Autor Tópico: Um manifesto contra o criacionismo  (Lida 23840 vezes)

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Offline Osler

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #150 Online: 21 de Maio de 2014, 14:25:54 »
Aqui no estado do Rio o ensino religioso nas escolas públicas é confessional, inclusive no edital original era possível demissão por perda da fé (juro que é verade)
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Skeptikós

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #151 Online: 21 de Maio de 2014, 17:23:20 »
Existe uma diferença entre ensino religioso e proselitismo religioso, o ensino religioso é uma disciplina descritiva sobre os fundamentos, costumes e valores das principais religiões existentes. Seria algo semelhante a aula de filosofia, descritiva e imparcial. Neste quesito o ensino religioso nas escolas não fere em nada o laicismo de um país.

Já o proselitismo religioso, o empenho ativista de converter as pessoas à uma religião especifica, seja com pregação ou defesas ferrenhas de uma religião em detrimento de outras, da visão religiosa em detrimento da visão cientifica e etc. Isso sim é proibido em um país laico.

Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso, como uma descrição dos mitos das religiões que acreditam numa divindade como o princípio criador do mundo, a exemplo de Javé para as religiões judaico-cristãs, a exemplo de Brahma para o hinduísmo e por ai vai.

Ensino religioso é cultura, ao meu ver não deve ser banido das escolas, só deve ser ministrado de forma laica, ou seja, descritiva e imparcial, sem proselitismo.

Abraços!

Skeptikós, a meu ver o ensino religioso nos moldes que você descreve já está muito bem coberto nas aulas de história.

É ingenuidade não ver que claramente o "ensino religioso" defendido principalmente pela ICAR mas também por outras religiões cristãs é 100% proselitismo. Eu já tive aulas de ensino religioso e na verdade era pura doutrinação católica. Inclusive os professores eram padres e freiras.
Eu não acho que a disciplina de história cobriria a total abrangência que a cultura religiosa abrange, a história das religiões é muito complexa para serem ensinadas em meio as muitas outras histórias que já se aprende na disciplina de história.

Agora, sobre o proselitismo vigorar ao invés da aula descritiva, imparcial e multi-religiosa, eu concordo com você que geralmente é isso que acontece (Ou que pelo menos acontecia no passado), visto que comigo as aulas de ensino religioso eram unilaterais, só se falava do cristianismo catolicista, e também extremamente parciais proselitistas, visto que mesmo quando os professores não eram padres ou freiras, demonstravam sua total tentativa de nos converter aos dogmas por eles apresentados.

Mas isso é simplesmente algo que deve ser denunciado, fiscalizado e corrigido. Seria preciso uma seleção criteriosa dos professores que dariam estas aulas, ao meu ver os mais indicados seriam aqueles com formação acadêmica especializada em religião comparada, filosofia da religião e etc. Estes deveriam passar um processo de seleção que incluísse não somente tais qualificações acadêmicas, como também a aprovação mediante uma prova escrita.

Fora isso deveriam estar de total acordo com os critérios apresentados pelo Estado com sendo laico, de ser imparcial e descritivo, e multi-culturalista, e jamais unilateral, proselitista ou pregador.

Uma fiscalização deveria ser feita somente para garantir que tudo estaria ocorrendo como nos conformes.

Abraços!


Ao que parece ou você não tem muito contato com o ambiente escolar ou em sua cidade ele é peculiar porque todas as escolas que eu conheço que tem a disciplina de ensino religioso o fazem claramente com um viés proselitista, especialmente as particulares que pertencem a alguma religião ou aquelas em que os proprietários são religiosos. Em escolas públicas também são frequentes os casos em que os professores ministram aulas com tendência proselitista.
Sim, eu tenho, e concordo com você. Mas isso não quer dizer que concordo com vocês quando dizem que o ensino sobre as concepções de mundo e vida da religião ou das religiões de forma geral devem ser completamente banida das escolas. Mas sim que a maneira como a religião vem sendo ensinada nas escolas é que deve ser mudada.


Aqui no estado do Rio o ensino religioso nas escolas públicas é confessional, inclusive no edital original era possível demissão por perda da fé (juro que é verade)
Isso só mostra que não esta existindo ensino religioso, esta existindo puro e simplesmente proselitismo religioso.

Algo deve ser mudado, mas isso não implica ao meu ver na medida de banir a religião das escolas, mas sim de apresenta-la de uma maneira que reflita um ensino de acordo com a postura de um estado laico. Ou seja, um ensino descritivo, imparcial e multi-religioso (Que apresente as principais religiões do mundo e do Brasil, e não somente uma unica religião dominante (em número de adeptos)).

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Fabrício

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #152 Online: 21 de Maio de 2014, 17:42:34 »
Existe uma diferença entre ensino religioso e proselitismo religioso, o ensino religioso é uma disciplina descritiva sobre os fundamentos, costumes e valores das principais religiões existentes. Seria algo semelhante a aula de filosofia, descritiva e imparcial. Neste quesito o ensino religioso nas escolas não fere em nada o laicismo de um país.

Já o proselitismo religioso, o empenho ativista de converter as pessoas à uma religião especifica, seja com pregação ou defesas ferrenhas de uma religião em detrimento de outras, da visão religiosa em detrimento da visão cientifica e etc. Isso sim é proibido em um país laico.

Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso, como uma descrição dos mitos das religiões que acreditam numa divindade como o princípio criador do mundo, a exemplo de Javé para as religiões judaico-cristãs, a exemplo de Brahma para o hinduísmo e por ai vai.

Ensino religioso é cultura, ao meu ver não deve ser banido das escolas, só deve ser ministrado de forma laica, ou seja, descritiva e imparcial, sem proselitismo.

Abraços!

Skeptikós, a meu ver o ensino religioso nos moldes que você descreve já está muito bem coberto nas aulas de história.

É ingenuidade não ver que claramente o "ensino religioso" defendido principalmente pela ICAR mas também por outras religiões cristãs é 100% proselitismo. Eu já tive aulas de ensino religioso e na verdade era pura doutrinação católica. Inclusive os professores eram padres e freiras.
Eu não acho que a disciplina de história cobriria a total abrangência que a cultura religiosa abrange, a história das religiões é muito complexa para serem ensinadas em meio as muitas outras histórias que já se aprende na disciplina de história.

