Tópico: Brasil trará 6.000 médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes

[AlienígenA]

Sei não, mas se tivesse melhores condições de trabalho, nossos valorosos médicos iam arranjar outras desculpas, tem muitos lugares no interior do estado de São Paulo, que a estrutura é boa, e está na mesma situação. Não há pediatras, todos estão se especializando em outras áreas mais rentáveis, não que isso não seja legal, é próprio de cada um procurar o melhor para sua carreira, mas mostra que os interesses são estes, e deviam ser colocados, e não dar desculpinhas.

Melhores condições incluem também maior rentabilidade. Os médicos preferem trabalhar onde encontram melhores condições. O que não se encontra nas periferias. A solução é enxugar a máquina, investir no país e não no governo, justificar os impostos, mas para quê se sempre se pode dar desculpinhas.

[AlienígenA]

ninguém é contra o mais médicos. É contra trabalho semi escravo apoiado pelo seu país.

Eu sou, por esse e outros motivos. Aliás, eu sou contra tudo que é programa de remendo. Qualquer coisa é o mesmo que nada. Não resolve o problema, sequer ameniza. Só ganha tempo até o próximo remendo. 

[Moro]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

[AlienígenA]

É, tem isso. O problema do Brasil é o Brasil.

[Fabrício]

Eu não sou contra o Mais Médicos. Se viessem fazendo o Revalida, ganhando o salário integral ou pelo menos a maior parte deles, sem restrições da ditadura cubana no território brasileiro, etc., eu aprovaria.

Claro, não resolve o problema, o investimento em infraestrutura é tão ou mais importante quanto. Mas já seria um avanço para as regiões mais pobres com carência de médicos.

Outro grande problema é esse:

É, tem isso. O problema do Brasil é o Brasil.

No Brasil, quando temos um problema complexo, tiramos da cartola uma solução simples e temporária, transformamos em definitiva e fingimos que o problema foi resolvido. O estado da saúde é precário? Vamos fazer um programa trazendo médicos em condições de semi-escravidão de Cuba! O ensino público é péssimo e pessoas pobres não conseguem entrar na universidade? Vamos criar cotas! Melhorar a saúde e a educação não, demora, é difícil, dá uma preguiça danada só de pensar... e não rende tanto voto.

[Gabarito]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

O Diário Oficial publicou recentemente que ausências no Mais Médicos, por mais de dois dias, terão de ser informadas à polícia.

Após admitir que 89 profissionais abandonaram o Mais Médicos, o governo determinou que, a partir de agora, quando um médico estiver sumido por mais de 48 horas, as comissões estaduais ou do Distrito Federal responsáveis pelo programa terão que informar a ausência aos órgãos de segurança.

Ou seja, vamos intimidar os já perseguidos pelo regime ditador e botar a polícia atrás deles, como se já não bastasse a família que ficou refém na ilha da ditadura.

Seria muito boa medida se isso valesse para todos os médicos, principalmente os que batem ponto e desaparecem.
Já pensou? Seria o dia em que o SUS e os hospitais públicos teriam médicos sobrando.
Se cada médico faltoso ou batedor de ponto que some fosse catado pela polícia?
Seria o paraíso do SUS, médicos cumprindo expediente em todo lado.

Mas não! Vale só para o Mais Médicos, em particular, os cubanos...
Não vai ser dessa vez que tentaremos consertar a carência de médicos...   

[Fabrício]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

O Diário Oficial publicou recentemente que ausências no Mais Médicos, por mais de dois dias, terão de ser informadas à polícia.

Após admitir que 89 profissionais abandonaram o Mais Médicos, o governo determinou que, a partir de agora, quando um médico estiver sumido por mais de 48 horas, as comissões estaduais ou do Distrito Federal responsáveis pelo programa terão que informar a ausência aos órgãos de segurança.

Ou seja, vamos intimidar os já perseguidos pelo regime ditador e botar a polícia atrás deles, como se já não bastasse a família que ficou refém na ilha da ditadura.

Seria muito boa medida se isso valesse para todos os médicos, principalmente os que batem ponto e desaparecem. Já pensou? Seria o dia em que o SUS e os hospitais públicos teriam médicos sobrando. Mas não! Vale só para o Mais Médicos, em particular, os cubanos...

