Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108609 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1625 Online: 28 de Março de 2014, 17:44:20 »
[...]
Aguardo meu cartão.

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Offline Gaúcho

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1626 Online: 28 de Março de 2014, 18:20:41 »
Com todo o respeito, mas besteira é defender o indefensável. Tenho certeza que você trabalha e faz o seu melhor, com as melhores das intenções, e é uma pena que não sejam todos como você, mas, infelizmente, apesar dos pesares, o SUS é uma merda imensa, uma completa falta de respeito com o cidadão. Talvez você tenha razão, e, em algum subnível inexpressivo para a população, algo do SUS funcione, só que isso é completamente irrelevante para a grande parcela da população que morre em filas de hospitais, que dorme, quando tem sorte, em macas em corredores imundos, que espera meses para conseguir um exame básico, ou que, quando chega a sua vez, já é tarde demais.

Enquanto o mais importante for negligenciado e for esta imensa merda, defender que as vacinas são super supimpas e organizadas é pedir para passar vergonha.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Osler

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1627 Online: 28 de Março de 2014, 20:13:32 »
Ganha uma viagem a Cuba quem achar algum profissional do Mais Médicos fazendo essas oito horas de estudo.

Ganha a passagem de volta quem descobrir o nome ou do Tutor ou do Preceptor desse médico.  O governo não informa o nome "pois pela lei não é obrigado" *

Ganha uma passagem de ida e volta para Cuba, com direito a charuto com o Raul (O Fidel parou de fumar) quem conseguir a lista completa dos endereços de trabalho dos "Mais Médicos". O governo informa que não tem obrigação pela lei de descriminar onde esses profissionais estão lotados, apenas em que municipios trabalham. 

* - nesse caso imagino que seja para protegê-los de processos de CRMs
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Osler

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1628 Online: 28 de Março de 2014, 20:13:59 »
Ah, o post anterior foi ironia, esqueci dos emoticons
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1629 Online: 28 de Março de 2014, 20:25:27 »
Ganha uma viagem a Cuba quem achar algum profissional do Mais Médicos fazendo essas oito horas de estudo.

Ganha a passagem de volta quem descobrir o nome ou do Tutor ou do Preceptor desse médico.  O governo não informa o nome "pois pela lei não é obrigado" *

Ganha uma passagem de ida e volta para Cuba, com direito a charuto com o Raul (O Fidel parou de fumar) quem conseguir a lista completa dos endereços de trabalho dos "Mais Médicos". O governo informa que não tem obrigação pela lei de descriminar onde esses profissionais estão lotados, apenas em que municipios trabalham. 

* - nesse caso imagino que seja para protegê-los de processos de CRMs

Cara, nada disse é segredo. Se quiser eu dou esses dados para você.  Ou procure o CRM, eles possuem esses dasos também.

Offline Fabrício

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1630 Online: 28 de Março de 2014, 20:34:53 »
Com todo o respeito, mas besteira é defender o indefensável. Tenho certeza que você trabalha e faz o seu melhor, com as melhores das intenções, e é uma pena que não sejam todos como você, mas, infelizmente, apesar dos pesares, o SUS é uma merda imensa, uma completa falta de respeito com o cidadão. Talvez você tenha razão, e, em algum subnível inexpressivo para a população, algo do SUS funcione, só que isso é completamente irrelevante para a grande parcela da população que morre em filas de hospitais, que dorme, quando tem sorte, em macas em corredores imundos, que espera meses para conseguir um exame básico, ou que, quando chega a sua vez, já é tarde demais.

Enquanto o mais importante for negligenciado e for esta imensa merda, defender que as vacinas são super supimpas e organizadas é pedir para passar vergonha.

Exatamente isso.