Agora, sobre o proselitismo vigorar ao invés da aula descritiva, imparcial e multi-religiosa, eu concordo com você que geralmente é isso que acontece (Ou que pelo menos acontecia no passado), visto que comigo as aulas de ensino religioso eram unilaterais, só se falava do cristianismo catolicista, e também extremamente parciais proselitistas, visto que mesmo quando os professores não eram padres ou freiras, demonstravam sua total tentativa de nos converter aos dogmas por eles apresentados.

Mas isso é simplesmente algo que deve ser denunciado, fiscalizado e corrigido. Seria preciso uma seleção criteriosa dos professores que dariam estas aulas, ao meu ver os mais indicados seriam aqueles com formação acadêmica especializada em religião comparada, filosofia da religião e etc. Estes deveriam passar um processo de seleção que incluísse não somente tais qualificações acadêmicas, como também a aprovação mediante uma prova escrita.

Fora isso deveriam estar de total acordo com os critérios apresentados pelo Estado com sendo laico, de ser imparcial e descritivo, e multi-culturalista, e jamais unilateral, proselitista ou pregador.

Uma fiscalização deveria ser feita somente para garantir que tudo estaria ocorrendo como nos conformes.

Abraços!

Muito trabalho e despesa (professores especializados, tempo, estrutura) para privilegiar o estudo das religiões, o que é totalmente dispensável no ensino básico (primeiro e segundo graus). Por que tanto foco em religião? Se formos seguir este raciocínio, teríamos que ter aulas específicas para a história dos aspectos históricos militares, políticos, artísticos e até gastronômicos  :hihi:.

Claro que a educação básica em história não irá cobrir todos os aspectos das N religiões, como também não cobrirá todos os aspectos culturais de todos os povos que já existiram, mas isto nem é função dela. A educação básica tem que ser como o próprio nome diz, básica, e o melhor possível neste ponto, dando bases sólidas para o conhecimento e aprendizado. Se futuramente o estudante quiser se especializar na história das religiões, tudo bem, opção dele,  mas não faz sentido investir recursos escassos em um assunto específico que pouco ou nada contribuirá para a grande maioria dos estudantes na sua vida profissional ou acadêmica.


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Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #153 Online: 21 de Maio de 2014, 18:24:14 »
(...) Sua sugestão é que se ensine religião nas igrejas e nas escolas. Quem é que está tentando empurrar suas crenças goela abaixo? Além do que a TE não é crença, é ciência.
...
(...) Mas não deve ser objeto de ensino em escolas.
Seus dois posts se baseiam naquilo que você "quer ver" mesmo que eu não o tenha dito.
Se você conseguir mostrar aonde eu disse isso enviarei uma caixa de chocolate para você.
"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." Louis Pasteur

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #154 Online: 21 de Maio de 2014, 18:27:38 »
Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso (...)
O que "eu defendo" ?
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Offline Fabrício

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #155 Online: 21 de Maio de 2014, 18:47:08 »
(...) Sua sugestão é que se ensine religião nas igrejas e nas escolas. Quem é que está tentando empurrar suas crenças goela abaixo? Além do que a TE não é crença, é ciência.
...
(...) Mas não deve ser objeto de ensino em escolas.
Seus dois posts se baseiam naquilo que você "quer ver" mesmo que eu não o tenha dito.
Se você conseguir mostrar aonde eu disse isso enviarei uma caixa de chocolate para você.

Citação de: Jetro
Dessa forma, ela poderia escolher se foi por acaso (Ateísmo) ou por influência de uma entidade Criadora (Deus Bíblico)."

Isso é religião. Mas é claro que você sabe, mas como sempre, quer sair pela tangente.

Não gosto de chocolate, não se incomode.
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Offline Skeptikós

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #156 Online: 21 de Maio de 2014, 19:33:29 »
Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso (...)
O que "eu defendo" ?
De fato, lhe interpretei mal, você não defende a ideia de que os fundamentos básicos das religiões devem ser descritos (ensinados) nas escolas.

Você defende apenas que não se deve atribuir causas naturais e aleatórias como responsável pelo ponta pé inicial da evolução das espécies, nem que esta causa tenha origem em um princípio criador tido como uma entidade consciente. Que deve se deixar esta decisão para o próprio aluno.

No entanto como os alunos teriam ideia de que a evolução aconteceu por acaso como dito por você para se referir a posição dos ateístas sobre a origem da vida, devido a eventos naturais aleatórios, sem que eles aprendam isso nas escolas, se isso não é ensinado da forma que é em nenhum outro lugar?

A segunda visão de que a origem da evolução das espécies, que a origem da vida em suas formas mais simples para depois evoluírem para organismos mais complexos teve a sua origem na vontade e nos planos arquitetados de um deus, claramente levaria vantagem, pois eles teriam oportunidade de aprender isso nas igrejas e em casa com seus país que nisso acreditam.

Sobre isso acho que devo me opor assim como fizeram os outros, deixar de dizer que uma série de eventos naturais e aleatórios que ocorreram propiciaram as condições necessárias para a vida surgir e evoluir deixaria uma lacuna que com muita facilidade poderia ser preenchida pela ideia dada como uma verdade absoluta apresentada pelas várias religiões que atribuem a origem do mundo e da vida a uma divindade criadora.

Neste caso o aluno não estaria se decidindo por qual opção optar, visto que não teria  opções, mas apenas uma opção, que é a que ele aprendeu quando visitava as igrejas e templos semanalmente no passado, antes mesmo de se inscrever e frequentar as aulas numa escola. ele não estaria livre para decidir entre opções, ele estaria programado a acreditar na única opção que lhe foi ensinada, que é a de que um deus criou tudo.

O que eu sou a favor é de que se fale do criacionismo, hinduísta, cristão ou de qualquer outra religião que nisso tenha fundamentado a sua teoria sobre a origem do universo. Mas que isso seja falado de forma descritiva como sendo aquilo no qual a religião se baseia para explicar a origem do mundo. Assim como é falado do mundo das ideias de Platão nas aulas de filosofia, de seu demiurgo e etc. Mas que não se fale disso como sendo esta uma verdade evidente e factual, como o é quando se fala do evolucionismo aos alunos.