Não vai ser dessa vez que tentaremos consertar a carência de médicos...   

Estou longe de ser advogado, mas isso me parece claramente inconstitucional... a polícia pode ir atrás de quem falta no emprego? Se for assim, ela deveria ir primeiro no Congresso.

[Bolsonaro neles]

Em que pese todas as merdas que o gunverno progressista do brasil faça, eu acho que a saúde pública é boa. Ora, se eu acho que o governo não deveria dar senão pronto socorro, qualquer merda de atendimento ambulatorial tá mais que bom.

Em termos de pronto socorro, esse negócio de UPA, que se espalhou pelo braziu, até que funciona. O necessitado entra lá, é atendido daí a uma meia hora, faz todos os exames primários e sai diagnosticado e com o remédio na mão. Se não poder ser liberado, fica internado ali mesmo, até ser removido para uma unidade de atendimento prolongado, que será particular para os que tiverem condições ou pública para os mais pobres.

Tá mais que bom. Meu filho teve dois atendimentos emergenciais onde foi muito bem atendido.

Pelo menos isso tá funcionando bem na merda do Rio de janeiro.
Como tenho dito, atendimento emergencial é mesmo obrigação do Estado. Não o ambulatorial

[Diegojaf]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

O Diário Oficial publicou recentemente que ausências no Mais Médicos, por mais de dois dias, terão de ser informadas à polícia.

Após admitir que 89 profissionais abandonaram o Mais Médicos, o governo determinou que, a partir de agora, quando um médico estiver sumido por mais de 48 horas, as comissões estaduais ou do Distrito Federal responsáveis pelo programa terão que informar a ausência aos órgãos de segurança.

Ou seja, vamos intimidar os já perseguidos pelo regime ditador e botar a polícia atrás deles, como se já não bastasse a família que ficou refém na ilha da ditadura.

Seria muito boa medida se isso valesse para todos os médicos, principalmente os que batem ponto e desaparecem. Já pensou? Seria o dia em que o SUS e os hospitais públicos teriam médicos sobrando. Mas não! Vale só para o Mais Médicos, em particular, os cubanos...

Não vai ser dessa vez que tentaremos consertar a carência de médicos...   

Estou longe de ser advogado, mas isso me parece claramente inconstitucional... a polícia pode ir atrás de quem falta no emprego? Se for assim, ela deveria ir primeiro no Congresso.

Se um estrangeiro com visto de trabalho (caráter temporário, só é válido enquanto a pessoa está trabalhando) não cumpre as exigências, a PF tem que ser informada. É bem comum.

[AlienígenA]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

O Diário Oficial publicou recentemente que ausências no Mais Médicos, por mais de dois dias, terão de ser informadas à polícia.

Após admitir que 89 profissionais abandonaram o Mais Médicos, o governo determinou que, a partir de agora, quando um médico estiver sumido por mais de 48 horas, as comissões estaduais ou do Distrito Federal responsáveis pelo programa terão que informar a ausência aos órgãos de segurança.

Ou seja, vamos intimidar os já perseguidos pelo regime ditador e botar a polícia atrás deles, como se já não bastasse a família que ficou refém na ilha da ditadura.

Seria muito boa medida se isso valesse para todos os médicos, principalmente os que batem ponto e desaparecem. Já pensou? Seria o dia em que o SUS e os hospitais públicos teriam médicos sobrando. Mas não! Vale só para o Mais Médicos, em particular, os cubanos...

Não vai ser dessa vez que tentaremos consertar a carência de médicos...   

Estou longe de ser advogado, mas isso me parece claramente inconstitucional... a polícia pode ir atrás de quem falta no emprego? Se for assim, ela deveria ir primeiro no Congresso.

Se um estrangeiro com visto de trabalho (caráter temporário, só é válido enquanto a pessoa está trabalhando) não cumpre as exigências, a PF tem que ser informada. É bem comum.

A medida, de acordo com o link, tem o objetivo de garantir a integridade física dos participantes, além, claro, de facilitar a contabilização do número de desistências.

