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Você é contra ou a favor do racismo e preconceito com as pessoas?

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Autor Tópico: Preconceito e racismo contra todas as pessoas  (Lida 17160 vezes)

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Offline Gigaview

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #150 Online: 29 de Novembro de 2015, 20:56:00 »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Entropia

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #151 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:04:33 »
O que eu vejo aí é a galera criticando a hipocrisia do cara, ele sempre faz discurso sobre valorizar as mulheres negras, e, como muitos negros, assim que fica rico e famoso, se junta com uma mulher branca. Sugiro que dêem uma pesquisada na solidão da mulher negra, tem artigos bem interessantes na Internet.

Porque o cara faz discurso sobre valorizar mulheres negras, ele é obrigado a namorar uma negra? Bela lógica.

Offline Fabrício

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #152 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:10:24 »
O que eu vejo aí é a galera criticando a hipocrisia do cara, ele sempre faz discurso sobre valorizar as mulheres negras, e, como muitos negros, assim que fica rico e famoso, se junta com uma mulher branca. Sugiro que dêem uma pesquisada na solidão da mulher negra, tem artigos bem interessantes na Internet.

Porque o cara faz discurso sobre valorizar mulheres negras, ele é obrigado a namorar uma negra? Bela lógica.

Se for assim, quem é a favor do casamento gay tem que casar alguém do mesmo sexo...
"Deus prefere os ateus"

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #153 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:16:56 »


Claro que existe racismo, claro que muitos homens desvalorizam mulheres negras, mas isso deve -se combater intelectualmente, não coagindo e invertendo os papéis como esses grupos fazem.
Claro que existe o racismo, aliás, como não podia deixar de ser, uma vez que existem raças.



Eu disse que sub raças de humanos não existem. Todos os seres humanos biologicamente falando,com dados genéticos estudados, são da espécie homo- sapiens, não há como dividir em sub especies ou raças, o termo foi abandonado há muito tempo.

Claro que há como dividir, tanto que o mesmo é feito com cachorros.


O racismo que existe é anti científico, não se baseia em fatos portanto é apenas ignorância das pessoas.
Não acho nada de anticientífico como querem empurrar por questões politicamente corretas, alías, muito pelo contrário. Raças existem, e o racismo, qualitativamente destituído de sua carga pejorativa é apenas uma forma de ordenar ideias relativas a raças sem este estar certo ou errado, por definição.

Abominar conceitos como eugenia e racismo pela polêmica que suscitam é apenas "jogar o lixo para debaixo do tapete". O "sábado é do homem", não o contrário.




https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/racas-humanas-nao-existem-como-entidades-biologicas-diz-geneticista.htm


"Provavelmente, o maior estudo de variabilidade
humana já realizado até o momento
foi o de Rosenberg et al. (2002), que fizeram
a tipagem de 377 microssatélites autossô-
micos em 1.056 indivíduos de 52 popula-
ções definidas pela origem geográfica. Na
amostra eles tinham um total de 4.199 alelos
diferentes, 47% dos quais estavam presentes
em todas as populações – apenas 7% dos
alelos estavam presentes em somente uma
população, que, na quase totalidade das
vezes, era a africana. Esses resultados são
completamente compatíveis com a origem
recente do homem moderno na África. Além
disso, os pesquisadores calcularam que
93-95% da variabilidade genética estava
contida dentro das populações."




Isso não é ser politicamente correto, é ouvir a ciência.

Nós a todo momento escolhemos, temos nossas preferências, nada há de errado nisso. Se um homem ou uma mulher não quiser se relacionar com alguem que tenha mais ou menos melanina que ele/ela ( é basicamente isso ), é direito dele/a.

Ninguem deve se sentir coagido ou ser multado, preso por isso. Com certeza existe pessoas que não se sentem atraídas por negros e vice versa, não se deve obrigar.

Apenas quero deixar claro que cientificamente não se sustenta essa subdivisão.








"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #154 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:36:55 »
"Racismo" não requer a existência de "raças biologicamente reais"; e a existência ou inexistência dessas não valida imediatamente ao racismo.


