Autor Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes  (Lida 108610 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1650 Online: 29 de Março de 2014, 00:53:42 »
Geotecton, você sabe que todas essas propostas que você fez são utópicas, né?

Utopia?

Por querer implantar um gerenciamento eficiente do sistema e por pedir ética dos envolvidos e no processo?

Então estamos f...!


Prender diretor de hospital corrupto e os outros gestores, além de ser impraticável, vai aumentar em muito a população carcerária.

Não, não é impraticável. Basta vontade política para fazê-lo.

E se a população carcerária "explodir", danem-se.


A verba para construir esses novos presidios irão ser desviadas e teremos que prender quem desviou e assim numa espiral até sobrar poucos individuos honestos. Utopia.

Se for necessário prender quase todos, que assim seja.


Não podemos fechar os olhos para as pessoas competentes que assim como o Derfel, milhares de outras que fazem o bem e são colocados todos no mesmo saco, é pão bolorento, é escatologia, merda, etc...

Volto a insistir: A questão não se resume na avaliação do trabalho de um só indivíduo ilibado ou até mesmo de um conjunto deles e sim no simples fato de que a proposição do SUS é financeiramente inalcançável e que a estrutura atual padece pela ausência dos mais elementares parâmetros de gestão de pessoas jurídicas.
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Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1651 Online: 29 de Março de 2014, 00:58:22 »
Suponhamos que nenhum centavo dos 106 bilhões seja desviado, quanto isso dá pra cada brasileiro? 530 reais por ano. Humm... Será que não é pouco?

Não, não é pouco porque (não tenho os números) acho que a imensa maioria dos brasileiros não usa os serviços do SUS ao longo de um ano. Neste caso o custo per capita efetivo subirá. E muito.
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Offline Pasteur

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1652 Online: 29 de Março de 2014, 01:19:14 »
Vontade política pra prender corruptos? Aham...   ::)  É o mesmo tentar que convencer a raposa a não comer a galinha. Por isso que é impraticável, pelo menos nos próximos 5 bilhões de anos. Tô brincando, em 100 anos acho que melhora.

A imensa maioria dos brasileiros não usa os serviços do SUS ao longo de um ano porque é impossível com tão pouca verba, 106 bilhõeszinhos, todo mundo usar. Acho que você caiu em contradição: primeiro acha que 106 bilhões é muito e depois diz que a proposição do SUS é financeiramente inalcançável. Eu já acho que é melhor esse pouquinho com todos os problemas do que nada.

Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1653 Online: 29 de Março de 2014, 01:34:20 »
Vontade política pra prender corruptos? Aham...   ::)  É o mesmo tentar que convencer a raposa a não comer a galinha. Por isso que é impraticável, pelo menos nos próximos 5 bilhões de anos. Tô brincando, em 100 anos acho que melhora.

Nós temos parte da responsabilidade no processo de depuração política.


A imensa maioria dos brasileiros não usa os serviços do SUS ao longo de um ano porque é impossível com tão pouca verba, 106 bilhõeszinhos, todo mundo usar. Acho que você caiu em contradição: primeiro acha que 106 bilhões é muito e depois diz que a proposição do SUS é financeiramente inalcançável. Eu já acho que é melhor esse pouquinho com todos os problemas do que nada.

R$ 106 bilhões é um valor muito grande para ser entregue nas mãos de incompetentes gerenciais. Dos corruptos não há necessidade de comentar. E eu não caí em nenhuma contradição ao afirmar simultaneamente que R$ 106 bilhões é uma quantia gigantesca de dinheiro e que a proposição do SUS é inalcançável. Pelo contrário. Somente reforça o fato de que o SUS não pode ser "universal" porque os custos da medicina são historicamente crescentes (o que implica em aumento gigantesco de impostos diretos ou de subsídios - o que leva a aumento de impostos) e que o SUS não pode continuar com o atual modelo de gestão.
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Offline Gabarito

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1654 Online: 29 de Março de 2014, 06:35:09 »
Alô, alô, o debate está ótimo, mas o mote aqui são os médicos cubanos.
O departamento que cuida do SUS é lá do outro lado do fórum, depois daquele corredor.
Se vocês forem debater lá, eu também vou, para ouvir a continuação do debate.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1655 Online: 29 de Março de 2014, 07:14:48 »
FONTE:  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1412167-mais-medicos-funciona-ha-cinco-meses-sem-fiscalizacao-de-conselhos.shtml




PS - não consigo copiar o texto da folha, parece que agora é protegico de control C/control V

Osler, o endereço profissional é registrado no CNES que é de domínio público.  Todo conselho sabe disso, então a única coisa que estão fazendo é picuinha.

Como disse, vá em cnes.datasus.gov.br , escolha consulta,  equipes. Selecione o estado e o município e clique consultar.  Clique na equipe Mais Médicos, no nome da cidade. Pronto. Todas as unidades em que possuem MM aparecem. Para saber o endereço: pegue o número do cnes da unidade. Vá em consultas e clique em estabelecimento,  por cnes. Coleque o número na caixa e clique em consultar. Voilá. O endereço aparece. Clique em profissionais e você tem a relação dos profissionais da unidade.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1656 Online: 29 de Março de 2014, 07:39:37 »
Quanto aos supervisores e tutores, se continuarem solicitando ao ministério da saúde vão continuar sem a informação.  Quem tem essa informação é a instituição supervisora (ex: UFRJ) e o MEC. Mas continuo dizendo, os conselhos têm esse conhecimento e até onde sei já fizeram algumas visitas.

Offline Geotecton

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1657 Online: 29 de Março de 2014, 09:28:18 »
Alô, alô, o debate está ótimo, mas o mote aqui são os médicos cubanos.
O departamento que cuida do SUS é lá do outro lado do fórum, depois daquele corredor.
Se vocês forem debater lá, eu também vou, para ouvir a continuação do debate.

Sir, yes, Sir.
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Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1658 Online: 29 de Março de 2014, 10:19:28 »
No início do programa os conselhos, em muitos lugares, estavam exkgindo estas informações para liberar o registro provisório,  porém eram informações irrelevantes para o registro.

Por que irrelevante?  :hein:

Quando você está tomando aulas práticas de direção, não é obrigatório o nome do instrutor na sua licença?


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No caso dos tutores e supervisores, eles são a cargo da universidade,  então basta saber qual a instituição supervisora. Os conselhos sabem disso e conhecem os tutores e supervisores, pelo menos o CREMERN e o SINDMEDRN sabem. Então não existe nenhuma sociedade secreta.

Ué, como os conselhos vão responsabilizar as universidades? Universidade agora responde a conselho profissional?

Os tutores, pela lei, são os responsáveis pelos profissionais do programa (que estão aqui "fazendo um curso"), logo deve constar os nomes deles para que sejam responsabilizados nos conselhos por eventuais problemas.  Faltou algo aqui?

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1659 Online: 29 de Março de 2014, 10:51:27 »
No início do programa os conselhos, em muitos lugares, estavam exkgindo estas informações para liberar o registro provisório,  porém eram informações irrelevantes para o registro.

Por que irrelevante?  :hein:

Quando você está tomando aulas práticas de direção, não é obrigatório o nome do instrutor na sua licença?

