Autor Tópico: Revolta Árabe  (Lida 71023 vezes)

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Offline Pagão

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #125 Online: 25 de Fevereiro de 2011, 17:13:03 »
A coisa só vai ficar preta  - principalmente para os americanos, se começarem a haver protestos na Arábia Saudita.

A questão Saudita vai ficar para mais tarde... mas está também devidamente projetada (espontaneamente claro está!).
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Pagão

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #126 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 09:22:20 »
Agora é Chávez quem vem apoiar Khadafi... é outro que já percebeu o grande jogo em que ele é peça... combater a criação de um eixo de poder e petróleo,.. que passasse por parte da América do Sul, norte de África, próximo e médio Oriente, China e seus aliados orientais... é um combate necessário e que está em curso... com a conivência essencial da Rússia, claro está... Isto a um nível estratégico profundo... à superfície tudo parece diferente... embora Chávez e Fidel já tenham posto a boca no trombone... enquanto  o Irão vai fingindo que não percebe e dando uma no cravo e outra na ferradura...   
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Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #127 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 10:57:31 »
Agora é Chávez quem vem apoiar Khadafi... é outro que já percebeu o grande jogo em que ele é peça... combater a criação de um eixo de poder e petróleo,.. que passasse por parte da América do Sul, norte de África, próximo e médio Oriente, China e seus aliados orientais... é um combate necessário e que está em curso... com a conivência essencial da Rússia, claro está... Isto a um nível estratégico profundo... à superfície tudo parece diferente... embora Chávez e Fidel já tenham posto a boca no trombone... enquanto  o Irão vai fingindo que não percebe e dando uma no cravo e outra na ferradura...   

Chavez, depois dessa onda no Oriente Médio é o próximo, daqui um ano ou mais. Sua postura, de jogar gasolina no fogo, vai custar a simpatia de muita gente e países pobres que, com o aumento da gasolina vai ver sua situação que já é ruim com a crise alimentar, piorar, e isso terá efeitos na Venezuela, que importa quase tudo que consome... É minha profecia.

Falando de Brasil, inflação alimentarde do petróleo é muito benéfica para o nosso país, por incrível que pareça, o Brasil tira muito proveito da escassez mundial.

Offline gilberto

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #128 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 12:27:21 »
Bem, o cálculo é feito(ou divulgado) pela WWF. Sobre o cálculo em si, você pode procurar no site, mas achei uma matéria no estadão(não sei se você confia nessa fonte).
Qualquer coisa é só falar.  :P

Valeu Liddell Heart,

é legal saber que tem gente procurando entender melhor esse assunto. E acho que isso merece ser reconhecido como uma iniciativa válida.
Mas, sempre o mas, eu ainda não vejo muita consistência para as conclusões que foram apresentadas no artigo do Estadão (o único que li).

Primeiro que pelo que entendi, a única fonte que propõe e calcula essa informção é o grupo WWF. Não vi por parte do Estadão ou alguma outra referência de outros grupos de pesquisa ou estudos independentes chegando a conclusões convergentes. Ou seja, a proposta de uma única fonte tem a sua credibilidade questionável. Como sou preguiçoso de buscar mais informações, pode ser que eu esteja mal informado no assunto e tenha outras fontes sobre esses tipos de cálculos.

Uma outra coisa que me deixa com o pé atrás é a seguite informação da reportagem do Estadão:

"Isso significa que os 6,6 bilhões de habitantes do mundo consomem juntos quase 1,5 planeta Terra por ano, com base nos dados de 2006. Ou seja: a população hoje usa em 1 ano recursos que o planeta só consegue repor em 18 meses. No relatório de 2008, baseado em dados da ONU de 2003, a humanidade consumia 1,3 planeta."

Ou seja, se já consumimos 50% a mais de recursos que o planeta pode repor em 1 ano, eu acho que isso estaria claramente perceptível a maioria das atividades econômicas. Acho que tem algum exagero, erro de interpretação ou de comunicação.

O q vc acha?

