Não deveriam crer, você quer dizer... ou, como consequência, isto leva Collins e Hawking a um patamar de estado clínico de esquizofrenia, ou não são "cientistas de verdade". E então? O que eles são? Volte lá para o tópico sobre "Os mesmos cavalos de tróia de sempre", se preferir.
Você sabe muito bem o que eu quero dizer -- NÃO crêem. Como consequência, Collins NÃO é cientista (e isto é totalmente independente da atividade dele no projeto genoma que não é científica mesmo; nem sei porque você o menciona em sua argumentação).
Quanto ao Hawking... por acaso você foi ao tópico que te indiquei?
../forum/topic=23548.0.htmlPenso que não, para insistir em bater na mesma tecla de que ele seria crente (e "de dar dó", como você disse, certa vez) como ponto pacífico. O que o Hawking faz, *se corresponder à realidade*, pode ser chamado de ciência, diferentemente do que o Collins faz, mas, neste caso, eu é que te pergunto. Afinal, o Hawking é crente ou não?
Vou deixar uma resposta parcial lá no tópico dos cavalos de Tróia de sempre, para você se distrair. Eu ainda não consegui tempo nem parcela de raciocínio que me reste para terminar do modo como quero, abordando todos os pontos que eu quero, mas adianto a primeira parte diante dessa sua sugestão aqui.
...pois há numerosas falhas em suas argumentações...
Ai meu saquinho... e olha que eu já penso nos prováveis foristas que irão se pendurar na quebra da barreira de potencial factível associada a algumas tênues ocultações em nome da simplicidade, ou seja, passagens que ocultam algo que está quase querendo arrebentar uma palavra para se revelar como consequência imediata do que foi dito. Haja tempo-bunda-cadeira. Quanto mais se faz mais se erra, mas estou curioso para saber até que ponto suas exegeses se referem a um problema epistemológico genuíno, ou se são problemas relacionados às consequências não explicitadas das minhas.
Pode preparar bem seu "saquinho" porque são NUMEROSÍSSIMAS, na verdade. E quanto ao "tempo-bunda-cadeira", é só não ter pressa desnecessária. Quero, agora, apenas ressaltar que o único "problema epistemológico genuíno" é a própria epistemologia.
Cientista, sua delicadeza ao falar, junto com outras idiossincrasias, lembram-me muito este cara:

"Se consegui ver mais longe, foi porque estava cercado de anões". 
Não que os que me cercam sejam exatamente anões. São até bem grandes (como você). Apenas ocorre que sou... bom, você me força né? Tenho que falar... o maiorzão mesmo... Digo isto com toda humildade, 'viu?
"In 1957 some of us put forward a partially complete theory of the weak force, in disagreement with the results of seven experiments. It was beautiful and so we dared to publish it believing that all those experiments must be wrong. In fact they were all wrong."
Isto ilustra uma idéia que os experimentalistas detestam ouvir: "mais uma vez, um experimentalista aprendeu uma lição de um teórico".
O fato é que mesmo uma atividade aparentemente de cunho exclusivamente mensurador possui uma carga teórica, a teoria observacional implícita que orienta (por que não "ocidenta"?) o que se está sendo medido e procurado, e muitos casos na história da ciência mostram que experimentos precisam ser muito cuidadosamente contextualizados dentro de um programa de pesquisa, de uma teoria que lhe dê norte. E, frequentemente, os resultados são transformados em corroboração ou refutação apenas a posteriori, quando devidamente avaliados dentro de uma teoria. O experimento de Michelson-Morley é um exemplo, mas acho muito interessante os experimentos de Pickering-Fowler sobre a série ultravioleta para o átomo de hidrogênio, onde a teoria de Bohr não previa nenhuma. Bohr recusou os possíveis resultados empíricos discordantes. E Bohr estava certo. Esta é uma das facetas da atividade científica fascinantes que não costumam ser conhecidas.
Exato.
É justamente isso o que o filósofo Karl Popper primeiro colocou e os racionalistas defendem: as hipóteses precedem os experimentos. TODO o experimento só pode ser analisado e avaliado à luz de teorias e hipóteses pré-existentes ou em teste.
Formidável exemplo de desvirtuação total de sentido. O Gigaview vem e apresenta um argumento bem claro. Daí, vem você, Feynman, e conduz tudo para outro lado. Depois, para completar a deturpação total, vem o "outro". Onde está a falácia fulcral?
Na verdade, o método INDUTIVO foi o usado neste caso. Quando um CIENTISTA (não um "de verdade", expressão falaciosa infantil que tenta maliciosamente forçar conecções entre certas contestações e a outra "falácia" falaciosa infantil do tal pobre escocês que não pode comer o que quer pela manhã, subterfugiando classificações; CIENTISTA, SÓ, DE FATO, não alguém que ACREDITA que é cientista -- porque se utiliza de 'doutrinas salvadoras' do pecado da crença -- ou que é acreditado ser, por outros, devotos da mesma "santa doutrina sem pecado") vê algo como "bonito" ou "elegante", esse "bonito" ou "elegante" significa nada menos que *mais compatível com a realidade*. Por que? Por causa do imenso cabedal de informações empíricas que já fazem parte de sua cultura, tanto consciente, quanto inconsciente e da sua natureza não fugidia que não o conduz à associação entre "belo" e desejável. Sendo mais "poético", é isso que possibilita a CIENTISTAS "verem" "beleza" em cogumelos atômicos, radiações ionizantes, agentes etiológicos mortais, buracos negros devoradores, toda a nossa insipiente impotência, toda a nossa irrisória insignificância e todo o nosso insocorrível desamparo diante da natureza; todo o nada que somos, em suma. Esta é a "religiosidade" de Einstein.
A natureza tem se mostrado um todo consistente em todas as observações empíricas. O que são meros 7 experimentos "específicos" diante de toda a história empírica da ciência? Apenas apostaram no conjunto maior de empirismos anteriores que, ainda que sem uma clara objetivação, estavam "lá", nas mentes deles.
O uiliníli colocou um "problema" parecido, que procurarei abordar depois e demonstrar como ele falhou na análise do significado que a situação comportaria.