Abraços!
« Última modificação: 21 de Maio de 2014, 19:54:05 por Skeptikós »
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #157 Online: 21 de Maio de 2014, 19:49:14 »
Muito trabalho e despesa (professores especializados, tempo, estrutura) para privilegiar o estudo das religiões, o que é totalmente dispensável no ensino básico (primeiro e segundo graus).
Eu acho importante principalmente para se acabar com a intolerância religiosa, seja por parte de religiosos (alguns) que desprezam outras religiões, seja no caso dos ateístas (alguns) que desprezam todas as religiões.

Se as religiões forem apresentadas de forma imparcial e descritiva, sem proselitismo, nem ateísta irreligioso (de que as religiões são um atraso para as civilizações, que os religiosos são desqualificados intelectualmente e etc.), nem religioso (de que somente a minha religião é a verdadeira, de que todas as outras são falsas e merecem serem condenadas).

O aluno terá a oportunidade de compreender a crença do outro (que acredite numa religião diferente, ou que não acredite em nenhuma) sem que isso seja visto como uma desqualificação intelectual ou um pecado mortal.

Eu sou a favor da descrição das religiões na escola como um ensino justamente por este motivo. E não vejo isso sendo capaz em uma aula de história convencional e tradicional.



Por que tanto foco em religião? Se formos seguir este raciocínio, teríamos que ter aulas específicas para a história dos aspectos históricos militares, políticos, artísticos e até gastronômicos  :hihi:.
Este foco maior em religião é justamente este alcance de importância maior que ela possui em relação a tudo isso que foi falado por você. Uma boa parte das guerras terem se iniciado por motivos religiosos é um exemplo do quanto é importante falar de religião nas escolas, de contextualizar a diferença entre as várias posições religiosas e não-religiosas.


Claro que a educação básica em história não irá cobrir todos os aspectos das N religiões,
Se o ensino falar das principais religiões do mundo, o islamismo, judaísmo, cristianismo, hinduísmo, budismo e thaoísmo, e sobre as principais no Brasil, como alguma das faladas atrás, e mais aquelas de matriz afro-brasileiras, como a umbanda, o candomblé e etc. por Exemplo, já seria o suficiente, e claro, mencionar e explicar os conceitos de teísmo, ateísmo e agnosticismo, suas variantes e etc. visto sua relação intrínseca com a história das religiões, tudo isso ao meu ver seria de um grande enriquecimento cultural e intelectual para o aluno, que não só eliminaria muitos dos mitos (interpretações destorcidas) causadoras de muita confusão, como principalmente lha ajudaria a entender o diferente, e a conviver em harmonia com ele.


também não cobrirá todos os aspectos culturais de todos os povos que já existiram,
Mas cobriria neste caso das religiões, as mais importantes e relevantes do nosso mundo, no contexto cultural nacional e no cenário mundial. é importante, como já dito por mim anteriormente, por uma questão cultural e social.

mas isto nem é função dela. A educação básica tem que ser como o próprio nome diz, básica, e o melhor possível neste ponto, dando bases sólidas para o conhecimento e aprendizado. Se futuramente o estudante quiser se especializar na história das religiões, tudo bem, opção dele,  mas não faz sentido investir recursos escassos em um assunto específico que pouco ou nada contribuirá para a grande maioria dos estudantes na sua vida profissional ou acadêmica.
Para aqueles que não se interessarem em seguir carreira acadêmica neste assunto, contribuirá ao menos para uma maior compreensão sobre a diversidade religiosa, e facilitaria a sua convivência com esta diversidade que se encontra no mundo e no local ele ele reside.


Abraços!
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #158 Online: 21 de Maio de 2014, 19:51:44 »
Citação de: Jetro
Dessa forma, ela poderia escolher se foi por acaso (Ateísmo) ou por influência de uma entidade Criadora (Deus Bíblico)."
Isso é religião. Mas é claro que você sabe, mas como sempre, quer sair pela tangente.
Vou provar que você está meio desorientado.
Desafio você a explicar o contexto pelo qual eu disse isso "ou por influência de uma entidade Criadora (Deus Bíblico)" e depois tentar encaixar seu post acima nele.

Estou curioso em ver a fuga, qual será agora?
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Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #159 Online: 21 de Maio de 2014, 20:14:41 »
Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso (...)
O que "eu defendo" ?
De fato, lhe interpretei mal, você não defende a ideia de que os fundamentos básicos das religiões devem ser descritos (ensinados) nas escolas.
Oh glória! rsrsrs Desculpe a brincadeira.
Mas eu realmente estava desiludido da esperança que alguém entendesse o que eu havia dito.
Adoro honestidade. Vamos longe assim.

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Você defende apenas que não se deve atribuir causas naturais e aleatórias como responsável pelo ponta pé inicial da evolução das espécies, nem que esta causa tenha origem em um princípio criador tido como uma entidade consciente. Que deve se deixar esta decisão para o próprio aluno.
Copy-Past do que disse acima.

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No entanto como os alunos teriam ideia de que a evolução aconteceu por acaso como dito por você para se referir a posição dos ateístas sobre a origem da vida, devido a eventos naturais aleatórios, sem que eles aprendam isso nas escolas, se isso não é ensinado da forma que é em nenhum outro lugar?
Poderia ser dito da seguinte forma:
"Alguns dizem que foi o acaso" já outros dizem que "Foi um Ser inteligente" e como não se tem provas nem de um lado como do outro, procure você mesmo o que achar mais viável.

Citar
A segunda visão de que a origem da evolução das espécies, que a origem da vida em suas formas mais simples para depois evoluírem para organismos mais complexos teve a sua origem na vontade e nos planos arquitetados de um deus, claramente levaria vantagem, pois eles teriam oportunidade de aprender isso nas igrejas e em casa com seus país que nisso acreditam.
Se o aluno não for provido de suficiente inteligência, cairá sem dúvidas no "ad populum".
Contudo, pessoas assim, não fazem diferença no que creem.
Mas o importante foi feito: Ele escolheu por si próprio.