Porque não se trata de tomar aulas práticas de direção.  Professores de medicina não precisam registrar seus nomes porque supervisionam seus doutorandos. No registro provisório do CRM de médicos brasileiros também não constam. Tutores e preceptores de residentes também não precisam registrar seus nomes no conselho como tais e nem consta essa informação nos registros dos médicos residentes. Não há distinção quanto à supervisão entre médicos brasileiros ou não. A legislação já informa qual a necessidade para efetuar o registro. Os nomes dos tutores e supervisores estão disponíveis para consulta na instituição supervisora.

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No caso dos tutores e supervisores, eles são a cargo da universidade,  então basta saber qual a instituição supervisora. Os conselhos sabem disso e conhecem os tutores e supervisores, pelo menos o CREMERN e o SINDMEDRN sabem. Então não existe nenhuma sociedade secreta.

Ué, como os conselhos vão responsabilizar as universidades? Universidade agora responde a conselho profissional?

Os tutores, pela lei, são os responsáveis pelos profissionais do programa (que estão aqui "fazendo um curso"), logo deve constar os nomes deles para que sejam responsabilizados nos conselhos por eventuais problemas.  Faltou algo aqui?



Como também os professores do curso de medicina,  cujos nomes encontram-se nas universidades e não no MS. Quem cuida do projeto pedagógico é o MEC, faltou algo aqui?

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1660 Online: 29 de Março de 2014, 11:29:42 »
No início do programa os conselhos, em muitos lugares, estavam exkgindo estas informações para liberar o registro provisório,  porém eram informações irrelevantes para o registro.

Por que irrelevante?  :hein:

Quando você está tomando aulas práticas de direção, não é obrigatório o nome do instrutor na sua licença?

Porque não se trata de tomar aulas práticas de direção.  Professores de medicina não precisam registrar seus nomes porque supervisionam seus doutorandos. No registro provisório do CRM de médicos brasileiros também não constam. Tutores e preceptores de residentes também não precisam registrar seus nomes no conselho como tais e nem consta essa informação nos registros dos médicos residentes. Não há distinção quanto à supervisão entre médicos brasileiros ou não. A legislação já informa qual a necessidade para efetuar o registro. Os nomes dos tutores e supervisores estão disponíveis para consulta na instituição supervisora.

Doutorandos e residentes são médicos formados em instituição reconhecida e registrados no conselho. São responsáveis por si próprios, o que é diferente dos médicos sem revalidação do diploma que estão atuando no MM. 



Citação de: Derfel
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Ué, como os conselhos vão responsabilizar as universidades? Universidade agora responde a conselho profissional?

Os tutores, pela lei, são os responsáveis pelos profissionais do programa (que estão aqui "fazendo um curso"), logo deve constar os nomes deles para que sejam responsabilizados nos conselhos por eventuais problemas.  Faltou algo aqui?

Como também os professores do curso de medicina,  cujos nomes encontram-se nas universidades e não no MS. Quem cuida do projeto pedagógico é o MEC, faltou algo aqui?

?????????

Os alunos de medicina não são médicos e não podem exercer a profissão, até onde eu saiba.



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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1661 Online: 29 de Março de 2014, 12:39:32 »
Doutorando é o aluno do último ano do curso.  Eles exercem a função em hospitais universitários, unidades básicas conveniadas com a universidade e outros centros de saúde conveniados. Os médicos estrangeiros do MM são médicos formados também e existe uma lei específica para eles.

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1662 Online: 29 de Março de 2014, 12:56:55 »
Doutorando é o aluno do último ano do curso.

Ah...é porque na minha terra estes são conhecidos como "internos". Doutorando seria quem faz doutorado (pós-graduação), o que no caso seria um médico formado.

No caso dos internos, eles não têm NENHUMA autonomia para decidir nada, apenas examinam, colhem histórias e fazem alguns procedimentos sob supervisão DIRETA do médico preceptor, já que o carimbo que constará no prontuário (e todas as consequências disso) será o deste.  :)

Os profissionais do MM, ao que eu saiba, trabalham sem supervisão nenhuma e com completa autonomia, isso sem terem nenhuma formação em instituição reconhecida pelos órgãos competentes ou revalidação dessa formação pelos mesmos.

Eu sei que o objetivo do governo ao abrir essa brecha é manter os profissionais atrelados ao programa MM, dado que uma revalidação lhes daria completa autonomia para trabalhar onde quiser, e logicamente eles iriam pra lugares que prestem. Mas legalmente não se sabe se eles são capacitados ou não para o serviço e precisam de supervisão, e esta na prática não está ocorrendo. É temerário*, mas como as possíveis vítimas são do povão...


*É temerário não apenas por permitir que profissionais sem preparo atuem (os cubanos, segundo diversas fontes, têm em média o preparo de um enfermeiro brasileiro), mas também por abrir brechas para que pessoas que sequer são médicos entrem no sistema e atuem como tal. Uma prova de revalidação simples, fácil, objetiva e sem pegadinhas (como o revalida) já eliminaria isso.

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Eles exercem a função em hospitais universitários, unidades básicas conveniadas com a universidade e outros centros de saúde conveniados.

Já falado acima.

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Os médicos estrangeiros do MM são médicos formados também e existe uma lei específica para eles.

Formados em instituições não reconhecidas pelos órgãos responsáveis no Brasil, o que implica não sabermos se o currículo e a qualidade da formação são adequados, se o profissional está capacitado ou até mesmo (por questões burocráticas, por estarem fora do controle dos órgãos brasileiros) se são realmente pessoas que fizeram ou completaram um curso de medicina.
« Última modificação: 29 de Março de 2014, 12:58:57 por DDV »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline FZapp

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1663 Online: 30 de Março de 2014, 11:09:49 »
o texto reforça o que temos colocado aqui. O que acham bom (é gratuito, etc..), ruim (filas, demoras, etc..)  cita como evidência da precariedade do serviço as toneladas de reportagens e do que é atendimento bom, apenas sua experiência pessoal.

E reconhece desvios, falta de planejamento etc..  A questão a se definir é a ênfase que se dá a esses poucos casos que a mídia vem escondendo ou se priorizamos o que lemos e vemos diariamente.

Me parece que você confunde o sistema em si com a distribuição dos investimentos na rede.

Trocando em miúdos: todo político passa a mão no $$ que deveria ir para a saúde, e você está culpando o sistema e aos poucos que o fazem funcionar.

Por exemplo: se você estiver em situação de rua ou num barraco, nem por isso não deixará de ser assistido e por exemplo ter uma cobertura para AIDS que muitos outros países não tem. Assim como a vacinação. Assim como tratamentos de câncer que custam alguns milhares de reais mes. E falo isso com conhecimento de causa.

Os problemas que conhecemos por exemplo são a extrema dificuldade de marcar exames. É um problema que não tem solução se não houver vários postos de saúde, pelo menos num número suficiente para um país de 180 milhões. E não é o que acontece.

Outro problema que conhecemos, os hospitais lotados, são resultado disso também, pois se a preventiva não funciona, obviamente o cara piora e vai encher o hospital, que não tem estrutura para muitos casos graves ao mesmo tempo, como acontece hoje.

Por que será que ao redor de hospitais referência vejo tanta ambulância do interior ? Isso porque o cara que vem de Sergipe, Alagoas, tem que vir de avião... ! Ele vem aos centros porque não tem atendimento onde deveria, e os políticos ainda propagandeiam que compraram mais x ambulâncias, como se isso fosse investir na saúde...

Isso porque a área que mais cresceu na saúde nestes últimos anos foi o nordeste (pública e privada), mas ainda a carência é muito, muito grande.

E assim vai...



--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Cumpadi

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1664 Online: 30 de Março de 2014, 20:47:16 »

Por exemplo: se você estiver em situação de rua ou num barraco, nem por isso não deixará de ser assistido e por exemplo ter uma cobertura para AIDS que muitos outros países não tem. Assim como a vacinação. Assim como tratamentos de câncer que custam alguns milhares de reais mes. E falo isso com conhecimento de causa.
Se você está em situação de rua, existem mil coisas mais importantes para você que o tratamento de AIDS/câncer. Um trabalho que pague um salário decente seria muito mais efetivo em melhorar a situação do indivíduo que um tratamento X que provavelmente não irá salvar o camarada/ tem trocentos efeitos colaterais.

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Os problemas que conhecemos por exemplo são a extrema dificuldade de marcar exames. É um problema que não tem solução se não houver vários postos de saúde, pelo menos num número suficiente para um país de 180 milhões. E não é o que acontece.
Seja aqui seja no Canadá (11% demora mais de 90 dias para ver um especialista, 16% mais de 90 dias para um exame simples como ressonância ou TC), vão continuar reclamando que não tem dinheiro suficiente, bla bla bla. Não é só questão de roubo, sistema público por si só não é lá essas maravilhas que vocês acham.

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Outro problema que conhecemos, os hospitais lotados, são resultado disso também, pois se a preventiva não funciona, obviamente o cara piora e vai encher o hospital, que não tem estrutura para muitos casos graves ao mesmo tempo, como acontece hoje.
As pessoas mais pobres tem mais com o que se preocupar do que com a sua situação de saúde, afinal, o governo no final das contas quer os impostos pagos em dia e seus empresários favoritos protegidos de concorrência que poderia baixar o custo de vida das pessoas. Sem oportunidades para ganhar mais e viver melhor, eles não tem oportunidades para pensar sobre a própria saúde. O povo é pobre TAMBÉM por causa da existência do SUS, não apesar dele.

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Por que será que ao redor de hospitais referência vejo tanta ambulância do interior ? Isso porque o cara que vem de Sergipe, Alagoas, tem que vir de avião... ! Ele vem aos centros porque não tem atendimento onde deveria, e os políticos ainda propagandeiam que compraram mais x ambulâncias, como se isso fosse investir na saúde...
Previsível falência do sistema, se as cidades pequenas são estranguladas financeiramente (TAMBÉM por causa do SUS), nenhum médico vai querer ir para lá para tratar um povo que não consegue nem pagar o mínimo necessário para o médico se manter e pagar seus investimentos de anos de estudos. E mesmo que tenham dinheiro, para que pagar um médico se tem ambulância de grátis para um hospital bem equipado?
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Isso porque a área que mais cresceu na saúde nestes últimos anos foi o nordeste (pública e privada), mas ainda a carência é muito, muito grande.

E assim vai...
Eternamente, a não ser que o Brasil priorize cortar impostos, funcionários públicos e regulamentações, isso nunca vai mudar.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1665 Online: 30 de Março de 2014, 21:05:30 »
flap, não é confundir as duas coisas, elas andam juntas. O sistema permite roubo não por uma conjectura, é estrutural, é do sistema, da falta de meritocracia, punição, etc.. que nasce os problemas que são utilizados politicamente. É um sistema auto alimentado, não há solução para ele no mesmo paradigma atual.
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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1666 Online: 30 de Março de 2014, 21:15:13 »
Doutorando é o aluno do último ano do curso.

Ah...é porque na minha terra estes são conhecidos como "internos". Doutorando seria quem faz doutorado (pós-graduação), o que no caso seria um médico formado.

Interno seria desde o 4o. ou 5o. ano. Doutorando é o interno do último ano (quando então se formaria e seria "doutor").

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No caso dos internos, eles não têm NENHUMA autonomia para decidir nada, apenas examinam, colhem histórias e fazem alguns procedimentos sob supervisão DIRETA do médico preceptor, já que o carimbo que constará no prontuário (e todas as consequências disso) será o deste.  :)

Possuem uma certa autonomia e evoluem o paciente no prontuário, dentro do âmbito da instituição de ensino. No estágio rural ainda mais. Até porque eles precisam aprender a ser médico e isso se faz fazendo e não apenas vendo.

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Os profissionais do MM, ao que eu saiba, trabalham sem supervisão nenhuma e com completa autonomia, isso sem terem nenhuma formação em instituição reconhecida pelos órgãos competentes ou revalidação dessa formação pelos mesmos.

Primeiro, eles são médicos. Em segundo lugar, não é uma seleção sem critérios e isso já coloquei aqui várias e várias vezes. São médicos formados em instituições reconhecidas, que já exercem suas profissões em seus países de origem, com o reconhecimento do respectivo colégio médico, e, por fim, apenas alguns países estão aptos a "fornecer" o profissional. Além de passar por toda uma burocracia na embaixada para apresentar a documentação que é avaliada pelo MS, eles passam por um "internato" de 3 semanas com provas para avaliar o conhecimento do idioma e conhecimento técnico. Ele passando, é supervisionado por um médico supervisor diretamente na unidade de saúde. Essa supervisão consiste tanto em entrevistas com o médico, equipe e gestor, quanto análise de prontuários E acompanhamento de atendimento. Lembrando que é o que a legislação prevê e é semelhante ao que ocorre em vários outros países.

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Eu sei que o objetivo do governo ao abrir essa brecha é manter os profissionais atrelados ao programa MM, dado que uma revalidação lhes daria completa autonomia para trabalhar onde quiser, e logicamente eles iriam pra lugares que prestem. Mas legalmente não se sabe se eles são capacitados ou não para o serviço e precisam de supervisão, e esta na prática não está ocorrendo. É temerário*, mas como as possíveis vítimas são do povão...

O objetivo é manter o profissional no programa, mas também porque de outra forma o projeto não seria aprovado e a resistência pela classe médica seria ainda muito maior. Pessoalmente, acho que deveria ser expandido para a possibilidade de plantões dentro da rede de urgência e emergência do município, como prevê a PNAB. Quanto à temeridade, na minha experiência, os problemas que vejo são com médicos brasileiros, tanto em atendimento, erros de diagnóstico e prescrição.

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*É temerário não apenas por permitir que profissionais sem preparo atuem (os cubanos, segundo diversas fontes, têm em média o preparo de um enfermeiro brasileiro), mas também por abrir brechas para que pessoas que sequer são médicos entrem no sistema e atuem como tal. Uma prova de revalidação simples, fácil, objetiva e sem pegadinhas (como o revalida) já eliminaria isso.

Também, segundo fontes, os químicos cubanos têm em média o preparo de um físico brasileiro. Cara, conheço quem disse isso pela primeira vez e, sinceramente, é desconhecer completamente o que é a formação de enfermagem. Você pode até dizer que os médicos cubanos são mal formados (o que não são), mas NUNCA dizer que possuem a formação de um enfermeiro. A brecha para profissionais não médicos (ou seja charlatães) atuarem é MUITO maior entre os não participantes do programa. Isso devido ao processo de seleção do programa, por outro lado, não é raro alunos de medicina do 5o. ou 6o. ano atenderem  em municípios do interior e mesmo pessoas sem nenhuma formação atenderem como médicos (uma busca rápida, você vai encontrar vários casos disso - que são apenas aqueles que foram pegos). A fiscalização desse exercício seria do CRM, porém  o conselho não tem condições de fiscalizar todas as unidades, então muitas vezes vai nos casos de denúncia.

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Eles exercem a função em hospitais universitários, unidades básicas conveniadas com a universidade e outros centros de saúde conveniados.

Já falado acima.

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Os médicos estrangeiros do MM são médicos formados também e existe uma lei específica para eles.

Formados em instituições não reconhecidas pelos órgãos responsáveis no Brasil, o que implica não sabermos se o currículo e a qualidade da formação são adequados, se o profissional está capacitado ou até mesmo (por questões burocráticas, por estarem fora do controle dos órgãos brasileiros) se são realmente pessoas que fizeram ou completaram um curso de medicina.


Leia acima. Existem critérios de seleção que estão elencados acima.

Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1667 Online: 30 de Março de 2014, 21:19:37 »
flap, não é confundir as duas coisas, elas andam juntas. O sistema permite roubo não por uma conjectura, é estrutural, é do sistema, da falta de meritocracia, punição, etc.. que nasce os problemas que são utilizados politicamente. É um sistema auto alimentado, não há solução para ele no mesmo paradigma atual.

Novamente confundindo sistema de saúde com processos de gestão.

Offline Moro

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1668 Online: 30 de Março de 2014, 21:46:32 »
sistema de saúde deve ser gerido por um processo de gestão. Como já havia dito antes não tenho problemas com o modelo se fosse implementado na Suécia, mas não existe saída para o modelo no Brasil exatamente devido à qualidade do funcionalismo brasileiro.
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Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1669 Online: 30 de Março de 2014, 23:45:07 »
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No caso dos internos, eles não têm NENHUMA autonomia para decidir nada, apenas examinam, colhem histórias e fazem alguns procedimentos sob supervisão DIRETA do médico preceptor, já que o carimbo que constará no prontuário (e todas as consequências disso) será o deste.  :)

Possuem uma certa autonomia e evoluem o paciente no prontuário, dentro do âmbito da instituição de ensino. No estágio rural ainda mais. Até porque eles precisam aprender a ser médico e isso se faz fazendo e não apenas vendo.

Mas eles não têm carimbo (até onde eu saiba). Quem carimba e se responsabiliza por tudo é o médico preceptor.


Citação de: Derfel
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Os profissionais do MM, ao que eu saiba, trabalham sem supervisão nenhuma e com completa autonomia, isso sem terem nenhuma formação em instituição reconhecida pelos órgãos competentes ou revalidação dessa formação pelos mesmos.

Primeiro, eles são médicos. Em segundo lugar, não é uma seleção sem critérios e isso já coloquei aqui várias e várias vezes. São médicos formados em instituições reconhecidas

Reconhecidas por quem? Quais cursos de medicina do exterior são reconhecidos aqui no Brasil? Me informe que eu estou por fora.

Citação de: Derfel
que já exercem suas profissões em seus países de origem, com o reconhecimento do respectivo colégio médico,

Irrelavante, pois não estão sob o controle dos órgãos brasileiros e portanto não é possível saber a adequação da formação aos critérios brasileiros sem uma avaliação direta das instituições feita por técnicos brasileiros e sem TESTAR o conhecimento dos formados com uma prova OFICIAL e OBJETIVA.

Citação de: Derfel
e, por fim, apenas alguns países estão aptos a "fornecer" o profissional. Além de passar por toda uma burocracia na embaixada para apresentar a documentação que é avaliada pelo MS,

Não tem como um órgão brasileiro assegurar que um documento emitido no exterior (ou seja, fora de seu controle) é verdadeiro. E mesmo sendo verdadeiro, não tem como saber a real qualificação do profissional sem testá-lo.

Citação de: Derfel
eles passam por um "internato" de 3 semanas

 :histeria:


Citação de: Derfel
com provas para avaliar o conhecimento do idioma e conhecimento técnico.

Qual órgão faz e aplica as provas? Poderia mostrar os conteúdos das mesmas definidos na lei/estatuto/edital do programa?

Qual a percentagem de aprovação atual?

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Ele passando, é supervisionado por um médico supervisor diretamente na unidade de saúde. Essa supervisão consiste tanto em entrevistas com o médico, equipe e gestor, quanto análise de prontuários E acompanhamento de atendimento. Lembrando que é o que a legislação prevê e é semelhante ao que ocorre em vários outros países.

Será? Duvido...

Citação de: Derfel
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Eu sei que o objetivo do governo ao abrir essa brecha é manter os profissionais atrelados ao programa MM, dado que uma revalidação lhes daria completa autonomia para trabalhar onde quiser, e logicamente eles iriam pra lugares que prestem. Mas legalmente não se sabe se eles são capacitados ou não para o serviço e precisam de supervisão, e esta na prática não está ocorrendo. É temerário*, mas como as possíveis vítimas são do povão...

O objetivo é manter o profissional no programa, mas também porque de outra forma o projeto não seria aprovado e a resistência pela classe médica seria ainda muito maior.

????????????

Desconheço até o momento alguma organização médica que seja contra a vinda de estrangeiros com diploma revalidado. Poderia nos mostrar um exemplo?


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Pessoalmente, acho que deveria ser expandido para a possibilidade de plantões dentro da rede de urgência e emergência do município, como prevê a PNAB.

Deveria expandir para cirurgias, para procedimentos complexos e tudo mais. Cessaria a exigência de diploma revalidado e traria qualquer pessoa com título de "médico" pra cá, nem que seja em cursos fantasmas. Em uma última etapa poder-se-ia colocar enfermeiros e técnicos para diagnosticarem, tratarem e operarem, poderiam colocar farmacêuticos para prescreverem à vontade.


Falando sério, eu sou contra porque, ao contrário dos PSFs, eu meus familiares também estamos sujeitos a serem atendidos em emergências do SUS também.


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Quanto à temeridade, na minha experiência, os problemas que vejo são com médicos brasileiros, tanto em atendimento, erros de diagnóstico e prescrição.

Tem dados comparando-os?

Eu também vejo mais erros de médicos brasileiros, dado que estou no Brasil.

Citação de: Derfel
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*É temerário não apenas por permitir que profissionais sem preparo atuem (os cubanos, segundo diversas fontes, têm em média o preparo de um enfermeiro brasileiro), mas também por abrir brechas para que pessoas que sequer são médicos entrem no sistema e atuem como tal. Uma prova de revalidação simples, fácil, objetiva e sem pegadinhas (como o revalida) já eliminaria isso.

Também, segundo fontes, os químicos cubanos têm em média o preparo de um físico brasileiro. Cara, conheço quem disse isso pela primeira vez e, sinceramente, é desconhecer completamente o que é a formação de enfermagem.