O cara pode trabalhar em alguma instituição, fazer o melhor que pode, conhecer outras pessoas que trabalham lá e também fazem o melhor que podem, mas o que interessa é o resultado final para a população. E, como disse o Gaúcho, o SUS pode até funcionar em algum nível, mas no geral, para ser ruim ele vai ter que melhorar muito, porque hoje ele é péssimo. Se é descentralizado, mal administrado, depende de várias esferas de governo, só lamento, mas os motivos importam pouco para alguém que está precisando de atendimento e morrendo em corredores imundos, esperando meses ou anos para ter uma consulta meia boca, largado em macas sujas, em filas de madrugada para ter uma ínfima chance de ser atendido, etc, etc, etc.
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1631 Online: 28 de Março de 2014, 20:40:34 »
Mas você mesmo também pode procurar. Vá em cnes.datasus.gov.br , faça uma consulta por equipes dos municípios. Selecione a equipe Mais Médicos e, voilá, endereço de trabalho. Os tutores você consegue na instituição supervisora. Os supervisores constam em edital de seleção.  Mas também é só pergumtar ao médico da unidade. No início do programa os conselhos, em muitos lugares, estavam exkgindo estas informações para liberar o registro provisório,  porém eram informações irrelevantes para o registro. Além disso, o endereço do local que o médico trabalharia não é dado pelo MS, mas pelo gestor municipal (e, eventualmente,  pode ser mudado, dependendo da decisão da gestão). No caso dos tutores e supervisores, eles são a cargo da universidade,  então basta saber qual a instituição supervisora. Os conselhos sabem disso e conhecem os tutores e supervisores, pelo menos o CREMERN e o SINDMEDRN sabem. Então não existe nenhuma sociedade secreta.

Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1632 Online: 28 de Março de 2014, 20:48:18 »
Pra quem não sabe Moacyr Scliar morreu em 2011. Vale a pena olhar esta entrevista:

Citar
Moacyr Scliar: "Ruim com SUS, pior, mas muito pior, sem ele"

" Ele é médico e escritor. Sabe usar as palavras para expressar o que sente e pensa. E é dessa forma que Moacyr Scliar define a saúde pública no Brasil: “O SUS ensina, sobretudo, sobre a realidade de nosso país, uma realidade cruel, mas que não raro mostra as pessoas lutando por sua saúde com uma energia admirável”. Na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line e que foi complementada por telefone, Scliar fala sobre os benefícios e os problemas do Sistema Único de Saúde. No entanto, acredita que, “no balanço final, os benefícios do SUS ultrapassam em muito, mas em muito mesmo, as suas carências”.
Moacyr Jaime Scliar é um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade. Formado em Medicina, trabalha como médico especialista em saúde pública. Em 1963, iniciou sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, freqüentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Citamos Do mágico ao social: a trajetória da saúde pública (Porto Alegre: L&PM, 1987; São Paulo: Senac, 2002) e Cenas médicas (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1988/Artes & Ofícios, 2002). É o sétimo ocupante da cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras."

IHU On-Line - O que sua experiência como médico do SUS mais lhe ensinou sobre a vida, a saúde e a doença humana, e em especial sobre a realidade social brasileira?

Moacyr Scliar - Toda prática médica ensina muito sobre a vida porque, quando estão doentes, as pessoas se revelam tais como são, ou seja, as máscaras caem. Mas acho que o SUS ensina, sobretudo, sobre a realidade de nosso país, uma realidade cruel, mas que não raro mostra as pessoas lutando por sua saúde com uma energia admirável.

IHU On-Line – Qual é a sua avaliação, de modo geral, sobre o Sistema Único de Saúde Brasileiro, principalmente se comparado aos sistemas de saúde pública de outros países?

Moacyr Scliar - É o sistema de um país pobre, portanto tem muitas carências. Mas é mais igualitário que o sistema americano, por exemplo, que usa alta tecnologia, mas deixa milhões de pessoas sem qualquer assistência. Ruim com SUS, pior, mas muito pior, sem ele.

IHU On-Line - Em que sentido a questão da solidariedade e da preocupação social aparece com mais força na trajetória da saúde pública brasileira?

Moacyr Scliar - Saúde pública depende fundamentalmente disso, da mobilização comunitária. Como vacinar, como fazer exames preventivos, como lutar contra epidemias sem a colaboração das pessoas? Devo dizer que solidariedade é um dever moral, não é uma regra ou norma. Não há como expressar isso de uma forma prática. O que se espera é que realmente as pessoas sejam solidárias, que se ajudem mutuamente e que participem, em conjunto, nas atividades de saúde pública. O SUS tem vários princípios. Em primeiro lugar, está a universalidade, ou seja, todo mundo tem direito ao SUS, independente de classe social, lugar de residência etc. E a Constituição de 1988 garante a todos o direito à saúde. A grande questão é que saúde custa dinheiro. E hoje estamos discutindo isso. Só que esse problema não aparece apenas na área pública. O seguro privado também custa caro e o custo dele sobe constantemente. A inflação na área da saúde é maior do que a inflação da economia em geral. 

IHU On-Line - Quais são as origens e influências da concepção de saúde pública que temos no Brasil hoje?