[Fabrício]

se for tratado como provisório Ok, o duro é virar eterno, principalmente quando sabemos que boa parte dos doutores brasileiros batem ponto e se vão.

O Diário Oficial publicou recentemente que ausências no Mais Médicos, por mais de dois dias, terão de ser informadas à polícia.

Após admitir que 89 profissionais abandonaram o Mais Médicos, o governo determinou que, a partir de agora, quando um médico estiver sumido por mais de 48 horas, as comissões estaduais ou do Distrito Federal responsáveis pelo programa terão que informar a ausência aos órgãos de segurança.

Ou seja, vamos intimidar os já perseguidos pelo regime ditador e botar a polícia atrás deles, como se já não bastasse a família que ficou refém na ilha da ditadura.

Seria muito boa medida se isso valesse para todos os médicos, principalmente os que batem ponto e desaparecem. Já pensou? Seria o dia em que o SUS e os hospitais públicos teriam médicos sobrando. Mas não! Vale só para o Mais Médicos, em particular, os cubanos...

Não vai ser dessa vez que tentaremos consertar a carência de médicos...   

Estou longe de ser advogado, mas isso me parece claramente inconstitucional... a polícia pode ir atrás de quem falta no emprego? Se for assim, ela deveria ir primeiro no Congresso.

Se um estrangeiro com visto de trabalho (caráter temporário, só é válido enquanto a pessoa está trabalhando) não cumpre as exigências, a PF tem que ser informada. É bem comum.

A medida, de acordo com o link, tem o objetivo de garantir a integridade física dos participantes, além, claro, de facilitar a contabilização do número de desistências.

  Entendi, nesse contexto até concordo com a medida.

[AlienígenA]

Em que pese todas as merdas que o gunverno progressista do brasil faça, eu acho que a saúde pública é boa. Ora, se eu acho que o governo não deveria dar senão pronto socorro, qualquer merda de atendimento ambulatorial tá mais que bom.

Em termos de pronto socorro, esse negócio de UPA, que se espalhou pelo braziu, até que funciona. O necessitado entra lá, é atendido daí a uma meia hora, faz todos os exames primários e sai diagnosticado e com o remédio na mão. Se não poder ser liberado, fica internado ali mesmo, até ser removido para uma unidade de atendimento prolongado, que será particular para os que tiverem condições ou pública para os mais pobres.

Tá mais que bom. Meu filho teve dois atendimentos emergenciais onde foi muito bem atendido.

Pelo menos isso tá funcionando bem na merda do Rio de janeiro.
Como tenho dito, atendimento emergencial é mesmo obrigação do Estado. Não o ambulatorial

Para um estado mínimo, nossa saúde pública pode ser boa, mas não é o caso. Você está avaliando a qualidade do serviço em relação ao custo?

[Bolsonaro neles]

Não, não estou. Só avaliei o atendimento em si, relativamente ao que já foi no passado recente. Era horrível agora melhorou um pouco.

[_Juca_]

Como vivem os (escravos )  cubanos do programa Mais Médicos no RS

http://videos.clicrbs.com.br/rs/zerohora/video/geral/2014/02/como-vivem-cubanos-dos-mais-medicos/65037/

[Gabarito]

Jornal Nacional também acompanhando o caso.

MPT investiga irregularidades no contrato de cubanos no Mais Médicos
Edição do dia 27/02/2014
Cubanos recebem menos de 25% do salário pago a outros médicos do programa. MPT que estabelecer mudanças em acordo com o governo.




O Ministério Público do Trabalho está concluindo uma investigação sobre denúncias de irregularidades no programa Mais Médicos, que também é questionado no Supremo Tribunal Federal. Os procuradores investigam, entre outros pontos, a forma como profissionais cubanos foram contratados para fazer parte do programa. A repórter Camila Bomfim mostra como médicos estrangeiros têm sido contratados aqui no Brasil e em outros países.

O uso de mão-de-obra médica estrangeira é recorrente entre governos pelo mundo. Aqui no Brasil, o programa Mais Médicos já recrutou mais de seis mil profissionais e, desse total, 80% são cubanos.

