Lapso aí: são os "defensores" da desigualdade que buscam
dissociar pobreza e miséria em algum grau. A necessidade de associação é vista por quem a ataca.
Mas não sei se é necessariamente uma "necessidade de associação". Talvez seja uma associação mais ou menos automática, comum. O termo tender a levar as pessoas a pensar mais já nos extremos de desigualdade, e não na existente entre, por exemplo, desde a classe média-baixa, passando pela média-média, até a média-alta. Isso talvez tenda a ser visto como "igualdade". Acho que era até o meu primeiro condicionamento, pensar desse jeito, antes de analisar melhor. Quase como sinônimos, desigualdade e miséria.
"Eu apenas rejeito a
macro-desigualdade; a
micro-desigualdade, tudo bem, é perfeitamente aceitável".
Esses "valores pessoais", sendo mais específico, são o nível de inveja e tendência a invejar que cada indivíduo tem.
Concordo com o exposto.
Não é só "inveja", muito menos a inveja "destrutiva" geralmente tida pelo termo, que faz mais sentido aqui.
Você não precisa ter essa "inveja" ao ver algo "moralmente errado" em crianças desnutridas morando debaixo de um viaduto ao mesmo tempo em que alguém, não satisfeito em comprar um iate, quer que o estofamento dele seja feito de prepúcio de baleia, ou tem uma ferrari banhada em ouro, etc.
Esse "moralmente errado" não tem necessariamente (mas parece ter comumente) a implicação de que aquele com melhor sorte é o "culpado", merecendo ser linchado pela população e ter sua riqueza distribuída numa festa regada a sangue. Pode ser algo meio "abstrato", como a frustração em não haver uma "justiça divina" ou natural, como a inexistente em haver FDPs de fato (criminosos, políticos corruptos) vivendo e se dando bem, enquanto gente boa morre "injustamente", até salvando vidas.