Tópico: Risco de racionamento de energia faz Dilma convocar setor elétrico

[Derfel]

Ah bom. É que eu não li notícia nenhuma sobre blackouts. Onde foram?

Só no norte e nordeste foram 3 esse ano.

Acho que no governo Dilma já foram uns 8. O Arcanjo deve ter anotado e pode disponibilizar aqui...

EDIT: Segundo a wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_do_apag%C3%A3o)

Em 04 de fevereiro de 2011... .

Em Brasília foram dois em pouco mais de 30 dias.

Aqui, em Natal, só me lembro de um. Em Brasília, pelo que estava ouvindo no DFTV da última vez que estive lá, o problema era na transmissão da CEB, que não fez investimentos necessários.

[Barata Tenno]

Os problemas dos apagões, a meu ver, são dois: Uma matriz energética altamente dependente de hidrelétricas e falta de investimento no setor elétrico, no caso na construção de novas usinas geradoras de eletricidade. Aliás, acha que talvez até haja investimento, mas ele demora a se concretizar. E isso independe do partido que esteja no poder. Entre a concepção de uma hidrelétrica e sua entrada em funcionamento demoram quantos anos? vinte? trinta? É uma burocracia tão grande que o Estado não consegue executar o orçamento que ele já tem disponível para a obra. Isso vale para toda obra do PAC, por exemplo, são tantas licenças, estudos, indenizações, que torna tudo muito difícil.

Legal, explica isso para os petistas que falam que toda a culpa dos apagões é do FHC e do PSDB....

[Arcanjo Lúcifer]

Brasília é a capital do país, se nem lá investem o que precisam então imagine no resto.

Hidrelétricas levam anos para serem construiudas? OK, mas falha de manutenção em algo tão importante que já chegou a causa oito apagões em um ano não tem desculpa.

Principalmente porque o partido no governo é o mesmo há 12 anos.

[Arcanjo Lúcifer]

Os problemas dos apagões, a meu ver, são dois: Uma matriz energética altamente dependente de hidrelétricas e falta de investimento no setor elétrico, no caso na construção de novas usinas geradoras de eletricidade. Aliás, acha que talvez até haja investimento, mas ele demora a se concretizar. E isso independe do partido que esteja no poder. Entre a concepção de uma hidrelétrica e sua entrada em funcionamento demoram quantos anos? vinte? trinta? É uma burocracia tão grande que o Estado não consegue executar o orçamento que ele já tem disponível para a obra. Isso vale para toda obra do PAC, por exemplo, são tantas licenças, estudos, indenizações, que torna tudo muito difícil.

E ainda tem a chateação do Ministério Público querendo saber por qual motivo o PAC liberou verbas milionárias para empresas fantasmas ligadas ao Cachoeira e a Delta.

Esses chatos atrapalham as obras só para prejuidicar o Lulla, a Dilma e o PT.

[Derfel]

Eu tenho que lidar com esses processos todo dia e é muito, mas muito, complicado mesmo fazer com que ande. Entendo que são salvaguardas contra corrupção, mas acabam por atrasar coisas que deveriam já estar sendo executadas. E a culpa não é, repito, de partido ou governo algum, mas do sistema em si.

[Temma]

Sensacionalismo. A manchete fala em "Risco de racionamento" mas não traz quase nada de informações técnicas além de um "técnicos dizem que os reservatórios estão abaixo do prudencial". Mencionaram as usinas térmicas, que poderiam encarecer o preço do luz, algo que nem de longe é semelhante ao racionamento. A notícia fala também de uma reunião com governistas do setor, uma atitude pró-ativa.


E, corrijam-me se eu estiver errado, o racionamento que ocorreu na época do FHC foi porque o sistema estava literalmente em "colapso", não conseguindo atender ao consumo da época. Daí o governo se fez de morto até que viesse o primeiro apagão pra então lançar um apelo à população com amplo apoio da imprensa para por favor economizar um pouquinho na conta de luz, enquanto a FIESP se contorcia de raiva pela incomPeTência psdebista.

Os problemas atuais dizem mais respeito à distribuição, falhas também graves, mas totalmente diferentes e que não implicam num "esgotamento" da produção do setor, mas sei la, posso estar falando merda.


