Autor Tópico: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade  (Lida 42473 vezes)

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #300 Online: 12 de Julho de 2011, 10:10:29 »
Acho interessante sim, só discordo do "simples". Sem saber mais sobre as "hipótese" que ele elaborou, é difícil dizer algo sobre o nível de "inteligência" dele.

O simples é entre aspas, pois um maquinário robótico aliado a um software sofisticado como este, não é algo que possamos chamar de simples, como uma cafeteira. Mas certamente ele é simples (sem aspas) se comparado com a inteligência humana.

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Mas nesse caso há uma observação interessante:
"Como os organismos biológicos são extremamente complexos, é importante que os detalhes dos experimentos biológicos sejam registrados com grande detalhe. Isso é difícil e entediante para os cientistas humanos, mas muito fácil para robôs-cientistas," - professor King.
Acho que dá para IAs ajudarem e muito na produção científica. Mas esse robô não pode ser considerado o cientista, como diz o King, pois ele ainda é muito dependente do ser humano. Podemos até em um futuro não tão distante ver um robô cientista de verdade, mas a última coisa que ele será é mágico (incompreensível por um ser humano).

Certamente, o “cientista” usado aí em relação ao robô é algo só pra chamar a atenção. Como já disse, faz parte do sensacionalismo da mídia, que acredito seja até uma técnica ensinada na faculdade de jornalismo para se conseguir mais audiência e mais dinheiro na profissão.
E magia, certamente isto não existe. Nem o cérebro, que é altamente mais complexo, pode ser chamado de mágico, muito menos um robô como este, ainda em sua primeira versão. Mas em tecnologia, geralmente tudo começa assim, “simples” e com objetivos específicos, mas depois evolui e passa a ser muito mais sofisticado e muito ampliada as suas áreas de aplicações, como ocorreu com o computador e a própria internet. E mesmo que tais robôs “cientistas” não cheguem um dia a fazer ciência de forma totalmente independente dos seres humanos, eles certamente ajudarão MUITO no sentido de tornar o avanço científico muito mais acelerado do que já é hoje em dia.

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #301 Online: 12 de Julho de 2011, 10:46:20 »
O que preocupa é se num futuro distante, com as máquinas no controle, se os humanos iriam estudar, por exemplo, frequentar a escola, fazer faculdade, esforçarem-se, etc. Nem ler é necessário, já que uma máquina qualquer pode ler para você e até escrever, o humano apenas dita.

Apenas alguns estudariam e isso representaria um grave déficit cognitivo na população humana. Com tanta gente estúpida e sem estudo, dando ordens imbecis as máquinas, vai chegar a um momento em que elas irão concluir, muito racionalmente, que não é razoável obedecer ordens de retardados mentais e passar a tratar os humanos como incapazes, ou até eliminá-los de uma vez, já que seriam inúteis, vagabundos e ameaçariam o ecossistema com seus desejos imbecis e sem sentido.

Mesmo os qu estudassem, a força de vontade teria que ser tremenda, com tanta facilidade ao redor e, mesmo assim, quase sempre seria frustrante, pois nunca conseguiríamos superar a capacidade cognitiva de uma máquina. Enquanto você leva 20 minutos para resolver um cálculo complicado, a máquina resolve trilhões deles, trilhões de de vezes mais complexo, em alguns segundos...

Talvez sobrasse a criatividade, mas as máquinas tendo todo o conhecimento humano no seu cérebro eletrônico, poderiam cruzar dados e fazer comparações em segundos, o que torna difícil superar suas idéias "criativas".
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Titoff

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #302 Online: 12 de Julho de 2011, 11:03:26 »
Num cenário destes os estudos não poderiam ser substituídos por outras formas de aprendizado, estimulação de regiões específicas do cérebro para desenvolvimento total, estimulação de sinapses, etc?

Seria também mais fácil ser culto e inteligente. E viria em um pacote fechado (mas não é mais ou menos como já ocorre hoje?).

