Autor Tópico: PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?  (Lida 23445 vezes)

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Offline 4 Ton Mantis

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PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Online: 14 de Abril de 2013, 22:38:34 »
Em se tratando de BRASIL,pq há tantas pessoas que criticam as privatizações ? As privatizações são um mal em si,ou elas apenas são mal feitas ?
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Offline Liddell Heart

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #1 Online: 15 de Abril de 2013, 01:13:27 »
Há quem critique as privatizações realizadas de forma errônea (errônea para a pessoa que critica, claro). E também há quem condene qualquer privatização. O PT, creio eu, tinha a última postura antes de assumir o poder, agora caminha para a primeira.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #2 Online: 15 de Abril de 2013, 20:48:54 »
Quem sobreviveu ao tempo da Telesp em SP e lembra que tinha que esperar 4 a 6 anos por uma linha de telefone fixa que custava o preço de um carro semi-novo e agora vê criança de doze anos com celular na rua acha que privatização é ótima.

Eu sou um.

Não me importo de pagar um pouco mais por algo, desde que eu tenha a certeza que o custo vale o que me oferecem.




Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #3 Online: 15 de Abril de 2013, 20:53:46 »
Quem sobreviveu ao tempo da Telesp em SP e lembra que tinha que esperar 4 a 6 anos por uma linha de telefone fixa que custava o preço de um carro semi-novo e agora vê criança de doze anos com celular na rua acha que privatização é ótima.

Eu sou um.

Não me importo de pagar um pouco mais por algo, desde que eu tenha a certeza que o custo vale o que me oferecem.

 :ok:

Podem fechar o tópico, o Arcanjo disse tudo.
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Offline _Juca_

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #4 Online: 15 de Abril de 2013, 21:31:09 »
Quem sobreviveu ao tempo da Telesp em SP e lembra que tinha que esperar 4 a 6 anos por uma linha de telefone fixa que custava o preço de um carro semi-novo e agora vê criança de doze anos com celular na rua acha que privatização é ótima.

Eu sou um.

Não me importo de pagar um pouco mais por algo, desde que eu tenha a certeza que o custo vale o que me oferecem.





Ainda bem que não esperamos por três anos pela carta do correio, pela gasolina da Petrobrás, pelo retorno do investimento no BB, pelo financiamento da casa própria pela Caixa... :)

Offline Moro

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #5 Online: 15 de Abril de 2013, 21:34:46 »
mas somos roubados pelos correios em milhões desviados sem contar o que é perdido em ineficiência, temos que pagar o mensalão pelo BB Visa e.. nem preciso falar da Petrobras.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline JohnnyRivers

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #6 Online: 15 de Abril de 2013, 21:40:34 »
Quem sobreviveu ao tempo da Telesp em SP e lembra que tinha que esperar 4 a 6 anos por uma linha de telefone fixa que custava o preço de um carro semi-novo e agora vê criança de doze anos com celular na rua acha que privatização é ótima.

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Bom, ainda não valem o que merecem. Mas está infinitamente melhor do que era antes.

Sem contar a Vale também. Que bombou depois que saiu das garras imundas do governo.
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Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #7 Online: 15 de Abril de 2013, 21:43:43 »
Quem sobreviveu ao tempo da Telesp em SP e lembra que tinha que esperar 4 a 6 anos por uma linha de telefone fixa que custava o preço de um carro semi-novo e agora vê criança de doze anos com celular na rua acha que privatização é ótima.

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Ainda bem que não esperamos por três anos pela carta do correio, pela gasolina da Petrobrás, pelo retorno do investimento no BB, pelo financiamento da casa própria pela Caixa... :)

Só cita o correio como eficiente quem usa pouco. Uma encomenda leva menos de uma semana para sair dos EUA ou da China e chegar no Brasil, mas leva mais de 20 dias para chegar na minha casa quando já está no Brasil. E isso segundo o rastreamento do próprio correio. Sem falar nos atrasos constantes de encomendas dentro do país. Com relação à Petrobrás, Caixa e BB, graças a Thor, temos outras opções, então eles são obrigados a concorrer, ao contrário dos correios e da telefonia quando era estatal.
« Última modificação: 15 de Abril de 2013, 21:47:35 por Fabrício »
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Offline JohnnyRivers

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #8 Online: 15 de Abril de 2013, 21:46:45 »
O serviços melhores do Correios são os pagos. E olhe lá.

