Se funcionou nestes dois, inclusive no importante Egito, o que impede que outros caiam?

A situação vai ficar preta em Omã, Iemen, Jordânia, Argélia, etc...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Dbohr

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #34 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 16:35:41 »
Cautelosamente otimista sobre a situação no Egito. Esperemos pra ver; tudo depende de como a junta militar vai lidar com o abacaxi agora.

Só gostaria de ver o faraó Mubarak preso ou coisa assim :-P

Offline Spitfire

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #35 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 16:46:18 »
Não tenho grandes esperanças... mas gostaria de estar enganado neste caso.

Offline Gaúcho

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #36 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 16:59:20 »
Cada ditadura que cai é uma felicidade. Menos uma, restam poucas.
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Offline Dalai Manha

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #37 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 17:04:42 »
O grande problema no caso do Egito é se assumir algum governo que queira basear a lei do país apenas no Islamismo, aí vai virar outro Irã da vida, o que não está difícil de acontecer, pois já temos partidos deste tipo lá entrando na briga de quem vai assumir o poder. Pensemos também que a maioria da população é pobre, e radicalismo com pobreza e falta de instrução já sabemos muito bem o resultado.
Portanto também não tenho grandes ilusões de o Egito se tornar uma democracia e nem de se desenvolver mais em qualquer área que seja. Vamos esperar o decorrer deste ano para ver.
Será que dá tempo de mudar para Marte?

Offline Spitfire

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #38 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 18:10:08 »
Cada ditadura que cai é uma felicidade. Menos uma, restam poucas.

Quando uma ditadura cai e mesmo que seja uma proto-democracia a assumir, sim, há motivos para felicidades.

O temor é que no vácuo criado no poder alguma facção fundamentalista radical assuma o espaço deixado... neste caso o dano seria pior. Temos o exemplo do Irã em 1979 para manter-nos alertas.

Offline Wolfischer

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #39 Online: 11 de Fevereiro de 2011, 23:26:55 »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #40 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 09:14:12 »
Sifu...

http://www.campograndenoticias.com.br/mundo/governo-da-suica-bloqueia-bens-de-mubarak-110211.htm

Governo da Suíça “congela” bens e contas bancárias da Família Mubarak no país

"Hosni Mubarak renunciou hoje ao mandato, após 30 anos no poder, e seu patrimônio é avaliado em US$ 70 bilhões, segundo um levantamento realizado pela oposição egípcia e publicado em 04 de fevereiro no jornal britânico “The Guardian”.

"Esse valor, no entanto, é contestado pela revista “Forbes”, que anualmente publica o ranking das personalidades mais ricas do mundo..."

"De acordo com as informações do Ministério das Relações Exteriores da Suíça, a decisão de bloquear os bens do ex-presidente egípcio foi tomada pelo governo, com o objetivo de evitar que os recursos fossem sacados e/ou desviados pelo titular, caso haja por parte do novo Governo do Egito, uma provável investigação de corrupção praticada por Mubarak, e uma solicitação de repatriamento do dinheiro..."

"...também se aplica as propriedades que Hosni Mubarak, seus familiares e assessores podem ter no país."



Offline Fabrício

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #41 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 09:32:22 »
Citar
"Hosni Mubarak renunciou hoje ao mandato, após 30 anos no poder, e seu patrimônio é avaliado em US$ 70 bilhões, segundo um levantamento realizado pela oposição egípcia e publicado em 04 de fevereiro no jornal britânico “The Guardian”.

O salário de ditador no Egito deve ser ótimo :umm:...

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Offline Geotecton

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #42 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 10:14:13 »
No telejornal de ontem a Rede Globo informou que a fortuna de Mubarak era estimada em 30 bilhões de dólares.
Foto USGS

Offline Pagão

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #43 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 13:15:06 »
Regresso do capital ao Egito para criação de uma Fundação Mubarak para o desenvolvimento... solução cínica que todos deixaria contentes. :idea: :smartass:
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Offline Donatello

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #44 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 17:09:24 »
Mais de 400 pessoas são presas durante protesto por democracia na Argélia

