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A liberdade existe?

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Autor Tópico: A liberdade existe?  (Lida 40537 vezes)

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Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #675 Online: 11 de Maio de 2013, 16:21:49 »
claro que sim. Eu posso não fazer o que eu quero e ainda tentar mudar o que quero ao longo do tempo.


Só que esse seu querer não veio do nada, não surgiu do zero, esse seu querer tem a ver com os estímulos ambientais que você recebeu anteriormente. 

Se você tivesse recebido  uma série de estímulos ambientais diferentes, por conseqüencia você teria um querer diferente.  Quanto mais diferentes tivessem sido estes estímulos ambientais, mais diferente você seria e agiria.




.

claro
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Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #676 Online: 11 de Maio de 2013, 16:23:21 »
claro que sim. Eu posso não fazer o que eu quero e ainda tentar mudar o que quero ao longo do tempo.

Só que esse seu querer não veio do nada, não surgiu do zero, esse seu querer tem a ver com os estímulos ambientais que você recebeu anteriormente. 
Se você tivesse recebido  uma série de estímulos ambientais diferentes, por conseqüencia você teria um querer diferente.  Quanto mais diferentes tivessem sido estes estímulos ambientais, mais diferente você seria e agiria.

Quer dizer que a liberdade só existe se vier do nada, mas como nada vem do nada, nem o nada existe, então a liberdade não existe... Há algo de absurdo nisto..., a liberdade ou as liberdades existem mesmo que venham de algo tal como tudo o que existe vem de algo e depende de algo.... Tem de ser no contexto do que existe, no mundo real, que a liberdade deve ser identificada na suas potencialidades e limitações....

concordo também mas o JJ nesse seu texto não coloca nada que contraria teu raciocínio.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #677 Online: 11 de Maio de 2013, 16:25:58 »
Creio que já expliquei lá atrás que o problema é de insistirem em usar as mesmas palavras para rotular coisas diferentes.

JJ rotula com "livre arbítrio" algo que é impossível de existir, por definição, pois requer coisas que dentro do nosso paradigma materialista seriam essencialmente "mágica".

Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis. Esse aspecto estatístico e a grande quantidade de variáveis envolvidas é o que torna um processo determinístico extremamente complexo algo que parece, "ao todo", ser "livre" no sentido mágico, mesmo sendo apenas uma complexa rede de relações causais 100% deterministas. E a nossa linguagem cotidiana/prática é construída sobre essa premissa/semântica de que nós decidimos coisas "livremente", quando não há fatores externos (ou internos) nos coagindo de forma mais singular.

Analogias:

JJ diz que uma "maldição" é um encanto sobrenatural que condena uma pessoa ou série de pessoas a uma circunstância ruim; Agnóstico diz que "maldição" é uma circunstância ruim a que pessoas ficam presas por uma série de condições direta ou indiretamente associadas a essas circunstâncias ruins, que dificultam que saiam dela, sem que isso se dê por mágica.

Então a discussão se perde indefinidamente porque quando Agnóstico diz que existem "maldições", JJ entende que existem "maldições mágicas," e contesta isso, argumentando que é impossível que a mágica prenda as pessoas a situações porque mágica não existe; e novamente Agnóstico rebate a contestação, defendendo que existem circunstâncias ruins não-mágicas às quais as pessoas ficam presas, e JJ entende isso como uma defesa da mágica novamente, e assim a coisa se extende pela eternidade, com cada um sempre refutando o que o outro não está defendendo.

Offline JJ

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #678 Online: 11 de Maio de 2013, 16:30:53 »
claro que sim. Eu posso não fazer o que eu quero e ainda tentar mudar o que quero ao longo do tempo.

Só que esse seu querer não veio do nada, não surgiu do zero, esse seu querer tem a ver com os estímulos ambientais que você recebeu anteriormente. 
Se você tivesse recebido  uma série de estímulos ambientais diferentes, por conseqüencia você teria um querer diferente.  Quanto mais diferentes tivessem sido estes estímulos ambientais, mais diferente você seria e agiria.

Quer dizer que a liberdade só existe se vier do nada, mas como nada vem do nada, nem o nada existe, então a liberdade não existe... Há algo de absurdo nisto..., a liberdade ou as liberdades existem mesmo que venham de algo tal como tudo o que existe vem de algo e depende de algo.... Tem de ser no contexto do que existe, no mundo real, que a liberdade deve ser identificada na suas potencialidades e limitações....


