Como não adiantou colocar entre aspas as palavras "direitistas" e "esquerdistas", passo a responder o seu libelo:
Operários, então são todos direitistas.
A maioria é, se for considerado que gostam de ter propriedade privada, participação nos lucros e uma ótima perspectiva de vida baseada no fruto do seu trabalho.
Geram riquezas, mas quem fica com elas não são eles...
O velho equívoco da 'mais-valia'. Primeiro, porque um indivíduo (operário ou comerciário ou bancário ou...) trabalha porque quer em uma empresa. Se ele não quiser (não é obrigado), pode ir trabalhar por conta. Segundo, porque se não houvesse o capitalista arriscando o seu dinheiro, não existiria empresa e, por conseguinte, vagas de trabalho.
ou seria direitistas só os patrões que utilizam justamente a mão de obras dos satisfeitos operários, para gerarem riquezas, e ficarem mais satisfeitos ainda....

Há empregadores dos mais variados tipos, incluindo aqueles que são criminosos por, por exemplo, fazerem pessoas trabalharem como 'quase-escravos'. E também há muitos tipos de empregados, incluindo os que são inescrupulosos.
Você está resumindo em direitistas produzem riquezas e os esquerdistas consomem... coisa assim?
Percebeu as aspas e o contexto finalmente?
Ou não?
Simplificadamente, em termos econômicos há aqueles que produzem riqueza e aqueles que consomem riqueza. O que se observa é que nos países mais bem sucedidos em termos de economia e democracia, o sistema de produção predominante é o capitalismo, sob diferentes formas.
Quando um empresário explora a mão de obra barata dos operários ele está gastando o dinheiro dos outros, isto é, o dinheiro destes operários.
A afirmação supra é esdrúxula. Não existe uma "tabela natural" de valor de mão-de-obra, porque ele é construído com base em um conjunto de fatores de mercado e legais.
Ele disfarça isto também em "cunho social" se diz o empregador, aquele que "dá" a oportunidade do operário trabalhar para ele, é um luxo.
Um empregador contrata pessoas porque precisa, visto que pessoas a mais (ou 'sem função') resultam em um ganho menor.
Analogamente, o mesmo ocorre com os empregados. Eles só trabalham porque precisam. Se pudessem ganhar o triplo sem fazer nada, adivinhe qual seria a opção da maioria?
Esse cara é esquerdista?
As aspas, as aspas...
Imagina se não tivesse estabelecido nem o salário mínimo, ele pagaria menos ainda, e seria o jeito trabalhar para ele, pois é pegar ou largar.
Depende. Em uma economia capitalista aquecida, há uma escassez relativa de mão-de-obra, em especial da qualificada.
E já que você mencionou o 'salário-mínimo', porque não se decreta um valor dele que seja o suficiente para que a "oprimida" classe trabalhadora desfrute do nível de vida de um alto executivo de uma grande empresa? Não seria ótimo?
Todos os que conhecem rudimentos de economia sabem o porque. Este é o seu caso, não é mesmo?
A maioria dos empresários pensa no próprio bolso, e por pouco não mata sua galinha dos ovos de ouro.
Você está errado. Redondamente enganado.
TODOS os empresários pensam no seu 'próprio bolso' pois, do contrário, iriam à falência rapidamente. Não há espaço para 'bom-mocismo' no mundo empresarial, especialmente em economias competitivas, porque qualquer dispêndio a maior, seja ele custo ou despesa, pode levar uma empresa à bancarrota.
O jeito é ter regulamentação, gente pensando e aplicando leis para garantir um pouco de dignidade às pessoas, senão o anarquismo está implantado.
Correndo o risco de ser simplista em função do tempo disponível para se redigir este texto, mas, via de regra, quanto maior for a regulamentação e quanto mais "gente pensando" existir (leia-se Estado maior), maior a probabilidade de ter uma economia que gere menor riqueza.
Sou anarquista de coração, mas num planeta de 7 bilhões de habitantes isso não deve funcionar muito bem, seria legal se aplicado em uma população de 0,001% desta... aí poderia funcionar, e se não, que diferença faria?
Eu entendo que a população deveria ter o seu tamanho reduzido e o seu padrão de civilização alterado, para se ter um ganho ambiental e, também, uma melhora na qualidade de vida das pessoas.