Enquete

Entre as 2 opções abaixo, caso só possa haver ambas, qual a preferível em sua opinião?

Uma grande igualdade entre as pessoas, porém todos com um padrão de vida mais baixo.
10 (16.7%)
Uma grande desigualdade, porém os mais pobres com um padrão de vida superior à opção anterior.
50 (83.3%)

Votos Totais: 59

Autor Tópico: Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?  (Lida 31036 vezes)

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Offline DDV

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #275 Online: 18 de Setembro de 2013, 16:10:20 »
Pois é. Mais baixo em relação a quê? O Japão é o país com maior igualdade do mundo (24,9% no Gini do Banco Mundial) e os EUA possuem uma grande desigualdade (não tanto quanto o Brasil,  mas maior que muitas nações africanas, com um Gini de 40,8%), porém é o país mais rico do mundo.

Japão é menos desigual do que a Coréia do Norte e Cuba?  :hein:

Podendo escolher, é óbvio que qualquer um escolheria a igualdade em relação à desigualdade (ou alguns menos iluminados escolheria a desigualdade desde que eles estejam por cima). A questão é que, ao meu ver, a desigualdade PER SI, sem pobreza ou miséria associadas, é um objetivo completamente inútil, secundário e sem importância. Certamente não estaria no topo da minha lista de prioridades.

Entretanto, se a busca pela igualdade pode se entrelaçar negativamente com o desenvolvimento econômico ou se a desigualdade necessariamente está atrelada à pobreza/miséria, aí a história muda.

 

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #276 Online: 18 de Setembro de 2013, 16:13:23 »
Uma vez li um levantamento estatístico que apontava que o aumento de felicidade acompanha o aumento de renda até cerca de 11 mil reais/mês. Acima dessa renda, um aumento dela não representava mais nenhum aumento significativo de felicidade. Caso a coisa funcione por aí, eu preferiria todo mundo vivendo com 11 mil mensais do que uma grande desigualdade com o mais pobre ganhando mais que isso, já que, a meu ver, a  desigualdade em si gera infelicidade.

Talvez esse seja um caso (supondo aqui 100% de correção da pesquisa em si) para o padrão econômico e cultural atual, nada garantindo que esse patamar de 11 mil (em valores atuais) seja algo permanente, uma espécie de "constante" da sociologia/psicologia.

No meu entender, se me fosse dada a opção de viver com 11 mil como todo mundo, ou viver com 22 mil estando entre os mais pobres, prefiro sem pensar muito a segunda opção. Você preferiria qual e por quê?

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #277 Online: 18 de Setembro de 2013, 17:14:25 »
Eu vi algo (ou algumas coisas) sobre um patamar onde mais não faz mais diferença, só que não me lembro do número. Dificilmente foi dado algo em reais. O que se aproximaria de uma "constante" é um nível de conforto próximo ao proporcionado por essa renda, e não o número.


<a href="http://www.youtube.com/v/u6XAPnuFjJc" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/u6XAPnuFjJc</a>

Offline Lakatos

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #278 Online: 18 de Setembro de 2013, 18:24:19 »
Uma vez li um levantamento estatístico que apontava que o aumento de felicidade acompanha o aumento de renda até cerca de 11 mil reais/mês. Acima dessa renda, um aumento dela não representava mais nenhum aumento significativo de felicidade. Caso a coisa funcione por aí, eu preferiria todo mundo vivendo com 11 mil mensais do que uma grande desigualdade com o mais pobre ganhando mais que isso, já que, a meu ver, a  desigualdade em si gera infelicidade.

Talvez esse seja um caso (supondo aqui 100% de correção da pesquisa em si) para o padrão econômico e cultural atual, nada garantindo que esse patamar de 11 mil (em valores atuais) seja algo permanente, uma espécie de "constante" da sociologia/psicologia.

No meu entender, se me fosse dada a opção de viver com 11 mil como todo mundo, ou viver com 22 mil estando entre os mais pobres, prefiro sem pensar muito a segunda opção. Você preferiria qual e por quê?

Também não acho que seja permanente e nem que o valor seja equivalente em todos os lugares. Não tenho certeza, mas tenho quase certeza de que essa pesquisa se restringia apenas ao Brasil e um pouco menos de certeza de que se restringia apenas às capitais estaduais, mas já é algum parâmetro.

Sua pergunta traz a complicação de tentar quantificar a felicidade pela renda, o que dá mais ou menos certo no mundo real (onde as outras variáveis - preço dos produtos, quantidade de trabalho, quantidade horas livres para descanso, etc.) são bem conhecidas, mas que vira uma incógnita em um modelo puramente hipotético como o seu. Por exemplo, se os mais pobres ganhassem o equivalente a 22 mil reais, obviamente que as coisas não custariam o mesmo que custam, então as pessoas que ganhassem isso sofreriam da mesma limitação de poder de compra que as pessoas pobres sofrem hoje.