Edit: que cabaço eu sou, no próprio trecho que destaquei cita a ONU como uma outra fonte de informação deste tipo de cálculo. Faia nossa. Mas a dúvida quanto a consistência dos tais 1,5 ou 1,3 planetas consumidos por ano continua.
« Última modificação: 27 de Fevereiro de 2011, 12:45:41 por gilberto »

Offline gilberto

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #129 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 13:57:22 »
Falando de Brasil, inflação alimentarde do petróleo é muito benéfica para o nosso país, por incrível que pareça, o Brasil tira muito proveito da escassez mundial.
Juca, para a Petrobrás e demais indústrias do setor, ok.
Mas e o resto da economia, como seríamos beneficiados, se a economia brasileira não é fundada no petróleo?

Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #130 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 19:13:38 »
Falando de Brasil, inflação alimentarde do petróleo é muito benéfica para o nosso país, por incrível que pareça, o Brasil tira muito proveito da escassez mundial.
Juca, para a Petrobrás e demais indústrias do setor, ok.
Mas e o resto da economia, como seríamos beneficiados, se a economia brasileira não é fundada no petróleo?


Mas não importamos petróleo. O que favorece muito o Brasil, é a alta das commodities, como país exportador, é dóllar entrando a rodo, basta ver o lucro da Vale e da Petrobrás. Essas duas companhias juntas são responsávei por mais ou menos 15% do PIB brasileiro, se vão bem, o Brasil vai bem, obrigado. O Brasil se beneficia dessas alta, porque é auto-suficiente em tudo, energia, alimentos e água. Temos para nós e  mais alguma coisa para vender para os outros, coisa que nenhum país grande do mundo tem e os pequenos que tem não tem em escala.

Podemos ponderar, que a alta de alimentos também pode prejudicar os mais pobres no Brasil, mas o efeito do crescimento econômico proporcionado por esse fatores, pelo mercado interno, e pelas políticas sociais, anulam esse fator, garantindo que a renda suba mais que a inflação.

Offline Barata Tenno

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #131 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 20:31:45 »
Hein, pelo que eu me lembro o Brasil produzia bastante petroleo mas não da qualidade necessaria para produzir gasolina, que deveria ser importada. Confere?
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Offline Geotecton

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #132 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 21:49:02 »
Hein, pelo que eu me lembro o Brasil produzia bastante petroleo mas não da qualidade necessaria para produzir gasolina, que deveria ser importada. Confere?

O petróleo do Brasil é chamado de "pesado", isto é, ele é de menor qualidade e é muito mais caro para produzir gasolina a partir dele. O petróleo da Arábia Saudita é o chamado de "leve", de qualidade muito superior para a produção de gasolina e outros derivados mais nobres como a nafta.
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Offline Geotecton

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #133 Online: 27 de Fevereiro de 2011, 21:58:25 »
Mas não importamos petróleo. O que favorece muito o Brasil, é a alta das commodities, como país exportador, é dóllar entrando a rodo, basta ver o lucro da Vale e da Petrobrás. Essas duas companhias juntas são responsávei por mais ou menos 15% do PIB brasileiro, se vão bem, o Brasil vai bem, obrigado. O Brasil se beneficia dessas alta, porque é auto-suficiente em tudo, energia, alimentos e água. Temos para nós e  mais alguma coisa para vender para os outros, coisa que nenhum país grande do mundo tem e os pequenos que tem não tem em escala.

Podemos ponderar, que a alta de alimentos também pode prejudicar os mais pobres no Brasil, mas o efeito do crescimento econômico proporcionado por esse fatores, pelo mercado interno, e pelas políticas sociais, anulam esse fator, garantindo que a renda suba mais que a inflação.

A alta das commodities traz benefícios para o país enquanto macro-economia, mas elas refletem nos preços do mercado interno também.

Acrescente-se a isto o aumento da demanda interna por produtos primários e manufaturados devido ao crescimento do país, e temos um cenário potencialmente explosivo para a elevação generalizada de preços e de inflação de demanda.

E eu não acho que o crescimento interno da renda e do PIB consiga compensar o aumento geral dos preços dos produtos e serviços.

