Sobre Tecnocracia:
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Tecnocracia significa, literalmente, governo dos técnicos, que, pelo controle dos meios de produção, tendem a superar o poder político ao invés de apoiar suas atividades. A primeira manifestação da tecnocracia é atribuída ao sociólogo francês Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon (1760-1825). Ele propôs, em Réorganisation de la Société Européenne, de 1814, a substituição da política pela ciência da produção, o "governo dos homens" pela "administração das coisas".
Por outro lado, há os que definem a tecnocracia de outra maneira, como Herbert Marcuse, que a define como a sociedade na qual "as considerações técnicas da eficiência imperialista e da racionalidade extrema substituem os critérios tradicionais de rentabilidade e bem-estar geral". [1]
ConceitoNuma sociedade tecnocrática, ocorre basicamente a troca da mão-de-obra humana pelas máquinas, de modo a deixar espaço para os humanos apenas quando essencial. Toda a produção, industrialmente maquinaria, seria dividida igualmente para todos. Como o trabalho mecânico é bem mais eficiente que o manual, calcula-se que, se todo o mundo fosse tecnocrático, cada pessoa trabalharia em média 2 horas por dia e todas teriam um nível de vida igualmente elevado. Na verdade, cada indivíduo teria direito a 150 mil quilocalorias diárias de alimento [carece de fontes?], cerca de 700 vezes maior que o necessário para se ter saúde.
A tecnocracia seria uma sociedade perfeita, porém polêmica para os moldes economicos atuais e, de certa forma, dificilmente acessível. Em primeiro lugar e, visto que todas as formas de governo têm as suas raízes na ideologia, na filosofia e na opinião política, a tecnocracia tem as suas raízes na ciência. É de fato mais uma tecnologia do que uma ideia política. Foi desenvolvida por cientistas, por coordenadores e por outros especialistas, que procuram compreender o papel da tecnologia na nossa sociedade (tal como geradores eléctricos, motores grandes da terra, plantas de manufacturização e o transporte rápido, motorizado). Esse estudo, que abrangeu um período de 10 anos, divulgou a informação importante sobre como a tecnologia afetava a nossa sociedade e aonde estas tendências nos levariam. Sinteticamente, as suas conclusões eram as seguintes, considerando um espaço com desenvolvimento similar aos Estados Unidos ou à Europa Ocidental:
A primeira é que existe um potencial físico dos recursos para se produzir um padrão elevado de bens e serviços para todos os cidadãos, que a tecnologia elevada da velocidade para converter esses recursos aos "us-forma" no volume suficiente já está instalada e que o pessoal hábil para o operar está actual e disponível. Contudo, existe insegurança, a pobreza extensiva e o crime elevado.
A segunda conclusão da tecnocracia é que o modelo económico e político actual (chamado o sistema do preço) não se pode manter adequadamente por muito mais tempo como um método de produção e de distribuição dos bens. A invenção da maquinaria tornou possível produzir uma grande quantidade de bens com apenas um pouco (relativamente) de trabalho do ser humano. Porque as máquinas deslocam homens e mulheres, entretanto, o poder de compra decresce; porque, se os povos não podem trabalhar por salários, não podem comprar bens. Nós encontramo-nos, então, nesta situação paradoxal: quanto mais produzimos, menos somos capazes de consumir.
A conclusão básica final é que um novo sistema de distribuição deve ser instituído. Deve ser projectado para satisfazer as necessidades especiais de um ambiente adequadamente tecnológico e de que este sistema não deve de forma alguma ser associado com a extensão da contribuição funcional de um indivíduo à sociedade.
ConclusãoO resultado de tudo isso é que o modelo do sistema dos preços trabalhou bem quando existia um sistema natural. Entretanto, agora a tecnologia e os recursos naturais ricos eliminaram o equilíbrio e então um modelo económico inteiramente novo é requerido. Transformamos os nossos métodos de produção de um modelo agrário num tecnológico, assim devemos também mudar o nosso método de distribuição de um modelo agrário para um tecnológico.
Assim, os atributos de uma sociedade tecnocrática podem ser sumarizados aqui:
Um método completamente científico do controle da tecnologia.
Controles democráticos para todas as edições e decisões não-técnicas.
Remoção dos métodos do equilíbrio, tais como o dinheiro, o débito, o valor, e o interesse.
Recolocação desses métodos com uma contabilidade empírica de todos os recursos, produtos e serviços físicos (chamados energia-contabilidade).
Capacidade produtiva de valor mais alto do que é actualmente possível, sem requerer algum equipamento novo.
Diminuição no trabalho requerido do ser humano para produzir essas quantidades com o uso apropriado da automatização.
Padrão mais elevado de vida para todos os cidadãos em termos de rendimento, da carcaça, dos cuidados de saúde, da instrução e do lazer.
Eliminação ou redução vasta de vários males sociais, tais como a pobreza, o crime, a poluição, a insegurança, e a doença.
Todos esses atributos seriam possíveis desencadeando-se a capacidade produtiva.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnocracia