A economia do Brasil caminha para onde a dos EUA caminhou antes da crise, salvo as devidas proporções.
Nossos bancos estão quebrando? Há algum sinal de calote habitacional generalizado? A dívida percapita do brasileiro beira os 100% da renda?
Você leu e entendeu a expressão "salvo as devidas proporções"?
Salvo as devidas proporções, minha vida financeira também está parecida com a dos EUA antes da crise. Ou com a da Europa de 1976. Ou com a da Grécia de 52 A.C.
Acho que existem devidas proporções para se usar a expressão "devidas proporções". 
O Brasil caminha para a crise como os EUA caminhou, a aparentemente chegará ao ápice do mesmo modo que os EUA chegou, porém é impulsionado por fatores negativos diferentes.
Faz parte do ciclo financeiro. Mas não é motivo para pânico. Há alguns fatores que amenizam o efeito, e um deles é o tipo de intervenção do governo no momento (em termos qualitativos, não quantitativos).
Temos experiência de ter tido péssimas adminstrações há alguns anos atrás, então sabemos o que NÃO deve ser feito. Ex.: hiperinflações da década de 80.
Existem sérias dúvidas sobre a repetibilidade de fatos na economia, a reprodutibilidade até agora é impossível. O intervencionismo em nada ajuda a situação financeira, de modo que inevitavelmente a artificialidade dos planos econômicos que visam setores específicos vai causar efeitos desagradáveis em outros setores.
Se o governo contasse com experiências passadas, não elevaria de tal modo a oferta de crédito, para começar...
Sim, pela experiência é até uma burrada essa atitude do governo em certos pontos. Mas as principais intervenções do Estado vem de algumas ferramentas como, por exemplo, os impostos: subsídios, benefícios e incentivos. Essas ferramentas amenizam (não evitam e nem muito menos curam) os efeitos de uma crise. Mas quanto a competênciade administrar estas ferramentas, depende da equipe escaladapara isso (atualmente Dilma e seus ministros PT/PMDB, entre outros)
Não há competência no emprego de intervenções visto que as intervenções por si mesmas são um atestado de incompetência. O que as "ferramentas" amenizam em um setor beneficiado prejudicam em outros setores, isso é inevitável.
Por isso deve-se analisar o que priorizar. Exemplo meramente ilustrativo:
Redução do IPI dos automóveis para incentivar o consumo e manter as montadoras produzindo com a finalidade de evitar cortes em "massa". Os bancos conseguem arcar com a procura de crédito para financiamento neste setor? Se sim e com poucos prejuízos, ótimo. Se não, nem adianta rezudir o imposto. Melhor tentar outra medida.
*Nota: existe mais efeitos colaterais nesta situação, mas usei só uma pra ilustrar mesmo.
Mas a idéia geral do Estado é: "Compensa ajudar o setor X, prejudicando o setor Y correndo o risco de prejudicar o setor Z?"
Com a devida análise, calculos e previsões chega-se a um resultado positivo ou negativo.