Na verdade é um elogio aos enfermeiros brasileiros. Embora não seja o foco do curso de enfermagem, os enfermeiros brasileiros estariam mais capacitados a conduzir pacientes do que médicos cubanos, segundo algumas fontes.

Citação de: Derfel
Você pode até dizer que os médicos cubanos são mal formados (o que não são),

Que dados você tem para apoiar isso?

Eu na verdade não me refiro à formação dos cubanos em geral, mas daqueles específicos que vêm ao Brasil e obtêm quase 90% de reprovação em uma prova idiota como o Revalida.

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  A brecha para profissionais não médicos (ou seja charlatães) atuarem é MUITO maior entre os não participantes do programa. Isso devido ao processo de seleção do programa,

Poderia mostrar como?

Para um charlatão conseguir passar no Revalida, terá que fazer um esquema tremendo pra colar na prova ou passar de cagada.

Sem a prova, dependendo só de documentação estrangeira, politicagem, contatos e embromação com professores por uns dias, fica MUITO mais fácil.

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por outro lado, não é raro alunos de medicina do 5o. ou 6o. ano atenderem  em municípios do interior e mesmo pessoas sem nenhuma formação atenderem como médicos (uma busca rápida, você vai encontrar vários casos disso - que são apenas aqueles que foram pegos). A fiscalização desse exercício seria do CRM, porém  o conselho não tem condições de fiscalizar todas as unidades, então muitas vezes vai nos casos de denúncia.

Eles atuam sem documentação, dependendo apenas de não serem pegos. O programa MM torna mais fácil um charlatão atuar oficialmente e dentro dos conformes.



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1670 Online: 31 de Março de 2014, 00:46:18 »

Por exemplo: se você estiver em situação de rua ou num barraco, nem por isso não deixará de ser assistido e por exemplo ter uma cobertura para AIDS que muitos outros países não tem. Assim como a vacinação. Assim como tratamentos de câncer que custam alguns milhares de reais mes. E falo isso com conhecimento de causa.
Se você está em situação de rua, existem mil coisas mais importantes para você que o tratamento de AIDS/câncer. Um trabalho que pague um salário decente seria muito mais efetivo em melhorar a situação do indivíduo que um tratamento X que provavelmente não irá salvar o camarada/ tem trocentos efeitos colaterais.

Bom, irá sim mudar a vida do cara, por exemplo salvando-a da morte, que deve fazer alguma diferença; e a situação social não é um problema que o SUS irá tratar...


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Os problemas que conhecemos por exemplo são a extrema dificuldade de marcar exames. É um problema que não tem solução se não houver vários postos de saúde, pelo menos num número suficiente para um país de 180 milhões. E não é o que acontece.
Seja aqui seja no Canadá (11% demora mais de 90 dias para ver um especialista, 16% mais de 90 dias para um exame simples como ressonância ou TC), vão continuar reclamando que não tem dinheiro suficiente, bla bla bla. Não é só questão de roubo, sistema público por si só não é lá essas maravilhas que vocês acham.

Alguém falou em maravilha ?

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Outro problema que conhecemos, os hospitais lotados, são resultado disso também, pois se a preventiva não funciona, obviamente o cara piora e vai encher o hospital, que não tem estrutura para muitos casos graves ao mesmo tempo, como acontece hoje.
As pessoas mais pobres tem mais com o que se preocupar do que com a sua situação de saúde, afinal, o governo no final das contas quer os impostos pagos em dia e seus empresários favoritos protegidos de concorrência que poderia baixar o custo de vida das pessoas. Sem oportunidades para ganhar mais e viver melhor, eles não tem oportunidades para pensar sobre a própria saúde. O povo é pobre TAMBÉM por causa da existência do SUS, não apesar dele.

Não entendi como a se liga com b, pode reformular a resposta ? O que o SUS poderia alterar de uma situação social ruim?

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Por que será que ao redor de hospitais referência vejo tanta ambulância do interior ? Isso porque o cara que vem de Sergipe, Alagoas, tem que vir de avião... ! Ele vem aos centros porque não tem atendimento onde deveria, e os políticos ainda propagandeiam que compraram mais x ambulâncias, como se isso fosse investir na saúde...
Previsível falência do sistema, se as cidades pequenas são estranguladas financeiramente (TAMBÉM por causa do SUS), nenhum médico vai querer ir para lá para tratar um povo que não consegue nem pagar o mínimo necessário para o médico se manter e pagar seus investimentos de anos de estudos. E mesmo que tenham dinheiro, para que pagar um médico se tem ambulância de grátis para um hospital bem equipado?


Você está provando o que disse, e não que o sistema seja falho.

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Isso porque a área que mais cresceu na saúde nestes últimos anos foi o nordeste (pública e privada), mas ainda a carência é muito, muito grande.

E assim vai...
Eternamente, a não ser que o Brasil priorize cortar impostos, funcionários públicos e regulamentações, isso nunca vai mudar.

Cortar impostos: sim, mas após uma limpa na administração pública. Agora, o que o SUS tem a ver com isso?
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Offline Derfel

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1671 Online: 31 de Março de 2014, 17:45:42 »
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No caso dos internos, eles não têm NENHUMA autonomia para decidir nada, apenas examinam, colhem histórias e fazem alguns procedimentos sob supervisão DIRETA do médico preceptor, já que o carimbo que constará no prontuário (e todas as consequências disso) será o deste.  :)

Possuem uma certa autonomia e evoluem o paciente no prontuário, dentro do âmbito da instituição de ensino. No estágio rural ainda mais. Até porque eles precisam aprender a ser médico e isso se faz fazendo e não apenas vendo.

Mas eles não têm carimbo (até onde eu saiba). Quem carimba e se responsabiliza por tudo é o médico preceptor.

Eles assinam como doutorando e o preceptor carimba.

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Os profissionais do MM, ao que eu saiba, trabalham sem supervisão nenhuma e com completa autonomia, isso sem terem nenhuma formação em instituição reconhecida pelos órgãos competentes ou revalidação dessa formação pelos mesmos.

Primeiro, eles são médicos. Em segundo lugar, não é uma seleção sem critérios e isso já coloquei aqui várias e várias vezes. São médicos formados em instituições reconhecidas

Reconhecidas por quem? Quais cursos de medicina do exterior são reconhecidos aqui no Brasil? Me informe que eu estou por fora.
Reconhecidas como instituições de ensino e pesquisa na área.

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Citação de: Derfel
que já exercem suas profissões em seus países de origem, com o reconhecimento do respectivo colégio médico,

Irrelavante, pois não estão sob o controle dos órgãos brasileiros e portanto não é possível saber a adequação da formação aos critérios brasileiros sem uma avaliação direta das instituições feita por técnicos brasileiros e sem TESTAR o conhecimento dos formados com uma prova OFICIAL e OBJETIVA.

São colégios médicos de países onde, ao contrário do Brasil, muitas vezes existe um exame de admissão para o exercício da profissão.

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e, por fim, apenas alguns países estão aptos a "fornecer" o profissional. Além de passar por toda uma burocracia na embaixada para apresentar a documentação que é avaliada pelo MS,

Não tem como um órgão brasileiro assegurar que um documento emitido no exterior (ou seja, fora de seu controle) é verdadeiro. E mesmo sendo verdadeiro, não tem como saber a real qualificação do profissional sem testá-lo.