A possibilidade de se delinear biologicamente populações de uma espécie não faz delas imediatamente "raças", muito menos equivalentes a raças caninas, selecionadas artificialmente.

Taxonomia em biologia não é algo muito "exato", havendo margem para debates e taxonomias diferentes.


A "realidade social" e o comportamento das pessoas não é apenas algo condizente com o conhecimento científico mais aceito, por isso podem existir raças "sociais", que não requerem grande correspondência biológica, mesmo que isso seja crença comum sobre isso.






"Provavelmente, o maior estudo de variabilidade
humana já realizado até o momento
foi o de Rosenberg et al. (2002), que fizeram
a tipagem de 377 microssatélites autossô-
micos em 1.056 indivíduos de 52 popula-
ções definidas pela origem geográfica. Na
amostra eles tinham um total de 4.199 alelos
diferentes, 47% dos quais estavam presentes
em todas as populações – apenas 7% dos
alelos estavam presentes em somente uma
população, que, na quase totalidade das
vezes, era a africana. Esses resultados são
completamente compatíveis com a origem
recente do homem moderno na África. Além
disso, os pesquisadores calcularam que
93-95% da variabilidade genética estava
contida dentro das populações."




Isso não é ser politicamente correto, é ouvir a ciência.

Nós a todo momento escolhemos, temos nossas preferências, nada há de errado nisso. Se um homem ou uma mulher não quiser se relacionar com alguem que tenha mais ou menos melanina que ele/ela ( é basicamente isso ), é direito dele/a.

Ninguem deve se sentir coagido ou ser multado, preso por isso. Com certeza existe pessoas que não se sentem atraídas por negros e vice versa, não se deve obrigar.

Apenas quero deixar claro que cientificamente não se sustenta essa subdivisão.


Cientificamente é possível pegar uma amostra do DNA das pessoas e  com uns 90% ou mais de chance de acerto identificar qual é/são sua(s) população(ões) ancestral(is). Isso parece muito com "raça" para a maior parte das pessoas, de forma que acho que é um ponto meio nulo.

Falar da "inexistência" de raças faz mais sentido se for algo relacionado a conceitos mais "fortes" de raça, como algo equivalente a raças de cães, selecionadas artificialmente para diferentes comportamentos. Não pode ser uma negação da possibilidade de delineação "genealógica" das populações. Mesmo adaptações por seleção natural ocorreram.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #155 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:48:31 »
"Racismo" não requer a existência de "raças biologicamente reais"; e a existência ou inexistência dessas não valida imediatamente ao racismo.


A possibilidade de se delinear biologicamente populações de uma espécie não faz delas imediatamente "raças", muito menos equivalentes a raças caninas, selecionadas artificialmente.

Taxonomia em biologia não é algo muito "exato", havendo margem para debates e taxonomias diferentes.


A "realidade social" e o comportamento das pessoas não é apenas algo condizente com o conhecimento científico mais aceito, por isso podem existir raças "sociais", mesmo que se possa negar ou questionar a validade de raças biológicas.



Sim. Concordo que as pessoas criaram "raças sociais", quando na verdade são apenas etnias diferentes. Mas essa distinção foi baseada alem de algumas poucas características físicas e culturais, tambem pela suposição científica em séculos passados que separou a humanidade em raças.

Até hoje as pessoas usam argumentos já invalidados da ciência pela própria ciência para corroborar o racismo, por isso é bom deixar claro isso.

Se as pessoas querem se dividir em grupos com menos ou mais melaninas, altura, tamanho do pé... desde que não haja agressão e violação dos direitos alheios, por mim, que se danem.



"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Sergiomgbr

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #156 Online: 29 de Novembro de 2015, 21:55:29 »


Claro que existe racismo, claro que muitos homens desvalorizam mulheres negras, mas isso deve -se combater intelectualmente, não coagindo e invertendo os papéis como esses grupos fazem.
Claro que existe o racismo, aliás, como não podia deixar de ser, uma vez que existem raças.