Soluções para conter o ímpeto inflacionário: Aumento da taxa de juros para diminuir o crescimento no consumo e diminuição dos gastos públicos, para melhorar as contas públicas.
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Re: Revolta Árabe
« Resposta #134 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 10:49:45 »
Falando de Brasil, inflação alimentarde do petróleo é muito benéfica para o nosso país, por incrível que pareça, o Brasil tira muito proveito da escassez mundial.
Juca, para a Petrobrás e demais indústrias do setor, ok.
Mas e o resto da economia, como seríamos beneficiados, se a economia brasileira não é fundada no petróleo?


Mas não importamos petróleo. O que favorece muito o Brasil, é a alta das commodities, como país exportador, é dóllar entrando a rodo, basta ver o lucro da Vale e da Petrobrás. Essas duas companhias juntas são responsávei por mais ou menos 15% do PIB brasileiro, se vão bem, o Brasil vai bem, obrigado. O Brasil se beneficia dessas alta, porque é auto-suficiente em tudo, energia, alimentos e água. Temos para nós e  mais alguma coisa para vender para os outros, coisa que nenhum país grande do mundo tem e os pequenos que tem não tem em escala.

Podemos ponderar, que a alta de alimentos também pode prejudicar os mais pobres no Brasil, mas o efeito do crescimento econômico proporcionado por esse fatores, pelo mercado interno, e pelas políticas sociais, anulam esse fator, garantindo que a renda suba mais que a inflação.

De que adianta se o governo sempre vem com a lorota de acompanhar os preços internacionais? O Brasil não se beneficia porcaria nenhuma, quem se beneficia são os grandes exportadores e a Petrobras. Quem se dá muito mal é a população que passa a pagar mais caro pela comida e pelo combustível, pagando o mesmo preço do mercado internacional. Logo, não temos vantagem nenhuma, apenas um punhado de gente nada em dinheiro as custas de todos.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline gilberto

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #135 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 10:52:58 »
Essas duas companhias juntas são responsávei por mais ou menos 15% do PIB brasileiro, ...
Putz, não sabia que era tudo isso !!! Acho meio exagerado, não duvido. Vou procurar verificar depois.
Mas vc tem certeza que esses 15% do PIB não são referentes somente ao PIB relativo a exportação?

Podemos ponderar, que a alta de alimentos também pode prejudicar os mais pobres no Brasil, mas o efeito do crescimento econômico proporcionado por esse fatores, pelo mercado interno, e pelas políticas sociais, anulam esse fator, garantindo que a renda suba mais que a inflação.
Rapaz, agora vc especulou longe hein. Previsões econômicas como essas não tem um grau de incerteza muito grande, além dos inúmeros fatores extras que podem estar envolvidos?
Talvez uma equipe ministerial tenha em mãos dados econômicos para tanto, e mesmo assim eles frequentemente dão com os burros n'agua.
Bom, mas espero que vc esteja com razão e que sejamos beneficiados.

PS. Há sim Juca, se os preços das commodities aumentarem, os preços dos produtos industrializados ou não que importamos tb aumentam. Aí vai depender o lucro ou prejuízo vai depender do que aumentar mais relativamente.

Acho que é diferente do que aconteceu nas últimas duas décadas onde várias tecnologias e produtos industrializados entraram no mercado baixando muito o preço desses industrializados que importamos, como os eletrônicos, mas ao mesmo tempo a demanda fez com que os commodities tivessem aumento. Nesse caso tivemos um ganho econômico real devido a teconologias mais baratas e tb devido ao crescimento econômico do planeta. Em contraposição, uma séria crise energética provocaria recessão econômica global, diminuindo a demanda de comodities.

Não sei se a minha análise tem muito fundamento pois como vc já viu, não tenho acompanhado os dados macroeconomicos. O que vc acha?
« Última modificação: 28 de Fevereiro de 2011, 11:20:55 por gilberto »

Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #136 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 13:29:04 »
Falando de Brasil, inflação alimentarde do petróleo é muito benéfica para o nosso país, por incrível que pareça, o Brasil tira muito proveito da escassez mundial.
Juca, para a Petrobrás e demais indústrias do setor, ok.
Mas e o resto da economia, como seríamos beneficiados, se a economia brasileira não é fundada no petróleo?