Acho que eu poderia responder melhor a essa pergunta se você dissesse: "você preferiria viver em um mundo igualitário onde o padrão de vida das pessoas se assemelha ao de um cidadão brasileiro atual de renda de 11 mil reais ou em uma sociedade desigual com os mais pobres tendo um padrão de vida equivalente ao que tem hoje um brasileiro de renda de 22 mil reais?"

Ao que eu diria: depende de quanto for essa desigualdade. Se ela for grande o suficiente para provocar um alto índice de infelicidade nos mais pobres, fico com a opção 1. Caso contrário, opção 2. No meu entender, valeria mais a pena todos serem mais pobres e mais felizes do que todos serem mais ricos e mais infelizes na média.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #279 Online: 18 de Setembro de 2013, 18:39:41 »
Provavelmente essa seria o melhor cenário, se esse patamar ideal for satisfeito (o que no entanto talvez não faça sentido mais chamar exatamente de "pobre", a não ser em comparação com os bem ricos), mesmo para aqueles que supõem que prefeririam maior riqueza apesar de desigualdade.

Ou talvez até mesmo se fosse pobreza mesmo. Se bem que não sei, ainda não vi muito sobre como as sociedades saem da pobreza, se desigualdade ou igualdade influenciam muito. Provavelmente os libertários/objetivistas/etc crêem que influencia positivamente, e os esquerdistas que seja o contrário.

Offline Lakatos

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #280 Online: 18 de Setembro de 2013, 18:56:32 »
Provavelmente essa seria o melhor cenário, se esse patamar ideal for satisfeito (o que no entanto talvez não faça sentido mais chamar exatamente de "pobre", a não ser em comparação com os bem ricos), mesmo para aqueles que supõem que prefeririam maior riqueza apesar de desigualdade.
Pelo pouco que li, em sociedades mais desiguais existe pressão para a redistribuição de riqueza e os governos acabam sobretaxando os mais ricos, geralmente os empreendedores, para suprir esse descontentamento, e isso diminui as condições desses empreendedores em colaborarem com um crescimento cada vez maior e desacelera o desenvolvimento econômico. Em contrapartida, em sociedades mais igualitárias essa sobretaxação para redistribuição da renda não é necessária e os empreendedores têm mais condições de contribuírem para um desenvolvimento mais acelerado.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #281 Online: 18 de Setembro de 2013, 19:22:31 »
A primeira afirmação é o mantra da direita política americana. Mas não parece corresponder muito com a realidade. Cortes de impostos aos mais ricos não são acompanhados de maior oferta de empregos. E as presidências democratas (em contraste com as republicanas) são correlacionadas a maior crescimento na renda de todos os percentis da população (frisando: inclusive dos mais ricos), ao menos até antes de Obama, não sei se se mantém, depois da crise e com toda a dívida. Também não sei se não é uma observação meio grosseira que não quer dizer muita coisa, mas seria algo tendendo ao contrário da afirmação republicana, que aparentemente já não é amparada por fatos.

http://www.forbes.com/sites/rickungar/2012/07/17/the-truth-about-the-bush-tax-cuts-and-job-growth/
http://www.forbes.com/sites/petercohan/2011/05/03/do-tax-cuts-create-jobs/

Com isso não estou dizendo que quanto mais taxação melhor, que taxação/regulação não pode afetar geração de empregos, etc.

Offline Lakatos

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #282 Online: 18 de Setembro de 2013, 19:50:33 »
A primeira afirmação é o mantra da direita política americana. Mas não parece corresponder muito com a realidade. Cortes de impostos aos mais ricos não são acompanhados de maior oferta de empregos. E as presidências democratas (em contraste com as republicanas) são correlacionadas a maior crescimento na renda de todos os percentis da população (frisando: inclusive dos mais ricos), ao menos até antes de Obama, não sei se se mantém, depois da crise e com toda a dívida. Também não sei se não é uma observação meio grosseira que não quer dizer muita coisa, mas seria algo tendendo ao contrário da afirmação republicana, que aparentemente já não é amparada por fatos.

http://www.forbes.com/sites/rickungar/2012/07/17/the-truth-about-the-bush-tax-cuts-and-job-growth/
http://www.forbes.com/sites/petercohan/2011/05/03/do-tax-cuts-create-jobs/

Com isso não estou dizendo que quanto mais taxação melhor, que taxação/regulação não pode afetar geração de empregos, etc.