Eu disse que sub raças de humanos não existem. Todos os seres humanos biologicamente falando,com dados genéticos estudados, são da espécie homo- sapiens, não há como dividir em sub especies ou raças, o termo foi abandonado há muito tempo.

Claro que há como dividir, tanto que o mesmo é feito com cachorros.


O racismo que existe é anti científico, não se baseia em fatos portanto é apenas ignorância das pessoas.
Não acho nada de anticientífico como querem empurrar por questões politicamente corretas, alías, muito pelo contrário. Raças existem, e o racismo, qualitativamente destituído de sua carga pejorativa é apenas uma forma de ordenar ideias relativas a raças sem este estar certo ou errado, por definição.

Abominar conceitos como eugenia e racismo pela polêmica que suscitam é apenas "jogar o lixo para debaixo do tapete". O "sábado é do homem", não o contrário.




https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/racas-humanas-nao-existem-como-entidades-biologicas-diz-geneticista.htm


"Provavelmente, o maior estudo de variabilidade
humana já realizado até o momento
foi o de Rosenberg et al. (2002), que fizeram
a tipagem de 377 microssatélites autossô-
micos em 1.056 indivíduos de 52 popula-
ções definidas pela origem geográfica. Na
amostra eles tinham um total de 4.199 alelos
diferentes, 47% dos quais estavam presentes
em todas as populações – apenas 7% dos
alelos estavam presentes em somente uma
população, que, na quase totalidade das
vezes, era a africana. Esses resultados são
completamente compatíveis com a origem
recente do homem moderno na África. Além
disso, os pesquisadores calcularam que
93-95% da variabilidade genética estava
contida dentro das populações."




Isso não é ser politicamente correto, é ouvir a ciência.

Citar
A raça é um conceito que obedece diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a


Variedades fenotípicas entre pessoas não só são muitas mas também intensas. Eu até diria que a história das espécies é a história das variações fenotípicas(e só depois, genotípicas).
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #157 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:16:06 »
"Racismo" não requer a existência de "raças biologicamente reais"; e a existência ou inexistência dessas não valida imediatamente ao racismo.


A possibilidade de se delinear biologicamente populações de uma espécie não faz delas imediatamente "raças", muito menos equivalentes a raças caninas, selecionadas artificialmente.

Taxonomia em biologia não é algo muito "exato", havendo margem para debates e taxonomias diferentes.


A "realidade social" e o comportamento das pessoas não é apenas algo condizente com o conhecimento científico mais aceito, por isso podem existir raças "sociais", que não requerem grande correspondência biológica, mesmo que isso seja crença comum sobre isso.






"Provavelmente, o maior estudo de variabilidade
humana já realizado até o momento
foi o de Rosenberg et al. (2002), que fizeram
a tipagem de 377 microssatélites autossô-
micos em 1.056 indivíduos de 52 popula-
ções definidas pela origem geográfica. Na
amostra eles tinham um total de 4.199 alelos
diferentes, 47% dos quais estavam presentes
em todas as populações – apenas 7% dos
alelos estavam presentes em somente uma
população, que, na quase totalidade das
vezes, era a africana. Esses resultados são
completamente compatíveis com a origem
recente do homem moderno na África. Além
disso, os pesquisadores calcularam que
93-95% da variabilidade genética estava
contida dentro das populações."




Isso não é ser politicamente correto, é ouvir a ciência.

Nós a todo momento escolhemos, temos nossas preferências, nada há de errado nisso. Se um homem ou uma mulher não quiser se relacionar com alguem que tenha mais ou menos melanina que ele/ela ( é basicamente isso ), é direito dele/a.

Ninguem deve se sentir coagido ou ser multado, preso por isso. Com certeza existe pessoas que não se sentem atraídas por negros e vice versa, não se deve obrigar.

Apenas quero deixar claro que cientificamente não se sustenta essa subdivisão.


Cientificamente é possível pegar uma amostra do DNA das pessoas e  com uns 90% ou mais de chance de acerto identificar qual é/são sua(s) população(ões) ancestral(is). Isso parece muito com "raça" para a maior parte das pessoas, de forma que acho que é um ponto meio nulo.

