Autor Tópico: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone  (Lida 10794 vezes)

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Offline ByteCode

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Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Online: 17 de Abril de 2011, 13:04:31 »
<a href="http://www.youtube.com/v/hb1pyQlb0JI" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/hb1pyQlb0JI</a>

Estou assistindo o filme agora. Esta aí de cima é a parte 1 de 8, que eu acabei de assitir. Quando terminar de ver as oito partes eu volto aqui pra postar. Mas já gostei do começo. Vamos ver o resto...

Já ouviram falar deste filme?

Offline uiliníli

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #1 Online: 17 de Abril de 2011, 13:08:20 »
Tem nome de pornochanchada...


Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #2 Online: 17 de Abril de 2011, 13:44:15 »
Não é  :hihi:

É este aqui:


Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #3 Online: 17 de Abril de 2011, 16:38:17 »
Terminei de ver, muito interessante! Ele só ressalta o que todos nós (ou ao menos maioria) aqui ao sul da fronteira já sabemos: somos explorados pelo titio Sam.

Mostra bem o papel da mídia, ao servir como manipuladora a favor dos interesses do grande capital que, claro, é liderado pelos EUA. Grande arma para manter o status quo.

Este documentário bate muito com tudo o que percebo e tenho concluído sobre o atual sistema:

../forum/topic=24671.0.html

../forum/topic=24621.0.html
« Última modificação: 17 de Abril de 2011, 16:43:33 por ByteCode »

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #4 Online: 17 de Abril de 2011, 16:47:32 »
Trailer do filme:

<a href="http://www.youtube.com/v/NpOg-ExRZa4" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/NpOg-ExRZa4</a>

Offline DDV

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #5 Online: 17 de Abril de 2011, 17:01:51 »
O ByteCode é o Rhyan dos esquerdistas.  :D
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #6 Online: 17 de Abril de 2011, 17:47:39 »
Não sou esquerdista. Sou apenas favorável à igualdade social e totalmente contra a qualquer tipo de imperialismo, seja qual for o seu modus operandi

Sou contra a existência do Estado e de qualquer forma de governo, inclusive os democráticos. Somente sem a existência de Estado e de política é que levaremos a civilização a um novo patamar de evolução.

Mas, na presença de um Estado e de um regime democrático, a Social Democracia seria a melhor escolha a se fazer.

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #7 Online: 18 de Abril de 2011, 15:01:24 »
Coisas que mais me chamaram a atenção no documentário:

1 - O governo dos EUA e a mídia venezuelana arquitetaram o golpe contra Hugo Chavez em 2002.

2 - Nestor  Kirchner, ex-presidente da Argentina, afirma que Jorge Bush, em visita ao seu país, disse que a guerra é a melhor forma de crescimento econômico para os EUA. Também afirma, juntamente com sua esposa Cristina Kirchner, que o FMI ofereceu empréstimos, exigindo condições degradantes economicamente e socialmente ao seu país.

3 - EUA exigia a existência de bases militares em território boliviano e equatoriano.

4 - EUA utiliza o DEA (departamento de combate às drogas americano) para promover ingerencia em assuntos internos dos países sulamericanos.

5 - Lula afirma que o FMI, comandado principalmente pelos EUA, comunicou a ele que o Brasil não precisaria pagar a dívida se não quisesse. O que demonstra claramente que não precisam deste dinheiro, apenas cobram a divida de forma a conseguir dominio sobre os países devedores. Poderiam, por exemplo, perdoar a dívida de países pobres da Africa.

Offline Luiz F.

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #8 Online: 18 de Abril de 2011, 15:13:52 »
Santa falácia da demonização.
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Albert Einstein

Offline Dr. Manhattan

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #9 Online: 18 de Abril de 2011, 15:27:01 »
Coisas que mais me chamaram a atenção no documentário:

1 - O governo dos EUA e a mídia venezuelana arquitetaram o golpe contra Hugo Chavez em 2002.

E daí? Não morro de amores pelos EUA, mas entendo quando eles dão seu apoio aos opositores de alguém que
usa uma retórica claramente antiamericana. Os EUA estão só defendendo os seus interesses. Isso é muito mais
pragmatismo do que imperialismo. Aliás, isso também não torna o Chavez  menos alucinado e pernicioso.