Eu quis dizer que o querer  não surge de uma  de uma escolha pura do sujeito, mas que esta vontade surge de condicionantes ambientais anteriores.



PS. A genética também tem um certo peso (embora normalmente seja difícil dizer quanto e até que ponto) .  E também esqueci de mencionar os estímulos originados no próprio corpo, como por exemplo, a fome.  Mas seja uma influência genética ou um estímulo interno do corpo, estes não originaram numa livre escolha do sujeito.




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« Última modificação: 11 de Maio de 2013, 16:40:28 por JJ »

Offline Dr. Manhattan

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #679 Online: 11 de Maio de 2013, 16:33:50 »
Creio que já expliquei lá atrás que o problema é de insistirem em usar as mesmas palavras para rotular coisas diferentes.

JJ rotula com "livre arbítrio" algo que é impossível de existir, por definição, pois requer coisas que dentro do nosso paradigma materialista seriam essencialmente "mágica".

Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis. Esse aspecto estatístico e a grande quantidade de variáveis envolvidas é o que torna um processo determinístico extremamente complexo algo que parece, "ao todo", ser "livre" no sentido mágico, mesmo sendo apenas uma complexa rede de relações causais 100% deterministas. E a nossa linguagem cotidiana/prática é construída sobre essa premissa/semântica de que nós decidimos coisas "livremente", quando não há fatores externos (ou internos) nos coagindo de forma mais singular.

Analogias:

JJ diz que uma "maldição" é um encanto sobrenatural que condena uma pessoa ou série de pessoas a uma circunstância ruim; Agnóstico diz que "maldição" é uma circunstância ruim a que pessoas ficam presas por uma série de condições direta ou indiretamente associadas a essas circunstâncias ruins, que dificultam que saiam dela, sem que isso se dê por mágica.

Então a discussão se perde indefinidamente porque quando Agnóstico diz que existem "maldições", JJ entende que existem "maldições mágicas," e contesta isso, argumentando que é impossível que a mágica prenda as pessoas a situações porque mágica não existe; e novamente Agnóstico rebate a contestação, defendendo que existem circunstâncias ruins não-mágicas às quais as pessoas ficam presas, e JJ entende isso como uma defesa da mágica novamente, e assim a coisa se extende pela eternidade, com cada um sempre refutando o que o outro não está defendendo.

Em uma das inúmeras discussões anteriores sobre isso, chamei esses dois tipos de livre arbítrio de "livre arbítrio metafísico" e "livre arbítrio efetivo", se é que isso ajuda um pouco.
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Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #680 Online: 11 de Maio de 2013, 16:34:44 »
Buck

pior que é. Para mim a parte que você escreveu que melhor descreve minha posição é
Citar
E a nossa linguagem cotidiana/prática é construída sobre essa premissa/semântica de que nós decidimos coisas "livremente", quando não há fatores externos (ou internos) nos coagindo de forma mais singular.

Eu entendo perfeitamente o que vocês dizem sobre não ter livre arbítrio apenas considero que o termo já tem um significado usual que, pela sua definição, impede sua negação, e por isso sua abolição causaria efeitos indesejáveis.

Só acho que deveríamos encontrar outro termo para descrever o conceito que vocês defendem e eu concordo.
« Última modificação: 11 de Maio de 2013, 16:37:04 por Agnóstico »
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Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #681 Online: 11 de Maio de 2013, 16:36:25 »
Creio que já expliquei lá atrás que o problema é de insistirem em usar as mesmas palavras para rotular coisas diferentes.

JJ rotula com "livre arbítrio" algo que é impossível de existir, por definição, pois requer coisas que dentro do nosso paradigma materialista seriam essencialmente "mágica".

Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis. Esse aspecto estatístico e a grande quantidade de variáveis envolvidas é o que torna um processo determinístico extremamente complexo algo que parece, "ao todo", ser "livre" no sentido mágico, mesmo sendo apenas uma complexa rede de relações causais 100% deterministas. E a nossa linguagem cotidiana/prática é construída sobre essa premissa/semântica de que nós decidimos coisas "livremente", quando não há fatores externos (ou internos) nos coagindo de forma mais singular.

