Autor Tópico: Tópico Coringa  (Lida 211132 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1700 Online: 10 de Novembro de 2014, 20:30:34 »
Meu priminho entrou em pânico quando viu uma galinha pela primeira vez... :lol:

Detalhe: 5 anos de idade.

Campeão do condomínio na categoria bolinha de gude no carpete. hahahahahahahaha

Com dez anos eu fabricava bombas com pólvora de rojão e latas velhas, tive sorte de manter todos os dedos no lugar até hoje.

Um primo fez uma (parcialmente enterrada) que abriu uma cratera de 50 cm de diâmetro na areia de uma praia.


Offline gogorongon

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1701 Online: 14 de Novembro de 2014, 00:30:59 »

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1702 Online: 14 de Novembro de 2014, 16:27:24 »
Eu jogo Gun Bound frequentemente, e estou com uma cisma insistente que aqui vou chamar de Teoria da Parceria Indolente. Trata-se do seguinte; quando arranjo uma parceria feminina numa disputa qualquer, geralmente a parceira joga muito bem a primeira partida e muitas vezes a segunda, mas começa a "noobar" nas outras, ao ponto do absurdo, perdendo partidas escabrosamente ganháveis. Não sei se é possível verificar isso em outras ocasiões em geral ou sequer restritas a outros jogos que não o GB, ou se mesmo no GB é só uma cisma mesmo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sr. Alguém

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1703 Online: 14 de Novembro de 2014, 19:32:06 »
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1704 Online: 14 de Novembro de 2014, 21:51:21 »
"Breathless". Muito bonita a atriz.





Deve ter feito muita gente começar a fumar. :/











Offline gogorongon

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1705 Online: 15 de Novembro de 2014, 00:38:05 »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1706 Online: 15 de Novembro de 2014, 14:16:45 »
Acho que assim começam as lendas como as do Pé Grande ou do bicho de Loch Ness:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141114_tigre_solto_paris_fn

Citar
França: Pegada de 'grande felino' leva autoridades a pedir que população fique em casa

Citar
Um caçador confirmou que encontrou as marcas em Ferrieres-en-Brie, 26 quilômetros a leste da capital francesa, na manhã desta sexta-feira, segundo o jornal Le Parisien.
O caçador, oficialmente chamado de "caçador de lobos" e que tem um cão especialmente treinado para esta finalidade, está participando da operação de busca pelo animal.
As autoridades aconselharam a população que mora nos bairros ao redor a permanecer dentro de casa.
A caçada pelo felino se concentra perto do parque temático Disneyland Paris. Os relatos sobre a natureza do animal são conflitantes.
Na quinta-feira, surgiram informações de que um tigre estaria solto na região. Um animal foi visto em Montevrain, 38 quilômetros a leste de Paris.
Depois, as autoridades francesas passaram a se referir a um felino de grande porte, e não um tigre. Mas nesta sexta-feira ainda havia confusão sobre o que seria o animal solto.


E o fim disso:

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/o-tigre-frances-era-um-gato-inofensivo

Citar
O ‘tigre’ avistado em uma região próxima à EuroDisney, na França, nada mais era do que um “gato grande”, confirmaram as autoridades nesta sexta-feira. Para tentar capturar o felino que assustou os moradores de Montévrain, cidade a pouco mais de 35 quilômetros ao leste de Paris, foi montada uma megaoperação com duzentos policiais, bombeiros, biólogos especialistas em felinos, veterinários e um helicóptero. Depois de mais de 24 horas de “uma caçada de tirar o fôlego”, como definiu o jornal Libération, o ‘tigre’ teve seu status rebaixado e foi declarado como um gato selvagem.

De tigre para gato selvagem há uma diferença de quantos quilos? Uns 150 a menos?