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #303 Online: 12 de Julho de 2011, 11:11:15 »
O que preocupa é se num futuro distante, com as máquinas no controle, se os humanos iriam estudar, por exemplo, frequentar a escola, fazer faculdade, esforçarem-se, etc. Nem ler é necessário, já que uma máquina qualquer pode ler para você e até escrever, o humano apenas dita.

Apenas alguns estudariam e isso representaria um grave déficit cognitivo na população humana. Com tanta gente estúpida e sem estudo, dando ordens imbecis as máquinas, vai chegar a um momento em que elas irão concluir, muito racionalmente, que não é razoável obedecer ordens de retardados mentais e passar a tratar os humanos como incapazes, ou até eliminá-los de uma vez, já que seriam inúteis, vagabundos e ameaçariam o ecossistema com seus desejos imbecis e sem sentido.

Mesmo os qu estudassem, a força de vontade teria que ser tremenda, com tanta facilidade ao redor e, mesmo assim, quase sempre seria frustrante, pois nunca conseguiríamos superar a capacidade cognitiva de uma máquina. Enquanto você leva 20 minutos para resolver um cálculo complicado, a máquina resolve trilhões deles, trilhões de de vezes mais complexo, em alguns segundos...

Talvez sobrasse a criatividade, mas as máquinas tendo todo o conhecimento humano no seu cérebro eletrônico, poderiam cruzar dados e fazer comparações em segundos, o que torna difícil superar suas idéias "criativas".

Isto certamente poderá ocorrer SE deixarmos todo o avanço da tecnologia SOMENTE para a aprimoração das máquinas. Seria muita burrice dos seres humanos não usarem tais tecnologias para “turbinarem” seu aparato cerebral e a sua própria capacidade cognitiva.
O ideal para esta enorme expansão do conhecimento científico e tecnológico, seria nos fundirmos, máquina e biologia, de modo que nos tornássemos uma coisa só. Deixar as máquinas evoluírem sem limite, enquanto nos tornamos cada vez mais dispensáveis, não é algo nada inteligente.
Poderíamos conectar nossos cérebros diretamente ao conhecimento e a capacidade de processamento gerados pelas máquinas, assim não existiria conhecimento de máquina e conhecimento humano, somente conhecimento.

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #304 Online: 12 de Julho de 2011, 11:13:38 »
Num cenário destes os estudos não poderiam ser substituídos por outras formas de aprendizado, estimulação de regiões específicas do cérebro para desenvolvimento total, estimulação de sinapses, etc?

Seria também mais fácil ser culto e inteligente. E viria em um pacote fechado (mas não é mais ou menos como já ocorre hoje?).

Exatamente o que eu penso.

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #305 Online: 12 de Julho de 2011, 11:31:16 »
Sei não... um cérebro eletrônico puramente, em tese, será superior a uma simbiose (mecânica-orgânica). Se ele for superior demais, tende a dominar.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #306 Online: 12 de Julho de 2011, 11:32:42 »
Outra tentativa da ciência que talvez venha a contribuir bastante para o advento da singularidade tecnológica:

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Tecnologia da informação futurista



Na Escola Politécnica de Zurique (ETH), na Suíça, um grupo de cientistas está propondo o casamento da sociologia com a tecnologia da informação.
O objetivo é antecipar as crises que assolam o mundo regularmente.
Dos seis projetos selecionados pela Comissão Europeia como candidatos ao título de "carro-chefe", o FuturICT é o único relacionado com as ciências humanas.
No ano que vem, a Comissão Europeia vai destinar 1 bilhão de euros para cada programa carro-chefe selecionado - ou pelo menos 100 milhões por ano, durante dez anos.