É uma série de documentos que são entregues na embaixada. Esses documentos são verificados junto à embaixada e às instituições que se referem (universidade, colégios médicos e polícia). A "real qualificação" tem como saber dos médicos brasileiros? Quanto aos estrangeiros, em grande parte há um exame de ordem. Lembrando que ele ainda passa 3 semanas em um curso, onde são avaliados. Além dessa avaliação, durante todo o processo está sob avaliação da instituição supervisora e da comissão estadual e nacional. Problemas detectados (e, não duvide, eles são detectados) podem implicar na exclusão do programa.

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Citação de: Derfel
eles passam por um "internato" de 3 semanas

 :histeria:

São 3 semanas puxadas de estudos e provas. Como você chamaria isso?

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com provas para avaliar o conhecimento do idioma e conhecimento técnico.

Qual órgão faz e aplica as provas? Poderia mostrar os conteúdos das mesmas definidos na lei/estatuto/edital do programa?

Qual a percentagem de aprovação atual?

As provas são feitas e aplicadas pelo MEC através das universidades participantes. O curso de 3 semanas também é conduzido pela universidade, sob responsabilidade do MEC. Não tenho a ementa, mas trata de Saúde Pública e Coletiva no Brasil com enfoque na APS, terapêutica no Brasil, Epidemiologia dos principais agravos no Brasil, SUS, Programas e protocolos estratégicos, Sistemas de informação, Português e mais algumas coisas. Não tenho a média de aprovação, porém, considerando o último ciclo na RN, dos 5 inicialmente previstos, apenas 1 passou. 3 ficaram de recuperação.

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Ele passando, é supervisionado por um médico supervisor diretamente na unidade de saúde. Essa supervisão consiste tanto em entrevistas com o médico, equipe e gestor, quanto análise de prontuários E acompanhamento de atendimento. Lembrando que é o que a legislação prevê e é semelhante ao que ocorre em vários outros países.

Será? Duvido...

Porque? Já acompanhou alguma supervisão?

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Citação de: Derfel
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Eu sei que o objetivo do governo ao abrir essa brecha é manter os profissionais atrelados ao programa MM, dado que uma revalidação lhes daria completa autonomia para trabalhar onde quiser, e logicamente eles iriam pra lugares que prestem. Mas legalmente não se sabe se eles são capacitados ou não para o serviço e precisam de supervisão, e esta na prática não está ocorrendo. É temerário*, mas como as possíveis vítimas são do povão...

O objetivo é manter o profissional no programa, mas também porque de outra forma o projeto não seria aprovado e a resistência pela classe médica seria ainda muito maior.

????????????

Desconheço até o momento alguma organização médica que seja contra a vinda de estrangeiros com diploma revalidado. Poderia nos mostrar um exemplo?

Não precisa ser contra (você não espera mesmo que alguma organização vá dizer abertamente que é contra), basta contar com um método que dificulte ao máximo a vinda desses profissionais. De todos os países do mundo, o Brasil é dos mais restritivos à entrada de médicos estrangeiros. A maior parte dos países ocidentais possui políticas de estímulo à vinda de profissionais estrangeiros, como RU, Austrália, Canadá, EUA.

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Pessoalmente, acho que deveria ser expandido para a possibilidade de plantões dentro da rede de urgência e emergência do município, como prevê a PNAB.

Deveria expandir para cirurgias, para procedimentos complexos e tudo mais. Cessaria a exigência de diploma revalidado e traria qualquer pessoa com título de "médico" pra cá, nem que seja em cursos fantasmas. Em uma última etapa poder-se-ia colocar enfermeiros e técnicos para diagnosticarem, tratarem e operarem, poderiam colocar farmacêuticos para prescreverem à vontade.

Espantalho. Além disso é desconhecer até o exercício da profissão de enfermeiros (que também fazem diagnóstico de enfermagem, tratam, prescrevem e fazem partos) e farmacêuticos (que prescrevem dentro das atribuições legais).

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Falando sério, eu sou contra porque, ao contrário dos PSFs, eu meus familiares também estamos sujeitos a serem atendidos em emergências do SUS também.


E qual a garantia que o médico brasileiro que está te atendendo possui a formação ou capacitação adequada? Maus profissionais existem em qualquer lugar, seja que nacionalidade for. E, como disse, a probabilidade de ocorrer com um médico do MM é menor porque são avaliados continuamente.

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Quanto à temeridade, na minha experiência, os problemas que vejo são com médicos brasileiros, tanto em atendimento, erros de diagnóstico e prescrição.

Tem dados comparando-os?

Sim.

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Eu também vejo mais erros de médicos brasileiros, dado que estou no Brasil.

Não estou dizendo na população médica em geral, mas entre os médicos brasileiros que participam do MM e os médicos intercambistas e cooperados do MM.

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*É temerário não apenas por permitir que profissionais sem preparo atuem (os cubanos, segundo diversas fontes, têm em média o preparo de um enfermeiro brasileiro), mas também por abrir brechas para que pessoas que sequer são médicos entrem no sistema e atuem como tal. Uma prova de revalidação simples, fácil, objetiva e sem pegadinhas (como o revalida) já eliminaria isso.

Também, segundo fontes, os químicos cubanos têm em média o preparo de um físico brasileiro. Cara, conheço quem disse isso pela primeira vez e, sinceramente, é desconhecer completamente o que é a formação de enfermagem.

Na verdade é um elogio aos enfermeiros brasileiros. Embora não seja o foco do curso de enfermagem, os enfermeiros brasileiros estariam mais capacitados a conduzir pacientes do que médicos cubanos, segundo algumas fontes.

Elogio? Pelo contrário, é um completo desconhecimento da profissão de enfermagem. É imaginar que enfermeiro é um "meio médico" e não é (na verdade é uma frase na mesma categoria da pessoa que disse que uma médica cubana teria cara de empregada doméstica).

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Citação de: Derfel
Você pode até dizer que os médicos cubanos são mal formados (o que não são),

Que dados você tem para apoiar isso?

Eu na verdade não me refiro à formação dos cubanos em geral, mas daqueles específicos que vêm ao Brasil e obtêm quase 90% de reprovação em uma prova idiota como o Revalida.

Posso usar os dados do Revalida mesmo, na verdade, ao contrário do que você colocou, os cubanos são o segundo grupo com maior índice de aprovação no Revalida, com 25% (A Venezuela possui aprovação de 27%).


APROVAÇÃO NO REVALIDA SEGUNDO A NACIONALIDADE DOS CANDIDATOS INSCRITOS

País de origem      Nº de inscritos      Nº de aprovados
                             2011         2012     2011             2012
Venezuela                 7               11       3 (43%)    3 (27%)
Cuba                       16                16       3 (19%)    4 (25%)
Argentina                20                10        6 (30%)    2 (20%)
Peru                        46                39          3 (6%)     5 (13%)
Colômbia                 22                30        6 (27%)     3 (10%)
Brasil                     393              560        31 (8%)     42 (7%)
Bolívia                    119             156          4 (3%)     10 (6%)
Países da Europa     13               20         2 (15%)     4 (20%)
Outros países
da América Latina    35                38        2 (17%)      4 (10%)
Países da Ásia            3                 1          0 (0%)        0 (0%)
Países da África          2                 2        1 (50%)        0 (0%)
Países da América
do Norte                    1                  1           0 (0%)        0 (0%)
TOTAL                     677             884        65 (10%)      77 (9%)
Fonte: Inep/MEC

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  A brecha para profissionais não médicos (ou seja charlatães) atuarem é MUITO maior entre os não participantes do programa. Isso devido ao processo de seleção do programa,

Poderia mostrar como?