Mas não importamos petróleo. O que favorece muito o Brasil, é a alta das commodities, como país exportador, é dóllar entrando a rodo, basta ver o lucro da Vale e da Petrobrás. Essas duas companhias juntas são responsávei por mais ou menos 15% do PIB brasileiro, se vão bem, o Brasil vai bem, obrigado. O Brasil se beneficia dessas alta, porque é auto-suficiente em tudo, energia, alimentos e água. Temos para nós e  mais alguma coisa para vender para os outros, coisa que nenhum país grande do mundo tem e os pequenos que tem não tem em escala.

Podemos ponderar, que a alta de alimentos também pode prejudicar os mais pobres no Brasil, mas o efeito do crescimento econômico proporcionado por esse fatores, pelo mercado interno, e pelas políticas sociais, anulam esse fator, garantindo que a renda suba mais que a inflação.

De que adianta se o governo sempre vem com a lorota de acompanhar os preços internacionais? O Brasil não se beneficia porcaria nenhuma, quem se beneficia são os grandes exportadores e a Petrobras. Quem se dá muito mal é a população que passa a pagar mais caro pela comida e pelo combustível, pagando o mesmo preço do mercado internacional. Logo, não temos vantagem nenhuma, apenas um punhado de gente nada em dinheiro as custas de todos.

me aponte apenas um ano, nos ultimos 7, onde a renda não subiu mais que a inflação, ou aponte um prognóstico que diga que isso não vai acontecer nos próximos... E sim o Brasil se beneficia muito, principalmente porque com real supervalorizado, e por consequência as importações em alta, é dolar entrando em quantidade, para financiá-las e ainda sobra para o governo acumular reservas recordes.

Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #137 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 13:35:45 »

Putz, não sabia que era tudo isso !!! Acho meio exagerado, não duvido. Vou procurar verificar depois.
Mas vc tem certeza que esses 15% do PIB não são referentes somente ao PIB relativo a exportação?

Opa desculpe, eu me enganei, acho que dá mais que 15%... :wink:

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL196844-9356,00-PETROBRAS+E+VALE+SUPERAM+PIB+DA+MAIORIA+DOS+ESTADOS+E+DO+DF.html

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100131/not_imp504139,0.php



jajá respondo o resto..

Offline Geotecton

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #138 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 13:43:40 »
me aponte apenas um ano, nos ultimos 7, onde a renda não subiu mais que a inflação,
[...]

Ano de 2010. Inflação pelo IGP-M de 11,38%. PIB pelo IBGE de 7,00%.

Ano de 2008. Inflação pelo IGP-M de 6,48%. PIB pelo IBGE de 5,10%.

Ano de 2005. Inflação pelo IGP-M de 5,05%. PIB pelo IBGE de 2,30%.

Ano de 2004. Inflação pelo IGP-M de 12,42%. PIB pelo IBGE de 4,90%.

Ano de 2003. Inflação pelo IGP-M de 10,38%. PIB pelo IBGE de -0,20%.
« Última modificação: 28 de Fevereiro de 2011, 13:56:56 por Geotecton »
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Re: Revolta Árabe
« Resposta #139 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 15:04:45 »
me aponte apenas um ano, nos ultimos 7, onde a renda não subiu mais que a inflação,
[...]

Ano de 2010. Inflação pelo IGP-M de 11,38%. PIB pelo IBGE de 7,00%.

Ano de 2008. Inflação pelo IGP-M de 6,48%. PIB pelo IBGE de 5,10%.

Ano de 2005. Inflação pelo IGP-M de 5,05%. PIB pelo IBGE de 2,30%.

Ano de 2004. Inflação pelo IGP-M de 12,42%. PIB pelo IBGE de 4,90%.

Ano de 2003. Inflação pelo IGP-M de 10,38%. PIB pelo IBGE de -0,20%.

Acho que você está confuso Geo, é natural.

Primeiro, eu pedi o aumento da renda e se você procurar os indicadores sociais do ipeadata http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx , verá que a renda aumentou durante todo esse período e até o anterior.

Segundo, que o que você apresentou foi o pib real, que é calculado a preços constantes (dólar por exemplo) que é diferente do pib nominal que é calculado em reais e inclui a inflação. Esse pib é o crescimento real do Brasil, descontado da inflação.

