Price, fico surpreso que você esteja defendendo a intervenção do Estado na economia ... seu comunista!
Efetivamente é intervenção no comércio por iniciativa ilegal.
Não, uma pessoa não pode colocar preços ao valor que ele quer. A concorrência acaba com as empresas que praticam preços extremamente altos e não fundam sua estratégia, devido a este fato, para combater a concorrência, as empresas fraudulentas apelam para a propaganda enganosa para se manter.
Se for assim, em breve a concorrência irá obrigar a Tekpix a baixar seu preço ou tirar o produto do mercado. E repetindo, onde está a propaganda enganosa? Até agora não vi. Se ela existir, aí sim, cabe ao Estado fiscalizar, do contrário, não vejo motivo.
A concorrência não obriga nada, a concorrência atrai os clientes da tekpix com produtos melhores e mais baratos, quando a empresa supervalorizada não se posiciona contra a concorrência.
Veja a oferta do cartão de memória:
http://www.tecnomania.com.br/produto_detalhe.asp?IDProduto=3295Com esse valor você pode comprar
25 cartões de memória de 4gb da Kingston ou
um pendrive de 32gb da Sony.
Obviamente não vou procurar falsidades em todos os produtos, fiquemos no caso do cartão de memória. O tal do "Security Digital" que eles anunciam na verdade é a contração de "SanDisk", nome de uma empresa produtora de memórias flash, o que deixa claro que esta "criptografia" e "proteção de dados" não existe. E o SDMI não necessita de uma "criptografia de segurança" presente no documento, essa tal criptografia é um watermark colocado em arquivos para, simplificadamente, dificultar a pirataria, que funciona em qualquer tipo de dispositivo de armazenamento. Se o dispositivo vendido fosse um reprodutor ou tivesse processamento próprio, talvez fosse possível, somente, a presença de um sistema de criptografia ativo.
Se você acha que isso não é relevante, veja onde os produtos são pesadamente anunciados: programas de TV para um público alvo que certamente não tem o mínimo conhecimento sobre tecnologia. Por sinal, são nesses mesmos programas que são vendidos chás milagrosos e produtos para emagracer sem se esforçar. Não é mera coincidência.
Não, o Estado não é "babá", é regulador. Assim como a massa pode não saber distinguir um carro, medicamento ou imóvel bom de um ruim, também não é exigível que saibam fazê-lo com eletroeletrônicos.
Qual "massa" é essa que não sabe distinguir um carro bom ou um imóvel bom de um ruim? E onde é que o Estado está proibindo que se vendam carros ou imóveis ruins e caros?
Medicamentos já é outra história, que não se aplica aqui.
"São todos a mesma história." Eu não sei a diferença entre um imóvel bem construído e um mal construído, não sei a diferença entre areia escura e clara em uma construção, não sei qual tipo de fiação é boa para fazer aterramentos. Do mesmo modo, não sei se devo colocar um freio Brembo convencional ou de cerâmica no meu carro, não sei se coloco nele um jogo de rodas de 17 ou de 21 polegadas. Como não se pode confiar na boa vontade de quem vende, e como não há certificações privadas para tudo, nem fiscalização privada baseada na lei, tenho que confiar na fiscalização estatal.
O Estado proíbe, ou deveria proibir, que imóveis em áreas de risco sejam construídos ou vendidos, que carros com defeito sejam fabricados ou vendidos e deve[ria], também, impedir o que é supervalorizado ou enganoso de ser comercializado.