Falar da "inexistência" de raças faz mais sentido se for algo relacionado a conceitos mais "fortes" de raça, como algo equivalente a raças de cães, selecionadas artificialmente para diferentes comportamentos. Não pode ser uma negação da possibilidade de delineação "genealógica" das populações. Mesmo adaptações por seleção natural ocorreram.





Essas variações são mínimas, segundo o artigo que eu postei aí em cima, 85% de variação genômica se dá de forma difusa em toda a espécie humana, não há mudanças fortes para se caracterizar como uma sub raça.

Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Claro que (muito provavelmente) não partilhamos o mesmo tataravô e temos uma pequena diferença genética, mas isso não nos caracteriza como de raças diferentes. Se as pessoas pensam assim devem estudar mais genética. ( não que eu seja especialista e entenda , mas pretendo e é só pesquisar um pouco.)

"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Sergiomgbr

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #158 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:19:54 »


Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Uma coisa não tem necessariamente concomitância com a outra.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #159 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:22:12 »


Claro que existe racismo, claro que muitos homens desvalorizam mulheres negras, mas isso deve -se combater intelectualmente, não coagindo e invertendo os papéis como esses grupos fazem.
Claro que existe o racismo, aliás, como não podia deixar de ser, uma vez que existem raças.



Eu disse que sub raças de humanos não existem. Todos os seres humanos biologicamente falando,com dados genéticos estudados, são da espécie homo- sapiens, não há como dividir em sub especies ou raças, o termo foi abandonado há muito tempo.

Claro que há como dividir, tanto que o mesmo é feito com cachorros.


O racismo que existe é anti científico, não se baseia em fatos portanto é apenas ignorância das pessoas.
Não acho nada de anticientífico como querem empurrar por questões politicamente corretas, alías, muito pelo contrário. Raças existem, e o racismo, qualitativamente destituído de sua carga pejorativa é apenas uma forma de ordenar ideias relativas a raças sem este estar certo ou errado, por definição.

Abominar conceitos como eugenia e racismo pela polêmica que suscitam é apenas "jogar o lixo para debaixo do tapete". O "sábado é do homem", não o contrário.




https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/racas-humanas-nao-existem-como-entidades-biologicas-diz-geneticista.htm


"Provavelmente, o maior estudo de variabilidade
humana já realizado até o momento
foi o de Rosenberg et al. (2002), que fizeram
a tipagem de 377 microssatélites autossô-
micos em 1.056 indivíduos de 52 popula-
ções definidas pela origem geográfica. Na
amostra eles tinham um total de 4.199 alelos
diferentes, 47% dos quais estavam presentes
em todas as populações – apenas 7% dos
alelos estavam presentes em somente uma
população, que, na quase totalidade das
vezes, era a africana. Esses resultados são
completamente compatíveis com a origem
recente do homem moderno na África. Além
disso, os pesquisadores calcularam que
93-95% da variabilidade genética estava
contida dentro das populações."




Isso não é ser politicamente correto, é ouvir a ciência.

Citar
A raça é um conceito que obedece diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a


Variedades fenotípicas entre pessoas não só são muitas mas também intensas. Eu até diria que a história das espécies é a história das variações fenotípicas(e só depois, genotípicas).


Cães e algumas outras raças sofreram influência nossa, seleção artificial, forçamos as mudanças desses animais, não permitimos trocas gênicas e os moldamos. Não há como comparar conosco porque não fomos isolados e sofremos grandes mudanças genéticas ou até mesmo morfológicas como esses animais.

Compartilhamos a maior parte de nosso material genético e mantemos esse fluxo.

"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #160 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:23:36 »


Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Uma coisa não tem necessariamente concomitância com a outra.


Por quê?
"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Sergiomgbr

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #161 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:41:29 »


Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Uma coisa não tem necessariamente concomitância com a outra.


Por quê?
Por que troca de material genético muito alta e " fluxo gênico" grande nem sempre são impeditivos de especiações. Há outras demandas como por exemplo, influência do meio, ou mesmo  aleatoriedade genética, determinantes para especiações.
« Última modificação: 29 de Novembro de 2015, 22:44:24 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #162 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:47:36 »
Essas variações são mínimas, segundo o artigo que eu postei aí em cima, 85% de variação genômica se dá de forma difusa em toda a espécie humana, não há mudanças fortes para se caracterizar como uma sub raça.