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #140 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 15:08:47 »
Olha Juca, estes indicadores de que a renda subiu são fortemente influenciados pelo programa do Bolsa Família que tirou milhões da miséria absoluta. Estas pessoas não tinham renda nenhuma e agora podem comprar o mínimo. Quem sofre com a alta de combustível e de comida é a classe média baixa ou aqueles que recebem pouco (como um salário mínimo) mas não são beneficiados por estes programas sociais. Mesmo eles acabam prejudicados por oder comprar menos. Mas duvido que reclamem, afinal, antes não recebiam nada...

Fora que combustível mais alto afeta todos fortemente, pois se sobe o frete, sobe absolutamente tudo.
Combustível barato é uma das coisas que beneficia todos, sem distinção, seja rico, seja pobre.
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Offline Barata Tenno

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #141 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 15:08:47 »
Se o PIB nominal é o real, porque é chamado de nominal e o que não é  real é chamado de real? :biglol:
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Re: Revolta Árabe
« Resposta #142 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 15:28:53 »
me aponte apenas um ano, nos ultimos 7, onde a renda não subiu mais que a inflação,
[...]

Ano de 2010. Inflação pelo IGP-M de 11,38%. PIB pelo IBGE de 7,00%.

Ano de 2008. Inflação pelo IGP-M de 6,48%. PIB pelo IBGE de 5,10%.

Ano de 2005. Inflação pelo IGP-M de 5,05%. PIB pelo IBGE de 2,30%.

Ano de 2004. Inflação pelo IGP-M de 12,42%. PIB pelo IBGE de 4,90%.

Ano de 2003. Inflação pelo IGP-M de 10,38%. PIB pelo IBGE de -0,20%.

Acho que você está confuso Geo, é natural.

Primeiro, eu pedi o aumento da renda e se você procurar os indicadores sociais do ipeadata http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx , verá que a renda aumentou durante todo esse período e até o anterior.

Segundo, que o que você apresentou foi o pib real, que é calculado a preços constantes (dólar por exemplo) que é diferente do pib nominal que é calculado em reais e inclui a inflação. Esse pib é o crescimento real do Brasil, descontado da inflação.

Não _Juca_, eu não estou confuso. Eu estou ciente de como é calculado o PIB, mas ainda assim coloquei os números com o IGP-M como comparação justamente para abrir a discussão.

O PIB real considera a variação da inflação usando o IPC-A, que foi inferior ao IGP-M em 7 dos últimos 10 anos, sendo que 2 deles foram no governo FHC, com os seguintes totais aumulados: IPC-A com 66,57% e IGP-M com 98,94%.

Os economistas concordam que o IGP-M é um índice que mede melhor a inflação, e mesmo ele sofre com "maquiagens", como aconteceu em 2007, para tornar o "dragão" menos feio.
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Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #143 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 16:07:53 »


Não _Juca_, eu não estou confuso. Eu estou ciente de como é calculado o PIB, mas ainda assim coloquei os números com o IGP-M como comparação justamente para abrir a discussão.

O PIB real considera a variação da inflação usando o IPC-A, que foi inferior ao IGP-M em 7 dos últimos 10 anos, sendo que 2 deles foram no governo FHC, com os seguintes totais aumulados: IPC-A com 66,57% e IGP-M com 98,94%.

Os economistas concordam que o IGP-M é um índice que mede melhor a inflação, e mesmo ele sofre com "maquiagens", como aconteceu em 2007, para tornar o "dragão" menos feio.


Não brigue com os índices, porque todos são válidos, mas para funções diferentes.

Acho que mais confusão da sua parte. O IPCA, na minha opinião, quando falamos de renda familiar, ainda é um indicador melhor de inflação, porque ele mede o preço final ao consumidor[ nas principais regiões metropolitanas de uma variedade muito abrangente de preços, de nove grupos de produtos e mais de 450 subitens, que afetam a renda das famílias de 1 a 40 salários.

Já o IGP-M, que também é um índice válido, é calculado mais para uma base do mercado financeiro e não das famílias, já que os IPA-M, que é variação no Atacado, tem peso de 60% na sua contabilidade e a construção civil mais 10%, sobrando 30% para os preços finais ao consumidor.