Moacyr Scliar - São muitas as fontes, mas eu destacaria, sobretudo, a Constituição de 1988, com seu abrangente conceito de saúde (direito de todos e dever do Estado) e as conferências nacionais de saúde. O SUS segue um modelo que não é originariamente brasileiro. Na verdade, a idéia de um sistema público e nacional de saúde surgiu na Inglaterra, no final da Segunda Guerra Mundial, quando depois do todos os sacrifícios pelos quais os ingleses passaram, depois de todos os bombardeios, o governo resolveu, de alguma forma, compensá-los, criando um sistema de saúde que atenderia todas as pessoas do berço ao túmulo. E esse sistema, que era financiado por verba federal, se baseava não em postos de saúde, mas no atendimento do médico geral. Ou seja, os médicos atendiam os pacientes, encaminhavam para os hospitais, pediam exames etc. Esse sistema funcionou muito bem. Ao longo dos anos, ele foi mais de uma vez criticado, sobretudo no governo da Margaret Thatcher, mas o fato de que está aí há mais de 60 anos mostra que ele realmente cumpre um papel importante. Outro sistema baseado no sistema inglês é o canadense, que também é muito parecido com esse e funciona muito bem, embora haja críticas igualmente. Mas quando se compara, por exemplo, o sistema de saúde canadense com o americano, é evidente que o sistema de saúde do Canadá é muito melhor. Finalmente, temos o sistema cubano. Lá é só público. Não há sistema privado, a não ser para os turistas. É um sistema que funciona bem, ainda que seja o sistema de um país muito pobre e, por isso, com muitas carências. Falta muita coisa lá em termos de exames, de medicamentos, de procedimentos. Mas um mínimo de saúde toda a população cubana tem assegurada.

IHU On-Line - Na sua opinião, em que sentido o SUS ainda precisa avançar?

Moacyr Scliar - Basicamente ampliando a gama de serviços oferecidos, corrigindo as distorções e melhorando a gestão. Hoje em dia, administrar a saúde é uma especialidade. As pessoas precisam conhecer muito bem. Há uma técnica envolvida, portanto não bastam boas intenções. Precisamos de administradores treinados, com conhecimento das técnicas administrativas. Porque não é só fazer comício, é realmente examinar problemas e propor soluções. Quando o SUS surgiu era muito mais uma bandeira, uma causa. Mas precisamos colocar isso na realidade e aí as pessoas precisam ter experiência. O SUS tem problemas. A questão do pagamento é um deles. Os hospitais e os profissionais se queixam muito e realmente se paga muito pouco. Em parte, porque o país é pobre mesmo. Mas também é uma questão de prioridade. Existem coisas que gastam muito dinheiro e beneficiam poucas pessoas. Então, hierarquizar melhor os procedimentos também seria uma coisa boa. Mas o que eu quero dizer é que, no balanço final, os benefícios do SUS ultrapassam em muito, mas em muito mesmo, as carências.

IHU On-Line - Há diferenças regionais no Brasil em relação às práticas médicas do SUS?

Moacyr Scliar - Certamente. Norte e Nordeste sempre foram regiões com grande carência de recursos. Mas estas diferenças estão diminuindo. No entanto, há vários tipos de diferenças. A começar pelas doenças. No Norte e no Nordeste, existem doenças que não há aqui no Rio Grande do Sul. E vice-versa. Em segundo lugar, há diferenças culturais. Aqui, no Rio Grande do Sul o nível de alfabetização é melhor, as pessoas são mais informadas e isso ajuda a saúde. Depois, temos a capacidade de instalação, o número de profissionais da saúde é muito maior no Sul e no Sudeste do que no Norte e no Nordeste. E as distâncias também são enormes. Na Amazônia, às vezes, para atender um paciente, é preciso viajar três dias de barco.

IHU On-Line - Para o senhor, qual é a principal contribuição de Sergio Arouca para a saúde pública brasileira?     

Moacyr Scliar  – Conheci pessoalmente o Arouca, que era não só um grande médico de saúde pública, mas também uma pessoa extraordinária, um lutador, um homem que tinha ideais, que se esforçava por eles e que mostrou em vários lugares a disposição de brigar por uma saúde pública melhor no Brasil. Foi particularmente importante a gestão dele na Fundação Oswaldo Cruz; ele, afinal, a ampliou enormemente. Hoje, a Fundação é um órgão importante na conjuntura de saúde do Brasil graças, em grande parte, ao trabalho do Arouca.