Analogias:

JJ diz que uma "maldição" é um encanto sobrenatural que condena uma pessoa ou série de pessoas a uma circunstância ruim; Agnóstico diz que "maldição" é uma circunstância ruim a que pessoas ficam presas por uma série de condições direta ou indiretamente associadas a essas circunstâncias ruins, que dificultam que saiam dela, sem que isso se dê por mágica.

Então a discussão se perde indefinidamente porque quando Agnóstico diz que existem "maldições", JJ entende que existem "maldições mágicas," e contesta isso, argumentando que é impossível que a mágica prenda as pessoas a situações porque mágica não existe; e novamente Agnóstico rebate a contestação, defendendo que existem circunstâncias ruins não-mágicas às quais as pessoas ficam presas, e JJ entende isso como uma defesa da mágica novamente, e assim a coisa se extende pela eternidade, com cada um sempre refutando o que o outro não está defendendo.

Em uma das inúmeras discussões anteriores sobre isso, chamei esses dois tipos de livre arbítrio de "livre arbítrio metafísico" e "livre arbítrio efetivo", se é que isso ajuda um pouco.

Acho muito bom. ou efetivo (acepção mundo prático) e físico.
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Offline JJ

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #682 Online: 11 de Maio de 2013, 16:57:23 »
Creio que já expliquei lá atrás que o problema é de insistirem em usar as mesmas palavras para rotular coisas diferentes.

JJ rotula com "livre arbítrio" algo que é impossível de existir, por definição, pois requer coisas que dentro do nosso paradigma materialista seriam essencialmente "mágica".


É por aí mesmo,  pois sejam estímulos ambientais externos que atingem nosso cérebro via orgãos dos sentidos e via sistema nervoso periférico, os quais  ativam, modificam o funcionamento das células cerebrais,  ou sejam  estímulos internos, como as secreções de hormônios, ou sejam as peculiaridades  do funcionamento bioquímico do cérebro que tenham a ver com as particularidades genéticas do sujeito, em nenhum desses casos a pessoa tem controle e opção de escolha.


Tirando isso, ao meu ver a única coisa que sobra seria a existência de espírito ou algo semelhante.




Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis.



O que para mim não faz sentido  dizer  que a partir disso tenhamos algum tipo de livre arbítrio/livre escolha.





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« Última modificação: 11 de Maio de 2013, 17:01:26 por JJ »

Offline JJ

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #683 Online: 11 de Maio de 2013, 17:13:06 »
De forma resumida,  eu penso que todas as minhas "escolhas" , gostos/desejos são condicionados pela totalidade de minha história de vida anterior (ou seja todos os estímulos ambientais que recebi ao longo de minha vida); pelos estímulos internos que recebo do meu corpo e que chegam ao meu cérebro, e pela minha constituição genética.

Se por acaso eu tivesse uma constituição genética bem diferente da que tenho, eu poderia ser muito diferente do que sou, meus gostos, desejos e ações  poderiam ser muito diferentes.

Se por acaso eu tivesse tido  uma história de vida anterior bem diferente da que tive, eu poderia ser muito diferente do que sou, meus gostos, desejos e ações poderiam ser muito diferentes.




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« Última modificação: 11 de Maio de 2013, 17:15:41 por JJ »

Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #684 Online: 11 de Maio de 2013, 17:16:13 »
De forma resumida,  eu penso que todas as minhas "escolhas" , gostos/desejos são condicionados pela totalidade de minha história de vida anterior (ou seja todos os estímulos ambientais que recebi ao longo de minha vida); pelos estímulos internos que recebo do meu corpo e que chegam ao meu cérebro, e pela minha constituição genética.

Se por acaso eu tivesse uma constituição genética bem diferente da que tenho, eu poderia ser muito diferente do que sou, meus gostos, desejos e ações  poderiam ser muito diferentes.

Se por acaso eu tivesse tido  uma história de vida anterior bem diferente da que tive, eu poderia ser muito diferente do que sou, meus gostos, desejos e ações poderiam ser muito diferentes.




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Claro
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #685 Online: 11 de Maio de 2013, 17:42:20 »
Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis.



O que para mim não faz sentido  dizer  que a partir disso tenhamos algum tipo de livre arbítrio/livre escolha.