Mas de pago pra pago, Fedex da um banho.
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Offline Moro

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #9 Online: 15 de Abril de 2013, 21:48:59 »
FedEx só é 10 vezes melhor. pergunta para alguém que trabalha na B2W quanto os correios são eficientes.
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Offline _Juca_

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #10 Online: 15 de Abril de 2013, 22:31:58 »
mas somos roubados pelos correios em milhões desviados sem contar o que é perdido em ineficiência, temos que pagar o mensalão pelo BB Visa e.. nem preciso falar da Petrobras.

Você tem que ajudar a pagar bilhões quando um banco quebra por causa de banqueiros impostores ou da ineficiência comandada pelos multi milionários CEOs das indústrias automobilísticas, qual a grande diferença?

Offline Price

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2013, 22:53:06 »
A mesma discussão denovo mais outra nova uma vez? :)

Privatizações em setores que não são competência comum do Estado, em geral, são boas.

O Brasil necessitou as privatizações pois a base estatal criada na época da ditadura para estimular o investimento em setores estratégicos estava demasiadamente assegurada pelo governo, o que fazia com que o serviço tendesse à má qualidade e o preço às alturas.

O problema é que a moldagem nacional da privatização razoavelmente forçada pelo estado caótico das empresas então estatais, o qual aparentemente nem sempre foi simplesmente o curso normal delas, o que as tornou muito baratas no momento de venda, e o governo não tratou de assegurar a ampla concorrência retirando boa parte da dificuldade de entrada no mercado que ele mesmo causa, o que gerou grandes oligopólios não naturais [os monopólios naturais estão fora da discussão*].
Pelo fato do governo não ter, antes mesmo da venda, ou ainda, emergencialmente, antes do fortalecimento das empresas, firmado leis e celebrado acordos para o mantenimento da concorrêna - há quem diga que foi proposital, para tornar as empresas mais atrativas no momento de venda - a reforma na situação atual torna-se difícil, pois, com o fortalecimento da iniciativa privada, os empresários conseguem fazer frente forte contra as políticas que tentam abrandar suas dominâncias, onde o Estado sempre é forçado a manter a lei protetora.
Tudo isso forma um grande círculo vicioso: o governo protege os empresários por eles não poderem competir com as empresas que ensejam entrar nos mercados (tanto nacionais novas, quanto estrangeiras tradicionais), que assim são justamente por não estarem espostos à ampla concorrência, e, se for do interesse do Estado acabar com o estado atual, seria necessária uma política gradualista ou de choque, o problema, respectivamente, é a possibilidade de regressão das políticas derivada de interesses difusos e a grande rejeição pública motivada pela perda de empregos e aumento da volatilidade do mercado, o que certamente acarreta na não (re)eleição de muitos políticos. Assim sendo, "politicamente" falando, não há saída para a situação atual.

Basicamente, se não fossem os interesses políticos, ou seja, se o interesse fosse voltado, efetivamente, para o povo, o mercado não estaria tão ruim, pois as vendas teriam sido feitas adequadamente ou, como não puderam assim serem feitas, as leis teriam sido corrigidas, independentemente dos efeitos colaterais na busca pela credibilidade política.

*Existem setores que são naturalmente monopolísticos, como transmissão residencial e comercial de energia, abastecimento de água e coleta de esgoto. Sim, estas empresas, basicamente, devem, necessitam, não podem não ser, monopólios.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Donatello

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #12 Online: 16 de Abril de 2013, 05:59:33 »
A relação privatização das teles X melhora das teles é (senão 100%, ao menos em boa medida) falaciosa: concomitância não é causa.

