As privatizações renderam 200 bilhões, o que não dá para nada num país onde o gasto com o funcionalismo devorava 100 bilhões por ano na época (aumentou muito com Lula).
Quanto aos títulos "podres", era obrigação moral e contratual dele aceitar de volta (e isto reduziu a dívida pública). E o BNDES existe justamente para financiar empresas. É um dinheiro que tem que voltar um dia (exceto quando o governo aposta nos Eike Batista da vida ou compra frigoríficos ou bancos falidos, como fez o Lula).
Vou repetir: o que as empresas privatizadas valem hoje não vem ao caso e sim o que valiam na época. O seu argumento equivale ao de um cara que vende barato um carro todo velho e podre e depois exige receber mais quando encontra o carro reformado e parecendo novo.
Além disto, se a Vale tivesse sido dada de graça, já era um grande negócio. Hoje ela rende ao país muito dinheiro com as divisas do minério que exporta e os impostos que paga, além dos empregos que gerou. Na época, mal equilibrava despesa e receita.
P.S. Continuo sem saber o que tem a ver a "Petrobrax" com as privatizações.
No gasto com funcionalismo, não está incluso os empregados das estatais, que são empresas e não são governo. As privatizaçoes de FHC renderam 78 bi .
O valor resultante da venda daquele "patrimônio" é menos importante que os efeitos positivos advindos, entre os quais:
a) Aumento enorme no acesso aos serviços de telefonia fixa e móvel a um preço bem menor.
b) Aumento enorme na arrecadação de impostos sobre tais serviços.
c) Estímulo ao investimento em áreas correlatas ("efeito multiplicador").
d) Diminuição no uso de dinheiro público por parte de políticos e gangues agrupadas de safados, com a privatização daqueles "cancros" chamados de bancos estaduais.
Títulos podres são o que o são denominados. Era muito mais rentável resgatar no mercado esses títulos do que aceitá-los pelo seu valor venal. É tão ridículo que parece negócio de criança.
Para tal sandice eu cito isto
[...]
Quando um Contribuinte oferta TDA em pagamento de dívidas, recebe das administrações fazendárias e gerentes de instituições financeiras a resposta negativa para o recebimento por se tratar de moeda podre. Diante disso partimos da permissiva de que não existe moeda podre e sim Governos Caloteiros, como assim já disse um ex Ministro. Diante de tal quadro, cria-se assim o ministério da confusão onde o Governo é credor e devedor ao mesmo tempo. Quer que o contribuinte honre as suas dívidas mais não paga as que deve, atuando em descompasso com a atual Hermenêutica Constitucional que a nossa ordem jurídica, em função dos valores e princípios encartados no Estado Democrático de Direito, viceja.
[...]
Fonte.
ou seja, o Estado tem a obrigação moral de aceitar os seus próprios títulos. Além disto o forista "esquece" (ou ignora) o contexto histórico em que estava o país: Vinha de uma hiperinflação, tinha poucas reservas em moeda forte, desconfiança dos investidores internacionais, pequeníssimo crescimento do PIB mundial, três grandes crises mundiais em menos de cinco anos e uma forte resistência de "barnabés" e da "oposição" na reforma estrutural do Estado brasileiro.
Sim, as mesmas reformas que depois ajudaram o Brasil a crescer e a superar crises agudas, entre as quais a Lei de Responsabilidade Fiscal; a diferenciação tributária de empresas e o PROER.
O BNDES financiou grande parte, fazendo com que o governo usasse aportes do tesouro e a parte que não foi paga com títulos podres, foi financiada em bancos internacionais, devendo as empresas compradoras remeterem grande quantidade de dólares pro exterior, fudendo de todos os jeitos a economia brasileira.
Sim, o BNDES realmente financiou boa parte. Mas ao menos este dinheiro ficou aqui. O mesmo não pode ser dito das refinarias da Petrobrás no EUA e na Bolívia.
E, como o forista realmente está "esquecido", vou lembrá-lo que o mesmo BNDES financiou as operações de várias estatais e projetos governamentais às custas de emissão de títulos públicos, com consequente aumento da dívida pública e cujos reflexos ainda vamos sentir mais fortemente no futuro.
Cara, nunca mais a gente vai ver um governo fazer dívida pra privatizar suas empresas com a promessa de pagar... dívidas. 
Não.
E, se for possível, também não veremos mais um governo que cometeu tantos assaltos ao erário público ao mesmo tempo que mostra aquilo que tem de mais abundante: hipocrisia.