Fonte

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1633 Online: 28 de Março de 2014, 21:02:28 »
Corporativista em relação a qual corporação? A médica com certeza não é, bem como a odontológica que acaba sendo basicamente a mesma no alinhamento do discurso. Seria do funcionalismo público? Também não, pois tenho críticas que vão de encontro com a categoria.  Então qual seria a corporação? Quanto ao trabalho,  sou profissional liberal há 17 anos, estive no exército por 4 anos, trabalhei em clínicas de plano de saúde e em todos esses anos o trabalho que senti mais gratificante foi no SUS, já há 16 anos. É onde acho que faço a diferença, já tendo atuado em quase todos os níveis. Então não.  Não considero meu trabalho escatológico e só sinto que tenho que trabalhar para melhorar um sistema que a mesma pessoa que o usa (e nem sabe disso) fique postando besteira. Pronto.  Aguardo meu cartão.
em relação ao SUS. E escatologia é o resultado do SUS, por isso que há tempos venho separando o assunto da atenção básica etc..  Defender o SUS, como bem disse o Gaúcho, é passar vergonha até.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1634 Online: 28 de Março de 2014, 21:04:48 »
Pra quem não sabe Moacyr Scliar morreu em 2011. Vale a pena olhar esta entrevista:

Citar
Moacyr Scliar: "Ruim com SUS, pior, mas muito pior, sem ele"

" Ele é médico e escritor. Sabe usar as palavras para expressar o que sente e pensa. E é dessa forma que Moacyr Scliar define a saúde pública no Brasil: “O SUS ensina, sobretudo, sobre a realidade de nosso país, uma realidade cruel, mas que não raro mostra as pessoas lutando por sua saúde com uma energia admirável”. Na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line e que foi complementada por telefone, Scliar fala sobre os benefícios e os problemas do Sistema Único de Saúde. No entanto, acredita que, “no balanço final, os benefícios do SUS ultrapassam em muito, mas em muito mesmo, as suas carências”.
Moacyr Jaime Scliar é um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade. Formado em Medicina, trabalha como médico especialista em saúde pública. Em 1963, iniciou sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, freqüentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Citamos Do mágico ao social: a trajetória da saúde pública (Porto Alegre: L&PM, 1987; São Paulo: Senac, 2002) e Cenas médicas (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1988/Artes & Ofícios, 2002). É o sétimo ocupante da cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras."

IHU On-Line - O que sua experiência como médico do SUS mais lhe ensinou sobre a vida, a saúde e a doença humana, e em especial sobre a realidade social brasileira?

Moacyr Scliar - Toda prática médica ensina muito sobre a vida porque, quando estão doentes, as pessoas se revelam tais como são, ou seja, as máscaras caem. Mas acho que o SUS ensina, sobretudo, sobre a realidade de nosso país, uma realidade cruel, mas que não raro mostra as pessoas lutando por sua saúde com uma energia admirável.

IHU On-Line – Qual é a sua avaliação, de modo geral, sobre o Sistema Único de Saúde Brasileiro, principalmente se comparado aos sistemas de saúde pública de outros países?

Moacyr Scliar - É o sistema de um país pobre, portanto tem muitas carências. Mas é mais igualitário que o sistema americano, por exemplo, que usa alta tecnologia, mas deixa milhões de pessoas sem qualquer assistência. Ruim com SUS, pior, mas muito pior, sem ele.

IHU On-Line - Em que sentido a questão da solidariedade e da preocupação social aparece com mais força na trajetória da saúde pública brasileira?

Moacyr Scliar - Saúde pública depende fundamentalmente disso, da mobilização comunitária. Como vacinar, como fazer exames preventivos, como lutar contra epidemias sem a colaboração das pessoas? Devo dizer que solidariedade é um dever moral, não é uma regra ou norma. Não há como expressar isso de uma forma prática. O que se espera é que realmente as pessoas sejam solidárias, que se ajudem mutuamente e que participem, em conjunto, nas atividades de saúde pública. O SUS tem vários princípios. Em primeiro lugar, está a universalidade, ou seja, todo mundo tem direito ao SUS, independente de classe social, lugar de residência etc. E a Constituição de 1988 garante a todos o direito à saúde. A grande questão é que saúde custa dinheiro. E hoje estamos discutindo isso. Só que esse problema não aparece apenas na área pública. O seguro privado também custa caro e o custo dele sobe constantemente. A inflação na área da saúde é maior do que a inflação da economia em geral. 

IHU On-Line - Quais são as origens e influências da concepção de saúde pública que temos no Brasil hoje?

