Direito de falar bobagem todo mundo tem, Skeptikós. Isso não é privilégio apenas dos religiosos. 
Mas veja que interessante. O padre do vídeo disse: não acredito em nada que o Chico Xavier acreditava, mas respeito o homem que ele foi, sua sensibilidade com as pessoas. Agora, convenhamos, se você não acredita que o espírita recebia mensagens psicografadas, você está admitindo, pela lógica, que acredita que ou ele estava mentindo ou era esquizofrênico. Ou, sei lá, pode sugerir outra alternativa. Só quando diz isso com todas as letras é que você está desqualificando o outro intelectualmente? Nas entrelinhas pode?
Eu discordo, dizer que não acredita nas mesmas coisas que o outro acredita não é um ataque pessoal, da mesma forma que é ao dizer que a crença do outro o classifica como um desqualificado intelectualmente. Como o Padre disse, se ele tivesse dito que não acreditava em Deus tudo bem, mas ele dizer que eu sou desqualificado intelectualmente por nisso acreditar, isso é de fato um preconceito. Neste caso o ateu classifica a capacidade intelectual do padre como inferior com base apenas na sua crença na existência de Deus, isso é um preconceito pois tal informação não é capaz de por si só levar a esta conclusão, visto que a crença em Deus não tem relação alguma com capacidade intelectual.
E eu discordo da sua discordância.
Eu não faria o que o cara fez nem com o padre e nem com ninguém, acho esse tipo de comportamento estúpido, mas só falo por mim.
Sim, o comportamento de desqualificar o outro como incapaz intelectualmente, com base apenas em uma crença sua é um comportamento estupido.
Tão estúpido quanto desqualificar o outro moralmente com base em crenças, mas enquanto a "guerra" for só de palavras, sem violência ou incitação à violência, é lícito.
Não vou dizer como os ateus devem se comportar. Até porque ateísmo não é congregação para ter liderança. E, honestamente, não vejo toda essa truculência de que você fala.
Onde isso? Aqui no fórum, quando algum religioso se cadastra para fazer proselitismo? Porque tirando isso, não sei do que está falando.
Aqui no fórum eu não percebo isso, e é bom deixar claro que eu não insinuei em nenhum momento que aqui acontecia isso, mas é muito comum por exemplo nos grupos do facebook sobre ateísmo dos quais faço parte.
Entendo, mas, bom, é um espaço democrático. É melhor que as pessoas possam expressar livremente, inclusive, sua raiva, do que serem obrigadas a se calarem.
E, bom, o padre não deixou barato, ao comentar da abordagem do ateu que o chamou de intelectualmente desqualificado, dizendo que isso era fruto de preconceito, ele rebate: eu acho que é muito mais sofisticado acreditar em deus do que não acreditar.
De fato ele esta certo, é muito mais difícil defender a ideia de que Deus existe, com argumentos racionais, do que o contrário, a sofisticação a qual ele se refere esta ai. E neste ponto eu concordo com ele.
Bom, então suponho que me falte a sofisticação necessária para percebê-la na defesa de superstições baseadas num livro da Idade do Bronze.
E é justamente por isso que é complicado defender a existência de tal Deus.
Complicado concordo que é. A realidade não ajuda!