Você tem razão, agora me lembrei daquela máxima elitista de que "o melhor jeito para melhorar a vida dos pobres é melhorar a vida dos ricos". Ainda assim, estou curioso para saber se existe alguma correlação entre índices de distribuição de renda e taxas de crescimento econômico. Vou procurar.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #283 Online: 18 de Setembro de 2013, 19:52:15 »
O problema é que idealmente teria que se ter comparações disso em regimes políticos/econômicos similares, ou talvez, em tudo quanto é regime econômico, e torcer para que a variação para todo lado meio que se anule.



Tem sempre tudo na wikipédia:

Citar
[...]

Cross-country evidence
Many authors have empirically examined the relationship between economic growth and income inequality in a large group of countries. Following the broader economic growth literature, the typical approach was to relate countries' real GDP per capita growth over a long period of time (e.g., 1965 through 1990) to the income distribution at the start of the period, simultaneously taking into account other standard determinants such as the initial level of real GDP per capita. A typical conclusion was that more unequal countries tend to grow slower (Alesina and Rodrik, 1994),[91] though the evidence was contested.[92]
Because of general dissatisfaction with the empirical approach, including difficulties in determining causality and capturing country-specific factors, attention turned to the analysis of how changes in the income distribution affected the growth rate in subsequent time period (usually five years) in a large group of countries. Forbes (2000) found that an increase in inequality tends to raise growth during the subsequent period.[93] This literature did not go too far as Banerjee and Duflo (2003) found a complex relationship between inequality and growth, in which changes in inequality in either direction lowered growth subsequently.[8] They interpreted this finding as supporting the notion that redistribution hurts growth, at least over the short- to medium-run, but also cautioned about interpreting income distribution-economic growth analysis of this type.
In recent years, the economic growth literature has recognized that growth in most countries does not follow a smooth path, but is characterized by sharp turning points – periods of sustained growth and stagnation. The interesting empirical questions, then, are about the determinants of the turning points (Pritchett, 2000).[94]
Along these lines, Andrew Berg and Jonathan D. Ostry (2011) examined the question of what sustains long periods of strong growth, and found that one of the most robust and important determinants is the level of income inequality.[95] In particular, they found that high 'growth spells' were much more likely to end in countries with less equal income distribution, and that the measured effect was large. For example, they estimate that closing half the inequality gap between Latin America and emerging Asia would more than double the expected duration of a 'growth spell.' Their findings were robust to the inclusion of other variables in the model, and to alternate definitions of growth spells. According to their study, which has featured prominently in the financial press,[96][97][98] inequality is of course not the only thing that matters but it clearly belongs in the "pantheon" of well-established growth factors such as the quality of political institutions or trade openness.[4][95][99][100]

Berg and Ostry postulate that high levels of inequality might damage long term growth by amplifying the potential for financial crisis, discouraging investment because of political instability, making it more difficult for governments to make difficult choices (such as raising taxes or cutting public expenditure) in the face of shocks, or by discouraging investment in education and health for the poor.[4]

http://en.wikipedia.org/wiki/Economic_inequality#Inequality_and_economic_growth


Offline Moro

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #284 Online: 18 de Setembro de 2013, 19:57:21 »
Citar
The introspection illusion is a cognitive bias in which people wrongly think they have direct insight into the origins of their mental states, while treating others' introspections as unreliable. In certain situations, this illusion leads people to make confident but false explanations of their own behavior (called "causal theories"[1]) or inaccurate predictions of their future mental states.

The illusion has been examined in psychological experiments, and suggested as a basis for biases in how people compare themselves to others. These experiments have been interpreted as suggesting that, rather than offering direct access to the processes underlying mental states, introspection is a process of construction and inference, much as people indirectly infer others' mental states from their behavior.[2]

When people mistake unreliable introspection for genuine self-knowledge, the result can be an illusion of superiority over other people, for example when each person thinks they are less biased and less conformist than the rest of the group. Even when experimental subjects are provided with reports of other subjects' introspections, in as detailed a form as possible, they still rate those other introspections as unreliable while treating their own as reliable. Although the hypothesis of an introspection illusion informs some psychological research, the existing evidence is arguably inadequate to decide how reliable introspection is in normal circumstances.[3] Correction for the bias may be possible through education about the bias and its unconscious nature.[4]

[...]

http://en.wikipedia.org/wiki/Introspection_illusion

Não era o Gaúcho que agiria de maneira completamente distinta do esperado no tópico da banalização do mau?  Pode ser um bom diagnóstico.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Lakatos

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #285 Online: 18 de Setembro de 2013, 20:04:37 »
O problema é que idealmente teria que se ter comparações disso em regimes políticos/econômicos similares, ou talvez, em tudo quanto é regime econômico, e torcer para que a variação para todo lado meio que se anule.
Talvez se a análise for feita não entre países mas entre províncias ou unidades federativas a chance de essas distorções se anularem aumente devido à maior quantidade de dados. Mas é apenas um chute.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #286 Online: 18 de Setembro de 2013, 20:09:09 »
Citar


But the OECD report goes a little further and divides countries into ‘developed’ and ‘emerging’ economies, and finds that in developed economies, income inequality has less impact in economic growth than in emerging economies.  Intuitively, this makes sense.