2 - Nestor  Kirchner, ex-presidente da Argentina, afirma que Jorge Bush, em visita ao seu país, disse que a guerra é a melhor forma de crescimento econômico para os EUA.

Se ele disse isso, está mentindo. Seria correto se ele tivesse dito que a guerra é a melhor forma para o enriquecimento rápido de certos setores do
complexo industrial-militar americano. Ela tem sido geralmente ruim para as finanças do governo americano. Não é à toa que GWB pegou um
governo com superávit e o deixou com um déficit récorde.

Também afirma, juntamente com sua esposa Cristina Kirchner, que o FMI ofereceu empréstimos, exigindo condições degradantes economicamente e socialmente ao seu país.

As condições que o FMI impõe são duras, é verdade. Mas sabe porque? Porque o FMI espera que exista alguma possibilidade de os países a devedores paguem
alguma parte de sua dívida no futuro. Portanto, eles impõem a países gastadores condições de austeridade. Isso costuma irritar profundamente políticos populistas,
que usam do dinheiro público para se promover. Essas medidas são ruins para o povo? Claro que são, e cabe aos governos negociar condições melhores e tentar
evitar que o sacrifício maior caia nos ombros dos mais pobre (o que é difícil em qualquer lugar do mundo), mas no final das contas, a culpa maior está nos governos
que não souberam gastar sabiamente o dinheiro do povo e se viram obrigados a recorrer ao FMI. Aliás, pelo que ouvi, os juros do FMI são até mais baixos do que
os de outras entidades.

3 - EUA exigia a existência de bases militares em território boliviano e equatoriano.

Sim, e daí? É só os governos negarem.

4 - EUA utiliza o DEA (departamento de combate às drogas americano) para promover ingerencia em assuntos internos dos países sulamericanos.

Não duvido. Faltou só dizer que os traficantes tinham relações próximas com elementos dos regimes de países da região. Tudo isso faz parte não
de uma guerra anti-comunista, mas de outra guerra inútil: a "guerra contra as drogas".

5 - Lula afirma que o FMI, comandado principalmente pelos EUA, comunicou a ele que o Brasil não precisaria pagar a dívida se não quisesse. O que demonstra claramente que não precisam deste dinheiro, apenas cobram a divida de forma a conseguir dominio sobre os países devedores. Poderiam, por exemplo, perdoar a dívida de países pobres da Africa.

O que o Lula diz não se escreve. Se ele disse isso mesmo, então isso vai entrar para a galeria das frases mais estúpidas do Noço Líder.

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Alan Watts

Offline DDV

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #10 Online: 18 de Abril de 2011, 15:31:17 »
A política americana de apoiar golpes de estado (ao menos na América Latina) foi abandonada desde a época de Jimmy Carter.

Eu não acredito que o governo americano seja tão burro a ponto de ainda não ter percebido que isso é um tiro no pé e mais atrapalha do que ajuda. Mas talvez o George .W. Bush consiga ser burro a esse ponto...


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Offline Dr. Manhattan

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #11 Online: 18 de Abril de 2011, 15:32:52 »
Acho que o GWB (burro que era) deu o seu apoio post-hoc. Devia pelo menos ter esperado uns dias a mais :).
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Alan Watts

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #12 Online: 18 de Abril de 2011, 16:48:48 »
Coisas que mais me chamaram a atenção no documentário:

1 - O governo dos EUA e a mídia venezuelana arquitetaram o golpe contra Hugo Chavez em 2002.

E daí? Não morro de amores pelos EUA, mas entendo quando eles dão seu apoio aos opositores de alguém que
usa uma retórica claramente antiamericana. Os EUA estão só defendendo os seus interesses. Isso é muito mais
pragmatismo do que imperialismo. Aliás, isso também não torna o Chavez  menos alucinado e pernicioso.

Tirar do poder alguém eleito democraticamente está nos interesses dos EUA? E quem disse que os interesses deles lhes dá o direito de interferirem na política interna de um país? Se o povo não quisesse Chavez no poder não o teria eleito tantas vezes. Ainda mais com uma mídia tão opositora quanto a venezuelana.

2 - Nestor  Kirchner, ex-presidente da Argentina, afirma que Jorge Bush, em visita ao seu país, disse que a guerra é a melhor forma de crescimento econômico para os EUA.

