De fato, lhe interpretei mal, você não defende a ideia de que os fundamentos básicos das religiões devem ser descritos (ensinados) nas escolas.
Oh glória! rsrsrs Desculpe a brincadeira.
Mas eu realmente estava desiludido da esperança que alguém entendesse o que eu havia dito.
Adoro honestidade. Vamos longe assim.
Pois é, reconheci o meu equivoco, e nada mais nobre do que voltar atrás e assumir o equivoco.
Você defende apenas que não se deve atribuir causas naturais e aleatórias como responsável pelo ponta pé inicial da evolução das espécies, nem que esta causa tenha origem em um princípio criador tido como uma entidade consciente. Que deve se deixar esta decisão para o próprio aluno.
Copy-Past do que disse acima.
No entanto como os alunos teriam ideia de que a evolução aconteceu por acaso como dito por você para se referir a posição dos ateístas sobre a origem da vida, devido a eventos naturais aleatórios, sem que eles aprendam isso nas escolas, se isso não é ensinado da forma que é em nenhum outro lugar?
Poderia ser dito da seguinte forma:
"Alguns dizem que foi o acaso" já outros dizem que "Foi um Ser inteligente" e como não se tem provas nem de um lado como do outro, procure você mesmo o que achar mais viável.
A questão é que os que dizem que foram eventos aleatórios e naturais (o acaso), é a opinião se não absoluta da comunidade cientifica, ao menos é a dominante. E os que defendem que foi um ser inteligente (Criacionismo, Projeto inteligente e etc.) não representam a opinião cientifica, representam no máximo uma opinião minoritária. Dai a neura dos outros membros ao fato de você propor as duas opiniões (explicações) sobre a origem do mundo como sendo equivalentes. Isso não obstante que a primeira explicação, a evolucionista da forma como hoje é apresentada, que atribui aponta para causas aleatórias e naturais como responsáveis pelo surgimento e a evolução da vida na terra, c om base no princípio da Navalha de Occan e nas evidências que se tem até o momento, se apresenta como a explicação mais provável e por isso deve ser apresentada como tal.
A segunda visão de que a origem da evolução das espécies, que a origem da vida em suas formas mais simples para depois evoluírem para organismos mais complexos teve a sua origem na vontade e nos planos arquitetados de um deus, claramente levaria vantagem, pois eles teriam oportunidade de aprender isso nas igrejas e em casa com seus país que nisso acreditam.
Se o aluno não for provido de suficiente inteligência, cairá sem dúvidas no "ad populum".
Contudo, pessoas assim, não fazem diferença no que creem.
Mas o importante foi feito: Ele escolheu por si próprio.
A questão é que você agora pede que as opções conflitantes que explicam o princípio que deu origem ao surgimento da vida na terra, e sua posterior evolução, sejam apresentadas como igualmente prováveis, quando na verdade não é assim que elas se apresentam, é muito mais simples e provável aceitar a opção de que uma série de acasos providenciou um contexto propicio ao surgimento da vida em nosso planeta, e a sua posterior evolução, do que a de que um força, consciência ou divindade inteligente e criadora é que fora a responsável.
Sobre isso acho que devo me opor assim como fizeram os outros, deixar de dizer que uma série de eventos naturais e aleatórios que ocorreram propiciaram as condições necessárias para a vida surgir e evoluir deixaria uma lacuna que com muita facilidade poderia ser preenchida pela ideia dada como uma verdade absoluta apresentada pelas várias religiões que atribuem a origem do mundo e da vida a uma divindade criadora.
Discordo. Se eu iniciasse meus estudos hoje, neste momento de tamanha insanidade religiosa, onde igrejas vendem terreno no céu, adoram um Papa, Curvam-se diante de árvores, Explodem ônibus cheios de crianças, Matam em nome de Deus, etc... Eu sem dúvidas, optaria pela sugestão da ciência sem pensar duas vezes.
Eu não teria tanta certeza disso, mas de todo modo esta é uma hipótese que não poderemos testar. hehe
Neste caso o aluno não estaria se decidindo por qual opção optar, visto que não teria opções, mas apenas uma opção, que é a que ele aprendeu quando visitava as igrejas e templos semanalmente no passado, antes mesmo de se inscrever e frequentar as aulas numa escola. ele não estaria livre para decidir entre opções, ele estaria programado a acreditar na única opção que lhe foi ensinada, que é a de que um deus criou tudo.
Seja o que for, a Escola havia tomado a postura mais sensata e correta, baseada na mais pura coerência, e independente de pender por possíveis efeitos colaterais de sua escolha.
Eu ainda acho que a maneira como o evolucionismo é ensinado, devesse continuar, e que a visão do criacionismo fosse apresentada na aula de ensino religioso, segundo os moldes como definidos por mim.
O que eu sou a favor é de que se fale do criacionismo, hinduísta, cristão ou de qualquer outra religião que nisso tenha fundamentado a sua teoria sobre a origem do universo. Mas que isso seja falado de forma descritiva como sendo aquilo no qual a religião se baseia para explicar a origem do mundo. Assim como é falado do mundo das ideias de Platão nas aulas de filosofia, de seu demiurgo e etc. Mas que não se fale disso como sendo esta uma verdade evidente e factual, como o é quando se fala do evolucionismo aos alunos.
Mas você não acha que isso resultaria no mesmo problema do "Argumentum ad populum"? Visto que, a demanda de uma determinada religião sempre seria maior?
Que nada, não existiria um proselitismo que apelasse para o número de adeptos de uma dada religião como evidência de que esta é a certa. o Professor não faria isso, a unica coisa que seria descrito, e de forma o mais imparcial possível, seria a sua história e os seus fundamentos, nada mais.
Por isso, acho que um resumo básico como sugeri acima seria o ideal.
O problema do resumo básico acima é que ele não atenta para as diferenças sobre a origem do universo de uma religião para outra, mesmo que elas tenham em comum a ideia de um deus como o principio criador do universo, as diferenças existem, e são importantes de serem entendidas.
Além do que, muita opinião diferente sobre o mesmo assunto só causaria maior dúvida na mente do pequenino aprendiz.
Por isso só seria falado sobre as principais religiões do mundo e do país, e não sobre todas as religiões. Poderia, sim, tudo isso ser descrito da forma mais simples e resumida possível, mas de forma que abarcasse ao menos as principais religiões e doutrinas filosófico-religiosas.
Pois é quase certo que o aluno ira ao longo de sua vida interagir com adeptos de muitas dessas correntes religiosos e filosófico-religiosas. E conhecer os fundamentos básicos e um resumo da história de cada uma destas correntes religiosas facilitará a sua interação com as pessoas que destas correntes são adeptas.
Adorei o diálogo honesto.
Igualmente.
Você é agnóstico?
Sim, me considero como agnóstico.
Abraços!
