"E assim, o barata sai do seu habitat, com um Ad populum e uma conclusão irrelevante."
Price, sei não, olhando o tópico agora, depois de um tempo sem entrar, a impressão que dá é que você está bastante enrolado, mesmo, trazendo para o assunto coisa que pouco ou nada tem a ver (controle da AIDS, bolsa de valores, derivativos, produtos alimentícios ou essenciais - nada disso tem a ver com o assunto discutido aqui, ou tem muito pouco).
Para não "perder", você está defendendo com unhas e dentes o que sempre condenou - a intervenção intensiva do Estado na economia, a ponto do governo ter que regular o preço de um tablet da Tekpix. Cadê a tão falada auto-regulação do Mercado? Porque se o governo vai ter que se meter no mercado para determinar se o tablet da Tekpix está caro ou barato, fudeu tudo, podemos estatizar essa porcariada toda, o mercado é inepto para determinar até mesmo o que é caro ou barato. Estamos nas mãos dos sábios do Estado para nos dizer o que devemos ou não comprar, e a que preço.
E sim, sua linha de argumentação lembra muito o Cientista ...
Fabrício, uma pessoa pode ter várias opiniões. Você não me conhece, leve em consideração que sou um anônimo, e que posso ser louco que a cada dia achar que sou alguém diferente.
-
Não, o mercado não é capaz de se regular em todas as situações, descobri isto logo depois que comecei a me sustentar operando justamente onde o governo não está. O meu salário é várias vezes maior do que a média salarial nacional, e eu basicamente não faço nada o dia inteiro. Isso é suficiente para que eu note (o óbvio) que o mercado não é homogêneo, se divide claramente com os interesses, do capitalista e da população, que podem ser os mesmos, ou não. É só analizar o caso atual para constatar isso.
A livre concorrência é uma necessidade do livre mercado, ela beneficia o povo, a liberdade de iniciativa também, que beneficia o povo e/ou o capitalista, dependendo do caso, a possibilidade de operar os preços pode beneficiar o povo, um capitalista somente, ou pode causar maleficios em todo o mercado. Por causa da inexatidão de uma ciência sabidamente não exata, é completamente relativo quando se deve defender o livre-mercado ou atacá-lo, o caso atual é o segundo cenário.
Como eu lhe disse desde o início, a crítica não é à necessidade de x ou y, ou incapacidade de x ou y, mas sim, ao fato de que uma empresa está indo completamente contra todas as "forças" do mercado. Quando uma empresa consegue isso sustentavelmente, é necessário averiguar o motivo simplesmente porque, teoricamente, o mercado de eletroeletrônicos faz com que as empresas adotem os preços padrão do mercado (price taking), logo, se uma empresa foge disso e coloca os seus preços nas alturas há algo surreal acontecendo.
Sim, não nego que existem fatores que permitem que uma empresa pratique preços altíssimos, nem os listarei pois todos aqui sabem, mas, no caso atual, aparentemente não há justificativa "natural" para este cenário. Por quê? Simples. O produto não tem nenhum diferencial - de origem na produção ou no consumo - em relação aos outros produtos, que já são extremamente caros, que justifique uma diferença diametral nos preços. Tendo em vista que a tekpix não tem porte para fazer jogo de mercado com multinacionais com valor de mercado milhares de vezes maior que a dela, e que a mesma, de algum modo, consegue fazer os seus produtos serem atrativos para o público, pode-se presumir que algo "não bate".
Concordo também com a necessidade de que as pessoas devam pesquisar o preço das coisas antes de fazer compras, de modo que devem perceber quando o preço de algo está múltiplas vezes mais alto do que os seus semelhantes. Felizmente as teorias sobre o mercado seguem a realidade e funcionam com presunções, a mais praticada todos sabem; "quem conhece melhor o mercado tem vantagens comparativas", por isso, comparativamente, os capitalistas têm uma capacidade muito maior de alterar a naturalidade do comércio do que o povo que certamente não têm facilidade para se organizar. Sendo assim, assim como o governo por vezes tem de influenciar na economia em certos cenários em que os capitalistas estão em prejuízo, ou que é necessária a atração de pessoas a certo setor, o mesmo deve ser feito quando o povo está sendo prejudicado.
Considerando o que foi dito, a possibilidade de fraude na administração da empresa ou na propaganda e a anormalidade notada, não vejo motivos para que o Estado não faça uma pesquisa sobre as precificações sobre o que eles revendem e sobre o que supostamente produzem.
Por fim, boa parte das suas perguntas já foram feitas e respondidas anteriormente, só recuar no tópico para encontrar.