[...]

http://www.macrobusiness.com.au/2011/12/does-inequality-lead-to-revolution/


O texto alterna de crescimento econômico para "civil unrest" de um jeito que nem consegui entender.


Deve se referir a isso:

http://www.oecd.org/eco/public-finance/lessincomeinequalityandmoregrowth-aretheycompatible.htm

Que ainda não li.

Offline FK

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #287 Online: 27 de Fevereiro de 2015, 10:29:45 »
Prefiro o primeiro por que o ser humano em geral é egocêntrico, invejoso e ambicioso. Ele não consegue se conformar com pessoas que tiveram sucesso e se revoltam com isso, gerando violência e trapaças de todos os tipos.

Sendo assim, quando penso em qual mundo eu prefiro ver meus filhos crescerem, escolho a segurança e a possibilidade de confiar nas pessoas.

Se as pessoas soubessem lidar com seus insucessos e admirar quem conseguiu bons resultados, obviamente escolheria a segunda opção.

Offline DDV

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #288 Online: 27 de Fevereiro de 2015, 10:35:05 »
Prefiro o primeiro por que o ser humano em geral é egocêntrico, invejoso e ambicioso. Ele não consegue se conformar com pessoas que tiveram sucesso e se revoltam com isso, gerando violência e trapaças de todos os tipos.

Sendo assim, quando penso em qual mundo eu prefiro ver meus filhos crescerem, escolho a segurança e a possibilidade de confiar nas pessoas.

Se as pessoas soubessem lidar com seus insucessos e admirar quem conseguiu bons resultados, obviamente escolheria a segunda opção.


"Envy is emphatically an act of perception. As we shall see, there are no objective criteria for what it is that stimulates envy. And herein lies the error of political egalitarians who believe that it is only necessary to eliminate once and for all certain inequalities from this world to produce a harmonious society of equals devoid of envy. Anyone who has a propensity for envy, who is driven by that emotion, will always manage to find enviable qualities or possessions in others to arouse his envy. Experimental proof of this is not lacking, as shown inter alia by child psychology."

Helmut Schoek
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Offline DDV

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #289 Online: 27 de Fevereiro de 2015, 10:39:11 »
FK, ao contrário do que você possa imaginar, as sociedades pequenas e primitivas, onde há uma igualdade plena entre todos os seus membros, não são tão harmoniosas assim como se pinta entre intelectuais rousseaunianos. A inveja, a discórdia, a desunião, a violência por motivo fútil são muito mais comuns nessas sociedades, seja entre membros da mesma tribo ou entre tribos diferentes.

Dizer que numa sociedade como a Tupinambá havia mais segurança para o indivíduo do que numa sociedade desigual moderna é falso e mesmo risível.
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Offline FK

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #290 Online: 27 de Fevereiro de 2015, 10:41:37 »
Prefiro o primeiro por que o ser humano em geral é egocêntrico, invejoso e ambicioso. Ele não consegue se conformar com pessoas que tiveram sucesso e se revoltam com isso, gerando violência e trapaças de todos os tipos.

Sendo assim, quando penso em qual mundo eu prefiro ver meus filhos crescerem, escolho a segurança e a possibilidade de confiar nas pessoas.

Se as pessoas soubessem lidar com seus insucessos e admirar quem conseguiu bons resultados, obviamente escolheria a segunda opção.


"Envy is emphatically an act of perception. As we shall see, there are no objective criteria for what it is that stimulates envy. And herein lies the error of political egalitarians who believe that it is only necessary to eliminate once and for all certain inequalities from this world to produce a harmonious society of equals devoid of envy. Anyone who has a propensity for envy, who is driven by that emotion, will always manage to find enviable qualities or possessions in others to arouse his envy. Experimental proof of this is not lacking, as shown inter alia by child psychology."

Helmut Schoek

Se eu retirar a palavra invejoso da minha teoria, ainda continua fazendo sentido.