Se ele disse isso, está mentindo. Seria correto se ele tivesse dito que a guerra é a melhor forma para o enriquecimento rápido de certos setores do
complexo industrial-militar americano. Ela tem sido geralmente ruim para as finanças do governo americano. Não é à toa que GWB pegou um
governo com superávit e o deixou com um déficit récorde.

A palavra chave aí é Petróleo. Se acaso um dia eles resolverem que outra coisa é de vital interesse para os interesses dos EUA, irão fazer a mesma coisa: guerra. Vamos torcer para no futuro eles não virem a cobiçar demais nossas novas reservas do pré-sal nem a floresta amazônica. Além disso, guerras de vez em quando deixam a indústria bélica muito feliz, fazendo ela contribuir com muito mais entusiasmo para o financiamento de campanha dos seus políticos favoritos.

Também afirma, juntamente com sua esposa Cristina Kirchner, que o FMI ofereceu empréstimos, exigindo condições degradantes economicamente e socialmente ao seu país.

As condições que o FMI impõe são duras, é verdade. Mas sabe porque? Porque o FMI espera que exista alguma possibilidade de os países a devedores paguem
alguma parte de sua dívida no futuro. Portanto, eles impõem a países gastadores condições de austeridade. Isso costuma irritar profundamente políticos populistas,
que usam do dinheiro público para se promover. Essas medidas são ruins para o povo? Claro que são, e cabe aos governos negociar condições melhores e tentar
evitar que o sacrifício maior caia nos ombros dos mais pobre (o que é difícil em qualquer lugar do mundo), mas no final das contas, a culpa maior está nos governos
que não souberam gastar sabiamente o dinheiro do povo e se viram obrigados a recorrer ao FMI. Aliás, pelo que ouvi, os juros do FMI são até mais baixos do que
os de outras entidades.

O FMI e o Banco Mundial adoram é fazer os países subdesenvolvidos de cobaias de suas experiências econômicas. Eles mesmos (EUA e Europa) não seguem o que pregam. A ultima crise de 2008 mostra isto claramente. Exigiam tanto dos outros mas a própria casa estava podre.

Existe um livro chamado "Confissões de um Assassino Econômico, escrito por John Perkins, onde ele descreve como o EUA, por meio principalmente do FMI e do Banco Mundial, infiltram assassinos econômicos em países subdesenvolvidos com o objetivo de torna-los subservientes às suas vontades.

Modus operandi

Os assassinos econômicos atuariam manipulando recursos financeiros do Banco Mundial, da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), além de outras organizações internacionais e estadunidenses. Através de empréstimos, eles canalizariam verbas de países para grandes corporações e famílias abastadas que controlam grandes fontes de recursos naturais.

Perkins afirma que seus instrumentos de trabalho incluem relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinato. Um assassino econômico seria um empregado do imperialismo nos tempos da globalização.

Objetivos

De acordo com o livro, o objetivo final dos assassinos econômicos era o de convencer lideranças políticas e financeiras de países em desenvolvimento a contrair elevados empréstimos de instituições como o Banco Mundial e a USAID, com o objetivo de construir obras de infra-estrutura em seus países.

Os recursos dos empréstimos, porém, retornariam aos Estados Unidos, pois as empresas encarregadas das obras seriam invariavelmente estadunidenses. Os países beneficiados se veriam asfixiados com os pagamentos dos juros e as amortizações do principal dos empréstimos. Sendo assim, tais países se veriam obrigados a se subordinar à pressão política dos Estados Unidos em diversos temas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Confiss%C3%B5es_de_um_Assassino_Econ%C3%B4mico

4 - EUA utiliza o DEA (departamento de combate às drogas americano) para promover ingerencia em assuntos internos dos países sulamericanos.

Não duvido. Faltou só dizer que os traficantes tinham relações próximas com elementos dos regimes de países da região. Tudo isso faz parte não
de uma guerra anti-comunista, mas de outra guerra inútil: a "guerra contra as drogas".

Os chefões do tráfico dos EUA, do mesmo modo, tem tentáculos em elementos das instituições públicas norte americanas. Não conseguem acabar com o tráfico nem dentro do próprio país e querem fazer isto em outros países. É até uma piada.

Não tem desculpa para utilizarem o tráfico de drogas como prestesto para interferir nas instituições internas das nações estrangeiras.