Moacyr Scliar - São muitas as fontes, mas eu destacaria, sobretudo, a Constituição de 1988, com seu abrangente conceito de saúde (direito de todos e dever do Estado) e as conferências nacionais de saúde. O SUS segue um modelo que não é originariamente brasileiro. Na verdade, a idéia de um sistema público e nacional de saúde surgiu na Inglaterra, no final da Segunda Guerra Mundial, quando depois do todos os sacrifícios pelos quais os ingleses passaram, depois de todos os bombardeios, o governo resolveu, de alguma forma, compensá-los, criando um sistema de saúde que atenderia todas as pessoas do berço ao túmulo. E esse sistema, que era financiado por verba federal, se baseava não em postos de saúde, mas no atendimento do médico geral. Ou seja, os médicos atendiam os pacientes, encaminhavam para os hospitais, pediam exames etc. Esse sistema funcionou muito bem. Ao longo dos anos, ele foi mais de uma vez criticado, sobretudo no governo da Margaret Thatcher, mas o fato de que está aí há mais de 60 anos mostra que ele realmente cumpre um papel importante. Outro sistema baseado no sistema inglês é o canadense, que também é muito parecido com esse e funciona muito bem, embora haja críticas igualmente. Mas quando se compara, por exemplo, o sistema de saúde canadense com o americano, é evidente que o sistema de saúde do Canadá é muito melhor. Finalmente, temos o sistema cubano. Lá é só público. Não há sistema privado, a não ser para os turistas. É um sistema que funciona bem, ainda que seja o sistema de um país muito pobre e, por isso, com muitas carências. Falta muita coisa lá em termos de exames, de medicamentos, de procedimentos. Mas um mínimo de saúde toda a população cubana tem assegurada.

IHU On-Line - Na sua opinião, em que sentido o SUS ainda precisa avançar?

Moacyr Scliar - Basicamente ampliando a gama de serviços oferecidos, corrigindo as distorções e melhorando a gestão. Hoje em dia, administrar a saúde é uma especialidade. As pessoas precisam conhecer muito bem. Há uma técnica envolvida, portanto não bastam boas intenções. Precisamos de administradores treinados, com conhecimento das técnicas administrativas. Porque não é só fazer comício, é realmente examinar problemas e propor soluções. Quando o SUS surgiu era muito mais uma bandeira, uma causa. Mas precisamos colocar isso na realidade e aí as pessoas precisam ter experiência. O SUS tem problemas. A questão do pagamento é um deles. Os hospitais e os profissionais se queixam muito e realmente se paga muito pouco. Em parte, porque o país é pobre mesmo. Mas também é uma questão de prioridade. Existem coisas que gastam muito dinheiro e beneficiam poucas pessoas. Então, hierarquizar melhor os procedimentos também seria uma coisa boa. Mas o que eu quero dizer é que, no balanço final, os benefícios do SUS ultrapassam em muito, mas em muito mesmo, as carências.

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Moacyr Scliar - Certamente. Norte e Nordeste sempre foram regiões com grande carência de recursos. Mas estas diferenças estão diminuindo. No entanto, há vários tipos de diferenças. A começar pelas doenças. No Norte e no Nordeste, existem doenças que não há aqui no Rio Grande do Sul. E vice-versa. Em segundo lugar, há diferenças culturais. Aqui, no Rio Grande do Sul o nível de alfabetização é melhor, as pessoas são mais informadas e isso ajuda a saúde. Depois, temos a capacidade de instalação, o número de profissionais da saúde é muito maior no Sul e no Sudeste do que no Norte e no Nordeste. E as distâncias também são enormes. Na Amazônia, às vezes, para atender um paciente, é preciso viajar três dias de barco.

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Moacyr Scliar  – Conheci pessoalmente o Arouca, que era não só um grande médico de saúde pública, mas também uma pessoa extraordinária, um lutador, um homem que tinha ideais, que se esforçava por eles e que mostrou em vários lugares a disposição de brigar por uma saúde pública melhor no Brasil. Foi particularmente importante a gestão dele na Fundação Oswaldo Cruz; ele, afinal, a ampliou enormemente. Hoje, a Fundação é um órgão importante na conjuntura de saúde do Brasil graças, em grande parte, ao trabalho do Arouca.

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É o que venho tentando colocar,  sem tanta propriedade quanto ele.


Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1635 Online: 28 de Março de 2014, 21:06:45 »
e mais uma vez justificar porque é porcaria todo mundo sabe.
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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1636 Online: 28 de Março de 2014, 21:11:02 »
e mais uma vez justificar porque é porcaria todo mundo sabe.