Elas são "livres" não no sentido físico/mecânico da coisa, mas por não ser uma ou outra ação coagindo a pessoa contra a sua vontade. Se você está num belo e ensolarado dia, pensando se assiste o filme A ou B no cinema, ambos que te parecem muito bons, e você eventualmente escolhe um, parece mais razoável dizer no dia-a-dia que você fez isso por livre-escolha, e não que é um "escravo de suas vontades e processos neuroquímicos, não tendo qualquer poder de decisão sobre o que decide fazer, subitamente se vendo irremediavelmente forçado a ver um filme em vez do outro, ou fazer qualquer outra coisa, sem qualquer escolha".

E o mesmo vale para quase tudo, e dizemos que vamos perdendo a liberdade quando as coisas restringem as nossas opções /escolhas automáticas de nossos cérebros de forma mais singular, sem considerar a própria físico-química da escolha como uma restrição, ainda que em última instância (física pura), seja.

Offline caerus

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #686 Online: 11 de Maio de 2013, 19:12:26 »
Mas como essas "coisas" que restrigem nossas opções são diferentes de experiências passadas que moldaram o funcionamento do nosso cérebro e nos levarão a praticar determinadas ações?


Tudo bem, o seu cérebro é você, mas ele não toma as decisões assim sozinho, *puf*, como já foi falado aqui. A única diferença entre essas influencias e alguém apontando uma arma na sua cabeça é, ao meu ver, o tempo passado até a tomada da escolha e a relevância dessa influencia nessa tomada, o que não muda nada, uma causa maior ou varias pequenas não fazem diferença.
« Última modificação: 11 de Maio de 2013, 19:23:31 por ricardo. »

Offline Gigaview

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #687 Online: 11 de Maio de 2013, 19:24:36 »
Agnóstico rotula como "livre arbítrio" os processos mecânicos de escolha que nossos cérebros realizam deterministicamente (isso é, sem o "outro" livre arbítrio, mágico), porém de maneira extremamente complexa, que não nos permite prever tais escolhas com exatidão a partir de poucas variáveis.



O que para mim não faz sentido  dizer  que a partir disso tenhamos algum tipo de livre arbítrio/livre escolha.

Elas são "livres" não no sentido físico/mecânico da coisa, mas por não ser uma ou outra ação coagindo a pessoa contra a sua vontade. Se você está num belo e ensolarado dia, pensando se assiste o filme A ou B no cinema, ambos que te parecem muito bons, e você eventualmente escolhe um, parece mais razoável dizer no dia-a-dia que você fez isso por livre-escolha, e não que é um "escravo de suas vontades e processos neuroquímicos, não tendo qualquer poder de decisão sobre o que decide fazer, subitamente se vendo irremediavelmente forçado a ver um filme em vez do outro, ou fazer qualquer outra coisa, sem qualquer escolha".

E o mesmo vale para quase tudo, e dizemos que vamos perdendo a liberdade quando as coisas restringem as nossas opções /escolhas automáticas de nossos cérebros de forma mais singular, sem considerar a própria físico-química da escolha como uma restrição, ainda que em última instância (física pura), seja.

Pode ser que você esteja sendo irremediavelmente enganado pelos mesmos processos neuroquímicos que já decidiram por você e que fazem você acreditar que a decisão foi sua, como no experimento de Libet.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #688 Online: 11 de Maio de 2013, 20:12:12 »
Acho que independentemente disso é possível você tanto dizer que somos "forçados", quanto que somos "livres". Poderia ser que a sensação de vontade tivesse mesmo um papel causal para o que vem depois (contra Libet), mas não sendo livre no sentido "mágico", ainda seria só um monte de reações químicas determinísticas. Mas no dia-a-dia chamamos justamente isso vontade. E mesmo tendo a outra interpretação, continuamos chamando de liberdade, só com ressalvas como que nós escolhemos as coisas antes mesmo de estarmos conscientes disso.

Offline Gigaview

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #689 Online: 11 de Maio de 2013, 20:59:57 »
Acho que independentemente disso é possível você tanto dizer que somos "forçados", quanto que somos "livres". Poderia ser que a sensação de vontade tivesse mesmo um papel causal para o que vem depois (contra Libet), mas não sendo livre no sentido "mágico", ainda seria só um monte de reações químicas determinísticas. Mas no dia-a-dia chamamos justamente isso vontade. E mesmo tendo a outra interpretação, continuamos chamando de liberdade, só com ressalvas como que nós escolhemos as coisas antes mesmo de estarmos conscientes disso.