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Sobre isso acho que devo me opor assim como fizeram os outros, deixar de dizer que uma série de eventos naturais e aleatórios que ocorreram propiciaram as condições necessárias para a vida surgir e evoluir deixaria uma lacuna que com muita facilidade poderia ser preenchida pela ideia dada como uma verdade absoluta apresentada pelas várias religiões que atribuem a origem do mundo e da vida a uma divindade criadora.
Discordo. Se eu iniciasse meus estudos hoje, neste momento de tamanha insanidade religiosa, onde igrejas vendem terreno no céu, adoram um Papa, Curvam-se diante de árvores, Explodem ônibus cheios de crianças, Matam em nome de Deus, etc... Eu sem dúvidas, optaria pela sugestão da ciência sem pensar duas vezes.

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Neste caso o aluno não estaria se decidindo por qual opção optar, visto que não teria  opções, mas apenas uma opção, que é a que ele aprendeu quando visitava as igrejas e templos semanalmente no passado, antes mesmo de se inscrever e frequentar as aulas numa escola. ele não estaria livre para decidir entre opções, ele estaria programado a acreditar na única opção que lhe foi ensinada, que é a de que um deus criou tudo.
Seja o que for, a Escola havia tomado a postura mais sensata e correta, baseada na mais pura coerência, e independente de pender por possíveis efeitos colaterais de sua escolha.

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O que eu sou a favor é de que se fale do criacionismo, hinduísta, cristão ou de qualquer outra religião que nisso tenha fundamentado a sua teoria sobre a origem do universo. Mas que isso seja falado de forma descritiva como sendo aquilo no qual a religião se baseia para explicar a origem do mundo. Assim como é falado do mundo das ideias de Platão nas aulas de filosofia, de seu demiurgo e etc. Mas que não se fale disso como sendo esta uma verdade evidente e factual, como o é quando se fala do evolucionismo aos alunos.
Mas você não acha que isso resultaria no mesmo problema do "Argumentum ad populum"? Visto que, a demanda de uma determinada religião sempre seria maior? Por isso, acho que um resumo básico como sugeri acima seria o ideal. Além do que, muita opinião diferente sobre o mesmo assunto só causaria maior dúvida na mente do pequenino aprendiz.

Adorei o diálogo honesto.
Você é agnóstico?
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #160 Online: 21 de Maio de 2014, 22:12:21 »
De fato, lhe interpretei mal, você não defende a ideia de que os fundamentos básicos das religiões devem ser descritos (ensinados) nas escolas.
Oh glória! rsrsrs Desculpe a brincadeira.
Mas eu realmente estava desiludido da esperança que alguém entendesse o que eu havia dito.
Adoro honestidade. Vamos longe assim.
Pois é, reconheci o meu equivoco, e nada mais nobre do que voltar atrás e assumir o equivoco.

Você defende apenas que não se deve atribuir causas naturais e aleatórias como responsável pelo ponta pé inicial da evolução das espécies, nem que esta causa tenha origem em um princípio criador tido como uma entidade consciente. Que deve se deixar esta decisão para o próprio aluno.
Copy-Past do que disse acima.

No entanto como os alunos teriam ideia de que a evolução aconteceu por acaso como dito por você para se referir a posição dos ateístas sobre a origem da vida, devido a eventos naturais aleatórios, sem que eles aprendam isso nas escolas, se isso não é ensinado da forma que é em nenhum outro lugar?
Poderia ser dito da seguinte forma:
"Alguns dizem que foi o acaso" já outros dizem que "Foi um Ser inteligente" e como não se tem provas nem de um lado como do outro, procure você mesmo o que achar mais viável.
A questão é que os que dizem que foram eventos aleatórios e naturais (o acaso), é a opinião se não absoluta da comunidade cientifica, ao menos é a dominante. E os que defendem que foi um ser inteligente (Criacionismo, Projeto inteligente e etc.) não representam a opinião cientifica, representam no máximo uma opinião minoritária. Dai a neura dos outros membros ao fato de você propor as duas opiniões (explicações) sobre a origem do mundo como sendo equivalentes. Isso não obstante que a primeira explicação, a evolucionista da forma como hoje é apresentada, que atribui aponta para causas aleatórias e naturais como responsáveis pelo surgimento e a evolução da vida na terra, c om base no princípio da Navalha de Occan e nas evidências que se tem até o momento, se apresenta como a explicação mais provável e por isso deve ser apresentada como tal.


A segunda visão de que a origem da evolução das espécies, que a origem da vida em suas formas mais simples para depois evoluírem para organismos mais complexos teve a sua origem na vontade e nos planos arquitetados de um deus, claramente levaria vantagem, pois eles teriam oportunidade de aprender isso nas igrejas e em casa com seus país que nisso acreditam.
Se o aluno não for provido de suficiente inteligência, cairá sem dúvidas no "ad populum".
Contudo, pessoas assim, não fazem diferença no que creem.
Mas o importante foi feito: Ele escolheu por si próprio.
A questão é que você agora pede que as opções conflitantes que explicam o princípio que deu origem ao surgimento da vida na terra, e sua posterior evolução, sejam apresentadas como igualmente prováveis, quando na verdade não é assim que elas se apresentam, é muito mais simples e provável aceitar a opção de que uma série de acasos providenciou um contexto propicio ao surgimento da vida em nosso planeta, e a sua posterior evolução, do que a de que um força, consciência ou divindade inteligente e criadora é que fora a responsável.

