Prove sua colocação demonstrando com algum organismo que reproduza mais rápido, por exemplo, que o vibrião colérico- 20 minutos...
Não importa "reprodução mais rápida", como já disse, a seleção natural não tem um "juiz" vendo quem chega primeiro na "linha de chegada," medindo taxas de reprodução. É questão de sobrevivência e acúmulo de diferentes variedades em diferentes populações e ambientes. Dentro de um mesmo ambiente e população, ou num ambiente com diferentes populações e espécies competindo pelos mesmos recursos, então sim, as taxas de reprodução serão bem significativas, tendendo a extinguir variações ou as espécies que se reproduzam menos.
Mas mesmo assim há exceções, em alguns casos a "estretégia reprodutiva" mais eficaz em longo prazo é de maior investimento por indivíduo e prole menos numerosa. Provavelmente resulta de "bolsões" isolados de sobrevivência de populações que esgotam menos os recursos ambientais e/ou cuja menor taxa de reprodução se dá em troca de maiores chances de sobrevivência, implicando em maiores chances de reprodução em longo prazo.
Mesmo em colônia, a rapidez da PSEUDOMONAS fica afetada ao produzir POLÍMEROS. Com isso as que não produzem polímero se reproduzem mais, sendo que a colônia afunda, sob o peso das que não produzem o polímero.
Sim, isso é um exemplo de seleção natural funcionando, não de que ela não existe. Se/quando esses POLÍM... polímeros... não contribuem em nada (ou talvez negativamente) para sua sobrevivência e reprodução, representam um custo, e então variações que não os produzam levam vantagem reprodutiva.
Portanto, dê um exemplo assim como o que eu digitalizei, REAL, e não baseado em premissas não comprovadas...
Você mesmo já deu um exemplo contrário, o dos vírus amenizados que reevoluem formas mais virulentas. Isso é exemplo tanto na ida quanto na volta. No hospedeiro alternativo usado para a amenização, ele primeiro sofre mutações que dão alguma competência a esse novo ambiente (às custas de adaptação ao hospedeiro para o qual se está produzindo a vacina), e depois, o mesmo pode ocorrer quando reintroduzido no hospedeiro original, se calharem de ser introduzidos em indivíduos com sistema imune comprometido.
O mesmo vale para qualquer coisa que você reconheça como adaptação, e que tenha variação individual ou entre espécies próximas, onde uma não substitua a outra, ou onde esse estado de um caractere não substitua o outro, cada estado tendo suas vantagens e desvantagens, nas diferentes situações. Havendo variação genética determinando esses diferentes fenótipos ou gradação fenotípica, ela será originária em última instância de mutação. Não há nada de "especial" em seqüências de ácidos nucléicos que são adaptativas quando comparada a alelos menos adaptativos no mesmo ambiente, não são "seqüências mágicas" que só poderiam ter sido criadas magicamente.
Pigmentação em humanos, por exemplo. Tanto a despigmentação de populações mais claras na Europa e na Ásia, de origens independentes (a despigmentação permite maior fotossíntese de vitamina D, cuja deficiência pode acarretar uma série de problemas), tanto como a pigmentação e/ou principalmente a bronzeabilidade de africanos sub-saarianos e ameríndios. A pigmentação mais permanente surgiu primeiro quando os humanos passaram a ser mais "pelados" há algo como 1 milhão de anos atrás. Despigmentação surgiu independentemente na medida em que hominídeos migraram para regiões mais distantes do equador, primeiramente em neandertais, depois, bem mais tarde, "recentemente", em asiáticos e europeus, também independentemente. A despigmentação pode evoluir primeiramente por seleção relaxada como proteção à radiação (como ocorre em diversas populações de animais cavernícolas, que viram praticamente albinos), mas também tem papel adaptativo, tornando as populações menos dependentes de fontes dietéticas de vitamina D, e talvez outras coisas mais, é um assunto bem complexo.
Outros exemplos, bem clássicos, são as formas de bico e tamanho de tentilhões de Galápagos, exaustivamente estudados por Peter e Rosemary Grant.
Mas como disse, vale para qualquer variação que você reconheça ser adaptativa, e variações homólogas menos adaptativas dentro da mesma espécie (possivelmente adaptativas em algum outro ambiente) ou em espécies aparentadas.