Três artigozinhos da Wikipedia mesmo sobre telefonia móvel, internet e fibra ótica:
Citar
1:

The first hand-held mobile phone was demonstrated by John F. Mitchell[1][2][3] and Dr Martin Cooper of Motorola in 1973, using a handset weighing around 2.2 pounds (1 kg).[4] In 1983, the DynaTAC 8000x was the first to be commercially available. From 1990 to 2011, worldwide mobile phone subscriptions grew from 12.4 million to over 6 billion, penetrating about 87% of the global population and reaching the bottom of the economic pyramid.[5][6][7][8]

2:
También en 1980, AT&T presentó a la Comisión Federal de Comunicaciones de los Estados Unidos un proyecto de un sistema de 978 kilómetros que conectaría las principales ciudades del corredor que iba de Boston a Washington D. C.. Cuatro años después, cuando el sistema comenzó a funcionar, su cable, de menos de 25 centímetros de diámetro, proporcionaba 80.000 canales de voz para conversaciones telefónicas simultáneas. Para entonces, la longitud total de los cables de fibra únicamente en los Estados Unidos alcanzaba 400.000 kilómetros (suficiente para llegar a la luna).

Pronto, cables similares atravesaron los océanos del mundo. El primer enlace transoceánico con fibra óptica fue el TAT-8 que comenzó a operar en 1988, usando un cristal tan transparente que los amplificadores para regenerar las señales débiles se podían colocar a distancias de más de 64 kilómetros. Tres años después, otro cable transatlántico duplicó la capacidad del primero. Los cables que cruzan el Pacífico también han entrado en funcionamiento. Desde entonces, se ha empleado fibra óptica en multitud de enlaces transoceánicos o entre ciudades, y paulatinamente se va extendiendo su uso desde las redes troncales de las operadoras hacia los usuarios finales.

Hoy en día, debido a sus mínimas pérdidas de señal y a sus óptimas propiedades de ancho de banda, la fibra óptica puede ser usada a distancias más largas que el cable de cobre. Además, las fibras por su peso y tamaño reducido, hace que sea muy útil en entornos donde el cable de cobre sería impracticable.

3:TCP/IP network access expanded again in 1986 when the National Science Foundation Network (NSFNET) provided access to supercomputer sites in the United States from research and education organizations, first at 56 kbit/s and later at 1.5 Mbit/s and 45 Mbit/s.[17] Commercial internet service providers (ISPs) began to emerge in the late 1980s and early 1990s. The ARPANET was decommissioned in 1990. The Internet was commercialized in 1995 when NSFNET was decommissioned, removing the last restrictions on the use of the Internet to carry commercial traffic.[18] The Internet started a rapid expansion to Europe and Australia in the mid to late 1980s[19][20] and to Asia in the late 1980s and early 1990s.[21]
 
 This NeXT Computer was used by Sir Tim Berners-Lee at CERN and became the world's first Web server.

Since the mid-1990s the Internet has had a tremendous impact on culture and commerce, including the rise of near instant communication by email, instant messaging, Voice over Internet Protocol (VoIP) "phone calls", two-way interactive video calls, and the World Wide Web[22] with its discussion forums, blogs, social networking, and online shopping sites. Increasing amounts of data are transmitted at higher and higher speeds over fiber optic networks operating at 1-Gbit/s, 10-Gbit/s, or more. The Internet continues to grow, driven by ever greater amounts of online information and knowledge, commerce, entertainment and social networking.[23]

During the late 1990s, it was estimated that traffic on the public Internet grew by 100 percent per year, while the mean annual growth in the number of Internet users was thought to be between 20% and 50%.[24] This growth is often attributed to the lack of central administration, which allows organic growth of the network, as well as the non-proprietary open nature of the Internet protocols, which encourages vendor interoperability and prevents any one company from exerting too much control over the network.[25] As of 31 March 2011, the estimated total number of Internet users was 2.095 billion (30.2% of world population).[26] It is estimated that in 1993 the Internet carried only 1% of the information flowing through two-way telecommunication, by 2000 this figure had grown to 51%, and by 2007 more than 97% of all telecommunicated information was carried over the Internet.[27]

O que os três artigos dizem?O que todo mundo aqui já sabe mas ningém leva em conta: as privatizações das teles ocorreram (coincidentemente ou não) num período de boom tecnológico e expansão de serviços em todo mundo. Há algum tempo eu postei um texto da Telefónica (uma estatal espanhola) retirado do site deles que dizia que nos anos 90 apenas 1 terço da população espanhola tinha acesso à telefonia; menos de uma década a mesma empresa estatal era considerada a principal responsável por levar telefonia a vitualmente 100% dos brasileiros e sul-americanos.