5 - Lula afirma que o FMI, comandado principalmente pelos EUA, comunicou a ele que o Brasil não precisaria pagar a dívida se não quisesse. O que demonstra claramente que não precisam deste dinheiro, apenas cobram a divida de forma a conseguir dominio sobre os países devedores. Poderiam, por exemplo, perdoar a dívida de países pobres da Africa.

O que o Lula diz não se escreve. Se ele disse isso mesmo, então isso vai entrar para a galeria das frases mais estúpidas do Noço Líder.

Percebo que seu comentário está carregado de impressões pessoais. Além de ser um ad hominem.

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #13 Online: 18 de Abril de 2011, 16:50:26 »
A política americana de apoiar golpes de estado (ao menos na América Latina) foi abandonada desde a época de Jimmy Carter.

Eu não acredito que o governo americano seja tão burro a ponto de ainda não ter percebido que isso é um tiro no pé e mais atrapalha do que ajuda. Mas talvez o George .W. Bush consiga ser burro a esse ponto...


Você afirma isto como se o presidente dos EUA agisse por conta própria. Simplesmente ocorreu por que ele quis? Se isto aconteceu é por que houve cooperação do legislativo e judiciário também.

Offline ByteCode

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #14 Online: 18 de Abril de 2011, 17:51:55 »
O acordo MEC-USAID, feito entre os EUA e o Brasil na época da ditadura, que eles ajudaram a implantar aqui, é outra demonstração da ingerência sobre assunto internos de outras nações com o objetivo de dominá-las.

MEC USAID é a fusão das siglas Ministério da Educação (MEC) e United States Agency for International Development (USAID). Simplesmente conhecidos como acordos MEC-USAID cujo objetivo era aperfeiçoar o modelo educacional brasileiro. Isto se deu através da reforma do ensino, onde os cursos primário (5 anos) e ginasial (4 anos) foram fundidos, se chamando de primeiro grau, com 8 anos de duração e o curso científico fundido com o clássico passou a ser denominado segundo grau, com 3 anos de duração, e o curso universitário passou a ser denominado terceiro grau. Com essa reforma, se eliminou um ano de estudos fazendo com que o Brasil tivesse somente 11 níveis até chegar ao fim do segundo grau enquanto outros países europeus e o Canadá possuem no mínimo 12 níveis.

Implantação

Para a implantação do programa, o acordo impunha ao Brasil a contratação de assessoramento Norte Americano e a obrigatoriedade do ensino da Língua Inglesa desde a primeira série do primeiro grau. Os técnicos oriundos dos Estados Unidos criaram a reforma da educação pública que atingiu todos os níveis de ensino. O MEC USAID, na verdade tinha como proposta inicial privatizar as escolas públicas, como não deu certo eles resolveram sucatear a mesma. Antes dele o ensino público era de qualidade depois ficou péssimo como podemos constatar ainda hoje. Matérias como História tiverem sua carga horária reduzida para que estudantes da época não tivessem seus olhos abertos em relação a ditadura.

Resultados

A implantação deste regime de ensino também retirou matérias consideradas obsoletas do currículo, tais como: Filosofia, Latim, Educação Política, cortou-se a carga horária de várias matérias como em História e outras.Os líderes estudantis brasileiros discordavam da ingerência de um país estrangeiro nos assuntos educacionais de nosso país. Isto originou diversos movimentos reivindicatórios que foram reprimidos pela máquina ditatorial brasileira.

http://pt.wikipedia.org/wiki/MEC-Usaid

Infelizmente este acordo vigora até hoje. Nossa educação continua uma porcaria em muito por culpa da ingerencia dos EUA em nosso setor educacional.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #15 Online: 18 de Abril de 2011, 18:27:34 »
Ah, saquei: é tudo uma GRANDE CONSPIRAÇÃO!!1!!

Isso realmente explica tudo. Claro, como foi que não percebi antes?
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Alan Watts

Offline Liddell Heart

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Offline gilberto

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #17 Online: 18 de Abril de 2011, 19:20:43 »
Olá Bytecode,

pode até ter muita coisa ruim no mundo com eles, mas não seria pior sem eles (USA)?

