Não há nada contra o ambientalismo no capitalismo, nem no progresso contra o ambientalismo. A questão é determinar como convergir os interesses do ambientalismo com o do individuo, e a resposta é bem simples: Impacto no bolso.
Se você compra uma cerveja e paga R$ 12,00 e recebe R$ 10,00 volta quando dá a lata para o processo de reciclagem, a maior parte da população o fará.
Se você triplica o preço do petróleo, países como EUA irão investir pesadamente em energia solar.. a UE iria tirar sua energia do Saara, e por aí vai.
A questão é que hoje os recursos naturais são relativamente baratos e não há determinação política em se agir socialmente e ambientalmente.
Eu temo que não seja tão simples assim Agnóstico. A destruição ambiental faz parte de qualquer sistema de produção, mas ele foi (e é) é muito mais intenso no capitalismo. As atuais legislações ambientais são muito mais uma resposta à pressão da sociedade do que um ato voluntário das empresas, principalmente das grandes corporações.
Sinceramente, eu não vejo nenhuma possibilidade de conciliar satisfatoriamente o aumento do "progresso", o crescimento da população e a preservação dos múltiplos biomas. Basta um exemplo: Em nenhum ano desde que foi feito o primeiro levantamento florestal mundial (1970, se eu não estiver enganado) foi registrado um crescimento de área de cobertura de mata nativa, seja primária ou secundária.
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mas é preciso perceber que só ocorrerá quando todo o mundo se ocidentalizar...
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Quando o "mundo todo se ocidentalizar" será o fim da humanidade. Ou dos recursos naturais.
Não há nada contra o ambientalismo no capitalismo, nem no progresso contra o ambientalismo. A questão é determinar como convergir os interesses do ambientalismo com o do individuo, e a resposta é bem simples: Impacto no bolso.
Se você compra uma cerveja e paga R$ 12,00 e recebe R$ 10,00 volta quando dá a lata para o processo de reciclagem, a maior parte da população o fará.
Se você triplica o preço do petróleo, países como EUA irão investir pesadamente em energia solar.. a UE iria tirar sua energia do Saara, e por aí vai.
A questão é que hoje os recursos naturais são relativamente baratos e não há determinação política em se agir socialmente e ambientalmente.
Bobagem. Digo, não tiro da questão ambiental sua devida importância, mas quanto se fala de agir socialmente, mexer no bolso, ou criar uma tarifa ambiental, enquadrar custos ambientais, o que se quer dizer? Basicamente é deixar o custo de vida mais caro, e fazer sofrer a população mais sensível, os pobres. É claro que a classe média vai sentir, mas muito menos, e classe rica, não estará nem se lixando, por que podem pagar qualquer custo.
Ainda preferimos o petróleo, porque é mais barato de se obter, de tecnologia totalmente dominada, e muito, mas muito abundante no planeta. E continuará sendo a matriz energética por um bom tempo ainda. Criar pressão inflacionária com novos custos, não vai ajudar o mundo a resolver seus problemas ambientais, e criará um problema alimentar, ( qualquer semelhança com o dia de hoje, não é mera coincidência), que terá consequencias desastrosas para a população pobre do mundo, que ainda é maioria.