O Brasil continua tão atrasado nesta área em relação ao resto do mundo, quanto estava em 1995, é mais ou menos como se numa maratona em um momento x 1 corredor tivesse percorrido 3km e o bloco de elite já tivesse no 6º. Aí  o corredor retardatário troca de camisa e continua correndo: alguns minutos depois ele está em 10km e o pelotão de ponta tá em 21km. Aí o corredor atrasiudo começa a fazer propaganda de que seu desempenho melhorou muito e que a culpa é da camisa miraculosa. Porra nenhuma, o desempenho tá a mesma bosta. Ele avançou em relação à si mesmo apenas por ter continuado a correr mas não melhorou a passada e nem avançou em relação aos concorrentes.

Vivíamos num país em que menos de 10% das pessoas tinha telefonia em casa quando na Espanha eram cerca de 30%; agora vivemos num país onde internet à 10 mbps é coisa de rico quando na Europa qualquer funcionário do McDonalds tem 100 mbps a preços mais módicos do que os nossos para uma internet 10 vezes mais lenta. Entendem a nuance?

As demais experiências de estatização que vejo no dia-a-dia são a do Metrô e dos trens do Rio: não foram exatamente privatizações, mas concessões, ou seja: o Estado continua proprietário da infraestrutura e é o responsável pela compra de trens e reforma de estações e as empresas gerem o pessoal, se responsabilizam pela limpeza e pela segurança.

Engraçado que no caso dos trens houve uma melhora avassaladora mas no que diz respeito à parte do estado (o número de veículos aumento vertiginosamente, as estações ficaram mais modernas, linhas que tinham intervalo de 30 em 30 minutos passaram a ser de 5 em 5) mas no que diz respeito à concessionária (limpeza, silêncio nas estações, educação dos funcionáros...) a coisa não teve melhora alguma, bem pelo contrário.

No caso do Metrô a privatização não foi seguida de melhora em nível algum.

Minha opinião é: 1, não tenho nada a objetar às privatizações de empresas produtivas desde que o preço pagopor elas seja compatível com o produto, de que não se venda como venderam as teles, como se estivessem livrando de um fardo e não de empresas lucrativas e bilionárias  2, concessão é inadimissível, exceto se for pra mim (a caras, não deve ser delicioso receber do Estado um bem que custou este uma fortuna para ser erguido e repassar a administração do mesmo bem para uma empresa especializada (quarteirização?) ficando com o grosso do lucro e com nada do esforço, como fez o Botafogo com o Engenhão, só para um exemplo?) 3, há de se distinguir as propostas de privatização de empresas (Petrobás, Correios, BR distribuidora) com privatizações de setores do Estado (saúde, educação, segurança pública...); quanto a estas últimas, dá outro tópico (ou no mínimo outro post kilométrico), mas sou radicalmente contra. 4, não acho que , para qualquer setor, a previsão de melhora dos serviços pós privatização seja evidente.
« Última modificação: 16 de Abril de 2013, 06:14:15 por Donatello van Dijck »

Offline Moro

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #13 Online: 16 de Abril de 2013, 09:35:14 »
Mesmo a telefonia fixa? Não me pareceu que houve uma grande revolução aqui e diversos países entregavam uma linha fixa bem rapidamente.
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Offline Moro

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #14 Online: 16 de Abril de 2013, 09:49:36 »
Dona concordo em parte.  Creio que a Espanha não é um bom exemplo pois seu ressurgimento como nação rica se deu depois de alguns anos no embalo do mercado comum europeu.

Sobre os serviços do metro, espero que não tenhamos sido vítima de corrupção e cunhadismos como em muitos contratos. De qualquer maneira,  se existe um nível de serviço em contrato ele pode ser cobrado.

De qualquer maneira temos que ver o que reza esse contrato: serviços específicos com qualidade de pessoas ou número de pessoas?  De repente pode ser que reduzirá.  O número de pessoas para caber em um preço. Vi isso várias vezes.
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Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #15 Online: 16 de Abril de 2013, 13:07:52 »
A telefonia está bem longe de ser perfeita, tem que melhorar e muito, mas está bilhões de vezes melhor do que quando era estatal, que nem telefone se conseguia comprar...