Aliás, é só o governo federal o responsável pela distribuição de energia?

[Price]

A notícia fala sobre a reunião e não sobre o caráter técnico da reunião, que são conteúdos bastante diferentes.

[Arcanjo Lúcifer]

Eu não diria que oito apagões em menos de um ano são sensacionalismo e na época do FHC houve uma seca que fez o fundo das represas em SP aparecerem, lembro de uma imagem na televisão com uns barcos atolados na lama bem no meio delas.

[Temma]

A notícia fala sobre a reunião e não sobre o caráter técnico da reunião, que são conteúdos bastante diferentes.

Sim, a partir da reunião noticiam que pode haver racionamento. Especulação bem ao gosto do mercado.

Eu não diria que oito apagões em menos de um ano são sensacionalismo e na época do FHC houve uma seca que fez o fundo das represas em SP aparecerem, lembro de uma imagem na televisão com uns barcos atolados na lama bem no meio delas.

Racionamento é sensacionalismo, pq como eu falei, pelo pouco que li a respeito, há uma diferença entre problemas na distribuição e problema de se chegar ao pico da produção, coisa que ocorreu no período do FHC. Além disso é pura retórica chamar tudo de "apagão". Soube de um grande apagão que ocorreu no Nordeste esses dias, mas isso não quer dizer que foram todos da mesma dimensão.

[Arcanjo Lúcifer]

Temma, foram oito apagões sendo que alguns deles em vários estados simultaneamente.

Acho que sim, dá para chamar da apagão.

[Price]

A notícia fala sobre a reunião e não sobre o caráter técnico da reunião, que são conteúdos bastante diferentes.

Sim, a partir da reunião noticiam que pode haver racionamento. Especulação bem ao gosto do mercado.

A reunião ainda não aconteceu. Culpe o governo por qualquer empecilho.

[Geotecton]

Racionamento é sensacionalismo, pq como eu falei, pelo pouco que li a respeito, há uma diferença entre problemas na distribuição e problema de se chegar ao pico da produção, coisa que ocorreu no período do FHC.

Não, não é sensacionalismo de maneira alguma porque se hoje os principais estados produtores de hidroeletricidade passassem por uma estiagem semelhante ao que aconteceu em 2001, teria que haver racionamento. Portanto, não houve uma "chegada ao pico de produção" em 2001 e sim uma redução na produção por causa dos níveis anormalmente baixos dos reservatórios.

Além disso é pura retórica chamar tudo de "apagão". Soube de um grande apagão que ocorreu no Nordeste esses dias, mas isso não quer dizer que foram todos da mesma dimensão.

Sim, é retórica igualar as duas situações porque os "apagões" que ocorreram nos últimos 6 anos foram por incompetência operacional ao passo que o racionamento de 2001 foi por contingência da natureza.

E em ambos houve (e há) uma boa "pitada" de descaso no planejamento e gestão da área energética.

[Buckaroo Banzai]

Não sei se irá ocorrer apagão, mas se ocorrer, isso se deve apenas ao fantástico desenvolvimento econômico e social que o país teve sob a liderança da presidenta Dilma, que deu continuidade ao rumo dado pelo ex-presidento Lula, que tirou o pais do atolamento. Nesse atolamento o apagão era devido ao fracasso, não ao sucesso.

[Geotecton]

[...]
E, corrijam-me se eu estiver errado, o racionamento que ocorreu na época do FHC foi porque o sistema estava literalmente em "colapso", não conseguindo atender ao consumo da época. Daí o governo se fez de morto até que viesse o primeiro apagão pra então lançar um apelo à população com amplo apoio da imprensa para por favor economizar um pouquinho na conta de luz, enquanto a FIESP se contorcia de raiva pela incomPeTência psdebista.
[...]

Então, corrigindo-o: O sistema não colapsou mas foi necessário um racionamento, por que os níveis dos reservatórios ficaram muito, mas muito baixos na época. E até agora não houve racionamento por causa do funcionamento das usinas termoelétricas, quase todas planejadas e construídas durante o governo de FHC.

