Colega Halk, aqui vão novamente minhas objeções à esse argumento do tópico, que, assim penso, você não deva ter visto porque ficaram no fim da página anterior.
Ele parte do ponto que, um indivíduo que não nasce, não sentirá dor, e que isso é bom, no entanto, se será bom (refiro-me à bom como algo agradável, alegre e/ou que faça bem à pessoa), é algo um tanto relativo. Por exemplo, sadomasoquistas sentem prazer na dor, do mesmo modo "há males que vêm para o bem".
Também vejo uma falácia de inversão do ônus da prova, pois leva-se em conta no argumento que, não sentir coisas boas não será ruim, no entanto, entanto, se desafia alguém a mostrar que esse argumento está errado. Ele afirma que não será ruim pois a pessoa não nasceu, então não pode sentir dor, certo, no entanto, alguém que não nasceu, também não pode sentir felicidade, o que torna o "procriar é imoral" um tanto confuso, pois estaremos nos preocupando com o melhor para alguém que não sente nada, pois nem sequer existe.
É o que pode acontecer na parte em que pergunta:
"Se não houver nenhuma pessoa para sentir qualquer privação de estados mentais positivos como podemos dizer que a não pessoa foi privada ou destítuida de alguma forma por não ter sido trazido à existência?"
Pode-se afirmar que:
"Se não houver nenhuma pessoa para sentir quaisquer estados mentais negativos como podemos dizer que a 'não pessoa foi privada ou destítuida de alguma forma por não ter sido trazido à existência?"
E estou com uma dúvida nessa parte:
Claramente, então, não ter nascido não é nem uma coisa positiva nem negativa em termos de incapacidade de sentir prazer. É evidente que é neutro.
Então porque se preocupar com o bem-estar de alguém que não existe, se não sente nada? Só porque ela
pode (pode, não significa que vai) passar por sofrimentos, e que os pais são culpados por assumirem o risco? Penso que é como culpar a Tramontina se um assassino te matar com uma faca feita pela empresa.