Sobre isso acho que devo me opor assim como fizeram os outros, deixar de dizer que uma série de eventos naturais e aleatórios que ocorreram propiciaram as condições necessárias para a vida surgir e evoluir deixaria uma lacuna que com muita facilidade poderia ser preenchida pela ideia dada como uma verdade absoluta apresentada pelas várias religiões que atribuem a origem do mundo e da vida a uma divindade criadora.
Discordo. Se eu iniciasse meus estudos hoje, neste momento de tamanha insanidade religiosa, onde igrejas vendem terreno no céu, adoram um Papa, Curvam-se diante de árvores, Explodem ônibus cheios de crianças, Matam em nome de Deus, etc... Eu sem dúvidas, optaria pela sugestão da ciência sem pensar duas vezes.
Eu não teria tanta certeza disso, mas de todo modo esta é uma hipótese que não poderemos testar. hehe

Neste caso o aluno não estaria se decidindo por qual opção optar, visto que não teria  opções, mas apenas uma opção, que é a que ele aprendeu quando visitava as igrejas e templos semanalmente no passado, antes mesmo de se inscrever e frequentar as aulas numa escola. ele não estaria livre para decidir entre opções, ele estaria programado a acreditar na única opção que lhe foi ensinada, que é a de que um deus criou tudo.
Seja o que for, a Escola havia tomado a postura mais sensata e correta, baseada na mais pura coerência, e independente de pender por possíveis efeitos colaterais de sua escolha.
Eu ainda acho que a maneira como o evolucionismo é ensinado, devesse continuar, e que a visão do criacionismo fosse apresentada na aula de ensino religioso, segundo os moldes como definidos por mim.

O que eu sou a favor é de que se fale do criacionismo, hinduísta, cristão ou de qualquer outra religião que nisso tenha fundamentado a sua teoria sobre a origem do universo. Mas que isso seja falado de forma descritiva como sendo aquilo no qual a religião se baseia para explicar a origem do mundo. Assim como é falado do mundo das ideias de Platão nas aulas de filosofia, de seu demiurgo e etc. Mas que não se fale disso como sendo esta uma verdade evidente e factual, como o é quando se fala do evolucionismo aos alunos.
Mas você não acha que isso resultaria no mesmo problema do "Argumentum ad populum"? Visto que, a demanda de uma determinada religião sempre seria maior?
Que nada, não existiria um proselitismo que apelasse para o número de adeptos de uma dada religião como evidência de que esta é a certa. o Professor não faria isso, a unica coisa que seria descrito, e de forma o mais imparcial possível, seria a sua história e os seus fundamentos, nada mais.

Por isso, acho que um resumo básico como sugeri acima seria o ideal.
O problema do resumo básico acima é que ele não atenta para as diferenças sobre a origem do universo de uma religião para outra, mesmo que elas tenham em comum a ideia de um deus como o principio criador do universo, as diferenças existem, e são importantes de serem entendidas.

Além do que, muita opinião diferente sobre o mesmo assunto só causaria maior dúvida na mente do pequenino aprendiz.
Por isso só seria falado sobre as principais religiões do mundo e do país, e não sobre todas as religiões. Poderia, sim, tudo isso ser descrito da forma mais simples e resumida possível, mas de forma que abarcasse ao menos as principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas.

Pois é quase certo que o aluno ira ao longo de sua vida interagir com adeptos de muitas dessas correntes religiosos e filosófico-religiosas. E conhecer os fundamentos básicos e um resumo da história de cada uma destas correntes religiosas facilitará a sua interação com as pessoas que destas correntes são adeptas.

Adorei o diálogo honesto.
Igualmente.


Você é agnóstico?
Sim, me considero como agnóstico.

Abraços!

 :ok:
« Última modificação: 21 de Maio de 2014, 22:14:51 por Skeptikós »
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #161 Online: 22 de Maio de 2014, 20:42:02 »
Acho que deveriam ensinar a teoria da evolução nas escolas desde sempre. Mas deveriam deixar a critério do aluno a escolha do motivo da evolução das espécies ocorrer. Pois é nesse ponto que o evolucionismo difere do que a Bíblia apresenta.
Dessa forma, ela poderia escolher se foi por acaso (Ateísmo) ou por influência de uma entidade Criadora (Deus Bíblico).
Como assim "diferem nesse ponto"? Só nesse? Evolução e bíblia não se assemelham em nada. Se a preocupação é proteger essa daquela, só pode ser, o melhor é deixá-la guardada na igreja, longe da escola, para o bem da propria bíblia, porque aquela tarda, mas não falha. Só pode ser obra do tinhoso a ideia de levar a biblia para a escola, nada melhor que uma aula de religião após uma aula de ciências. Tenho medo do criacionismo, não. Confio na Evolução. Pena que o processo é lento.  :P
Existe uma diferença entre ensino religioso e proselitismo religioso, o ensino religioso é uma disciplina descritiva sobre os fundamentos, costumes e valores das principais religiões existentes. Seria algo semelhante a aula de filosofia, descritiva e imparcial. Neste quesito o ensino religioso nas escolas não fere em nada o laicismo de um país.

Já o proselitismo religioso, o empenho ativista de converter as pessoas à uma religião especifica, seja com pregação ou defesas ferrenhas de uma religião em detrimento de outras, da visão religiosa em detrimento da visão cientifica e etc. Isso sim é proibido em um país laico.

Aquilo que o Jetro defende, pode ao meu ver ser ensinado na aula de ensino religioso, como uma descrição dos mitos das religiões que acreditam numa divindade como o princípio criador do mundo, a exemplo de Javé para as religiões judaico-cristãs, a exemplo de Brahma para o hinduísmo e por ai vai.

Ensino religioso é cultura, ao meu ver não deve ser banido das escolas, só deve ser ministrado de forma laica, ou seja, descritiva e imparcial, sem proselitismo.

Abraços!

Não estou propondo banir o tema das escolas, só achando graça do comentário do Jetro [1]. Tem muito cabimento querer definir o que pode não ser ensinado, como ou até que ponto com base no que diz a bíblia.

Concordo com você que o tema é rico, importante e sério o bastante para fazer parte da grade. Seria ótimo. Infelizmente não é o que ocorre na prática, mas desde que não se misture as coisas, também não me afeta. Acho até cômico, para dizer a verdade, serve mais para confrontar do que outra coisa.

[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.

Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #162 Online: 22 de Maio de 2014, 22:26:09 »
A questão é que os que dizem que foram eventos aleatórios e naturais (o acaso), é a opinião se não absoluta da comunidade cientifica, ao menos é a dominante. E os que defendem que foi um ser inteligente (Criacionismo, Projeto inteligente e etc.) não representam a opinião cientifica, representam no máximo uma opinião minoritária. Dai a neura dos outros membros ao fato de você propor as duas opiniões (explicações) sobre a origem do mundo como sendo equivalentes. Isso não obstante que a primeira explicação, a evolucionista da forma como hoje é apresentada, que atribui aponta para causas aleatórias e naturais como responsáveis pelo surgimento e a evolução da vida na terra, c om base no princípio da Navalha de Occan e nas evidências que se tem até o momento, se apresenta como a explicação mais provável e por isso deve ser apresentada como tal.
A parte em Marrom, entendo que seja o seu ponto de vista em relação aos motivos das discussões com os colegas, nos posts passados.
No restante, eu já teria uma predisposição em concordar contigo, pela forma com que coloca os fatos, mas quando li "surgimento e a evolução da vida na terra" parei para pensar mais um pouco. Faz sentido o que você disse. Contudo, tendo sempre em foco o "Ensino às crianças", qual explicação você acharia mais coerente: "A vida gera a vida" ou "o acaso gera a vida"? (...dê uma pausa para pensar nisso...)
Continuando, você poderia até mesmo, aplicar a Navalha de Ocan neste caso, visto que para explicar como poderia um "Acaso gerar a vida" levaria muito mais tempo e complicações do que simplesmente dizer que "A Vida gerou a vida mas a ciência humana é limitada e só consegue chegar até um determinado ponto". Nada mais nobre e real. Veja o caso do átomo por exemplo. Conseguimos chegar nele ha pouco tempo. Agora, com a Física Quântica estamos progredindo mais. E mesmo assim, temos limite.
É tão nobre como motivador, ensinar os limites do ser humano às crianças.
No caso da evolução das espécies, observe que a Ciência explica tudo satisfatoriamente. Quase tudo, na verdade. Questão como "porque evoluir" fica à margem. Não acha "estranho" o fato de que a vida "mata e morre" para subsistir? Talvez seja fácil observar isso hoje, mas nos primeiros momentos, das primeiras formas de vida, seria muito mais fácil "desistir".
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #163 Online: 22 de Maio de 2014, 22:30:12 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #164 Online: 22 de Maio de 2014, 22:54:56 »
A questão é que você agora pede que as opções conflitantes que explicam o princípio que deu origem ao surgimento da vida na terra, e sua posterior evolução, sejam apresentadas como igualmente prováveis, quando na verdade não é assim que elas se apresentam, é muito mais simples e provável aceitar a opção de que uma série de acasos providenciou um contexto propicio ao surgimento da vida em nosso planeta, e a sua posterior evolução, do que a de que um força, consciência ou divindade inteligente e criadora é que fora a responsável.
Na verdade tenho dito "igualmente IMprováveis" e por isso, não devem ser "ensinadas".
Já eu, penso que é muito mais simples dizer a verdade: "Nossa ciência não alcançou ainda, uma base sólida para esta questão".

Se eu iniciasse meus estudos hoje, neste momento de tamanha insanidade religiosa, onde igrejas vendem terreno no céu, adoram um Papa, Curvam-se diante de árvores, Explodem ônibus cheios de crianças, Matam em nome de Deus, etc... Eu sem dúvidas, optaria pela sugestão da ciência sem pensar duas vezes.
Eu não teria tanta certeza disso, mas de todo modo esta é uma hipótese que não poderemos testar. hehe
Exato.

Eu ainda acho que a maneira como o evolucionismo é ensinado, devesse continuar, e que a visão do criacionismo fosse apresentada na aula de ensino religioso, segundo os moldes como definidos por mim.
Ok.

Que nada, não existiria um proselitismo que apelasse para o número de adeptos de uma dada religião como evidência de que esta é a certa. o Professor não faria isso, a unica coisa que seria descrito, e de forma o mais imparcial possível, seria a sua história e os seus fundamentos, nada mais.
Sabes quantas religiões existem no mundo? Mais de 10 mil.

O problema do resumo básico acima é que ele não atenta para as diferenças sobre a origem do universo de uma religião para outra, mesmo que elas tenham em comum a ideia de um deus como o principio criador do universo, as diferenças existem, e são importantes de serem entendidas.
Você não acha mais cabível, que isso fosse ensinado em nível superior E a quem se interessasse pelo tema?

Por isso só seria falado sobre as principais religiões do mundo e do país, e não sobre todas as religiões. Poderia, sim, tudo isso ser descrito da forma mais simples e resumida possível, mas de forma que abarcasse ao menos as principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas.
Tipo assim, 0.1% das 10.000 existentes? Acho que seria bem polêmico.
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Offline Skeptikós

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #165 Online: 23 de Maio de 2014, 01:00:27 »
A questão é que você agora pede que as opções conflitantes que explicam o princípio que deu origem ao surgimento da vida na terra, e sua posterior evolução, sejam apresentadas como igualmente prováveis, quando na verdade não é assim que elas se apresentam, é muito mais simples e provável aceitar a opção de que uma série de acasos providenciou um contexto propicio ao surgimento da vida em nosso planeta, e a sua posterior evolução, do que a de que um força, consciência ou divindade inteligente e criadora é que fora a responsável.
Na verdade tenho dito "igualmente IMprováveis" e por isso, não devem ser "ensinadas".
Já eu, penso que é muito mais simples dizer a verdade: "Nossa ciência não alcançou ainda, uma base sólida para esta questão".
Seria uma resposta sensata.

O problema do resumo básico acima é que ele não atenta para as diferenças sobre a origem do universo de uma religião para outra, mesmo que elas tenham em comum a ideia de um deus como o principio criador do universo, as diferenças existem, e são importantes de serem entendidas.
Você não acha mais cabível, que isso fosse ensinado em nível superior E a quem se interessasse pelo tema?
De forma aprofundada, sim, e é isso que fazem os especialistas em religião-comparada, os filósofos da religião, entre outros profissionais acadêmicas com especialização no estudo das religiões.

No entanto, o ensino nas escolas seria o básico do básico, afim apenas de desmitificar aquele monte de religiões que conhecemos de nome, que inclusive interagimos,ou interagiremos no futuro, com adeptos dela, mas que as julgamos errado, muitas vezes até com violência, simplesmente porque a nossa única referência delas terem vindo de fontes duvidosas.