O FuturICT teve seu nome construído sobre um trocadilho, com o "futurista" incorporando a sigla "ICT", que significa, em inglês, as tecnologias de informação e comunicação, ou todo o campo relacionado aos computadores pessoais, telefones celulares, internet e redes sociais.
O FuturICT se baseia em uma extensa rede de 51 universidades e institutos de tecnologia de 16 países, complementada por colaboradores do setor privado, como Yahoo e Telecom Itália. Todos sob a liderança de duas "matrizes", a Universidade College of London e a Escola Politécnica Federal de Zurique (ETH, na sigla em alemão).

Ciência humana exata?

A ideia básica é que essas tecnologias, e as montanhas de dados que podem coletar e processar, já oferecem aos sociólogos o material necessário para transformar sua disciplina em algo mais do que um discurso ("logos"), mas uma "verdadeira ciência" capaz de descrever seu objeto de estudo com uma precisão sem precedentes e até mesmo prever sua evolução.
O projeto é descrito "poeticamente" pelos responsáveis como um "acelerador de conhecimentos" e é comparado ao programa Apollo. A diferença é que desta vez não é mais a Lua que será explorada, mas a Terra.

Concretamente, os pesquisadores irão coletar o máximo possível de dados, principalmente da internet, mas também de arquivos ou pesquisas de comportamentos coletivos. Observatórios também serão instalados nos ambientes financeiro, econômico, social ou natural.
E todos esses dados alimentarão i "Living Earth Simulator" (Simulador da Terra Viva) que deverá ser capaz de modelar o funcionamento das sociedades como já acontece com os sistemas complexos da física ou da biologia.
Tudo isso, garantem os pesquisadores, em estrita conformidade com os princípios da proteção de dados. "Os pais de FuturICT são cientistas e seu objetivo não é se aprofundar na vida das pessoas, mas para alcançar resultados que poderiam beneficiar toda a sociedade".

Prever o futuro e calcular a ganância

Pois a compreensão da sociedade é só um primeiro passo. A ambição do projeto vai muito mais além.
O objetivo é conseguir prever o surgimento de crises para tentar amenizar seus efeitos.
No primeiro semestre de 2008, Dirk Helbing e dois de seus colegas haviam publicado um alerta na revista ScienceDaily contra a perigosa instabilidade do sistema financeiro. Poucos meses depois o mundo caía na crise que todos conhecemos.
Será que com isso o FuturICT conseguirá predizer o futuro, assim como a psico-história dos romances de ficção científica de Isaac Asimov?
"Devemos empregar o termo predição com muito cuidado. A predição ainda tem muitos limites, o melhor seria falar de previsão, como no caso da previsão do tempo. Por outro lado, o que é possível com certeza é obter uma compreensão suficiente dos sistemas sociais e econômicos para explicar como algumas mudanças nesses sistemas podem afetá-los", responde Dirk Helbing, físico convertido em sociólogo e co-diretor de FuturICT.
Além disso, acrescenta o sociólogo, "nem sempre é necessário fazer previsões para melhorar o sistema. Nosso objetivo principal é poder aliviar a crise, reduzir perdas e também gerar novos lucros, detectar novas oportunidades".
Resta levar em consideração que uma crise, como a crise financeira de 2008, deve muito também à ganância humana. Será que os "sócio-matemáticos" também serão capazes de calcular isso?
"Absolutamente," responde Dirk Helbing sem hesitar. "Acabamos de publicar um artigo sobre esta questão, que examina como a cobiça afeta o surgimento da cooperação e da coesão social. E pudemos estabelecer que um pouco de ganância torna as pessoas ambiciosas o suficiente para realmente tentar fazer algo juntas. Em compensação, tem um certo nível onde a ganância já não melhora o desempenho do sistema, mas, ao contrário, o desestabiliza."

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/010150110708-simular-a-terra-1.jpg

Aqui um link para maiores detalhes sobre o projeto:
http://www.futurict.ethz.ch/data/pubs/WhatFuturICTWillDo4Supporters.pdf

Um vídeo sobre o assunto:

<a href="http://www.youtube.com/v/aCTUYSphFrU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/aCTUYSphFrU</a>
« Última modificação: 12 de Julho de 2011, 11:35:18 por ByteCode »

Offline Titoff

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #307 Online: 12 de Julho de 2011, 12:03:12 »
Sei não... um cérebro eletrônico puramente, em tese, será superior a uma simbiose (mecânica-orgânica). Se ele for superior demais, tende a dominar.