Antes ter um telefone ruim e caro do que não ter nenhum. Embora o ideal é que o ruim e caro fique bom e barato.
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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #16 Online: 16 de Abril de 2013, 13:10:17 »
A telefonia está bem longe de ser perfeita, tem que melhorar e muito, mas está bilhões de vezes melhor do que quando era estatal, que nem telefone se conseguia comprar...

Antes ter um telefone ruim e caro do que não ter nenhum. Embora o ideal é que o ruim e caro fique bom e barato.


O pessoal que reclama que esta caro agora não lembra que telefone entrava até como patrimonio em herança. Era o valor de um carro e demoravam 5 anos pra entregar.
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Skorpios

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #17 Online: 16 de Abril de 2013, 13:13:05 »
As empresas imobilizavam linhas telefonicas. Mas as privatizações são boas se feitas pelos atuais donos do poder. Ruins se feitas antes. :twisted:

Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #18 Online: 16 de Abril de 2013, 13:18:12 »
A telefonia está bem longe de ser perfeita, tem que melhorar e muito, mas está bilhões de vezes melhor do que quando era estatal, que nem telefone se conseguia comprar...

Antes ter um telefone ruim e caro do que não ter nenhum. Embora o ideal é que o ruim e caro fique bom e barato.


O pessoal que reclama que esta caro agora não lembra que telefone entrava até como patrimonio em herança. Era o valor de um carro e demoravam 5 anos pra entregar.

Pois é, eu sempre fico impressionado com isso... só eu me lembro da dificuldade de conseguir um mísero telefone? Tinha que esperar um "plano de expansão", esperar no mínimo 5 anos na fila, pagar um valor absurdo e ainda comprar ações da Telebrás mesmo se o cara não quisesse. Hoje qualquer um compra uma linha a hora que quiser, até as camadas mais pobres da população tem celular... e querem me convencer que quando era estatal era melhor?

"Ah, mas as empresas privadas cobram caro e o serviço é ruim"... e o do governo é bom, por acaso? Sinceramente, se minha única opção é ser explorado (gostaria de ter  outras, mas...), que seja pelas empresas privadas. O governo já me explora cobrando impostos alto sobre os quais eu tenho pouquíssimo retorno, ou seja, já teve a chance dele.
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Offline Gaúcho

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #19 Online: 16 de Abril de 2013, 15:07:09 »
Eu fico com um pé atrás quando citam esse exemplo do telefone. Pra mim a razão de hoje estar acessível e barato tem muito mais relação com evolução tecnológica e oferta/demanda do que a briguinha estatal vs privado.
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Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #20 Online: 16 de Abril de 2013, 15:46:45 »
Eu fico com um pé atrás quando citam esse exemplo do telefone. Pra mim a razão de hoje estar acessível e barato tem muito mais relação com evolução tecnológica e oferta/demanda do que a briguinha estatal vs privado.

Gaúcho, logo após a estatização houve um boom de instalações de linhas. Existia demanda e existia tecnologia na época (claro, não como hoje, mas existia para suprir as necessidades de então), o problema era mesmo a incompetência.

Inclusive, hoje a demanda é muito maior, pelo crescimento populacional e melhoria da renda da população. E os preços são menores do que naquela época. Ou seja, a demanda  por telefones quando era estatal era menor do que a atual, mas os preços eram centenas de vezes maiores, mostrando que o problema era a falta de oferta.

Além do mais, tecnologia para telefone fixo não é lá muito recente  :hihi:... e estamos falando de 1988, quando houve a privatização, não de 100 anos atrás.  :P

« Última modificação: 16 de Abril de 2013, 16:18:20 por Fabrício »
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Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #21 Online: 16 de Abril de 2013, 15:53:50 »
Para refrescar a memória:

Citar
Até a privatização, as empresas do Sistema Telebrás eram responsáveis pela operação e gerência de redes de telecomunicações (Princípios da Gerência de Redes) no Brasil, ou seja, pelos sistemas de telecomunicações. O serviço era limitado e uma linha de telefone fixo chegava a valer no mercado paralelo até 10 mil dólares. Quem se dispunha a pagar o preço oficial (de aproximadamente 1 mil dólares), tinha que aguardar prazos de três a seis anos para receber sua linha telefônica fixa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Telecomunica%C3%A7%C3%B5es_Brasileiras

