Se não houvesse procriação, não haveria fome, dor, doenças, guerras, conflitos, angústia, morte etc...
Apenas lembrando que isso é um argumento falacioso, do tipo
post hoc ergo propter hoc. É óbvio que viver é uma condição necessária para o sofrimento ocorrer (no meu antigo nickname de Irracionalista, eu escrevi algo nessas linhas), mas usando essa linha de argumento sua,
qualquer ato realizado por um ser vivo que seja necessário a sua sobrevivência é imoral.
Sem contar, que há muitos mecanismos para lidar com a realidade horrenda. Mitos de afirmação a vida que nos dizem que a vida é sacra e bela e que trazer filhos ao mundo é um ato benevolente e gratificante.
Apenas lembrando que acusar alguém de apresentar "Viés Otimista" quando você apresenta um óbvio "Viés Pessimista" abre uma óbvia brecha para que você receba uma das raras instâncias em que um argumento do tipo "tu quoque" não é falacioso.
Mas como argumentei antes, esse seu argumento moral (na verdade, um dos pressupostos dele) possui aspectos empíricos e faz previsões - sendo a vida humana um mar de sofrimento e dor como você deixa claro, humanos como entidades racionais deveriam:
a) Não desejar estender a duração de suas vidas.
b) Tentar terminar sua existência (a causa do sofrimento, de acordo com seu argumento) o mais rapidamente possível.
c) Não apenas tentar terminar sua existência, mas realizar isso da forma mais letal possível.
Dado que o que tem ocorrido é o oposto (A maioria dos indivíduos deseja estender suas vidas, a prática de suicídio é consideravelmente rara e mesmo dentre aqueles que realizam tentativas disso, uma quantidade substancial não consegue chegar a termo), como você explica isso?