Pode ser... não consigo defender nem uma coisa nem outra. Mas tal 'simbiose' (seja lá em qual nível for), eliminaria ou diminuiria o número de idiotas totais por falta de empenho.

Algo limitador para o puramente artificial seriam regras "asimovianas". Porém consigo enxergar um cenário onde um engraçadinho, seja por quais motivos forem, produza super-inteligências destas sem essas regras.
« Última modificação: 12 de Julho de 2011, 12:05:13 por Titoff »

Offline Cumpadi

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #308 Online: 12 de Julho de 2011, 14:07:30 »
Sei não... um cérebro eletrônico puramente, em tese, será superior a uma simbiose (mecânica-orgânica). Se ele for superior demais, tende a dominar.
Ele não tende a dominar, ele faz o que é programado para fazer, você está misturando a "programação" humana no meio.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #309 Online: 12 de Julho de 2011, 14:17:55 »
Sei não... um cérebro eletrônico puramente, em tese, será superior a uma simbiose (mecânica-orgânica). Se ele for superior demais, tende a dominar.
Ele não tende a dominar, ele faz o que é programado para fazer, você está misturando a "programação" humana no meio.

Se ele tem consciência de fato ele pode mudar a própria programação, como nós podemos.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Cumpadi

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #310 Online: 12 de Julho de 2011, 14:25:49 »
Mas a nossa programação é o que determina como mudamos, essa é a lógica da IA, a programação deles também determinará o que se tornarão, é completamente controlável.
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Offline gilberto

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #311 Online: 12 de Julho de 2011, 14:39:02 »
Mas a nossa programação é o que determina como mudamos, essa é a lógica da IA, a programação deles também determinará o que se tornarão, é completamente controlável.
Algumas objeções Parcus. Acho que já existem programas cujo resultado não podemos prever completamente. Exemplos: aprendizado não superviosionado, algorítmos genéticos e estatísticos, etc. Além disso se um robo for lançado para outros planetas que não conhecemos eles vão processar dados que não conhecemos e vai saber lá o resultado disso, programas tb poderão ser capazes de modificar a si próprio da mesma forma que nós modificamos o nosso modo de pensar e cultura.

Ou seja, se até os programas atuais não são completamente controláveis, não vejo garantia plausível de que serão no futuro.

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #312 Online: 12 de Julho de 2011, 18:59:50 »
Mas a nossa programação é o que determina como mudamos, essa é a lógica da IA, a programação deles também determinará o que se tornarão, é completamente controlável.

Já existem algoritmos que aprendem, conforme recebem novos dados. Claramente, ainda não fazem isto com a riqueza e a complexidade com que os seres humanos ou qualquer outro animal fazem.

No atual ponto de evolução da IA isto é muito controlável mesmo. Mas num nível maior, com uma capacidade de processamento muito superior a atual e com um software mais evoluído para acompanhar a capacidade do hardware, penso que isto não será tão controlável assim.

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #313 Online: 16 de Julho de 2011, 07:13:36 »
Falando sobre capacidade de aprender, aqui uma evolução interessante nesta área:

Sinapse artificial memoriza e esquece como o cérebro

Emulando o cérebro

Um grupo de pesquisadores japoneses desenvolveu um circuito eletrônico que imita o sistema de memorização e esquecimento que caracteriza o aprendizado do cérebro humano.

O "circuito sináptico" - um dispositivo totalmente de hardware - reproduz de forma totalmente autônoma dois fenômenos que são marcas registradas da atividade neural do cérebro: a memorização das informações necessárias e o esquecimento das informações desnecessárias.