Citar
A confusão causada pelo gato aumentou nesta quinta após declarações de um perito que analisou as marcas deixadas pelo animal e afirmou que, “sem dúvida”, se tratava de um “jovem tigre”. Em um comunicado, o ONFCS confirmou que o gato selvagem é um “animal inofensivo e arredio", que costuma fugir das pessoas quando as encontra. Não há na França relatos de ataques de gatos selvagens contra seres humanos. “A pegada de um animal selvagem nunca é fácil identificar”, justificou Hansen. Além do erro na primeira avaliação, apareceram também "oito a dez histórias" de pessoas relatando ter visto o tigre, algo que preocupou as autoridades e alarmou a população de Montévrain, explicou o biólogo.

Um cara encontra uma pegada e diz "É um tigre!" e logo em seguida testemunhas começam a ver tigres. :lol:
« Última modificação: 15 de Novembro de 2014, 14:19:42 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Sr. Alguém

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1707 Online: 20 de Novembro de 2014, 15:58:12 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
Edmund McCombs mudou-se para Sydney, na Austrália, há seis anos - e não tem planos de ir embora. Não foram só os restaurantes do porto ou as praias do litoral australiano que cativaram este diretor de sustentabilidade de 33 anos.

O americano, nascido na Flórida, está lá por um estranho motivo: seu chefe quer que ele tenha mais tempo de férias e aproveite mais a vida fora do trabalho.

McCombs diz que seu supervisor está de olho em cada dia de folga tirado, não para evitar que McCombs folgue demais, mas para garantir que ele não esteja trabalhando em excesso.

Essa cultura de folga obrigatória é um choque cultural para McCombs e os costumes americanos dele. "Na Austrália, as pessoas saem e se envolvem com suas 'vidas de verdade', sem medo de que isso vá repercutir por estarem longe do ambiente de trabalho", diz.

Os australianos têm direito, por lei, a 20 dias de férias remuneradas por ano, além de outros sete dias de feriados, também pagos. Só no último ano, McCombs viajou de férias para o Oeste do país, para a Flórida e para as ilhas Fiji.

Quando trabalhava em uma empresa do ramo de segurados, há seis anos, em Atlanta, nos Estados Unidos, ele só tinha direto a dez dias de férias pagas por ano. Mesmo assim, nunca podia tirar mais de cinco dias de uma só vez.

Na Austrália, diferente dos Estados Unidos e também do Brasil, o empregado não precisa trabalhar um ano inteiro antes de começar a gozar de suas férias.
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.

Em países como Áustria, Alemanha, Itália e Espanha, os trabalhadores têm direto a 30 dias pagos, entre férias e feriados. Nos Estados Unidos, a lei garante aos trabalhadores... zero dias.

A lei que regula isso é o Ato de Padrões Justos de Trabalho, de 1938, que regula o máximo de horas semanais que se pode trabalhar, o mecanismo de pagamento de hora extra, o salário mínimo e o trabalho infantil. A lei não mencionada nada sobre férias.
Isso significa que decisões sobre férias, ausências por doença ou feriados nacionais são negociados caso a caso entre empregador e empregado.

O padrão de várias empresas americanas é dar de 5 a 15 dias de férias pagas por ano a seus trabalhadores, mas um estudo recente do instituto americano Center for Economic and Policy Research mostrou que um em cada quatro trabalhadores da iniciativa privada não recebem nenhum dia de férias pagas.

Carrie Stevens é uma desses trabalhadoras. Ela trabalha servindo bebidas em uma cervejaria em Charlottesville, na Virgínia, e não tem nenhum dia de folga no ano - sequer por doença ou feriado.

"Mesmo que eu ganhe férias pagas ou dias de folga por doença, se o pagamento fosse feito com base na tabela de horas, ele seria mínimo", conta.

Ela recentemente recebeu um aumento de US$ 2,13 por hora para US$ 3,50 - mas a maior parte de sua remuneração são as gorjetas que recebe. O salário mínimo americano é US$ 7,25 por hora, mas pessoas que recebem gorjeta podem ter remuneração básica inferior a isso.