Contratados por meio de um acordo entre o Governo brasileiro, a Organização Panamericana da Saúde e Cuba, o médicos cubanos recebem menos de 25% do salário pago aos outros integrantes do programa.

O governo brasileiro repassa à Opas mais de R$ 10 mil por médico, por mês; o dinheiro vai para uma empresa ligada ao Ministério da Saúde de Cuba, que, por contrato, faz o pagamento. Os cubanos recebem, por mês, US$ 1 mil, o equivalente a R$ 2.350. E só podem usar, no Brasil, US$ 400: R$ 940. O restante fica retido pelo governo de Cuba.

Nem a Opas nem o Ministério da Saúde informam onde vai parar a diferença de mais de R$ 8 mil por mês, entre o que o Brasil repassa e o que é efetivamente pago aos cubanos.

O programa tem duração de três anos, só no primeiro semestre, o Brasil repassou R$ 511 milhões para a entidade, para pagar a bolsa aos participantes e despesas da Opas, que não são publicamente detalhadas.

O ministro da Saúde disse que a parceria para a contratação desses médicos segue o modelo adotado por dezenas de países.

"A organização panamericana estabelece o processo de cooperação com o governo de Cuba, nos mesmos moldes, respeitando as mesmas condições que são estabelecidas para mais de 60 países”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O levantamento feito pelo Jornal Nacional em países indicados pelo Ministério da Sáude mostra que não é bem assim.

Na França, os contratos são individuais, sem intermediação de nenhuma entidade de saúde, e os cubanos não participam de um programa federal. Tem os mesmos direitos dos franceses.

No Chile, também não há acordo de cooperação internacional com nenhuma entidade intermediária. Os contratos também são diretos com os médicos, e têm direito aos mesmos salários.

Citada pelo ministério, a Itália não contrata médicos cubanos.

Entre os países pesquisados, somente Portugal tem um programa semelhante ao Mais Médicos. Portugal fechou acordo intermediado pela Opas em 2009. Dos 40 médicos cubanos contratados, hoje restam apenas 12.

A própria Opas admite: tem acordos de cooperação com diversos países, mas, com as características do Mais Médicos no Brasil é a primeira vez.

A diferença salarial entre cubanos e demais participantes do programa levou Ramona Rodrigues a abandonar o Mais médicos no início do mês, o que trouxe a público os detalhes do contrato. “Nós somos iguais a todos, com a mesma capacidade, preparação, e com o mesmo trabalho”, disse.

O Ministério da Saúde diz que a Opas é a responsável pela interlocução com Cuba. Já a entidade diz que cabe a cada país tomar a decisão de disseminar ou não seus acordos.

No Brasil, a Opas é representada por um cubano, Joaquim Molina. A entidade também se negou a dar informações sobre o contrato ao Ministério Público do Trabalho, que está investigando o programa.

“O que nos interessa aqui nesse inquérito é a legislação nacional, e ela não possibilita esse tratamento desigual e não possibilita pretender-se aplicar no Brasil legislação de Cuba”, declara Sebastião Caixeta, procurador do MPT.

O Ministério Público do Trabalho deve terminar essa investigação nos próximos 15 dias. A ideia é estabelecer mudanças em acordo com o governo. E, se isso não resolver, o MP vai recorrer à Justiça para garantir direitos trabalhistas dos médicos. Em outra frente, o Supremo Tribunal Federal analisa duas ações que questionam se a lei que criou o programa fere a constituição.

O jurista Ives Gandra disse que, pelo contrato, os cubanos estão proibidos de comentar o teor do documento assinado com o governo cubano, transitar livremente pelo Brasil e até manter um relacionamento amoroso com brasileiros. “Nós estamos evidentemente com um regime jurídico para todos os médicos estrangeiros e um regime de escravidão para os médicos cubanos”, declara Ives Granda, jurista.

Nesta quinta-feira (26) à tarde, depois de quatro dias de questionamentos, o ministério da Saúde afirmou que houve um equívoco e que, diferentemente do que vinha divulgando, França, Chile e Itália não têm mesmo acordo com Cuba para a contratação de médicos, tal como nós apuramos. O Jornal Nacional procurou o governo para esclarecer outros pontos controversos do programa.