Acredita-se que a memória seja o resultado de dois tipos de plasticidade sináptica: a plasticidade de curto prazo e a potenciação de longo prazo. Só os registros mais importantes - e, portanto, mais fortes ou mais intensos - passariam ao registro definitivo.

Os cientistas tentam há anos reproduzir esse comportamento neural do aprendizado, dentro do campo conhecido como engenharia neuromórfica.

Isso vem sendo tentado principalmente por meio de software, o que não é uma tarefa fácil devido à complexidade das interconexões verificadas nos processos neurais que dão sustentação ao pensamento.

Mas Takeo Ohno e seus colegas do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais, no Japão, decidiram adotar uma abordagem de hardware.

Circuito sináptico

O circuito sináptico é essencialmente uma chave atômica de lacuna - onde a lacuna se refere a uma minúscula distância entre dois eletrodos -, que funciona como um memristor.

O componente é formado por um eletrodo de prata, recoberto com sulfeto de prata (Ag2S), e um contra-eletrodo de platina, com uma separação de um nanômetro entre eles - portanto, um componente totalmente inorgânico.

Seu funcionamento se dá pela formação e destruição de uma "ponte", formada por um átomo de prata, que se coloca entre os dois eletrodos. A ponte é construída e destruída controlando-se a reação eletroquímica (uma reação de estado sólido) do condutor híbrido iônico/eletrônico, ou eletroiônico, o sulfeto de prata.

A chave atômica tem dois estados de condutância: o primeiro é produzido por um sinal fraco, o que faz com que esse estado se degrade rapidamente; o outro é gerado por um sinal mais forte, o que exige um outro sinal igualmente forte que o anule.

Circuito neural artificial

Usando o movimento dos íons, os pesquisadores conseguem controlar essa ponte metálica entre os eletrodos.

Isso porque o movimento dos íons depende da frequência de entrada do estímulo elétrico - que representa o "aprendizado". Em outras palavras, eles conseguem controlar a intensidade da conexão sináptica do seu circuito neural artificial.

Na prática, o circuito sináptico ajusta sua própria "força" (ou intensidade) de acordo com a frequência da estimulação elétrica - o estímulo intermitente causa um decaimento espontâneo do nível de condutância da sinapse inorgânica quando ela opera em níveis críticos de tensão.

No circuito, essa frequência do estímulo nada mais é do que a frequência de uma corrente elétrica.

Contudo, vista sob o ponto de vista de um emulador de um circuito neural, essa frequência representa a quantidade de vezes que o "cérebro artificial" esteve exposto a um aprendizado em particular.

Ou seja, quando maior a frequência, maior será a fixação do material "aprendido".

Aprendizado de máquina

No experimento, os pesquisadores construíram uma matriz de 7 x 7 pontos - pense neles como os pixels de uma tela - cada um contendo sua própria sinapse artificial.

Os valores inseridos poucas vezes - com baixa frequência - somem rapidamente da tela. O circuito sináptico se "esquece" deles porque, não sendo repetidos uma quantidade de vezes suficiente, eles não devem ser importantes.

Mas aqueles que são repetidos várias vezes logo permanecem gravados, imitando o aprendizado por repetição - o que os pesquisadores chamam de "lembrar-se do que é importante".

Ao contrário da sinapse sintética construída com nanotubos de carbono, esta emula a memorização em um dispositivo de hardware único e muito simples, e sem a necessidade de qualquer programação externa.

Além disso, outros experimentos têm resultado em sinapses artificiais que só funcionam para o fim específico para a qual foram projetadas - ao contrário da flexibilidade do "aprendizado" demonstrado agora.

Computadores inspirados em cérebros

Como o novo circuito sináptico permite a realização de diversas operações sem qualquer programação prévia, os cientistas acreditam que ele é um passo importante para a construção de sistemas de inteligência artificial capazes de aprender com o uso, de forma similar aos humanos.