Offline Cientista

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #291 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 20:25:36 »
Muito bem, meu caro Sergiomgbr, passando eu pelos tópicos recentemente comentados, vi que esse foi trazido à tona e lembrei-me dele. Há uns dias, me perguntaste algo sobre um comentário que eu havia feito relacionando-o com um (outro) texto. Gostei da ideia, então, te pergunto agora:

Você quer dizer desigualdade puramente financeira, certo?

Acho oportuno postar um trecho de "Voltairine de Cleyre & Rosa Slobodinsky: O Individualista
e o Comunista – Um Diálogo "


Citar
[...]
C: Mas seu objetivo é idêntico ao do Comunismo! Porque tudo isso para me
convencer de que os meios de produção devem ser tirados dos poucos e dados a
todos? Comunistas acreditam nisso; é precisamente por isso que estamos lutando.
 
I: Você me interpretou errado se você acha que queremos tirar ou dar para
alguém. Nós não temos esquemas para regular a distribuição; não substituímos
nada, não fazemos planos. Deixamos tudo a cargo do infalível equilíbrio da oferta e
demanda. Dizemos que com oportunidades  iguais para produzir, a divisão do
produto necessariamente se aproximará de uma distribuição eqüitativa, mas não
temos método para “estabelecer” tal equalização.
 

C: VOCÊ chama isso de igualdade! Que um homem possa ter mais do que outros
simplesmente porque ele é mais forte ou esperto? Seu sistema não é melhor do
que o presente. O que estamos lutando contra não é simplesmente contra essa
própria desigualdade nas posses?
 
I: Mas o que é igualdade? Igualdade significa que eu deva desfrutar do que você
produziu? De forma alguma. Igualdade significa simplesmente a liberdade de cada
indivíduo de desenvolver todo o seu ser, sem impedimento por parte de outro, seja
ele mais forte ou mais fraco.
 
C: O que! Você fará com que uma pessoa mais fraca sofra porque é mais fraca? Ela
pode precisar tanto quanto, ou mais do que uma pessoa forte, mas se ela não é
capaz de produzir o que acontece com sua igualdade?
 
I: Eu não tenho nada contra você dividir  seu produto com o mais fraco se você
assim desejar.
 
C: Lá vem você com caridade novamente. O Comunismo não quer caridade.
 
I: Eu sempre me encanto com a singularidade da matemática Comunista. Meu ato
você chama de caridade, nosso ato não  é caridade. Se uma pessoa faz um ato
benevolente você a estigmatiza; se um mais um, somados e chamados de comuna, fazem a mesma coisa, você aplaude.
Por alguma espécie de alquimia parecida com
a transmutação dos metais, o arsênico da caridade se torna o ouro da justiça!
Cálculo estranho! Não percebe que está fugindo de um rótulo novamente? Você
muda o nome, mas o caráter da ação não é alterado pelo  número de pessoas
participando dela.
[...]
Não vejo nenhuma alquimia nem cálculo estranho (está certo, está evidente que foi ironia, mas como tem gente que parece impérvea a isso...). Tão simplesmente, enquanto I não tem nada contra C dividir o dele com quem quiser, o próprio C tem tudo contra si próprio compartilhando o que *terá* depois que todos os I dividirem os seus produtos com os outros e os C da elite imperarem sobre esse "estado" (de coisas). É redesign do velho e simples golpe barato de esquina. Deve dar uma raiva danada quando não caem.


Mas, o que me motivou a postar nesse tópico de um tema eivado de utopia foi esse detalhe:

Um gênio/a que nascer numa familia pobre do Norte/Nordeste do Brasil não terá o mesmo sucesso na vida que um mediocre qualquer que nascer numa familia rica .

Não é exatamente assim. Toda a riqueza humana não extraída como recurso natural bruto nasce de gênios e, normalmente, cresce (tem crescido mas isso tem mudado) nas mãos de trabalhadores. Mas o crescimento da riqueza nas mãos de trabalhadores humanos é acessório, os trabalhadores são acessórios e potencialmente dispensáveis. Do ponto de vista da produção, talvez mais nitidamente que de qualquer outro ponto de vista, humanos trabalhadores são máquinas operatrizes e, qualquer máquina que exista, sempre poderá haver melhor. Já o nascimento dela (da riqueza) nas mentes de gênios é essencial (embora estejamos/possamos estar à beira da linha depois da qual talvez até mesmo esse tipo de humano seja dispensável, embora eu pense que isso nunca poderá ser de modo absoluto). É justo o não entendimento disso o cerne da falha crassa das ideias comunistas, todas elas. Há que se considerar, entretanto, detalhes do fenômeno da genialidade humana.