Consegue ver a diferença no cálculo da renda e inflação para as famílias?


Offline Geotecton

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #144 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 16:56:32 »
Não _Juca_, eu não estou confuso. Eu estou ciente de como é calculado o PIB, mas ainda assim coloquei os números com o IGP-M como comparação justamente para abrir a discussão.

O PIB real considera a variação da inflação usando o IPC-A, que foi inferior ao IGP-M em 7 dos últimos 10 anos, sendo que 2 deles foram no governo FHC, com os seguintes totais aumulados: IPC-A com 66,57% e IGP-M com 98,94%.

Os economistas concordam que o IGP-M é um índice que mede melhor a inflação, e mesmo ele sofre com "maquiagens", como aconteceu em 2007, para tornar o "dragão" menos feio.
Não brigue com os índices, porque todos são válidos, mas para funções diferentes.

Acho que mais confusão da sua parte. O IPCA, na minha opinião, quando falamos de renda familiar, ainda é um indicador melhor de inflação, porque ele mede o preço final ao consumidor[ nas principais regiões metropolitanas de uma variedade muito abrangente de preços, de nove grupos de produtos e mais de 450 subitens, que afetam a renda das famílias de 1 a 40 salários.

Já o IGP-M, que também é um índice válido, é calculado mais para uma base do mercado financeiro e não das famílias, já que os IPA-M, que é variação no Atacado, tem peso de 60% na sua contabilidade e a construção civil mais 10%, sobrando 30% para os preços finais ao consumidor.

Consegue ver a diferença no cálculo da renda e inflação para as famílias?

Eu não brigo com os índices. Os governos é que fazem isto, inclusive manipulando-os. :)

Talvez voce não acredite, mas eu também tenho ciência que existem diversos índices, que medem a inflação para diversos setores ecnômicos e classes sociais. De qualquer maneira, voce está ignorando o fato de que o IGP-M é a base para o reajuste de quase todos os tipos de contratos, incluindo planos de saúde, aluguéis, tarifas de serviços públicos, entre outros. Portanto o impacto que ele gera na renda líquida das pessoas é muito grande, principalmente para aquelas de classe média.
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Offline gilberto

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #145 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 19:58:17 »
Opa desculpe, eu me enganei, acho que dá mais que 15%... :wink:

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL196844-9356,00-PETROBRAS+E+VALE+SUPERAM+PIB+DA+MAIORIA+DOS+ESTADOS+E+DO+DF.html

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100131/not_imp504139,0.php
Juca,
mas nos links q vc passou tem o valor de mercado da Petrobrás e da Vale, que é o valor total da empresa.
O PIB é uma medida do "faturamento" de todas as atividades econômicas do país. Então para comparar os valores de uma empresa com o PIB, temos que pegar o faturamento anual da empresa.

Nesse caso, o faturamento da Petrobrás é em torno de U$16 bilhões, que é na ordem de 1% do PIB.
fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/economia/conteudo.asp?ID=279721

Por isso que eu te perguntei se os seus números não eram relativos a exportação, no caso da Vale, e possivelmente da Petrobrás caso virarmos um grande exportador de petróleo.

As matérias dos links que vc passou realmente fazem a mesma comparação que vc fez, mas se jornalista fosse inteligente, não teria passado em um vestibular mais difícil (piadinha  :lol:). Se eu estiver correto, o jornalismo em economia tem um problema sério de erros de divulgação, nos confundindo. Se eu estiver errado, ... , deixa prá lá ...
« Última modificação: 28 de Fevereiro de 2011, 20:04:50 por gilberto »

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #146 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 20:27:27 »
Opa desculpe, eu me enganei, acho que dá mais que 15%... :wink:

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL196844-9356,00-PETROBRAS+E+VALE+SUPERAM+PIB+DA+MAIORIA+DOS+ESTADOS+E+DO+DF.html

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100131/not_imp504139,0.php
Juca,
mas nos links q vc passou tem o valor de mercado da Petrobrás e da Vale, que é o valor total da empresa.
O PIB é uma medida do "faturamento" de todas as atividades econômicas do país. Então para comparar os valores de uma empresa com o PIB, temos que pegar o faturamento anual da empresa.