O Globo, Rio

ARGEL - Mais de 400 pessoas foram presas durante os protestos deste sábado na Argélia, afirmou um advogado de direitos humanos. Segundo Ali Yahia Abdenour, mulheres e jornalistas estrangeiros estão entre os detidos. Ainda de acordo com ele, cerca de 28 mil agentes de segurança foram posicionados nas ruas de Argel para tentar dispersar a multidão.
(Veja as fotos do protesto na Argélia)

Inspiradas pelas revoltas populares que em menos de um mês derrubaram os ditadores no Egito e na Tunísia , cerca de 10 mil pessoas saíram as ruas, de acordo com os organizadores da manifestação. A polícia afirma que os manifestantes eram 1.500. Milhares de pessoas se reúnem neste sábado no centro da capital, Argel, onde a segurança foi reforçada na noite da véspera. Sob o estado de emergência que vigora no país, as manifestações são banidas na cidade.

Policiais bloqueram ruas na tentativa de impedir o protesto, mas não impediram manifestantes de gritar "não ao estado policial" e "Bouteflika fora", em referência ao presidente Abdelaziz Bouteflika, no poder desde 1999.

- Eu lamento dizer que o governo tenha disponibilizado uma grande força para evitar uma marcha pacífica Isso não é bom para a imagem da Argélia - disse à agência Reuters Mustafa Bouchachi, líder da Liga dos Direitos Humanos, que ajudou a organizar o protesto.

Cerca de 2 mil pessoas forçaram a barreira policial na praça Primeiro de Maio e começaram a marchar em direção à Praça do Mártires, ponto final da manifestação convocada pela oposição no país.

Os protestos acontecem um dia após o ex-ditador egípcio Hosni Mubarak renunciar ao cargo que ocupava há 30 anos. Menos de um mês antes, no dia 14 de janeiro, o ex-ditador da Tunísia Zine el-Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita após semanas de manifestações populares nas ruas de Túnis.

Apesar do entusiasmo da geração Facebook, a sombra da revolução egípcia deve recair sobre regimes menos expressivos no tabuleiro geopolítico global . A pobreza extrema do Iêmen preocupa, assim como a insatisfação jovem da Argélia. No Bahrein, único país do Golfo Pérsico ameaçado, onde a maioria xiita condena a monarquia sunita, o governo ofereceu US$ 2.650 a cada família do país numa tentativa de aplacar a insatisfação, segundo a rede Al-Jazeera.

Offline Diegojaf

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #45 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 17:22:03 »
Efeito dominó...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline DDV

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #46 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 18:14:50 »
Estaria ocorrendo uma "Primavera dos Povos" nos países muçulmanos?

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Spitfire

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #47 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 20:28:20 »
Estaria ocorrendo uma "Primavera dos Povos" nos países muçulmanos?



Ou Outubro Vermelho... só o tempo dirá.

Offline Pagão

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #48 Online: 12 de Fevereiro de 2011, 21:13:10 »
Há em tudo isto um movimento estratégico ocidental de grande fôlego e risco para quebrar o status quo no mundo de maioria islamita. Não foi, ou está a ser, um movimento imprevisto e espontâneo das massas que apanhou o Ocidente distraído. Caramba, é uma grande jogada de xadrez muitíssimo arriscada que pode sofrer um contragolpe islamita radical... No futuro talvez se venha a perceber a manobra que, com toda a certeza, recebeu o beneplácito encoberto de Putin.
« Última modificação: 13 de Fevereiro de 2011, 13:24:39 por Sérgio Sodré »
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Revolta Árabe derruba o Faraó
« Resposta #49 Online: 13 de Fevereiro de 2011, 12:06:41 »
Há em tudo isto um movimento estratégico ocidental de grande fôlego e risco para quebrar o status quo no mundo de maioria islamita. Não foi, e está a ser, um movimento imprevisto e espontâneo das massas que apanhou o Ocidente distraído. Caramba, é uma grande jogada de xadrez muitíssimo arriscada que pode sofrer um contragolpe islamita radical... No futuro talvez se venha a perceber a manobra que, com toda a certeza, recebeu o beneplácito encoberto de Putin.

Não esqueça também da participação dos Iluminati, do apoio logístico da Opus Dei e dos Maçons e da contribuição tática da Gaviões da Fiel.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

 

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