Há muitos tipos de genialidade. Há aquelas variedades que conferem, SIM, muito maiores "oportunidades" de "sucesso" do que nascer no seio da família mais rica do mundo. Muitas famílias são ricas exatamente por algum ancestral genial desses que nasceu em meio a grande pobreza.

Mas há outros tipos de genialidade que não se direcionam a isso. E, nesses casos, o não aproveitamento das mesmas não é só um prejuízo pessoal para o gênio proprietário. Também o é para toda a sociedade. Entretanto, ainda considerando isso, não é uma "distribuição igualitária" das benesses em moldes comunistas, por parciais que sejam esses moldes, o melhor caminho para o aproveitamento de tais talentos (especialmente porque tais talentos, para serem aproveitados, normalmente demandam recursos em proporção muito maior do que seria um quinhão igualitário), mas um sistema de avaliação abragente que tenda a alcançar a todos. Nunca se deixando ludibriar pela ilusão de que seja outra coisa que não o aproveitamento desses talentos o que constrói sociedades mais capazes de oferecer melhores condições de vida aos seus integrantes, todos. Se a escolha for entre "escola para todos" e criação de centros de desenvolvimento e pesquisa para esses talentos, deixe o resto todo sem escola e dê a esses talentos o "alimento" que precisam. Eles deverão alimentar o resto. Escola para todos, não é um princípio democrático, é um princípio comunista ideológico. Educar-se não é direito, é obrigação e deve ser de interesse exclusivo do indivíduo. Escola para todos não faz nação nenhuma crescer; é só um luxo a que nações crescidas se podem dar.

A humanidade, como um todo, é pobre. Dividir essa pobreza entre todos enfraquece até os gênios e tira-lhes toda e qualquer oportunidade, que, em sequência, estende-se por toda a sociedade. Objetivar o aumento, não da riqueza (ou melhoria de vida) dos indivíduos todos precipuamente, mas da riqueza de toda a sociedade, pelo menos, transforma aquela chance zero em alguma chance; não foge da realidade darwiniana da vida que prima pelo indivíduo para que depois forme-se um grupo beneficiado. Podemos fazer isso porque a memética constrói especiação memética em sociedades como a humana em que as funções cognitivas assumiram elevadíssima influência na sobrevivência, mas continua o mesmo processo de deriva e seleção em que surgem mais aptos podendo transmitir sua aptidão por meios meméticos ou os benefícios finais dela aos demais. O comunismo é a negação dessa realidade. E já seria muito útil se boa parte da humanidade pudesse ter aprendido o que resulta da negação de realidades.


A primeira opção está embasada num princípio totalmente irrealista de estaticismo. Nenhuma sociedade, igualizada a força bruta, se manterá assim indefinidamente, pois, com tempo suficiente, sempre surgirão indivíduos que manifestarão competência para alterar a conjuntura não importa em que situação difícil se encontrem. Não é uma questão de escolha. A única sociedade estável possível é a segunda. De fato, observando-se períodos grandes, ver-se-á que é a única sociedade que existe; distúrbios igualitaristas do equilíbrio são transientes, são momentâneos, nada mais além de distúrbios.
O que há de in/consistente no post acima?

Offline Sergiomgbr

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #292 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 20:31:13 »
Muito bem, meu caro Sergiomgbr, passando eu pelos tópicos recentemente comentados, vi que esse foi trazido à tona e lembrei-me dele. Há uns dias, me perguntaste algo sobre um comentário que eu havia feito relacionando-o com um (outro) texto. Gostei da ideia, então, te pergunto agora:

Você quer dizer desigualdade puramente financeira, certo?

Acho oportuno postar um trecho de "Voltairine de Cleyre & Rosa Slobodinsky: O Individualista
e o Comunista – Um Diálogo "


Citar
[...]
C: Mas seu objetivo é idêntico ao do Comunismo! Porque tudo isso para me
convencer de que os meios de produção devem ser tirados dos poucos e dados a
todos? Comunistas acreditam nisso; é precisamente por isso que estamos lutando.
 
I: Você me interpretou errado se você acha que queremos tirar ou dar para
alguém. Nós não temos esquemas para regular a distribuição; não substituímos
nada, não fazemos planos. Deixamos tudo a cargo do infalível equilíbrio da oferta e
demanda. Dizemos que com oportunidades  iguais para produzir, a divisão do
produto necessariamente se aproximará de uma distribuição eqüitativa, mas não
temos método para “estabelecer” tal equalização.
 

C: VOCÊ chama isso de igualdade! Que um homem possa ter mais do que outros
simplesmente porque ele é mais forte ou esperto? Seu sistema não é melhor do
que o presente. O que estamos lutando contra não é simplesmente contra essa
própria desigualdade nas posses?
 