"Nós" quem? Os processos neuroquímicos, o "eu", resultado desses processos, ou um "eu" transcendente como uma alma?
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Offline EuSouOqueSou

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #690 Online: 12 de Maio de 2013, 04:18:35 »
claro que sim. Eu posso não fazer o que eu quero e ainda tentar mudar o que quero ao longo do tempo.

Só que esse seu querer não veio do nada, não surgiu do zero, esse seu querer tem a ver com os estímulos ambientais que você recebeu anteriormente. 
Se você tivesse recebido  uma série de estímulos ambientais diferentes, por conseqüencia você teria um querer diferente.  Quanto mais diferentes tivessem sido estes estímulos ambientais, mais diferente você seria e agiria.

Quer dizer que a liberdade só existe se vier do nada, mas como nada vem do nada, nem o nada existe, então a liberdade não existe... Há algo de absurdo nisto..., a liberdade ou as liberdades existem mesmo que venham de algo tal como tudo o que existe vem de algo e depende de algo.... Tem de ser no contexto do que existe, no mundo real, que a liberdade deve ser identificada na suas potencialidades e limitações....

Cara, vc entendeu errado. A liberdade não vme do nada. Ela surge a partir de uma negação de um impedimento. Tomando a classificação de Shopenhauer, é meio óbvio que esse impediemnto refere-se mais a liberdade intelectual e moral, pois a liberdade física é delimitada pela nossa própria constituição física.

Exemplo bem banal, vc está sem grana, falido, mas tem que pagar um tratamento de saúde caríssimo pra alguém que vc gosta ou pra vc mesmo. Vc tem uma formação moral que lhe diz que roubar é errado, o que impede sua ação de roubar pra conseguir pagar seu tratamento. Mas chega a um ponto que vc não suporta mais e nega esse princípio moral, logo vc está livre para roubar.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline JJ

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #691 Online: 12 de Maio de 2013, 08:26:46 »
claro que sim. Eu posso não fazer o que eu quero e ainda tentar mudar o que quero ao longo do tempo.

Só que esse seu querer não veio do nada, não surgiu do zero, esse seu querer tem a ver com os estímulos ambientais que você recebeu anteriormente. 
Se você tivesse recebido  uma série de estímulos ambientais diferentes, por conseqüencia você teria um querer diferente.  Quanto mais diferentes tivessem sido estes estímulos ambientais, mais diferente você seria e agiria.

Quer dizer que a liberdade só existe se vier do nada, mas como nada vem do nada, nem o nada existe, então a liberdade não existe... Há algo de absurdo nisto..., a liberdade ou as liberdades existem mesmo que venham de algo tal como tudo o que existe vem de algo e depende de algo.... Tem de ser no contexto do que existe, no mundo real, que a liberdade deve ser identificada na suas potencialidades e limitações....

Cara, vc entendeu errado. A liberdade não vme do nada. Ela surge a partir de uma negação de um impedimento. Tomando a classificação de Shopenhauer, é meio óbvio que esse impediemnto refere-se mais a liberdade intelectual e moral, pois a liberdade física é delimitada pela nossa própria constituição física.

Exemplo bem banal, vc está sem grana, falido, mas tem que pagar um tratamento de saúde caríssimo pra alguém que vc gosta ou pra vc mesmo. Vc tem uma formação moral que lhe diz que roubar é errado, o que impede sua ação de roubar pra conseguir pagar seu tratamento. Mas chega a um ponto que vc não suporta mais e nega esse princípio moral, logo vc está livre para roubar.



Entendi o seu exemplo. Mas ele se encaixa no que estou tentando comunicar. A chamada formação moral, é resultado de nada mais  do que um processo de condicionamento ao qual o sujeito foi exposto em certos  momentos da vida (normalmente quando bem novo/criança), ou seja é apenas mais um exemplo de estímulo ambiental externo (ou alguém defende que algum tipo de formação moral já esteja gravada nos genes ?).  Pessoas expostas a diferentes  processos de condicionamento de formação moral, acabarão por ter morais diferentes.  A pessoa não cria isso na cabeça dela, e nem escolhe, ela é condicionada, ela é ensinada/educada  (educação, num sentido amplo, nada mais é do que um  processo/um tipo  de condicionamento que visa obter determinados comportamentos). Esse condicionamento acaba por criar um censor interno no cérebro do sujeito ao qual ele nem se dá muito conta, e acaba posteriormente pensando  que ele livremente escolheu (e escolhe) seguir aqueles princípios morais.