Posso. Basta uma cara de pau, um carimbo com um número e uma prefeitura do interior desesperada por um médico.

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Para um charlatão conseguir passar no Revalida, terá que fazer um esquema tremendo pra colar na prova ou passar de cagada.

Mas você não acabou de dizer que o Revalida é uma prova idiota??? De qualquer forma isso é tentado ( http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pf-desmonta-esquema-de-revalidacao-de-falsos-diplomas-de-medicina,1087199,0.htm )

Mas não é necessário fazer o revalida para um charlatão atuar. Eles existem aos montes e vira e mexe algum é pego nos mais diversos serviços e municípios (vira e mexe através de denúncia).

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Sem a prova, dependendo só de documentação estrangeira, politicagem, contatos e embromação com professores por uns dias, fica MUITO mais fácil.

Sem a prova ele tem que provar via documentação o curso, a carta da inscrição no conselho médico do país de origem e uma atestado da polícia do país de origem.

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por outro lado, não é raro alunos de medicina do 5o. ou 6o. ano atenderem  em municípios do interior e mesmo pessoas sem nenhuma formação atenderem como médicos (uma busca rápida, você vai encontrar vários casos disso - que são apenas aqueles que foram pegos). A fiscalização desse exercício seria do CRM, porém  o conselho não tem condições de fiscalizar todas as unidades, então muitas vezes vai nos casos de denúncia.

Eles atuam sem documentação, dependendo apenas de não serem pegos. O programa MM torna mais fácil um charlatão atuar oficialmente e dentro dos conformes.





Eles atuam com carimbos emprestados ou falsificados muitas vezes. O controle do programa torna mais difícil a atuação de charlatão, como colocado acima.

Offline Gabarito

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1672 Online: 31 de Março de 2014, 20:24:25 »
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Médico cubano do Mais Médicos é achado morto em hotel de Brasília
31/03/2014 18h55 - Atualizado em 31/03/2014 20h16
Ministério da Saúde não informou nome do profissional, que tinha 52 anos.
Ele participava de curso de formação; polícia investiga hipótese de suicídio.

Do G1 DF


Carro de polícia em frente ao hotel em Brasília onde corpo de médico foi encontrado (Foto: Lucas Salomão/G1)

Um médico cubano que participa do programa Mais Médicos, do governo federal, foi encontrado morto em um quarto do Hotel Nacional, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (31). A polícia investiga a causa da morte. Há a suspeita de que ele tenha cometido suicídio – um lençol estava enrolado no pescoço dele.

Peritos da Polícia Civil passaram cerca de uma hora e meia no local. O corpo foi encontrado por uma camareira por volta das 14h. O médico estava encostado em uma janela do quarto onde estava hospedado, que fica no quarto andar do hotel.
saiba mais

O Ministério da Saúde não divulgou o nome do médico, mas disse que ele tinha 52 anos. Ele não fazia atendimento a pacientes, pois ainda participava de uma das etapas do curso dado aos médicos estrangeiros inscritos no programa.

O trabalho da perícia foi acompanhado por cubanos ligados à embaixada do país caribenho em Brasília. A embaixada de Cuba foi acionada para comunicar os parentes do médico sobre a morte dele.

Depois que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal de Brasília, será levado para Cuba. O traslado ficará por conta da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), segundo o Ministério da Saúde.

Um funcionário do hotel, que não quis se identificar, disse que o médico tinha problemas conjugais no país dele. Segundo o funcionário, o homem ligava diariamente para a mulher. Em uma das conversas, a mulher teria dito que já tinha outro companheiro em Cuba.

Investigação
A Polícia Civil do Distrito Federal informou, por meio de nota, que investiga o caso como suicídio. De acordo com a polícia, outros médicos ligados ao programa federal e funcionários do hotel já foram ouvidos.

O caso é investigado pela 5ª delegacia de Brasília. Quando for finalizado, o inquérito será remetido ao Judiciário, informou a delegacia.
« Última modificação: 31 de Março de 2014, 20:26:33 por Gabarito »

Offline Johnny Cash

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1673 Online: 31 de Março de 2014, 20:36:54 »
Pô, os caras não podem nem morrer mais?

Offline DDV

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Re:Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes
« Resposta #1674 Online: 02 de Abril de 2014, 09:18:02 »
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No caso dos internos, eles não têm NENHUMA autonomia para decidir nada, apenas examinam, colhem histórias e fazem alguns procedimentos sob supervisão DIRETA do médico preceptor, já que o carimbo que constará no prontuário (e todas as consequências disso) será o deste.  :)

Possuem uma certa autonomia e evoluem o paciente no prontuário, dentro do âmbito da instituição de ensino. No estágio rural ainda mais. Até porque eles precisam aprender a ser médico e isso se faz fazendo e não apenas vendo.

Mas eles não têm carimbo (até onde eu saiba). Quem carimba e se responsabiliza por tudo é o médico preceptor.

Eles assinam como doutorando e o preceptor carimba.
 



Repito: o RESPONSÁVEL LEGAL pela conduta é o médico preceptor.


Citação de: Derfel
É uma série de documentos que são entregues na embaixada. Esses documentos são verificados junto à embaixada e às instituições que se referem (universidade, colégios médicos e polícia). A "real qualificação" tem como saber dos médicos brasileiros?

Na pior das hipóteses, as instituições brasileiras estão sob controle direto do MEC, que está ciente da qualidade/adequação da formação, da avaliação e pode interferir. Com as instituições estrangeiras isso não é possível, e a única forma do Brasil ter certeza/controle da situação é avaliando-os.

Citação de: Derfel
Quanto aos estrangeiros, em grande parte há um exame de ordem. Lembrando que ele ainda passa 3 semanas em um curso, onde são avaliados. Além dessa avaliação, durante todo o processo está sob avaliação da instituição supervisora e da comissão estadual e nacional. Problemas detectados (e, não duvide, eles são detectados) podem implicar na exclusão do programa.

Para a medicina, 3 semanas de "curso", "preparação" ou que quer que seja é uma PIADA das mais risíveis.


Citação de: Derfel
As provas são feitas e aplicadas pelo MEC através das universidades participantes. O curso de 3 semanas também é conduzido pela universidade, sob responsabilidade do MEC. Não tenho a ementa, mas trata de Saúde Pública e Coletiva no Brasil com enfoque na APS, terapêutica no Brasil, Epidemiologia dos principais agravos no Brasil, SUS, Programas e protocolos estratégicos, Sistemas de informação, Português e mais algumas coisas. Não tenho a média de aprovação, porém, considerando o último ciclo na RN, dos 5 inicialmente previstos, apenas 1 passou. 3 ficaram de recuperação.