Mas complicado não é o mesmo que sofisticado.
Argumentos racionais? Do que você está falando? A fé em Deus (o padre é católico, suponho
) se baseia na firme convicção de que Deus existe,
E o ateísmo faz justamente o oposto.
Sim, justamente o oposto, assim como o "afadismo", o "aduendismo", o "abulevoadorismo", até que se prove o contrário.
sem qualquer critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança depositada na fonte de transmissão, a Bíblia. 
Não é bem assim, os critérios geralmente envolvem a experimentação subjetiva sim, mas não somente isso, existem diversos tratados sofisticadíssimos de teologia e filosofia envolvendo lógica e epistemologia em defesa da existência de Deus, como em São Tomás de Aquino, Santo Agostinho, Locke, Spinoza e etc. Não é por tanto, algo desprovido de racionalidade.
Como eu dizia, sem qualquer critério objetivo de verificação. E isso importa na medida em que interfere na vida dos que não compartilham das mesmas crenças. Deísmo, panteísmo, já estão num nível de sofisticação que eu consigo acompanhar, mas o teísmo, baseado em revelações divinas compiladas em livros antigos cheios de contradição, honestamente, não dá. Só fechando os olhos para a realidade.
Confesso que ri. Eu aprecio o sarcasmo. Devo concordar com o padre, você pode ser ofensivo de uma forma elegante.
Cara, discordar do outro não é ser ofensivo, você pode torcer para o Milan e eu para a Roma, existe um desacordo ai mas não existe ofensa. Agora, se eu digo que você é menos capacitado do que eu, menos homem simplesmente por torcer para um time diferente do que o meu, ai sim, começam-se as ofensas. Perceba bem, discordar cordialmente é um direito de todos, o que não pode é transformar este desacordo em ofensas, como aconteceu no caso do ateu que atacou o Padre acima. Este foi um exemplo claro de ofensa, enquanto o desacordo com Padre para com as crenças espiritas, não foi mais do que isso, um desacordo cordial, algo totalmente diferente do que uma ofensa.
Abraços!
Nossa comunicação está difícil.
De novo: Confesso que ri. Eu aprecio o sarcasmo. Devo concordar com o padre, você pode ser ofensivo atacar as ideias do outro de uma forma elegante.
Não me pareceu que ele atacou em momento algum de forma ofensiva as ideias do outro, nem defendeu que isso pode ser feito, caso feito de uma maneira elegante. Além disso ele nem atacou a ideia do outro, ele apenas disse que não concorda com ela.
Ataque é por definição ofensivo.

Atacar as ideias do outro é o que estamos fazendo aqui. Debatendo. É uma expressão metafórica. Com ofensivo eu não quis dizer "proferir ofensas", mas reagir. Como em "o time foi ofensivo".

O que o ateu fez foi atacar a pessoa, não as ideias, mas sim, o padre foi ofensivo, ao rebater a isso com "é muito mais sofisticado acreditar em deus do que não acreditar", como quem diz, "grande coisa, como se não acreditar em deus exigisse muita qualificação intelectual". E, embora, pessoalmente, não concorde com o argumento, gostei da atitude dele. Não levou o desaforo para casa. Ou melhor, levou, mas guardou até ter a oportunidade de devolver, com elegância.
Como eu disse, discordar de uma pessoa não é por si só um ataque ofensivo, nem mesmo é um ataque. Dizer que não acredita em Deus por falta de evidências empíricas é um bom argumento, e que não é ofensivo, agora dizer que não acredita em Deus, e que ainda por cima aqueles que pensam diferentes são desqualificados intelectualmente, é muito diferente. Primeiro por que não é nem mesmo um argumento, mas claramente uma ofensa direta, e é este exemplo que o Padre demonstra no vídeo acima, um exemplo de preconceito.
Ataque é por definição ofensivo.
Já a maneira que ele discorda do espiritismo, não é de forma alguma ofensiva, e nem mesmo um ataque.
Claro, óbvio, ululante que é. Uma coisa é você me dizer que maçã é a fruta mais doce que existe e eu discordar, dizendo que é cereja, outra é você me dizer que empresta seu corpo para espíritos escreverem mensagens aos vivos e eu responder que não acredito nisso. Nesse caso eu estou duvidando ou da sua palavra ou da sua sanidade. Tem jeito, não.
Cara, você não percebeu que eu concordei com o padre? Como é que se é ofensivo (se profere ofensas) de uma forma elegante, de Ermenegildo Zegna? 
Bom, eu percebi uma certa ironia sua, como se a atitude do padre para com a crença espirita fosse tão ofensiva quanto a do ateu para com ele, e que a única diferença foi que o ateu foi deselegante, enquanto o padre foi elegante. Eu discordo disso, pois o padre não ofendeu a crença do outro por dizer que não concorda com ela, diferente do ateu, que além de não concordar com a crença do padre, o considerou intelectualmente incapaz por este motivo, o padre não fez isso com os espiritas por exemplo. Ai esta a diferença; o padre não foi ofensivo, enquanto o ateu em questão, foi.
Dependendo da forma como se vê, o que ele disse sobre o espiritismo pode ser até mais ofensivo (no sentido de causar constrangimento) do que sobre o ateísmo. No primeiro caso ele está duvidando da palavra ou sanidade das pessoas, no segundo, da sofisticação intelectual.
Você não mandou abraço desse vez.