PS. Este censor interno é chamado de superego na psicanálise.

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Fiz uma busca rápida e encontrei um texto que explica um pouco sobre o superego:




O superego, por sua vez, é um depositário das normas e princípios morais do grupo social a que o indivíduo se vincula. Nele se concentram as regras e as ordenações da sociedade e da cultura, representadas, inicialmente, pela família e, posteriormente, internalizadas pela pessoa.

Podemos visualizar a dinâmica entre essas três instâncias da seguinte maneira: energias determinantes de desejos, originárias do id, devem chegar ao nível do ego para que este possa articular ações supressoras das necessidades então impostas. Se o ego irá dar conta de fazê-lo ou não, este é um problema que diz respeito às possibilidades reais de que dispõe o indivíduo. Não é esse o tema prioritário da teoria de Freud.

O foco de atenção da Psicanálise dirige-se à relação entre as energias oriundas do id e os impedimentos que o superego lhes impõe. A Psicanálise mostra que há uma vasta gama de desejos que são impedidos de chegar ao nível do ego, isto é, desejos cuja existência o “eu” sequer toma ciência devido à censura das barreiras morais internalizadas pela pessoa. O superego atua como protetor do ego, pois sem ele as pulsões tornariam insuportável a vida do indivíduo em sociedade.

Constitui-se, desse modo, uma região da personalidade habitada por pulsões reprimidas, que não são conscientes para o ego. Esta região é chamada inconsciente. Está no inconsciente tudo aquilo que o ego não sabe que existe, tudo aquilo que foi reprimido com base nas concepções morais internalizadas pelo indivíduo.


http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/140/3/01d08t01.pdf





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« Última modificação: 12 de Maio de 2013, 10:48:54 por JJ »

Offline Pagão

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #692 Online: 12 de Maio de 2013, 10:44:31 »
No meio de todo o determinismo como fica a responsabilização das pessoas pelos seus atos? Qual a base para essa responsabilização?
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline _tiago

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #693 Online: 12 de Maio de 2013, 10:59:55 »
A responsabilidade pelos atos é uma questão moral que independe de determinismo ou qualquer filosofia ou crença que pretende explicar como o mundo funciona. Eu quero que as pessoas sejam punidas ou responsabilizadas pelos seus atos pelos motivos desejáveis de sempre: 1. inibir a repetição de um comportamento danoso. 2. reparar o prejudicado. 3. coesão social. Etc.
À exceção dos absolutamente incapazes que agem por impulsos os quais somos capazes de refrear pois não compreendem os valores morais que fazem o outro lado da nossa balança, não interessa que o conjunto de circunstâncias levou alguém a matar outro alguém. Cana nele.

Offline AlienígenA

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #694 Online: 16 de Maio de 2013, 17:17:49 »
Acompanhando o debate sobre filosofia no tópico “Notável filósofo ateu diz bobagem que darwinismo não se sustenta” li o livro “O que é ciência afinal?” recomendando pelos foristas Feliperj e Gigaview e me lembrei desse tópico, mais precisamente da alegação que a hipótese de que não há livre-arbítrio com base no determinismo segue o raciocínio indutivista.

Não pretendo retomar o debate sobre o livre-arbítrio, mas apenas o ponto acima e reforçar a recomendação da leitura.

Estranhei essa alegação na época, pois me pareceu uma inversão, mas não quis entrar no mérito, já que teria antes que rever o assunto e não estava com tanto tempo disponível. Agora com o tema fresco na memória gostaria de “ouvir” opiniões.

Pois bem, eu entendo que indutivista seria, na verdade, o argumento do livre-arbítrio que diz que as experiências quotidianas o atestam, pois parte da observação para a formulação da hipótese, enquanto o argumento do não livre-arbítrio, faz o oposto, partindo de uma hipótese textável, a causalidade.

Onde está a falha do raciocínio?
 
Reforçando que não pretendo com isso retomar o debate do livre-arbítrio, ao menos, em princípio, mas apenas esse ponto, paralelo ao debate.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #695 Online: 16 de Maio de 2013, 18:07:02 »
Acho que independentemente disso é possível você tanto dizer que somos "forçados", quanto que somos "livres". Poderia ser que a sensação de vontade tivesse mesmo um papel causal para o que vem depois (contra Libet), mas não sendo livre no sentido "mágico", ainda seria só um monte de reações químicas determinísticas. Mas no dia-a-dia chamamos justamente isso vontade. E mesmo tendo a outra interpretação, continuamos chamando de liberdade, só com ressalvas como que nós escolhemos as coisas antes mesmo de estarmos conscientes disso.

