Reforço a posição do Mr. "A". Nossas necessidades não são claras. O nosso parâmetro para a felicidade são os outros. Só descubro que minha situação atual é terrível ao ver as benesses na casa ao lado. Creio ser muito mais plausível que mais pessoas se sintam infelizes ou injustiçadas numa sociedade enormemente desigual, ainda que haja um "nível mínimo" bom para todos, do que numa sociedade onde não haja tantas discrepâncias, tal qual a segunda opção do tópico. Isso claro, desconsiderando, claro, questões "fisiológicas", não dá pra ser feliz com o estômago vazio.
A qualidade de vida das pessoas aumentou ao longo da história da humanidade, ainda assim, eu não creio que um homem médio hoje seja "mais feliz" que o chefe de uma aldeia, ainda que esse último tivesse uma vida bem mais difícil, pois ele estava no "topo", era o Eike Batista das cavernas.
O status, o apreço da sociedade, essas coisas em algum grau sempre irão importar. Há ideologias que claramente vieram para conter esse ímpeto, que eu arrisco dizer seja "universal", a maneira como o cristianismo encara a pobreza e riqueza é um bom exemplo. De qualquer maneira, só possível através de um mecanismo de controle muito forte(como uma religião)
Sei que essa é uma visão bem pessimista sobre a natureza humana, que acima de tudo não deve ser estimulada, mas negar esse sentimento me parece um pouco utópico. Aliás, me parece que nesse erro incorreu o comunismo.