Um exemplo disso é a umbanda e o candomblé, religiões típicas do brasil, com milhões de adeptos inclusive, mas que apesar disso tudo muitas vezes ainda são confundidas por praticantes de outras religiões mais numerosas, como católicos e evangélicos, como macumba (no sentido pejorativo) e magia negra (com sacrifícios de crianças). Resultando evidentemente em ataques intolerantes contra os praticantes umbandistas e candomblezeiros, seja verbais, seja físicos, com casos inclusive que já resultaram em morte.

O ensino religioso das principais religiões nacionais e mundias teria como um dos objetivos, a desmitificação dos mitos errôneos sobre estas religiões presentes, mas pouco conhecidas corretamente, diminuindo desta forma os ataques ignorantes motivados por preconceitos descabidos contra os praticantes destas religiões.

Por isso só seria falado sobre as principais religiões do mundo e do país, e não sobre todas as religiões. Poderia, sim, tudo isso ser descrito da forma mais simples e resumida possível, mas de forma que abarcasse ao menos as principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas.
Tipo assim, 0.1% das 10.000 existentes? Acho que seria bem polêmico.
Depende, se somarmos o numero de adeptos (brasileiros) das principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas que seriam abordadas na aula de ensino religioso, provavelmente alcançaríamos um numero total de mais de 99,99% (Estou chutando) da população. Logo,  não haveria motivos para polêmicas, já que 99,99% da população (Pode se dizer, que todo mundo praticamente) teria a sua posição filosófico-religiosa descrita e apresentada nas aulas.

Além disso, o fato de escolhermos as principais doutrinas filosófico-religiosas para serem descritas e apresentadas nas aulas, é visando a possível convivência social que os alunos terão durante a vida com os seus adeptos. Não faria sentido por este motivo por exemplo, ensinar sobre as religiões de pequenas tribos, localizadas em ilhas isoladas da Oceania, cujo seus praticantes não passam de 100 no total, concentrados ainda por cima num único lugar. Os nossos alunos provavelmente não terão muitos (se é que terão algum) encontros com adeptos de religiões assim.

Abraços!
« Última modificação: 23 de Maio de 2014, 01:08:35 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline AlienígenA

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #166 Online: 23 de Maio de 2014, 18:01:46 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?

Não entendi o porquê do animal entre aspas e nem a relação da sua pergunta com o meu comentário, mas vá lá, eu responderia: instinto de sobrevivência. Suponho, entretanto, que sua pretensão é mais filosófica do que científica.

 

Offline Lorentz

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #167 Online: 23 de Maio de 2014, 20:14:55 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?

Do ponto de vista de uma forma de vida, manter-se vivo é um pré-requisito. Já uma pedra realmente não se esforça muito.
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Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #168 Online: 24 de Maio de 2014, 00:13:46 »
A questão é que você agora pede que as opções conflitantes que explicam o princípio que deu origem ao surgimento da vida na terra, e sua posterior evolução, sejam apresentadas como igualmente prováveis, quando na verdade não é assim que elas se apresentam, é muito mais simples e provável aceitar a opção de que uma série de acasos providenciou um contexto propicio ao surgimento da vida em nosso planeta, e a sua posterior evolução, do que a de que um força, consciência ou divindade inteligente e criadora é que fora a responsável.
Na verdade tenho dito "igualmente IMprováveis" e por isso, não devem ser "ensinadas".
Já eu, penso que é muito mais simples dizer a verdade: "Nossa ciência não alcançou ainda, uma base sólida para esta questão".
Seria uma resposta sensata.

O problema do resumo básico acima é que ele não atenta para as diferenças sobre a origem do universo de uma religião para outra, mesmo que elas tenham em comum a ideia de um deus como o principio criador do universo, as diferenças existem, e são importantes de serem entendidas.
Você não acha mais cabível, que isso fosse ensinado em nível superior E a quem se interessasse pelo tema?
De forma aprofundada, sim, e é isso que fazem os especialistas em religião-comparada, os filósofos da religião, entre outros profissionais acadêmicas com especialização no estudo das religiões.

No entanto, o ensino nas escolas seria o básico do básico, afim apenas de desmitificar aquele monte de religiões que conhecemos de nome, que inclusive interagimos,ou interagiremos no futuro, com adeptos dela, mas que as julgamos errado, muitas vezes até com violência, simplesmente porque a nossa única referência delas terem vindo de fontes duvidosas.

Um exemplo disso é a umbanda e o candomblé, religiões típicas do brasil, com milhões de adeptos inclusive, mas que apesar disso tudo muitas vezes ainda são confundidas por praticantes de outras religiões mais numerosas, como católicos e evangélicos, como macumba (no sentido pejorativo) e magia negra (com sacrifícios de crianças). Resultando evidentemente em ataques intolerantes contra os praticantes umbandistas e candomblezeiros, seja verbais, seja físicos, com casos inclusive que já resultaram em morte.


O ensino religioso das principais religiões nacionais e mundias teria como um dos objetivos, a desmitificação dos mitos errôneos sobre estas religiões presentes, mas pouco conhecidas corretamente, diminuindo desta forma os ataques ignorantes motivados por preconceitos descabidos contra os praticantes destas religiões.

Por isso só seria falado sobre as principais religiões do mundo e do país, e não sobre todas as religiões. Poderia, sim, tudo isso ser descrito da forma mais simples e resumida possível, mas de forma que abarcasse ao menos as principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas.
Tipo assim, 0.1% das 10.000 existentes? Acho que seria bem polêmico.
Depende, se somarmos o numero de adeptos (brasileiros) das principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas que seriam abordadas na aula de ensino religioso, provavelmente alcançaríamos um numero total de mais de 99,99% (Estou chutando) da população. Logo,  não haveria motivos para polêmicas, já que 99,99% da população (Pode se dizer, que todo mundo praticamente) teria a sua posição filosófico-religiosa descrita e apresentada nas aulas.