É tipo assim: o camarada só tem um pão seco para comer todo dia. Ruim com o pão, pior sem ele, melhor se conformar.
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1637 Online: 28 de Março de 2014, 21:15:36 »
exatamente, com a diferença que estão dizendo que temos que ficar contentes com o tal pão mofado e exclamar: Nossa custou 10k reais e tem até um resto de miolo bom, poderia ser pior.
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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1638 Online: 28 de Março de 2014, 21:29:46 »
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O SUS na visão da população

Não há como negar os inúmeros problemas existentes no nosso sistema público de saúde. Hospitais precários, falta de profissionais em algumas regiões, baixa qualificação e remuneração dos trabalhadores da saúde, filas absurdas, demora no atendimento e na marcação de especialidades, imensas áreas sem cobertura, e por aí vai.

Não obstante, nem tudo é um absoluto inferno, e há locais em que a assistência é prestada de forma exemplar, moderna e bem gerenciada, embora não sejam esses casos os que vão parar na mídia. Por exemplo, pouco se fala que temos um dos maiores programas de imunização pública do mundo, e não preciso me alongar demais aqui sobre os óbvios benefícios da vacinação em massa de crianças e quantas vidas são salvas com esse tipo de medida preventiva tão simples.

Ma so objetivo específico deste texto é apresentar, de forma resumida, os resultados do mais recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o assunto, chamado Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS).

É importante salientar que o SIPS não tem como foco a análise abrangente e profunda da efetividade do acesso aos serviços no SUS, e se este é ou não oportuno ou resolutivo; tampouco pretendeu avaliar diretamente a qualidade dos serviços. Em suma, o estudo não deriva de uma avaliação técnica do Ipea, mas sim da percepção dos entrevistados em relação ao SUS.

Segundo informações do Ipea, os dados foram coletados no período de 3 a 19 de novembro de 2010, por meio de questionário aplicado a uma amostra 2.773 pessoas residentes em domicílios particulares permanentes em todas as unidades da federação. Foi considerada a distribuição dos domicílios em cotas para Brasil e regiões, e as variáveis de controle validadas posteriormente foram: sexo, faixa etária, faixas de renda e escolaridade.

De acordo com a pesquisa, 28,9% dos entrevistados avaliaram os serviços públicos de saúde prestados pelo SUS como sendo muito bons ou bons. Proporção semelhante dos entrevistados (28,5%) opinou que esses serviços são ruins ou muito ruins, enquanto 42,6% os consideraram regulares.

Todavia, o dado que considero mais interessante nessa pesquisa foi a diferença de avaliação entre usuários e não usuários do SUS. Entre as pessoas que utilizaram algum serviço público de saúde nos 12 meses anteriores à pesquisa, 30,4% o avaliaram como muito bons ou bons. Por outro lado, no grupo que não utilizou a rede do SUS, essa avaliação (muito bom ou bom) cai para 19,2%.Essa diferença entre os dois grupos cai no caso da avaliação como muito ruim ou ruim. Daqueles que utilizaram o SUS, 27,6% qualificaram-no negativamente, enquanto no outro grupo esse número chega a 34,3%.

A avaliação regular não foi muito discrepante entre os dois grupos, sendo 42% para os usuários do SUS e 46,5% para o outro grupo.

Quando a pesquisa é detalhada para a avaliação do tipo de serviço utilizado, temos que o melhor resultado (80,7% de muito bom/bom) vai para o atendimento das Equipes de Saúde da Família, o que é uma vitória, uma vez que esta estratégia de reorganização da atenção à saúde é o eixo prioritário da assistência nos principais modelos de sistemas de saúde universais, pois pretende levar à parcela da população que depende do SUS os conceitos e as práticas de promoção da saúde e prevenção de doenças, comprovadamente mais econômicos e eficientes do que a atenção puramente curativa e reparadora.

Logo depois vêm a distribuição de medicamentos, com 69,6% de avaliações positivas, e as especialidades médicas, com 60,6% de muito bom/bom.

Os entrevistados também foram perguntados sobre quais seriam, na visão deles, os principais problemas do SUS. Os mais citados foram a falta de médicos (58,1%), a demora para atendimento nos postos/centros de saúde ou nos hospitais (35,4%) e a demora para conseguir uma consulta com especialistas (33,8%). Nesses casos, não houve diferença significativa entre as respostas do grupo que utilizou o SUS e do outro grupo.