As diferenças entre espécies próximas também podem ser mínimas e elas também terem mais variação total "interna" do que entre uma e outra.

Há diferentes preferências/critérios para classificação biológica em geral. "Splitters" e "lumpers".

Qualquer que seja o "status" biológico mais defensável se tratando de raças humanas, é algo irrelevante para a questão de "racismo", que não é só invalidado por "não haver raças humanas" -- raciocínio que meio que deixa implícito que "se existissem raças, então o racismo seria correto".
 

Citar
Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Acho que ninguém diz que haja diferentes espécies humanas vivas hoje.

O que uns acham é que "válido" ou "útil" rotular populações humanas, biologicamente delineadas, como de fato é rotineiramente feito em pesquisa científica/médica. Coisa que se assemelha tanto com o conceito popular de raça que fica sempre meio difícil dizer que "não é", mesmo que "não seja mesmo" em todas as minúcias técnicas, dependendo do critério adotado como suficiente para "raça". 

E mesmo o rótulo meramente social acaba tendo implicações biológicas, o que cria uma "segunda" realidade biológica de "raça", essa até mais coincidente com a social.


Citar
Claro que (muito provavelmente) não partilhamos o mesmo tataravô e temos uma pequena diferença genética, mas isso não nos caracteriza como de raças diferentes. Se as pessoas pensam assim devem estudar mais genética. ( não que eu seja especialista e entenda , mas pretendo e é só pesquisar um pouco.)

Eu não estou discordando dos "fatos biológicos" -- apenas da importância que você está dando à taxonomia e a julgá-la algo meio inerentemente "inválido"/impossível nesse caso.

Não estou nem dizendo "existem raças" -- apenas que é possível sustentar isso, dependendo do que se considere suficiente para haver "raças", que não é algo sobre o qual existe consenso absoluto.

É um pouco como a questão sobre se Plutão é planeta ou planetóide, ou como quer que o tenham classificado agora. As pessoas inventam categorias, e os critérios para o que se enquadraria nelas não são absolutamente rígidos. A Terra é um planeta martóide ou venusianóide? Ou será que é Vênus um planeta Terróide, e não martóide? Ou nenhum desses existem, e são todos só planetas rochosos? O pastor suíço existe, ou é só um novo branding do pastor alemão branco?



A posição política/moral de condenação ao racismo não pode depender da inexistência de raças biológicas -- isso é validar moralmente o racismo.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #163 Online: 29 de Novembro de 2015, 22:49:47 »


Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Uma coisa não tem necessariamente concomitância com a outra.


Por quê?
Por que troca de material genético muito alta e " fluxo gênico" grande nem sempre são impeditivos de especiações. Há outras demandas como por exemplo, influência do meio, ou mesmo  aleatoriedade genética, determinantes para especiações.


Se há grande troca de material genético entre pessoas de vários lugares diferentes o "pool gênico" de uma determinada região não fica retida ali, não há como uma população em tão pouco tempo e com trocas genéticas recorrentes se diferenciar assim.

É muito comum uma espécie se separar por alguma mudança no meio e não trocarem genes mas se ocorre encontros e elas ainda podem cruzar a especiação não ocorre.
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Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #164 Online: 29 de Novembro de 2015, 23:11:37 »
Essas variações são mínimas, segundo o artigo que eu postei aí em cima, 85% de variação genômica se dá de forma difusa em toda a espécie humana, não há mudanças fortes para se caracterizar como uma sub raça.

As diferenças entre espécies próximas também podem ser mínimas e elas também terem mais variação total "interna" do que entre uma e outra.

Há diferentes preferências/critérios para classificação biológica em geral. "Splitters" e "lumpers".

Qualquer que seja o "status" biológico mais defensável se tratando de raças humanas, é algo irrelevante para a questão de "racismo", que não é só invalidado por "não haver raças humanas" -- raciocínio que meio que deixa implícito que "se existissem raças, então o racismo seria correto".
 