Além disso, o fato de escolhermos as principais doutrinas filosófico-religiosas para serem descritas e apresentadas nas aulas, é visando a possível convivência social que os alunos terão durante a vida com os seus adeptos. Não faria sentido por este motivo por exemplo, ensinar sobre as religiões de pequenas tribos, localizadas em ilhas isoladas da Oceania, cujo seus praticantes não passam de 100 no total, concentrados ainda por cima num único lugar. Os nossos alunos provavelmente não terão muitos (se é que terão algum) encontros com adeptos de religiões assim.

Abraços!

Seu argumento foi muito coerente ao meu ver. Concordei com você. Realmente seria aconselhável agir dessa forma.
Não tinha pensado nisso.


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Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #169 Online: 24 de Maio de 2014, 00:31:16 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?
Não entendi o porquê do animal entre aspas e nem a relação da sua pergunta com o meu comentário, mas vá lá, eu responderia: instinto de sobrevivência. Suponho, entretanto, que sua pretensão é mais filosófica do que científica.

• Aspas - Porque está representando não apenas os animais, mas qualquer coisa que deseje existir.

• Relação - Porque a Evolução acontece? A ciência diz... (Eu não sei o que a Ciência diz hehehe) e a "fé" diz que é por conta do comando do Criador, como por exemplo o Deus da Bíblia: "Produza a Terra Seres Viventes".

• Instinto - O instinto só existe hoje, depois dos seres estarem evoluídos. Mas uma árvore teria instinto? E olhe que uma árvore já é um ser muito evoluído. Se voltarmos para o início de tudo, as primeiras formas de vida, na época dos procariontes, eucariontes, etc. Algo motivou para que não houvesse desistência pelo simples fato de que "não dar certo" é imensuravelmente mais provável. Enfim. Tudo é muito vago para ser explicado. Nasce o conflito.
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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #170 Online: 24 de Maio de 2014, 00:34:34 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?

Do ponto de vista de uma forma de vida, manter-se vivo é um pré-requisito. Já uma pedra realmente não se esforça muito.

Permita-me "Colar" o que disse noutro post:
O instinto só existe hoje, depois dos seres estarem evoluídos. Mas uma árvore teria instinto? E olhe que uma árvore já é um ser muito evoluído. Se voltarmos para o início de tudo, as primeiras formas de vida, na época dos procariontes, eucariontes, etc. Algo motivou para que não houvesse desistência pelo simples fato de que "não dar certo" é imensuravelmente mais provável. Enfim. Tudo é muito vago para ser explicado. Nasce o conflito.
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Offline Moro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #171 Online: 24 de Maio de 2014, 12:08:00 »
desistência de quem? do que?
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Offline Sergiomgbr

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #172 Online: 24 de Maio de 2014, 17:41:12 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?

Do ponto de vista de uma forma de vida, manter-se vivo é um pré-requisito. Já uma pedra realmente não se esforça muito.

Permita-me "Colar" o que disse noutro post:
O instinto só existe hoje, depois dos seres estarem evoluídos. Mas uma árvore teria instinto? E olhe que uma árvore já é um ser muito evoluído. Se voltarmos para o início de tudo, as primeiras formas de vida, na época dos procariontes, eucariontes, etc. Algo motivou para que não houvesse desistência pelo simples fato de que "não dar certo" é imensuravelmente mais provável. Enfim. Tudo é muito vago para ser explicado. Nasce o conflito.
Um ser vivo, antes de mais nada, é uma entidade onde uma infinidade de processos físico/químicos redundam em pré requisitos para sua ocorrência, mas até em um cristal isso é verificado, ou no fogo. O que difere um ente "vivente" de uma outra entidade como o fogo ou um cristal é apenas o grau de sofisticação dessas interações.
O resultado sistematizado do conjunto dessas mesmas interações físico/químicas de suporte à vida é caracterizável como instinto. Há comportamento instintivo tanto num vírus, ou numa árvore, ou numa bactéria, quanto no homem.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #173 Online: 24 de Maio de 2014, 17:46:12 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?
É mais fácil "manter-se morto", pelo menos até que haja condições para a vida eterna.
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Offline Jetro

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #174 Online: 26 de Maio de 2014, 08:04:39 »
[1] Achei graça no fato dele achar que "o motivo da evolução ocorrer" é o ponto em que o evolucionismo difere da bíblia. Como assim? As duas coisas não se assemelham em nada.
Caro colega.
Por quê um "animal" deseja ardentemente manter-se vivo? Não seria mais fácil manter-se morto?

Do ponto de vista de uma forma de vida, manter-se vivo é um pré-requisito. Já uma pedra realmente não se esforça muito.

Permita-me "Colar" o que disse noutro post:
O instinto só existe hoje, depois dos seres estarem evoluídos. Mas uma árvore teria instinto? E olhe que uma árvore já é um ser muito evoluído. Se voltarmos para o início de tudo, as primeiras formas de vida, na época dos procariontes, eucariontes, etc. Algo motivou para que não houvesse desistência pelo simples fato de que "não dar certo" é imensuravelmente mais provável. Enfim. Tudo é muito vago para ser explicado. Nasce o conflito.
Um ser vivo, antes de mais nada, é uma entidade onde uma infinidade de processos físico/químicos redundam em pré requisitos para sua ocorrência, mas até em um cristal isso é verificado, ou no fogo. O que difere um ente "vivente" de uma outra entidade como o fogo ou um cristal é apenas o grau de sofisticação dessas interações.
O resultado sistematizado do conjunto dessas mesmas interações físico/químicas de suporte à vida é caracterizável como instinto. Há comportamento instintivo tanto num vírus, ou numa árvore, ou numa bactéria, quanto no homem.
Bem posto. Um cristal reflete exatamente o que acontece com uma forma evolutiva de algo que, à luz da ciência humana, não recebe um incentivo estranho, para continuar evoluindo. A evolução se dá até a um certo ponto e estanca, porque "procura" apenas o equilíbrio, segundo a própria lei da física. É por conta disso que o cristal é cristal deste a fundação do mundo. Não evoluiu.
« Última modificação: 26 de Maio de 2014, 08:09:03 por Jetro »
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