Nesse caso, o faturamento da Petrobrás é em torno de U$16 bilhões, que é na ordem de 1% do PIB.
fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/economia/conteudo.asp?ID=279721

Por isso que eu te perguntei se os seus números não eram relativos a exportação, no caso da Vale, e possivelmente da Petrobrás caso virarmos um grande exportador de petróleo.

As matérias dos links que vc passou realmente fazem a mesma comparação que vc fez, mas se jornalista fosse inteligente, não teria passado em um vestibular mais difícil (piadinha  :lol:). Se eu estiver correto, o jornalismo em economia tem um problema sério de erros de divulgação, nos confundindo. Se eu estiver errado, ... , deixa prá lá ...

De fato, na reportagem que postei está o valor de mercado e no link que você passou embora no título fale em faturamento, na reportagem diz que foi o lucro de 2009.

O faturamento da Petrobrás em 2010 foi de 213 bi em reais, e o da vale de 85 bi, a primeira com lucro de 35 bi e a segundo de 30 bi. Acho que fica ali em torno de 15% do PIB mesmo.

http://portosenavios.com.br/site/noticiario/industria-naval/8362-petrobras-tem-lucro-recorde-de-r-35-bi

http://www.dignow.org/post/vale-tem-lucro-de-192-em-2010-e-atinge-r-30-1-bilh%C3%B5es-1405220-80067.html


Offline gilberto

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #147 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 20:41:33 »
Eita, se a Petrobras fatura mais de 200 bi por ano, o valor de venda dela seria de 1 trilhão !!!!

Ai lembra aquela discussão sua com o Geotecton e outros sobre o valor da privatização da vale.

Agora essas reportagens de economia tem muitos erros.

Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #148 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 20:52:10 »


Eu não brigo com os índices. Os governos é que fazem isto, inclusive manipulando-os. :)

Talvez voce não acredite, mas eu também tenho ciência que existem diversos índices, que medem a inflação para diversos setores ecnômicos e classes sociais. De qualquer maneira, voce está ignorando o fato de que o IGP-M é a base para o reajuste de quase todos os tipos de contratos, incluindo planos de saúde, aluguéis, tarifas de serviços públicos, entre outros. Portanto o impacto que ele gera na renda líquida das pessoas é muito grande, principalmente para aquelas de classe média.


Não quero ficar me repetindo mas..., o IGP-M é importante sim, é válido, mas já foi muito mais, e perdeu muito de sua importância nso cálculos do governo e dos bancos, porque não é abrangente para o consumo final, e consequentemente para a renda da família, como sua composição mostra, deveria ser simples de entender, acho.

O IGP-M é importante para um quadro geral, e não específico. Ele não é uma amostra de preços finais, e sim um combinado entre intermediários e finais, entre atacado e varejo. Daí que em algumas vezes eles destoam pois, ou o varejo absorve parte da inflação, ou ele aumenta essa inflação, que se faz através das margens de lucro, que absorvem se tiverem fôlego, ou geram inflação se estão apertadas. São ciclos diferentes, que o IGP-M tenta juntar e balancear num índice só, que na verdade só cria confusão.

Os índices IGP foram lançados na época da hiperinflação como um índice mais confiável, do que os do governo. Pegavam muitas variáveis e assim tinha um quadro abrangente da inflação. Hoje, com a inflação estável, esses indíces perderam toda aquela importância.

Offline _Juca_

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Re: Revolta Árabe
« Resposta #149 Online: 28 de Fevereiro de 2011, 20:55:44 »
Eita, se a Petrobras fatura mais de 200 bi por ano, o valor de venda dela seria de 1 trilhão !!!!

Ai lembra aquela discussão sua com o Geotecton e outros sobre o valor da privatização da vale.

Agora essas reportagens de economia tem muitos erros.

Se você não acredita, paciência, são os números que foram postados esses dias pelas empresas. Basta você entrar nos portais delas e procurar, são companhias de capital aberto e tem que apresentar um balanço público.

O valor de mercado da Petrobrás é de 378 bi.

http://economia.ig.com.br/mercados/valor+de+mercado+da+petrobras+cresce+46+com+capitalizacao/n1237783557113.html

 

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