E vou repetir a pergunta para todos os foristas, principalmente para os petistas e simpatizantes: Citar as usinas hidroelétricas planejadas, construídas e tornadas operacionais nos 10 anos de governos petistas, mesmo considerando, é claro, aquelas de responsabilidade de empresas dos estados federados, como a Copel no Paraná.

[Geotecton]

Não sei se irá ocorrer apagão, mas se ocorrer, isso se deve apenas ao fantástico desenvolvimento econômico e social que o país teve sob a liderança da presidenta Dilma, que deu continuidade ao rumo dado pelo ex-presidento Lula, que tirou o pais do atolamento. Nesse atolamento o apagão era devido ao fracasso, não ao sucesso.

E o pior é que esta paródia poderá ser repetida pelos petistas como um mantra, ainda que seja uma ode à estultície.

[Lucks]

Não sei se irá ocorrer apagão, mas se ocorrer, isso se deve apenas ao fantástico desenvolvimento econômico e social que o país teve sob a liderança da presidenta Dilma, que deu continuidade ao rumo dado pelo ex-presidento Lula, que tirou o pais do atolamento. Nesse atolamento o apagão era devido ao fracasso, não ao sucesso.

E o pior é que esta paródia poderá ser repetida pelos petistas como um mantra, ainda que seja uma ode à estultície.

PT é religião...se VC é PT vai acreditar e aceitar tudo o que eles te disserem! 

[JohnnyRivers]

Lula seja louvado!

Lula save the Queen!

[Price]

Eu tenho que lidar com esses processos todo dia e é muito, mas muito, complicado mesmo fazer com que ande. Entendo que são salvaguardas contra corrupção, mas acabam por atrasar coisas que deveriam já estar sendo executadas. E a culpa não é, repito, de partido ou governo algum, mas do sistema em si.

A culpa não é mais do governo corrupto?

[Pasteur]

Análise: Risco de apagão é baixo, mas está fora do controle do governo

Em 2001, o país enfrentou racionamento de energia. Após um período de negativas e de tentativas de culpar a natureza, por falta de chuvas, ficou comprovada a ausência de investimentos em expansão da capacidade de geração e de transmissão como a verdadeira causa.

Após uma década, a ameaça de racionamento volta à agenda. A probabilidade ainda é baixa, mas não é prudente descartá-la.

Os níveis dos reservatórios de hoje são semelhantes aos do início de 2001. Há uma capacidade de geração termelétrica de 14.000 MW, muito superior à de 2001, e houve a expansão da capacidade hidrelétrica.

Mas o consumo de energia quase dobrou desde então. Dessa forma, ainda que a probabilidade de uma nova catástrofe energética seja baixa, ela está fora do controle direto das autoridades.

Dependemos novamente do comportamento da hidrologia de janeiro a março. Até o momento, ele é crítico nas nascentes dos rios Paranaíba, Grande e São Francisco, nos Estados de Goiás, São Paulo e Minas --região conhecida como "caixa-d'água" do país, por ser a formadora das bacias do Paraná e do São Francisco, onde está a maior parte da capacidade de geração.

A situação seria pior se o PIB tivesse crescido como esperado e se a produção industrial tivesse evoluído. Esse quadro poderia ter sido evitado com planejamento e implantação de projetos hidrelétricos e eólicos, cogeração com biomassa e gás natural, além de ênfase nos programas de uso racional de energia, deixados em segundo plano na última década.

Não faltam alternativas de recursos naturais nem tecnológicos ou humanos. Faltam planejamento, organização, gestão e definição de papéis e responsabilidades.

Foram insuficientes e inadequadas as reformas implementadas em 2004, sob a liderança da então ministra e atual presidente.

Em 2006, a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras enviou relatórios ao Ministério de Minas e Energia alertando para as graves lacunas do modelo implementado. Apontava a alocação assimétrica de riscos e custos entre agentes públicos e privados e a instabilidade na garantia da oferta.

A operação continuada de todo o parque termelétrico, que gera um custo mensal perto de R$ 1 bilhão, a ser rateado entre os consumidores, confirma a falta de coordenação entre o planejamento e a contratação da expansão.