Nos seis anos que trabalha na cervejaria, ela calcula que tirou só cinco dias de férias por ano, que são pagas com suas próprias economias.

"Eu consigo sentir quando estou precisando de férias, porque minha paciência e tolerância com os clientes se esgotam", conta.

Cultura do medo

Mesmo os que recebem dias de férias pagos precisam se esforçar para consegui-los.

Há um estigma nos Estados Unidos de que quem pede férias ou folgas está sendo preguiçoso ou desleal com os colegas. Isso causa uma distorção no equilíbrio entre vida pessoal e trabalho - algo mais grave do que em qualquer outra economia do mundo avançado.

Uma pesquisa do site de carreiras Glassdoor.com, em abril, mostrou que o trabalhador americano com direito a férias pagas só tirou, em média, metade dos dias que poderia.

Entre os entrevistados, 28% disseram ter medo de ficar para trás no trabalho se tirassem mais férias. Para 17%, o medo era de perder o emprego. Outros 19% evitaram férias por quererem se manter mais competitivos que os colegas.

"Está claro que o significado da palavra 'férias' já não é o mesmo hoje em dia", diz Rusty Rueff, da Glassdoor.com.
Tentando mudar a lei

Volta e meia algum parlamentar americano tenta mudar a lei. O deputado democrata Alan Grayson, da Flórida, já tentou levantar essa bandeira diversas vezes.

Ele acredita que o estresse causado pela falta de férias tem um impacto negativo na produtividade e saúde dos trabalhadores, com custo anual de US$ 344 bilhões para a economia americana.

Ele tentou passar, em 2013, o Paid Vacation Act (projeto de lei das férias remuneradas), obrigando empresas com mais de cem funcionários a dar uma semana de férias pagas a todos que trabalham em turno integral.

O projeto se arrasta por comissões parlamentares há mais de um ano. Ironicamente, os parlamentares que estão analisando essa proposta têm direito a um mês inteiro de férias pagas.
Os políticos americanos são uma das poucas categorias nos Estados Unidos com direitos trabalhistas semelhantes aos de outras economias avançadas.

"Se eu nunca tivesse deixado os Estados Unidos, o conceito de um mês inteiro de férias nunca teria passado pela minha cabeça", diz McCombs, em Sydney. "Na Austrália, isso não é nada inovador - é apenas o normal e o esperado."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141112_vert_cap_ferias_dg.shtml
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1708 Online: 20 de Novembro de 2014, 16:07:17 »
Qual é a diferença entre férias remuneradas e o mesmo salário "comprimido" apenas durante o tempo de fato trabalhado?

Porque férias em si eles podem ter, não?

Provavelmente a maior diferneça é que acaba cabendo à empresa/ao empregador administrar esse aspecto da vida pessoal dos empregados, de todos, em vez deles fazerem por si próprios.

Offline Gaúcho

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1709 Online: 20 de Novembro de 2014, 16:15:03 »
30 dias de férias é vida.
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Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1710 Online: 20 de Novembro de 2014, 16:26:39 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
[...]
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.
[...]

A partir do momento que alguém recebe sem trabalhar é gerado um custo para a empresa e isto não pode ser relativizado. Então cabe ao conjunto da sociedade decidir se este benefício deve ser mudado para uma obrigação (ou não) das empresas.

Afirmar que este benefício equivale a um direito indiscutível (como se fosse um 'direito natural') não passa de um apelo à piedade.
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Offline Sr. Alguém

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1711 Online: 20 de Novembro de 2014, 17:09:29 »
Piedade não é uma coisa boa ?
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Offline _Juca_

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1712 Online: 20 de Novembro de 2014, 17:55:59 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
[...]
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.
[...]

A partir do momento que alguém recebe sem trabalhar é gerado um custo para a empresa e isto não pode ser relativizado. Então cabe ao conjunto da sociedade decidir se este benefício deve ser mudado para uma obrigação (ou não) das empresas.