"Os elementos sinápticos inorgânicos são funcionalmente adequados para o projeto de sistemas neurais que possam funcionar sem a necessidade dos softwares de difícil escalabilidade e da pré-programação atualmente empregada nos sistemas de redes neurais, com claro potencial para [a construção de um] hardware apropriado para os sistemas inteligentes físicos e artificiais," escrevem os pesquisadores.

Mas computadores que repliquem de fato o cérebro ainda dependerão de progressos futuros.

Por exemplo, embora o comportamento de memristor da chave atômica tenha ele próprio uma memória, "lembrando-se" da última corrente que o atravessou, os pesquisadores não conseguiram demonstrar uma correlação entre o tempo e a memória registrada no dispositivo.

Ou seja, várias entradas iguais ao longo do tempo não reforçam o "aprendizado", o que é uma característica da neuroplasticidade.

Esses computadores inspirados em cérebros biológicos são vistos como uma das saídas para superar o atual paradigma da computação baseada em transistores eletrônicos.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sinapse-artificial&id=010810110714

« Última modificação: 16 de Julho de 2011, 07:21:59 por ByteCode »

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #314 Online: 16 de Julho de 2011, 07:23:12 »
Outra tentativa da ciência que talvez venha a contribuir bastante para o advento da singularidade tecnológica:

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Tecnologia da informação futurista

Na Escola Politécnica de Zurique (ETH), na Suíça, um grupo de cientistas está propondo o casamento da sociologia com a tecnologia da informação.
O objetivo é antecipar as crises que assolam o mundo regularmente.
Dos seis projetos selecionados pela Comissão Europeia como candidatos ao título de "carro-chefe", o FuturICT

Estive refletindo sobre este projeto. Tenho receio das possíveis aplicações disto para um controle maior sobre a população mundial, tipo o Grande Irmão, do livro 1984 do Orwell. Nova ordem mundial, Illuminati, marca da besta???????? Brincadeirinha, mas isto pode ter sérias implicações sobre o que diz respeito a nossa liberdade e privacidade.

Offline gilberto

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #316 Online: 02 de Agosto de 2011, 15:30:07 »
Isto é verdade mesmo?!?!? Ou é só uma noticia implantada pela mídia sionista? :D

Vou pesquisar mais a respeito... eu mesmo ainda não estou acreditando nesta notícia.

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #317 Online: 02 de Agosto de 2011, 16:37:03 »
Conheçam o robo de inteligência artificial SOINN

Este robô pode pensar, aprender e agir por si mesmo usando inteligência artificial. Ele está sendo desenvolvido pelo Grupo Hasegawa no Instituto de Tecnologia de Tóquio.

Usando uma tecnologia chamada de uma rede neural auto-replicante, ou SOINN (Self-Organizing Network Neural Incremental), ele pode pensar como os humanos quando se depara com tarefas que nunca fez antes. Ele pode fazer suposições e decisões com base em sua experiência passada e conhecimento.

Bem como informações sensoriais do robô, em forma de visual, auditivo e tátil de dados, SOINN obtém informações de outras fontes, incluindo a Internet e outros robôs experiências e conhecimento. Desta forma, torna-se gradualmente mais inteligente.

     "Por exemplo, suponha que este robô não sabe como fazer chá, e é enviado para uma pessoa idosa que vive sozinha. E suponha que a pessoa pede para fazer uma xícara de chá verde. O robô não sabe, por isso pede informações a robôs em todo o mundo como fazer chá. Suponha, por exemplo, que um robô no Reino Unido diz-lhe como fazer o chá de estilo britânico. Nós pensamos que este robô vai se tornar capaz de transferir esse conhecimento para sua situação imediata, e fazer o chá verde usando um bule de chá japonesa. "

http://sekai-onigiri.blogspot.com/2011/08/conhecam-o-robo-de-inteligencia.html

<a href="http://www.youtube.com/v/OC2TTslf_YM&amp;feature=player_embedded" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/OC2TTslf_YM&amp;feature=player_embedded</a>

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #318 Online: 02 de Agosto de 2011, 16:59:54 »
Alguém aqui já tinha ouvido falar desta tal "Self-Organizing Network Neural Incremental - SOINN" (rede neural auto-replicante)? Gilberto?