O procurador-geral da União disse que o Brasil não pode mexer no salários dos médicos cubanos porque eles assinaram contrato com o governo de Cuba.

“Adequações são possíveis, agora nós não temos ingerência, não temos essa capacidade de modificar esse valor, já que é um valor estabelecido entre Cuba e os médicos. Nós temos uma legislação específica para o programa Mais Médicos e essa legislação vem sendo cumprida. Não há relação de emprego e sequer relação de trabalho entre os médicos cubanos e o Brasil”, afirmou Paulo Henrique Kuhn, procurador-geral da União.

Ele negou que haja controle sobre os médicos cubanos.

“O Brasil não tem nenhuma orientação, não tem nenhuma restrição, não vai exercer nenhum controle com relação a esses médicos. Eles têm dentro do território brasileiro liberdade de ir e vir e de se relacionar”, disse Paulo Henrique Kuhn.

[Derfel]

Intermediado com a opas, que eu saiba, existe apenas o mm. Nos outros países com médicos cubanos, o que existe é um acordo bilateral. No caso de relacionamentos amorosos, no RN já começaram há algum tempo.

[Pasteur]

Agora sim!!! Médicos cubanos do Mais Médicos passarão a receber R$1400,00 imediatamente!

[Derfel]

Esse é o valor da ajuda de custos mínima dada pelos municípios (500 reais para a alimentação e de 1000 a 2500 reais para moradia). Esse valor é fornecido diretamente ao profissional sem passar pela opas.

[Derfel]

E isso está desde o início do programa.

[Pasteur]

Ah não! Na verdade são 3000 reais a partir de março. Mas ainda eu acho pouco...

[Derfel]

Não tenho essa informação. Qual a fonte?

[Pasteur]

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/02/28/governo-anuncia-aumento-no-salario-repassado-a-medicos-cubanos.htm

[DDV]

Jornal Nacional também acompanhando o caso.

MPT investiga irregularidades no contrato de cubanos no Mais Médicos
Edição do dia 27/02/2014
Cubanos recebem menos de 25% do salário pago a outros médicos do programa. MPT que estabelecer mudanças em acordo com o governo.




O Ministério Público do Trabalho está concluindo uma investigação sobre denúncias de irregularidades no programa Mais Médicos, que também é questionado no Supremo Tribunal Federal. Os procuradores investigam, entre outros pontos, a forma como profissionais cubanos foram contratados para fazer parte do programa. A repórter Camila Bomfim mostra como médicos estrangeiros têm sido contratados aqui no Brasil e em outros países.

O uso de mão-de-obra médica estrangeira é recorrente entre governos pelo mundo. Aqui no Brasil, o programa Mais Médicos já recrutou mais de seis mil profissionais e, desse total, 80% são cubanos.

Contratados por meio de um acordo entre o Governo brasileiro, a Organização Panamericana da Saúde e Cuba, o médicos cubanos recebem menos de 25% do salário pago aos outros integrantes do programa.

O governo brasileiro repassa à Opas mais de R$ 10 mil por médico, por mês; o dinheiro vai para uma empresa ligada ao Ministério da Saúde de Cuba, que, por contrato, faz o pagamento. Os cubanos recebem, por mês, US$ 1 mil, o equivalente a R$ 2.350. E só podem usar, no Brasil, US$ 400: R$ 940. O restante fica retido pelo governo de Cuba.

Nem a Opas nem o Ministério da Saúde informam onde vai parar a diferença de mais de R$ 8 mil por mês, entre o que o Brasil repassa e o que é efetivamente pago aos cubanos.

O programa tem duração de três anos, só no primeiro semestre, o Brasil repassou R$ 511 milhões para a entidade, para pagar a bolsa aos participantes e despesas da Opas, que não são publicamente detalhadas.

O ministro da Saúde disse que a parceria para a contratação desses médicos segue o modelo adotado por dezenas de países.

"A organização panamericana estabelece o processo de cooperação com o governo de Cuba, nos mesmos moldes, respeitando as mesmas condições que são estabelecidas para mais de 60 países”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O levantamento feito pelo Jornal Nacional em países indicados pelo Ministério da Sáude mostra que não é bem assim.