Afirmar que este benefício equivale a um direito indiscutível (como se fosse um 'direito natural') não passa de um apelo à piedade.

Ao meu ver, descansar do trabalho  deve ser um direito indiscutível, como se paga por isso é uma questão paralela.

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1713 Online: 20 de Novembro de 2014, 18:14:21 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
[...]
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.
[...]

A partir do momento que alguém recebe sem trabalhar é gerado um custo para a empresa e isto não pode ser relativizado. Então cabe ao conjunto da sociedade decidir se este benefício deve ser mudado para uma obrigação (ou não) das empresas.

Afirmar que este benefício equivale a um direito indiscutível (como se fosse um 'direito natural') não passa de um apelo à piedade.
O salário de um trabalhador não é só um valor venal em moeda, mas também todos os benefícios celebrados em contrato, férias inclusas.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1714 Online: 20 de Novembro de 2014, 18:48:42 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
[...]
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.
[...]

A partir do momento que alguém recebe sem trabalhar é gerado um custo para a empresa e isto não pode ser relativizado. Então cabe ao conjunto da sociedade decidir se este benefício deve ser mudado para uma obrigação (ou não) das empresas.

Afirmar que este benefício equivale a um direito indiscutível (como se fosse um 'direito natural') não passa de um apelo à piedade.

Ao meu ver, descansar do trabalho  deve ser um direito indiscutível, como se paga por isso é uma questão paralela.

"Direito" fantasioso; fruto da visão de que tudo deve ser dado de bandeja sem se importar com as contas. Se as pessoas trabalham por conta própria, tem que levar o descanso em consideração sem esperar que este seja uma espécie de direito mágico com que é agraciado por Deus sem comprometimento de produção/renda pelo tempo não trabalhado. Cabe ao indivíduo analisar se "pode pagar" por esse descanso, se acaba no fim das contas sendo mais produtivo com ele, o que pode ser muitas vezes o caso, evitando o "burnout".

Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1715 Online: 20 de Novembro de 2014, 20:50:00 »
Piedade não é uma coisa boa ?

Sim, quando é um ato espontâneo.

Se for compulsória, não.

« Última modificação: 20 de Novembro de 2014, 20:53:26 por Geotecton »
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Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1716 Online: 20 de Novembro de 2014, 20:52:40 »
EUA: o país das oportunidades... e das férias não remuneradas

Citar
[...]
A nação sem férias

Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que trata férias como um "presente" ao empregado, não como um direito.
[...]
A partir do momento que alguém recebe sem trabalhar é gerado um custo para a empresa e isto não pode ser relativizado. Então cabe ao conjunto da sociedade decidir se este benefício deve ser mudado para uma obrigação (ou não) das empresas.

Afirmar que este benefício equivale a um direito indiscutível (como se fosse um 'direito natural') não passa de um apelo à piedade.
Ao meu ver, descansar do trabalho deve ser um direito indiscutível, como se paga por isso é uma questão paralela.

Ao seu ver?

Tudo bem, você tem direito a opinar.
« Última modificação: 20 de Novembro de 2014, 20:59:11 por Geotecton »
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Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1717 Online: 20 de Novembro de 2014, 20:58:48 »
Ao meu ver, descansar do trabalho  deve ser um direito indiscutível, como se paga por isso é uma questão paralela.

Mais um comentário:

Afirmar que "como se paga por isso é uma questão paralela" faz parecer que é um ponto secundário quando é, na realidade, o ponto central visto que o custo deste benefício será arcado ou pelo empresário (diminuindo a sua margem), ou pelo consumidor (aumentando o preço final) ou pela sociedade (subsídio via impostos).
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Offline Lorentz

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1718 Online: 20 de Novembro de 2014, 21:33:53 »
O Rodrigo Constantino havia feito uma crítica bastante engraçada sobre a questão das férias e 13º salário, comparando estas remunerações extras a uma pizza, onde você quando está com mais fome pediria para que a pizza fosse cortada em mais pedaços, achando que neste caso virá mais pizza.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1719 Online: 20 de Novembro de 2014, 21:46:39 »
O Rodrigo Constantino havia feito uma crítica bastante engraçada sobre a questão das férias e 13º salário, comparando estas remunerações extras a uma pizza, onde você quando está com mais fome pediria para que a pizza fosse cortada em mais pedaços, achando que neste caso virá mais pizza.