Em condições normais, as térmicas poderiam ser desligadas após o início das chuvas, em novembro. Mas terão de continuar operando até que a hidrologia melhore.

Está na hora de promover uma profunda reforma no setor energético brasileiro. A crise elétrica afeta o mercado de gás natural, que pressiona ainda mais o de gasolina e de outros derivados, o que, por sua vez, gera indefinições no setor de etanol.

Os custos e as incertezas afetam o equilíbrio e a tranquilidade da economia.

ILDO SAUER é professor titular do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1211492-analise-risco-de-apagao-e-baixo-mas-esta-fora-do-controle-do-governo.shtml

[Derfel]

Eu tenho que lidar com esses processos todo dia e é muito, mas muito, complicado mesmo fazer com que ande. Entendo que são salvaguardas contra corrupção, mas acabam por atrasar coisas que deveriam já estar sendo executadas. E a culpa não é, repito, de partido ou governo algum, mas do sistema em si.

A culpa não é mais do governo corrupto?

A culpa do não andamento em tempo hábil dos processos? Não. Em algum lugar disse o contrário?

[Diegojaf]

19/01/2013 - 06h30
'Apaguinhos' crescem e corte de luz bate recorde em 2012
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RENATA AGOSTINI
TAI NALON
DE BRASÍLIA

Os consumidores brasileiros tiveram de conviver em 2012 com um recorde incômodo: o de cortes de luz.

Ao longo do ano passado, entre "apagões" e "apaguinhos", houve queda de pelo menos 64 mil MW (megawatts) de energia em todo o país.
A quantia equivale a deixar o Brasil inteiro sem luz durante quase um dia.

Trata-se do maior nível de interrupção de carga registrado pelo governo desde 2009 --ano marcado pelo maior apagão da era Lula. Os dados fazem parte de levantamento feito pela Folha a partir de dados do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

O recorde pode ser ainda maior, pois dados do mês de dezembro --que registrou um dos maiores apagões-- ainda não foram integralmente contabilizados pelo governo. O Ministério de Minas e Energia deve divulgar os números oficiais na semana que vem.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1217294-apaguinhos-crescem-e-corte-de-luz-bate-recorde-em-2012.shtml

[Buckaroo Banzai]

Fico curioso com quanto se poderia esperar de diferente, se as pessoas tivessem mais luzes fluorescentes e coisas do tipo, mais econômicas.

[Moro]

Aquecedor solar já faz uma enorme diferença.

[Buckaroo Banzai]

Algo interessante:

https://www.energiapura.com/content/aneel-aprova-regras-para-facilitar-gera%C3%A7%C3%A3o-de-energia-nas-unidades-consumidoras
http://www.gramadosite.com.br/economiaenegocios/autor:grace/id:33280/xcoluna:1/xautor:1


Agora o negócio é colocar um dínamo na rodinha dos hamsters.



<a href="http://www.youtube.com/v/5NyOIvWiI0k" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/5NyOIvWiI0k</a>

[Derfel]

19/01/2013 - 06h30
'Apaguinhos' crescem e corte de luz bate recorde em 2012
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RENATA AGOSTINI
TAI NALON
DE BRASÍLIA

Os consumidores brasileiros tiveram de conviver em 2012 com um recorde incômodo: o de cortes de luz.

Ao longo do ano passado, entre "apagões" e "apaguinhos", houve queda de pelo menos 64 mil MW (megawatts) de energia em todo o país.
A quantia equivale a deixar o Brasil inteiro sem luz durante quase um dia.

Trata-se do maior nível de interrupção de carga registrado pelo governo desde 2009 --ano marcado pelo maior apagão da era Lula. Os dados fazem parte de levantamento feito pela Folha a partir de dados do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

O recorde pode ser ainda maior, pois dados do mês de dezembro --que registrou um dos maiores apagões-- ainda não foram integralmente contabilizados pelo governo. O Ministério de Minas e Energia deve divulgar os números oficiais na semana que vem.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1217294-apaguinhos-crescem-e-corte-de-luz-bate-recorde-em-2012.shtml

Esses gráficos estão muito estranhos. Analisando a tendência, parece que a situação não está tão ruim assim.