"Nós" quem? Os processos neuroquímicos, o "eu", resultado desses processos, ou um "eu" transcendente como uma alma?

As máquinas pensantes reportam chamar de "liberdade individual" as decisões tomadas por seus sistemas nervosos, e, para fins de praticidade, é argumentavelmente válido poder fazê-lo mesmo se a sensação reportada de decisão sucede o processo de tomada de decisão da unidade e não interfere nele subseqüentemente, senão por possibilitar eventuais outros inputs ambientais ao comunicar a decisão daquela unidade a outras unidades.

Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #696 Online: 16 de Maio de 2013, 20:42:14 »
Acompanhando o debate sobre filosofia no tópico “Notável filósofo ateu diz bobagem que darwinismo não se sustenta” li o livro “O que é ciência afinal?” recomendando pelos foristas Feliperj e Gigaview e me lembrei desse tópico, mais precisamente da alegação que a hipótese de que não há livre-arbítrio com base no determinismo segue o raciocínio indutivista.

Não pretendo retomar o debate sobre o livre-arbítrio, mas apenas o ponto acima e reforçar a recomendação da leitura.

Estranhei essa alegação na época, pois me pareceu uma inversão, mas não quis entrar no mérito, já que teria antes que rever o assunto e não estava com tanto tempo disponível. Agora com o tema fresco na memória gostaria de “ouvir” opiniões.

Pois bem, eu entendo que indutivista seria, na verdade, o argumento do livre-arbítrio que diz que as experiências quotidianas o atestam, pois parte da observação para a formulação da hipótese, enquanto o argumento do não livre-arbítrio, faz o oposto, partindo de uma hipótese textável, a causalidade.

Onde está a falha do raciocínio?
 
Reforçando que não pretendo com isso retomar o debate do livre-arbítrio, ao menos, em princípio, mas apenas esse ponto, paralelo ao debate.


é que não é testável no escopo de complexidade de reações e ações do dia a dia. É lógico que seja uma causa infinita de causa e efeito, sem dúvida.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline AlienígenA

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #697 Online: 16 de Maio de 2013, 21:39:10 »
Agnóstico,  estou com dificuldade de quotar, ok. Entendi sua resposta, mas não entendi muito bem a relação dela com minha pergunta. O que quero saber é o raciocínio por trás da conclusão que a alegação "não há livre arbítrio com base no determinismo" é indutivista e a alegação "há livre arbítrio com base no quotidiano" não. Para chegar à conclusão oposta eu parti do princípio que indução é a formulação de teorias a partir da observação, que me parece, enaquadra a segunda alegação, mas não a primeira, que faz o caminho inverso, parte da teoria para a observação. Estou usando o termo teoria no sentido vulgar.

Offline AlienígenA

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #698 Online: 16 de Maio de 2013, 21:48:21 »
Só completando, creio que nenhuma teoria sobre a existencia ou não do livre arbítrio é testavel, no sentido científico do termo, ao menos por enquanto, senão nem haveria o que discutir.

Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #699 Online: 16 de Maio de 2013, 21:53:44 »
A primeira (determinismo) não pode partir da indução para a observação, pois a observação iria ser contrária à premissa do não livre arbítrio. A lógica do determinismo é válida, temos excelentes motivos para afirmar isso e é o que foi chamado aqui de livre arbítrio metafísico. Este, não o temos.

O livre arbítrio prático não, que é baseado no quotidiano, parte de uma definição e expectativas completamente distinta do LAM.

Pegue essa definição:

Citar
Free will is the ability of agents to make choices unconstrained by certain factors.

Agora tira das constraints possíveis as reações químicas e físicas do seu próprio cérebro. Faça isso de maneira arbitrária (pura definição) ou pelo que eu considero lógica (seu cérebro é você e portanto não pode gerar restrições a você).
Tirando essa constraint, você encontra o livre arbítrio efetivo, que diz que se você não está sob coação, impedido de fazer qualquer coisa que você queira, ou está completamente dominado, você tem livre arbítrio efetivo.

O raciocínio é indutivo? Não creio que precise, acho que passaria pelo falsificacionismo também.
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