O erro fundamental que encontro aqui é o mesmo que sempre tem sido -- antropocentrismo como ponto de partida, premissa fundamental, pressuposto arbitrário fundamental absoluto ou, como costumam dizer, petição de princípio. É uma petição de princípio, que quase ninguém percebe que faz, assumir que a mente humana é capaz de pensar a natureza sem interação prévia com a mesma, portanto, transcendendo-a. Esse conceito mágico, do qual nenhum método livra, encontra-se claramente em algumas proposições básicas que visam o fim de descrever ou mesmo "explicar" certos "estranhos fenômenos" quânticos: "dependendo da escolha das observáveis que se faz..." Que escolha? Feita por quem? Ou pelo que? Existe mesmo "quem", no universo? Ou só existe "o que"? O que as evidências (as desagradáveis, que são reais; não as que fingimos que vemos, desvirtuando a própria percepção da realidade, que não são reais) indicam? Crer nessa "natureza" divina de si mesmo é científico? Essa entidade tem que "desaparecer" para que se tenha e faça ciência da ralidade.
O livre arbítrio está integrado ao pressuposto arbitrário incondicional que mencionai acima e é assumido, sem contestação ou reservas, na proposição quântica apresentada. É o homem ainda na crença em sua própria metafísica, sua própria transcendência, sua própria divindade. O fato é que tudo o que já foi verificado nos nega isso e nada do que já foi verificado nos indica isso. Ainda assim, há os que adotam a crença de que o processo científico inicia-se no homem. É, ainda, a degeneração filosófica centralizando antropo e separando-o, magicamente, do resto do universo, contra todas as evidências. Por isso, não vi razão para a separação em diferentes tópicos pois que, de fato, a maior de todas as pseudociências é o próprio chamado 'método científico'. Foi este que, "paradoxalmente", abriu a porteira para todas as pseudociências.