I: Mas o que é igualdade? Igualdade significa que eu deva desfrutar do que você
produziu? De forma alguma. Igualdade significa simplesmente a liberdade de cada
indivíduo de desenvolver todo o seu ser, sem impedimento por parte de outro, seja
ele mais forte ou mais fraco.
 
C: O que! Você fará com que uma pessoa mais fraca sofra porque é mais fraca? Ela
pode precisar tanto quanto, ou mais do que uma pessoa forte, mas se ela não é
capaz de produzir o que acontece com sua igualdade?
 
I: Eu não tenho nada contra você dividir  seu produto com o mais fraco se você
assim desejar.
 
C: Lá vem você com caridade novamente. O Comunismo não quer caridade.
 
I: Eu sempre me encanto com a singularidade da matemática Comunista. Meu ato
você chama de caridade, nosso ato não  é caridade. Se uma pessoa faz um ato
benevolente você a estigmatiza; se um mais um, somados e chamados de comuna, fazem a mesma coisa, você aplaude.
Por alguma espécie de alquimia parecida com
a transmutação dos metais, o arsênico da caridade se torna o ouro da justiça!
Cálculo estranho! Não percebe que está fugindo de um rótulo novamente? Você
muda o nome, mas o caráter da ação não é alterado pelo  número de pessoas
participando dela.
[...]
Não vejo nenhuma alquimia nem cálculo estranho (está certo, está evidente que foi ironia, mas como tem gente que parece impérvea a isso...). Tão simplesmente, enquanto I não tem nada contra C dividir o dele com quem quiser, o próprio C tem tudo contra si próprio compartilhando o que *terá* depois que todos os I dividirem os seus produtos com os outros e os C da elite imperarem sobre esse "estado" (de coisas). É redesign do velho e simples golpe barato de esquina. Deve dar uma raiva danada quando não caem.


Mas, o que me motivou a postar nesse tópico de um tema eivado de utopia foi esse detalhe:

Um gênio/a que nascer numa familia pobre do Norte/Nordeste do Brasil não terá o mesmo sucesso na vida que um mediocre qualquer que nascer numa familia rica .

Não é exatamente assim. Toda a riqueza humana não extraída como recurso natural bruto nasce de gênios e, normalmente, cresce (tem crescido mas isso tem mudado) nas mãos de trabalhadores. Mas o crescimento da riqueza nas mãos de trabalhadores humanos é acessório, os trabalhadores são acessórios e potencialmente dispensáveis. Do ponto de vista da produção, talvez mais nitidamente que de qualquer outro ponto de vista, humanos trabalhadores são máquinas operatrizes e, qualquer máquina que exista, sempre poderá haver melhor. Já o nascimento dela (da riqueza) nas mentes de gênios é essencial (embora estejamos/possamos estar à beira da linha depois da qual talvez até mesmo esse tipo de humano seja dispensável, embora eu pense que isso nunca poderá ser de modo absoluto). É justo o não entendimento disso o cerne da falha crassa das ideias comunistas, todas elas. Há que se considerar, entretanto, detalhes do fenômeno da genialidade humana.

Há muitos tipos de genialidade. Há aquelas variedades que conferem, SIM, muito maiores "oportunidades" de "sucesso" do que nascer no seio da família mais rica do mundo. Muitas famílias são ricas exatamente por algum ancestral genial desses que nasceu em meio a grande pobreza.

Mas há outros tipos de genialidade que não se direcionam a isso. E, nesses casos, o não aproveitamento das mesmas não é só um prejuízo pessoal para o gênio proprietário. Também o é para toda a sociedade. Entretanto, ainda considerando isso, não é uma "distribuição igualitária" das benesses em moldes comunistas, por parciais que sejam esses moldes, o melhor caminho para o aproveitamento de tais talentos (especialmente porque tais talentos, para serem aproveitados, normalmente demandam recursos em proporção muito maior do que seria um quinhão igualitário), mas um sistema de avaliação abragente que tenda a alcançar a todos. Nunca se deixando ludibriar pela ilusão de que seja outra coisa que não o aproveitamento desses talentos o que constrói sociedades mais capazes de oferecer melhores condições de vida aos seus integrantes, todos. Se a escolha for entre "escola para todos" e criação de centros de desenvolvimento e pesquisa para esses talentos, deixe o resto todo sem escola e dê a esses talentos o "alimento" que precisam. Eles deverão alimentar o resto. Escola para todos, não é um princípio democrático, é um princípio comunista ideológico. Educar-se não é direito, é obrigação e deve ser de interesse exclusivo do indivíduo. Escola para todos não faz nação nenhuma crescer; é só um luxo a que nações crescidas se podem dar.