Recuperação...  :biglol:

Isso tá dando a entender que estão tentando fazer um cara aprender em 3 semanas o que não aprendeu em 6 anos.



Citação de: Derfel
Não precisa ser contra (você não espera mesmo que alguma organização vá dizer abertamente que é contra),

Quem, repito, QUEM pelo amor de Deus seria contra a vinda de um profissional estrangeiro com  qualificação comprovada? Você está tirando ilações de algum lugar que prefiro não comentar...

Citação de: Derfel
basta contar com um método que dificulte ao máximo a vinda desses profissionais. De todos os países do mundo, o Brasil é dos mais restritivos à entrada de médicos estrangeiros. A maior parte dos países ocidentais possui políticas de estímulo à vinda de profissionais estrangeiros, como RU, Austrália, Canadá, EUA.

FALSO.

Ao menos nos EUA a quantidade de exigências é no mínimo o quádruplo da brasileira. Pesquise e veja.

Aqui, bastou fazer uma prova teórica de 100 questões e uma prática, passou, tá dentro! Lá nos EUA, há uma série de tramitações burocráticas, exige cartas e recomendações de professores, "reconhecimentos" de grades curriculares que podem levar mais de 1 ano ou nunca acontecerem, VÁRIOS ciclos de provas teóricas, práticas (tanto de medicina quanto de fluência em inglês) e ainda um período de no mínimo 6 meses (ou 1 ano, não sei) de "internato" em um hospital americano (para o qual ser convocado é uma raridade, um grande feito) para enfim obter a revalidação.

Não pense que os demais países brincam com essas coisas. Brasileirice é coisa só do Brasil mesmo.


Derfel, você pode até achar que não, baseado em opiniões de ideólogos, de "institutos de saúde coletiva", de profissionais de saúde que têm despeito com médicos, etc, mas medicina é coisa séria!

É séria não apenas porque pode evitar mortes e morbidades, mas sobretudo porque pode CAUSÁ-LAS facilmente. Cito como exemplo o AVC, onde uma conduta/manejo inadequados trazem piores desfechos do que se o paciente ficasse em casa descansando.


Citação de: Derfel
E qual a garantia que o médico brasileiro que está te atendendo possui a formação ou capacitação adequada?

Probabilidades.

Os cursos de medicina brasileiros em sua maioria AINDA possuem uma qualidade considerada decente, e nos casos onde a instituição falha, a aplicação/inteligência/o caralho a quatro dos alunos que os fez passar num concorridíssimo vestibular ajudam bastante.

Em Cuba, Bolívia e similares eu não sei como é a admissão e os cursos, mas o que já ouvi falar não é nada animador.

Citação de: Derfel"
Maus profissionais existem em qualquer lugar, seja que nacionalidade for. E, como disse, a probabilidade de ocorrer com um médico do MM é menor porque são avaliados continuamente.

Ainda não vi os resultados da avaliação pra saber disso.
Citação de: Derfel
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Quanto à temeridade, na minha experiência, os problemas que vejo são com médicos brasileiros, tanto em atendimento, erros de diagnóstico e prescrição.

Tem dados comparando-os?

Sim.

No aguardo.

OBS: não vale médicos brasileiros formados no exterior sem diploma revalidado.

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Eu também vejo mais erros de médicos brasileiros, dado que estou no Brasil.

Não estou dizendo na população médica em geral, mas entre os médicos brasileiros que participam do MM e os médicos intercambistas e cooperados do MM.

Idem o post anterior.
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Citação de: Derfel
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*É temerário não apenas por permitir que profissionais sem preparo atuem (os cubanos, segundo diversas fontes, têm em média o preparo de um enfermeiro brasileiro), mas também por abrir brechas para que pessoas que sequer são médicos entrem no sistema e atuem como tal. Uma prova de revalidação simples, fácil, objetiva e sem pegadinhas (como o revalida) já eliminaria isso.

Também, segundo fontes, os químicos cubanos têm em média o preparo de um físico brasileiro. Cara, conheço quem disse isso pela primeira vez e, sinceramente, é desconhecer completamente o que é a formação de enfermagem.

Na verdade é um elogio aos enfermeiros brasileiros. Embora não seja o foco do curso de enfermagem, os enfermeiros brasileiros estariam mais capacitados a conduzir pacientes do que médicos cubanos, segundo algumas fontes.

Elogio? Pelo contrário, é um completo desconhecimento da profissão de enfermagem. É imaginar que enfermeiro é um "meio médico" e não é (na verdade é uma frase na mesma categoria da pessoa que disse que uma médica cubana teria cara de empregada doméstica).[/quote]

Enfermeiro não é "meio-médico". Enfermeiro é enfermeiro e médico é médico. São profissões diferentes e complementares. Os enfoques são diferentes. O que quero dizer em relação aos médicos cubanos é que (ao que parece) a formação deles está deixando-os com um enfoque (ou perfil) mais de enfermeiros do que de médicos.

Alguns dizem que estão tendo enfoque em curandeirismo também.  :hihi:


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Citação de: Derfel
Você pode até dizer que os médicos cubanos são mal formados (o que não são),

Que dados você tem para apoiar isso?

Eu na verdade não me refiro à formação dos cubanos em geral, mas daqueles específicos que vêm ao Brasil e obtêm quase 90% de reprovação em uma prova idiota como o Revalida.

Posso usar os dados do Revalida mesmo, na verdade, ao contrário do que você colocou, os cubanos são o segundo grupo com maior índice de aprovação no Revalida, com 25% (A Venezuela possui aprovação de 27%).


APROVAÇÃO NO REVALIDA SEGUNDO A NACIONALIDADE DOS CANDIDATOS INSCRITOS

País de origem      Nº de inscritos      Nº de aprovados
                             2011         2012     2011             2012
Venezuela                 7               11       3 (43%)    3 (27%)
Cuba                       16                16       3 (19%)    4 (25%)
Argentina                20                10        6 (30%)    2 (20%)
Peru                        46                39          3 (6%)     5 (13%)
Colômbia                 22                30        6 (27%)     3 (10%)
Brasil                     393              560        31 (8%)     42 (7%)
Bolívia                    119             156          4 (3%)     10 (6%)
Países da Europa     13               20         2 (15%)     4 (20%)
Outros países
da América Latina    35                38        2 (17%)      4 (10%)
Países da Ásia            3                 1          0 (0%)        0 (0%)
Países da África          2                 2        1 (50%)        0 (0%)
Países da América
do Norte                    1                  1           0 (0%)        0 (0%)
TOTAL                     677             884        65 (10%)      77 (9%)
Fonte: Inep/MEC


Em primeiro lugar, para os países de língua não-espanhola, a barreira do idioma é muito maior e só isso já detona bastante as chances de passarem no revalida e na prova prática.

Dos países de língua espanhola, Cuba e Venezuela tiveram poucos inscritos, o que pode indicar uma melhor preparação desses poucos que se arriscaram a vir aqui tentar (mesmo assim a aprovação foi de apenas 27%). Bolívia é uma catástrofe! Brasil mostra um índice péssimo também, o que indica que as pessoas que vão ao exterior para "fugir" do vestibular daqui não estão se dando muito bem.



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

 

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