Offline _Juca_

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #18 Online: 18 de Abril de 2011, 19:26:34 »
Os falcões americanos só estão interessado em seu próprio umbigo. Não é preciso documentário nenhum para nos mostrar o óbvio da história contemporânea. Os EUA são talvez um dos melhores exemplos de países democráticos da história, mas não hesitam nem um pouco em apoiar ditadores, teocratas, genocidas e golpista se esses forem de encontro ao interesse econômico e forem contra aqueles que representam perigo para o status quo do poder ou regime republicano capitalista da nação. É um país que leva a dicotomia e a pluraridade à extremos.

Offline gilberto

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #19 Online: 18 de Abril de 2011, 19:36:22 »
Sim Juca, mas isso é em um cenário geopolítico de tensões, crises políticas e econômicas, antes tinha a guerra fria, etc. Antes dos EUA tinha o imperialismo nú e crú ... acho que os EUA deram uma refrescada no imperialismo ... não?
Afinal se fosse outro país a superpotência ... poderia ter sido pior ... e se não tivesse uma potência hegemônica mundial ... as potências regionais iriam fazer pior ... como sempre fizeram ...

Concordo que os americanos não são santos ... mas tb não são o demo ...

Offline Liddell Heart

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #20 Online: 18 de Abril de 2011, 19:47:20 »
Olá Bytecode,

pode até ter muita coisa ruim no mundo com eles, mas não seria pior sem eles (USA)?

O mundo seria pior sem as guerras causadas pelo Estado americano? Com certeza não.

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Offline gilberto

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #21 Online: 18 de Abril de 2011, 19:50:02 »
O mundo seria pior sem as guerras causadas pelo Estado americano? Com certeza não.
Mas onde tem um mundo sem guerras?

Offline uiliníli

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #22 Online: 18 de Abril de 2011, 19:52:31 »
Os americanos apoiam ditadores, teocratas e genocidas quando é de seu interesse imediato? Sim. Igual fez o Brasil quando apoiou o Irã, igual faz a Venezuela ao apoiar a Líbia, igual ao que todos os países, infelizmente, fazem.

Offline _Juca_

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #23 Online: 18 de Abril de 2011, 19:53:54 »
Sim Juca, mas isso é em um cenário geopolítico de tensões, crises políticas e econômicas, antes tinha a guerra fria, etc. Antes dos EUA tinha o imperialismo nú e crú ... acho que os EUA deram uma refrescada no imperialismo ... não?
Afinal se fosse outro país a superpotência ... poderia ter sido pior ... e se não tivesse uma potência hegemônica mundial ... as potências regionais iriam fazer pior ... como sempre fizeram ...

Concordo que os americanos não são santos ... mas tb não são o demo ...

Não acho que refrescaram não. Duas guerras ridículas como a do Iraque e a do Afganistão, que não levam nada a lugar nenhum e só conseguem levar mais divisão a suas respectivas regiões e populações e países vizinhos. Agora na Líbia a falácia de intervenção sob o julgo dos direitos humanos, mas direitos humanos não contam quando são no Iemen, Arabia Saudita ou qualquer país aliado.

Vergonhosamente estão exportando inflação e sua dívida para o resto do mundo, quando unilateralmente promovem a impressão de 600 bilhões de dólares extras, para colocar em circulação pelo mundo.

 Eles não perdem uma oportunidade de afirmarem que ainda mandam no mundo, o problema é se não mandarem tanto quanto gostariam, isso é sinal de mais guerras, pode ter certeza. A coisa não anda muito bem desenhada desde a eleição do Bush, ou melhor desde que tentaram o impedimento do Clinton, por causa de um boquete, depois vem um presidente que assume sem ganhar a maioria popular e depois o 11/9, o evento mais absurdo que já ocorreu por lá, tanto pela tragédia, quanto pelo "amadorismo" defensivo do país e da oportunidade que os falcões de Bush tiveram para mostrar as garras.

O lado "demônio" daquela nação não anda sendo compensado pelo lado "santo" de grande parte dela.

Offline _Juca_

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Re: Analisando o filme "Ao Sul da Fronteira", de Oliver Stone
« Resposta #24 Online: 18 de Abril de 2011, 19:56:08 »
Os americanos apoiam ditadores, teocratas e genocidas quando é de seu interesse imediato? Sim. Igual fez o Brasil quando apoiou o Irã, igual faz a Venezuela ao apoiar a Líbia, igual ao que todos os países, infelizmente, fazem.

Embora possa contra-argumentar no caso do Irã, você tem razão. Cabe a população mostrar que não estamos contentes com esse tipo de posição.

 

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