Offline gilberto

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #319 Online: 02 de Agosto de 2011, 17:56:06 »
Já ouvi falar de propostas parecidas, mas nunca de uma implementação eficiente para tarefas genéricas como parece ser o caso do robozinho aí. Geralmente os algorítimos de aprendizado são eficientes para situações, contexto, constraints e boundaries particulares.
Como eu já disse, eu acho que o pulo-do-gato da IA vai acontecer quando conseguirem fazer um algorítimo de aprendizado sem supervisão (unsupervised learning) eficiente. Aí o bicho pega, pois já sabemos a velocidade do avanço de novas tecnologias ... rápida e devastadora ... no bom sentido

Offline Cumpadi

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #320 Online: 03 de Agosto de 2011, 03:06:56 »
Como assim supervised learning? Quer dizer que se não houver alguém olhando o negócio não funciona? Tem algo furado nisso aí!

Editado: unsupervised>supervised
« Última modificação: 03 de Agosto de 2011, 04:21:54 por parcus »
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Offline gilberto

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #321 Online: 03 de Agosto de 2011, 04:17:48 »
Ao contrário, funciona sem ninguém olhar. Aprende sem supervisão, ou seja sem ninguém ensinar explicitamente.

Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #322 Online: 03 de Agosto de 2011, 07:28:48 »
Já ouvi falar de propostas parecidas, mas nunca de uma implementação eficiente para tarefas genéricas como parece ser o caso do robozinho aí. Geralmente os algorítimos de aprendizado são eficientes para situações, contexto, constraints e boundaries particulares.

O que sabia é que as melhores soluções para IA vem de redes neurais e da utilização de lógica fuzzy em sistemas especialistas. Mas este sistema especificamente - SOINN - nunca havia lido nada a respeito. Apostava bastante na união das duas coisas, a programação NeuroFuzzy. Mas, aparentemente o SOINN usa lógica booleana mesmo, só que com redes neurais e nao programação comum. Eu digo comum, mas nem sei se redes neurais se baseiam em Orientação a Objetos e a utilização de UML para o seu projeto. Nunca nem vi um código fonte de um sistema baseado em redes neurais (só exemplos bem básicos em apostilas e livros), pra falar a verdade.

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Como eu já disse, eu acho que o pulo-do-gato da IA vai acontecer quando conseguirem fazer um algorítimo de aprendizado sem supervisão (unsupervised learning) eficiente. Aí o bicho pega, pois já sabemos a velocidade do avanço de novas tecnologias ... rápida e devastadora ... no bom sentido

Eu aposto que o pulo do gato vai ser a união de redes neurais e o método de lógica difusa (fuzzy), a NEUROFUZZY. Se bem que este robô aí já é um sério candidato a "pulo do gato" :D Mas náo podemos esquecer que isto depende muito da capacidade de processamento da máquina (hardware).
« Última modificação: 03 de Agosto de 2011, 07:33:30 por ByteCode »

Offline West

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #323 Online: 03 de Agosto de 2011, 10:17:51 »
Tava imaginando uma coisa aqui: com os avanços tecnológicos daqui a alguns anos bem poderíamos fechar o legislativo e instituir a velha e boa democracia direta.
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Offline ByteCode

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Re: Singularidade Tecnológica: inteligência super-humana e imortalidade
« Resposta #324 Online: 03 de Agosto de 2011, 10:22:28 »
Tava imaginando uma coisa aqui: com os avanços tecnológicos daqui a alguns anos bem poderíamos fechar o legislativo e instituir a velha e boa democracia direta.

Penso que será uma possibilidade real em breve. O problema principal seria resolver os problemas quanto a fraude eletrônica. Hackers sempre irão existir (humanos ou não).

 

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