O que me deixa furioso nestas discussões é que algumas pessoas aparentemente pensam que apenas os funcionários sofrem desgaste físico ou que tem problemas pessoais. Ou ainda de insinuarem que os funcionários não são os maiores beneficiários do próprio trabalho.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1720 Online: 20 de Novembro de 2014, 22:19:13 »
Piedade não é uma coisa boa ?

Sim, quando é um ato espontâneo.

Se for compulsória, não.



Ou até em ambos os casos, dependendo de que ato de piedade se estiver falando.

Só que não dá para extrapolar arbitrariamente, como decretar salário mínimo de R$10 000, redução da jornada de trabalho pela metade, sem demissões.




O Rodrigo Constantino havia feito uma crítica bastante engraçada sobre a questão das férias e 13º salário, comparando estas remunerações extras a uma pizza, onde você quando está com mais fome pediria para que a pizza fosse cortada em mais pedaços, achando que neste caso virá mais pizza.

O que me deixa furioso nestas discussões é que algumas pessoas aparentemente pensam que apenas os funcionários sofrem desgaste físico ou que tem problemas pessoais. Ou ainda de insinuarem que os funcionários não são os maiores beneficiários do próprio trabalho.

É a mais pura verdade. O explorador, se ficar nervosinho, pode sempre contratar mais um coitado para lhe fazer massagem ou mesmo ter que resolver qualquer problema dele. Isso é um privilégio que o verdadeiro trabalhador não tem.


(:histeria: muito boa a analogia da pizza!)

Offline Donatello

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1721 Online: 20 de Novembro de 2014, 23:05:45 »
O Rodrigo Constantino havia feito uma crítica bastante engraçada sobre a questão das férias e 13º salário, comparando estas remunerações extras a uma pizza, onde você quando está com mais fome pediria para que a pizza fosse cortada em mais pedaços, achando que neste caso virá mais pizza.
Engraçadinha, mas curioso é que fica parecendo que o próprio analogista não entendeu a elocubração mental que propôs (e tampouco permaneceram no raciocínio proposto pelo colunista da Carta Capital da direita os que o aplaudiram neste tópico). Se o 13º e as férias remuneradas e o terço são benefícios fictícios para o empregado eles haveriam de ser ônus fictícios para o empregador, pois não?

É óbvio que a remuneração de férias e o 13º não implicam necessariamente (pelo menos nos casos em que o salário foi ajustado livremente entre as partes, ou seja, quando se paga mais que o mínimo/piso) em mais remuneração mas então é óbvio também que não implicam em mais custos.

Uma outra analogia seria um viajante que prepara merendas enroladas em papel aluminio para comer na trilha e sabendo que haverá 11 setores na trilha e que o trecho posterior a última parada para lanchinho é mais cansativo [festas] que os outros decide colocar um pouco mais de comida em um dos embrulhos [13º] e que sabendo que uma parada vai ser mais longa que as outras para assistirem o voo das gaivotas decide fazer um lanche para esta parada também pra não ficar com fome quando voltar a caminhar [férias]: então ele fica com 11 lanches pequenos e um grande.