Também sem muitas diferenças entre os dois grupos, os principais pontos positivos do SUS apontados pelos entrevistados foram o acesso gratuito aos serviços de saúde prestados pelo sistema (52,7%), o atendimento universal (48,0%) e a distribuição gratuita de medicamentos (32,8%).
O que me chamou a atenção nessa pesquisa foi a discrepância entre os resultados e o que vemos constantemente na TV, nos jornais e nas revistas. Óbvio que há problemas, muitos deles extremamente sérios, e geralmente o que a mídia nos apresenta não é nenhum exagero, muito pelo contrário, ver pessoas amontoadas nos corredores de hospitais nem se compara à experiência de realmente passar por isso. Todavia, infelizmente, as boas iniciativas e os bons exemplos quase nunca são divulgados, a não ser por publicidade governamental (nos três níveis de governos, e muitas vezes com certa maquiagem).

Em minhas andanças pelo interior de Minas Gerais como auditor do SUS, já pude visitar unidades de saúde nas quais eu não teria coragem nem de ir ao banheiro ou de lavar a mão em uma pia, e locais que não deixam absolutamente nada a desejar a qualquer clínica ou hospital particular de ponta. Já pude ouvir usuários reclamando, com razão, da baixa qualidade do atendimento, e em outros lugares ter acesso a todo tipo de elogio. Presenciar a precariedade das condições de trabalho para os profissionais de saúde, e por outro lado ver que é possível garantir ótimas condições com iniciativas simples e boa vontade política.

O SUS está em construção a pouco mais de 20 anos, muito já se avançou desde a Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 8.080 de 1990, que são os primeiros alicerces desse sistema, porém ainda resta um enorme caminho pela frente, para que tenhamos um sistema público universal de saúde comparável em qualidade aos sistemas do Canadá, da França ou da Inglaterra, por exemplo.

O desafio é colossal, se considerarmos o último dado do IBGE, 26,3% da população brasileira possui planos de saúde, e que uma parcela ínfima da população recorre unicamente ao atendimento particular, podemos estimar que por volta de 140 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Some-se a isso o sub-financiamento do setor (seja por desvios de verbas, nada incomuns, seja por escassez de recursos exclusivos), temos um vislumbre da tarefa hercúlea de garantir o atendimento pleno dos princípios do sistema.

E jamais esqueçamos que somos todos, em certa escala, dependentes desse sistema público de saúde.

Afinal, só para ficar em um exemplo bem simples, qualquer pessoa que sofrer um acidente de carro (seja na cidade, seja na estrada) irá parar primeiramente em algum grande hospital público de pronto-socorro; possíveis transferências para hospitais particulares só são realizadas depois, mediante pedido do paciente ou da família (que nem sempre estão disponíveis para tal solicitação em uma situação de urgência/emergência). E na defesa deste que é considerado um dos maiores sistemas públicos universais de saúde, deveriam ter lugar não só as críticas, mas também os elogios.

FONTE

« Última modificação: 28 de Março de 2014, 21:33:06 por Pasteur »

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1639 Online: 28 de Março de 2014, 22:21:51 »
o texto reforça o que temos colocado aqui. O que acham bom (é gratuito, etc..), ruim (filas, demoras, etc..)  cita como evidência da precariedade do serviço as toneladas de reportagens e do que é atendimento bom, apenas sua experiência pessoal.

E reconhece desvios, falta de planejamento etc..  A questão a se definir é a ênfase que se dá a esses poucos casos que a mídia vem escondendo ou se priorizamos o que lemos e vemos diariamente.
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Offline 3libras

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1640 Online: 28 de Março de 2014, 22:55:27 »
comi uma médica do programa ontem.

passei a ser favorável.
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Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1641 Online: 28 de Março de 2014, 23:03:33 »
 :histeria:
não use a palavra comi tem crianças que pesquisam esse fórum segundo teorias. Precisamos cuidar disso!
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Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1642 Online: 28 de Março de 2014, 23:18:00 »
o texto reforça o que temos colocado aqui. O que acham bom (é gratuito, etc..), ruim (filas, demoras, etc..)  cita como evidência da precariedade do serviço as toneladas de reportagens e do que é atendimento bom, apenas sua experiência pessoal.

E reconhece desvios, falta de planejamento etc..  A questão a se definir é a ênfase que se dá a esses poucos casos que a mídia vem escondendo ou se priorizamos o que lemos e vemos diariamente.

Você gostaria de um SUS parecido com o do Canadá? Eu também e o Derfel também. Você quer que eu cite as diferenças entre Brasil e Canadá? Óbvio que temos problemas num sistema tão complexo como o SUS, mas o quadro não é tão horroroso com vocês estão pintando. Tem pão bolorento, mas também tem arroz e feijão, tem até caviar. Lição de casa: releia os textos.

Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1643 Online: 28 de Março de 2014, 23:22:40 »
o texto reforça o que temos colocado aqui. O que acham bom (é gratuito, etc..), ruim (filas, demoras, etc..)  cita como evidência da precariedade do serviço as toneladas de reportagens e do que é atendimento bom, apenas sua experiência pessoal.

E reconhece desvios, falta de planejamento etc..  A questão a se definir é a ênfase que se dá a esses poucos casos que a mídia vem escondendo ou se priorizamos o que lemos e vemos diariamente.

Você gostaria de um SUS parecido com o do Canadá? Eu também e o Derfel também. Você quer que eu cite as diferenças entre Brasil e Canadá? Óbvio que temos problemas num sistema tão complexo como o SUS, mas o quadro não é tão horroroso com vocês estão pintando. Tem pão bolorento, mas também tem arroz e feijão, tem até caviar. Lição de casa: releia os textos.

Qual é a distribuição percentual deste "cardápio"?

Qual é o custo para o contribuinte para todo o conjunto de serviços "gratuitos"?

E, por fim, quando é que os defensores do SUS vão entender que a proposta geral é inalcançável sem a alocação de um orçamento que beiraria o absurdo e que a gestão do sistema é ineficiente, apenas para ser gentil?
Foto USGS

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1644 Online: 28 de Março de 2014, 23:26:12 »
É irrelevante o fato de você e o Derfel quererem um SUS canadense, a discussão aqui sempre foi a incapacidade de evolução do SUS no modelo de ingerência atual de atingir esse objetivo, ou próximo a esse.
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Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1645 Online: 28 de Março de 2014, 23:39:08 »
Qual é a distribuição percentual deste "cardápio"?

Segundo a turma aqui é de 100% de pão bolorento.


Qual é o custo para o contribuinte para todo o conjunto de serviços "gratuitos"?

Não sei, qual é?


E, por fim, quando é que os defensores do SUS vão entender que a proposta geral é inalcançável sem a alocação de um orçamento que beiraria o absurdo e que a gestão do sistema é ineficiente, apenas para ser gentil?

Que você quer que eu faça? Saia por aí matando tudo quanto é gestor corrupto? Pelo menos respinga algo de bom para a população desassistida.

Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1646 Online: 28 de Março de 2014, 23:49:50 »
Qual é a distribuição percentual deste "cardápio"?
Segundo a turma aqui é de 100% de pão bolorento.

Nem mesmo o Madiba, que é o mais crítico, afirma que é 100%.


Qual é o custo para o contribuinte para todo o conjunto de serviços "gratuitos"?
Não sei, qual é?

Estimo que algo em torno de R$ 100 bilhões.


E, por fim, quando é que os defensores do SUS vão entender que a proposta geral é inalcançável sem a alocação de um orçamento que beiraria o absurdo e que a gestão do sistema é ineficiente, apenas para ser gentil?
Que você quer que eu faça?

Se você tiver algum poder de influir no processo, comece a instituir parâmetros para otimizar a gestão de pessoas e de infra-estrutura. E do dinheiro, é claro.


Saia por aí matando tudo quanto é gestor corrupto?

Os corruptos devem ser presos. Os ineptos devem ser demitidos.

E todos devem responsabilizados civilmente. E criminalmente, se for o caso.


Pelo menos respinga algo de bom para a população desassistida.

O foco não está nesta questão e sim de que o sistema, como foi proposto, é gerencialmente ineficiente.
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Offline Osler

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1647 Online: 28 de Março de 2014, 23:55:17 »
FONTE:  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1412167-mais-medicos-funciona-ha-cinco-meses-sem-fiscalizacao-de-conselhos.shtml




PS - não consigo copiar o texto da folha, parece que agora é protegico de control C/control V
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1648 Online: 29 de Março de 2014, 00:11:26 »
Geotecton, você sabe que todas essas propostas que você fez são utópicas, né? Prender diretor de hospital corrupto e os outros gestores, além de ser impraticável, vai aumentar em muito a população carcerária. A verba para construir esses novos presidios irão ser desviadas e teremos que prender quem desviou e assim numa espiral até sobrar poucos individuos honestos. Utopia.

Não podemos fechar os olhos para as pessoas competentes que assim como o Derfel, milhares de outras que fazem o bem e são colocados todos no mesmo saco, é pão bolorento, é escatologia, merda, etc...

Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1649 Online: 29 de Março de 2014, 00:26:58 »
Suponhamos que nenhum centavo dos 106 bilhões seja desviado, quanto isso dá pra cada brasileiro? 530 reais por ano. Humm... Será que não é pouco?

 

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