Na França, os contratos são individuais, sem intermediação de nenhuma entidade de saúde, e os cubanos não participam de um programa federal. Tem os mesmos direitos dos franceses.

No Chile, também não há acordo de cooperação internacional com nenhuma entidade intermediária. Os contratos também são diretos com os médicos, e têm direito aos mesmos salários.

Citada pelo ministério, a Itália não contrata médicos cubanos.

Entre os países pesquisados, somente Portugal tem um programa semelhante ao Mais Médicos. Portugal fechou acordo intermediado pela Opas em 2009. Dos 40 médicos cubanos contratados, hoje restam apenas 12.

A própria Opas admite: tem acordos de cooperação com diversos países, mas, com as características do Mais Médicos no Brasil é a primeira vez.

A diferença salarial entre cubanos e demais participantes do programa levou Ramona Rodrigues a abandonar o Mais médicos no início do mês, o que trouxe a público os detalhes do contrato. “Nós somos iguais a todos, com a mesma capacidade, preparação, e com o mesmo trabalho”, disse.

O Ministério da Saúde diz que a Opas é a responsável pela interlocução com Cuba. Já a entidade diz que cabe a cada país tomar a decisão de disseminar ou não seus acordos.

No Brasil, a Opas é representada por um cubano, Joaquim Molina. A entidade também se negou a dar informações sobre o contrato ao Ministério Público do Trabalho, que está investigando o programa.

“O que nos interessa aqui nesse inquérito é a legislação nacional, e ela não possibilita esse tratamento desigual e não possibilita pretender-se aplicar no Brasil legislação de Cuba”, declara Sebastião Caixeta, procurador do MPT.

O Ministério Público do Trabalho deve terminar essa investigação nos próximos 15 dias. A ideia é estabelecer mudanças em acordo com o governo. E, se isso não resolver, o MP vai recorrer à Justiça para garantir direitos trabalhistas dos médicos. Em outra frente, o Supremo Tribunal Federal analisa duas ações que questionam se a lei que criou o programa fere a constituição.

O jurista Ives Gandra disse que, pelo contrato, os cubanos estão proibidos de comentar o teor do documento assinado com o governo cubano, transitar livremente pelo Brasil e até manter um relacionamento amoroso com brasileiros. “Nós estamos evidentemente com um regime jurídico para todos os médicos estrangeiros e um regime de escravidão para os médicos cubanos”, declara Ives Granda, jurista.

Nesta quinta-feira (26) à tarde, depois de quatro dias de questionamentos, o ministério da Saúde afirmou que houve um equívoco e que, diferentemente do que vinha divulgando, França, Chile e Itália não têm mesmo acordo com Cuba para a contratação de médicos, tal como nós apuramos. O Jornal Nacional procurou o governo para esclarecer outros pontos controversos do programa.

O procurador-geral da União disse que o Brasil não pode mexer no salários dos médicos cubanos porque eles assinaram contrato com o governo de Cuba.

“Adequações são possíveis, agora nós não temos ingerência, não temos essa capacidade de modificar esse valor, já que é um valor estabelecido entre Cuba e os médicos. Nós temos uma legislação específica para o programa Mais Médicos e essa legislação vem sendo cumprida. Não há relação de emprego e sequer relação de trabalho entre os médicos cubanos e o Brasil”, afirmou Paulo Henrique Kuhn, procurador-geral da União.

Ele negou que haja controle sobre os médicos cubanos.

“O Brasil não tem nenhuma orientação, não tem nenhuma restrição, não vai exercer nenhum controle com relação a esses médicos. Eles têm dentro do território brasileiro liberdade de ir e vir e de se relacionar”, disse Paulo Henrique Kuhn.

Um show de irregularidades.

Típico do Brasil mesmo.

[Zóio de Vidro]

Acho que podem investigar irregularidades à vontade, não são irregularidades. Ético?

[Bolsonaro neles]

O braziu, assim como a Venezuela, vende petróleo a quase zero reais para Cuba e ela paga com médicos e espiões. Além de construirmos um porto para eles a fundo perdido.