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O sistema de empresas de economia mista que administrava a telefonia no Brasil, por intermédio da Telebrás, não atendia a população de maneira adequada. Com a privatização de apenas 19% do total das ações da Telebrás (que formavam seu controle acionário), o governo federal arrecadou 22 bilhões de reais, e o sistema recebeu ainda investimentos da ordem de 135 bilhões de reais dos compradores privados[24], tornando a telefonia fixa um serviço universalmente acessível nas cidades, embora ainda permaneça deficiente nas áreas rurais, onde sua operação é menos lucrativa.
O número total de telefones fixos no Brasil passou de 16,6 milhões em 1998 para 35 milhões em 2006. Já os telefones celulares deram um enorme salto: passaram de 7,4 milhões para 95 milhões. No caso dos celulares a comparação entre os dois números é mais complexa: deve-se lembrar que, além do "fator privatização", contribuiu para o grande aumento no número de celulares em operação o extraordinário progresso tecnológico dessa modalidade que nascia, permitindo que os preços internacionais desses aparelhos portáteis se reduzissem acelerada e continuamente desde 1998, o que permitiu que se tornassem acessíveis às classes de renda mais baixas; esse foi um fenômeno mundial.[24]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil
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Offline Gaúcho

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #22 Online: 16 de Abril de 2013, 16:03:16 »
1988 É no século passado :lol:

Dando uma pesquisada rápida sobre telefones nesta época, achei isso.

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In the late 1980s and early 1990s, the telephone companies had been deregulated (one of the reasons why we were allowed to buy our own phones, finally) and phone companies started to compete with each other. Companies like AT&T and MCI always advertised on the television. Some companies started offering long distance service for $.15 a minute (anywhere in the country!). The rate then fell to $.10 a minute, and then $.05 a minute, until today, where people often get unlimited long distance included with phone service. These companies were always trying to get you to switch to their service. They would often give you a discount for switching, but the constant pestering to switch could get on people's nerves.

Parece que foi parecido em vários países, não só no Brasil. Tipo, eu entendo quando dizem que privatizar que resolveu, e até concordo, só que eu tendo a olhar nas consequências da privatização, cujo uma delas foi a livre concorrência, o que pra mim é o que explica os preços mais baixos e uma melhor qualidade nos serviços, como em qualquer lugar em que empresas competem pelo mesmo mercado.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Fabrício

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #23 Online: 16 de Abril de 2013, 16:17:40 »
1988 É no século passado :lol:

É verdade, falha minha  :lol:... Há 100 anos atrás, então, vou corrigir


Dando uma pesquisada rápida sobre telefones nesta época, achei isso.

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In the late 1980s and early 1990s, the telephone companies had been deregulated (one of the reasons why we were allowed to buy our own phones, finally) and phone companies started to compete with each other. Companies like AT&T and MCI always advertised on the television. Some companies started offering long distance service for $.15 a minute (anywhere in the country!). The rate then fell to $.10 a minute, and then $.05 a minute, until today, where people often get unlimited long distance included with phone service. These companies were always trying to get you to switch to their service. They would often give you a discount for switching, but the constant pestering to switch could get on people's nerves.

Parece que foi parecido em vários países, não só no Brasil. Tipo, eu entendo quando dizem que privatizar que resolveu, e até concordo, só que eu tendo a olhar nas consequências da privatização, cujo uma delas foi a livre concorrência, o que pra mim é o que explica os preços mais baixos e uma melhor qualidade nos serviços, como em qualquer lugar em que empresas competem pelo mesmo mercado.

Ué, mas a idéia é essa mesmo... estamos de acordo então.
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Offline Moro

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Re:PRIVATIZAÇÕES...boas ou más ?
« Resposta #24 Online: 16 de Abril de 2013, 16:47:12 »
Em caso de acordo, vocês afirmam que o ganho de produtividade se deu devido à competitividade apenas e não a uma tendência à gestões públicas serem menos efetivas do que as privadas.

Eu acho que são os dois.
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