Não necessariamente ele gastou mais comida ou papel alumínio para fazer as merendas em comparação a um que tenha feito 11 merendas iguais e médias. Ele apenas fez uma distribuição mais razoável, prevendo as características do passeio.
« Última modificação: 20 de Novembro de 2014, 23:40:21 por Pai Donna de Irôko »

Offline Gigaview

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1722 Online: 20 de Novembro de 2014, 23:40:22 »
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Menino de 5 anos passa em exame da Microsoft para técnicos de TI
http://gizmodo.uol.com.br/menino-exame-microsoft/

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Lorentz

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1723 Online: 21 de Novembro de 2014, 00:01:41 »
Engraçadinha, mas curioso é que fica parecendo que o próprio analogista não entendeu a elocubração mental que propôs (e tampouco permaneceram no raciocínio proposto pelo colunista da Carta Capital da direita os que o aplaudiram neste tópico). Se o 13º e as férias remuneradas e o terço são benefícios fictícios para o empregado eles haveriam de ser ônus fictícios para o empregador, pois não?

Exato. Eu por exemplo trabalho como pessoa jurídica, emitindo NFs. Meu "salário" nada mais é do que o salário dos demais colegas + 13º + benefícios + férias, só que divididos por 12.

Não necessariamente ele gastou mais comida ou papel alumínio para fazer as merendas em comparação a um que tenha feito 11 merendas iguais e médias. Ele apenas fez uma distribuição mais razoável, prevendo as características do passeio.

Ele, não. A mamãe dele. Assim como a mamãe Estado precisa fazer isso para o pobre do trabalhador, que provavelmente não teria tal capacidade de gerenciamento de seus recursos.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #1724 Online: 21 de Novembro de 2014, 00:16:23 »
É óbvio que a remuneração de férias e o 13º não implicam necessariamente (pelo menos nos casos em que o salário foi ajustado livremente entre as partes, ou seja, quando se paga mais que o mínimo/piso) em mais remuneração mas então é óbvio também que não implicam em mais custos.

Deve haver talvez no mínimo um pequeno aumento no custo administrativo, mas talvez, no caso do 13o pelo menos, isso seja compensado com o rendimento que pode haver com sua fração mensal "guardada". A menos que tenha um juros aí, mas acho que não.



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Uma outra analogia seria um viajante que prepara merendas enroladas em papel aluminio para comer na trilha e sabendo que haverá 11 setores na trilha e que o trecho posterior a última parada para lanchinho é mais cansativo [festas] que os outros decide colocar um pouco mais de comida em um dos embrulhos [13º] e que sabendo que uma parada vai ser mais longa que as outras para assistirem o voo das gaivotas decide fazer um lanche para esta parada também pra não ficar com fome quando voltar a caminhar [férias]: então ele fica com 11 lanches pequenos e um grande.

Não necessariamente ele gastou mais comida ou papel alumínio para fazer as merendas em comparação a um que tenha feito 11 merendas iguais e médias. Ele apenas fez uma distribuição mais razoável, prevendo as características do passeio.

Sim, as classes dominantes e/ou o estado precisam se preocupar minuciosamente com o comportamento do povo.

Idealmente estariam inclusos nos direitos dos trabalhadores alimentação, habitação, e educação dos filhos*, obviamente tudo descontado do salário. Ao trabalhador mesmo seria pago apenas o equivalente ao que sobra do salário, descontadas todas suas despesas, agora tranquilamente adminstradas mais eficientemente por pessoas de uma classe mais qualificada, dando ao trabalhador o direito de gastar mais tranqüila e alegremente o que ganha em entretenimento, sem se preocupar em lidar com os problemas da vida e coisas "sérias", tudo já devidamente resolvido por quem realmente é capaz.


* talvez também quando e quanto se reproduzir, ainda que, a fim de compatibilizar com as visões antiquadas do país, deve ser flexibilizado de forma que o trabalhador se sinta "livre" nesse aspecto. Os gastos novamente devem ser computados e talvez trabalhados na forma de "seguro", para quando as pessoas têm filhos. Mas claro que não cabe ao trabalhador se preocupar com esses gastos, será tudo descontado do salário.







PS.: Alguém sabe se existe algum termo comumente usado em português para "disposable income" :?:

 

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