A humanidade, como um todo, é pobre. Dividir essa pobreza entre todos enfraquece até os gênios e tira-lhes toda e qualquer oportunidade, que, em sequência, estende-se por toda a sociedade. Objetivar o aumento, não da riqueza (ou melhoria de vida) dos indivíduos todos precipuamente, mas da riqueza de toda a sociedade, pelo menos, transforma aquela chance zero em alguma chance; não foge da realidade darwiniana da vida que prima pelo indivíduo para que depois forme-se um grupo beneficiado. Podemos fazer isso porque a memética constrói especiação memética em sociedades como a humana em que as funções cognitivas assumiram elevadíssima influência na sobrevivência, mas continua o mesmo processo de deriva e seleção em que surgem mais aptos podendo transmitir sua aptidão por meios meméticos ou os benefícios finais dela aos demais. O comunismo é a negação dessa realidade. E já seria muito útil se boa parte da humanidade pudesse ter aprendido o que resulta da negação de realidades.


A primeira opção está embasada num princípio totalmente irrealista de estaticismo. Nenhuma sociedade, igualizada a força bruta, se manterá assim indefinidamente, pois, com tempo suficiente, sempre surgirão indivíduos que manifestarão competência para alterar a conjuntura não importa em que situação difícil se encontrem. Não é uma questão de escolha. A única sociedade estável possível é a segunda. De fato, observando-se períodos grandes, ver-se-á que é a única sociedade que existe; distúrbios igualitaristas do equilíbrio são transientes, são momentâneos, nada mais além de distúrbios.
O que há de in/consistente no post acima?
Respondo se não estiveres em um foguete na velocidade da luz enquanto cá eu na Terra sigo...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #293 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 22:01:26 »
Ohuuuuu...  desculpe, dei uma ausentada para encher o tanque...

Não me venha com essa! Tudo depende, como tu bem sabes, de quem está presente nos devidos eventos...   kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk   ...há alguns eventos superiores nos quais não podes acompanhar o magnificente Cientista...  mas encontro-me, por estes momentos provisórios, aqui, na mesma Terra que a ti suporta na superfície.

Offline Sergiomgbr

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #294 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 22:23:23 »
Ohuuuuu...  desculpe, dei uma ausentada para encher o tanque...

Não me venha com essa! Tudo depende, como tu bem sabes, de quem está presente nos devidos eventos...   kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk   ...há alguns eventos superiores nos quais não podes acompanhar o magnificente Cientista...  mas encontro-me, por estes momentos provisórios, aqui, na mesma Terra que a ti suporta na superfície.
É verdade, mas é por causa da especificação das máquinas, a minha se assoberba facilmente e o meu trabalho desde sempre tem sido o adequá-la ao mundo.

Quanto a inconsistencia(s) no referido post, eu preferiria a possibilidade de escola para todos, ainda que como utopia, como já admoestastes previamente, se não for isso, não tropecei ainda no que deve ser.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #295 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 22:30:41 »
Mas escola para todos não é utopia, não é irrealizável. É um luxo que se podem dar os grupos humanos que entendem que escola para todos não é nem mesmo o que pode(ria) manter escola para todos, quanto mais criar escola para todos.

Offline Sergiomgbr

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #296 Online: 28 de Fevereiro de 2015, 22:42:54 »
Bom eu pensei nos termos em que escola fosse uma espécie de "martelinho de ouro" em "latarias com pequenos amassados"...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #297 Online: 01 de Março de 2015, 02:03:26 »
(Voltei.)

Ora, mas não é isso mesmo?! Exatamente o que o Cientista disse! Tu quase que só dás alegrias ao Cientista, meu caríssimo! Captas as coisas numa piscada d'olhos, e ainda poetiza com analogias pitorescas.

Offline Sergiomgbr

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #298 Online: 01 de Março de 2015, 09:47:18 »
(Voltei.)

Ora, mas não é isso mesmo?! Exatamente o que o Cientista disse! Tu quase que só dás alegrias ao Cientista, meu caríssimo! Captas as coisas numa piscada d'olhos, e ainda poetiza com analogias pitorescas.
Tá, mas isso não chega a ser uma inconsistência. Ou não então não era disso que se tratava.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Igualdade com pobreza ou desigualdade com riqueza: qual o preferível?
« Resposta #299 Online: 02 de Março de 2015, 03:33:51 »
Não, não chega. E, sim, era disso que se tratava. Luxos a que se pode dar quem se pode dar.

 

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