Citar
Nossa espécie é relativamente jovem e a troca de material genético é  muito alta, o fluxo gênico é grande, isso impede especiação.

Acho que ninguém diz que haja diferentes espécies humanas vivas hoje.

O que uns acham é que "válido" ou "útil" rotular populações humanas, biologicamente delineadas, como de fato é rotineiramente feito em pesquisa científica/médica. Coisa que se assemelha tanto com o conceito popular de raça que fica sempre meio difícil dizer que "não é", mesmo que "não seja mesmo" em todas as minúcias técnicas, dependendo do critério adotado como suficiente para "raça". 

E mesmo o rótulo meramente social acaba tendo implicações biológicas, o que cria uma "segunda" realidade biológica de "raça", essa até mais coincidente com a social.


Citar
Claro que (muito provavelmente) não partilhamos o mesmo tataravô e temos uma pequena diferença genética, mas isso não nos caracteriza como de raças diferentes. Se as pessoas pensam assim devem estudar mais genética. ( não que eu seja especialista e entenda , mas pretendo e é só pesquisar um pouco.)

Eu não estou discordando dos "fatos biológicos" -- apenas da importância que você está dando à taxonomia e a julgá-la algo meio inerentemente "inválido"/impossível nesse caso.

Não estou nem dizendo "existem raças" -- apenas que é possível sustentar isso, dependendo do que se considere suficiente para haver "raças", que não é algo sobre o qual existe consenso absoluto.

É um pouco como a questão sobre se Plutão é planeta ou planetóide, ou como quer que o tenham classificado agora. As pessoas inventam categorias, e os critérios para o que se enquadraria nelas não são absolutamente rígidos. A Terra é um planeta martóide ou venusianóide? Ou será que é Vênus um planeta Terróide, e não martóide? Ou nenhum desses existem, e são todos só planetas rochosos? O pastor suíço existe, ou é só um novo branding do pastor alemão branco?



A posição política/moral de condenação ao racismo não pode depender da inexistência de raças biológicas -- isso é validar moralmente o racismo.


 
Não acho que seja mera questão taxonomica, os estudos moleculares estão todos mostrando que não há grandes diferenças.

Mas concordo que são muitos detalhes subjetivos e essa discussão seria inconclusiva, não sei te responder algumas dessas subjetividades.

Se existissem raças humanas, não haveria problema em haver racismo, desde que não houvesse agressões. E como todos sabem sempre existiu algum tipo de racismo e nem sempre negativo, como há mais incentivos a nadadores brancos, corredores negros... por algumas poucas mudanças que existem em cada etnia ( sim, há diferenças mas não absurdas).

Eu só quero dizer que o pilar do racismo é infundado,  estudos já refutados de biologia e características físicas.
"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline El Elyon

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #165 Online: 30 de Novembro de 2015, 00:10:36 »
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Não acho que seja mera questão taxonomica, os estudos moleculares estão todos mostrando que não há grandes diferenças.

Não exatamente. É completamente possível distinguir indivíduos de diferentes populações de acordo com a quantidade adequada de alelos a serem avaliados e essas populações distintas a nível alélico apresentam mais distinções quanto a distribuição do que presença/ausência de certos alelos em seu interior, formando um gradiente se vista pela "bird's eye view". Caso queira uma boa explicação quanto a isso, veja os quatro artigos sobre o tópico no Genetics Made Complicated (esse link é para o último artigo, que tem atalho para todos anteriores).

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Eu só quero dizer que o pilar do racismo é infundado,  estudos já refutados de biologia e características físicas.

...por algumas poucas mudanças que existem em cada etnia ( sim, há diferenças mas não absurdas).

Apenas para ilustrar como você está se contradizendo. Alguém que defenda a hipótese da existência de raças pode perfeitamente argumentar que essas diferenças são pequenas, mas existentes e talvez relevantes a nível populacional (mas não necessariamente individual). E então, como você manteria sua afirmação categórica em que "o pilar do racismo é infundado"?  :)

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A posição política/moral de condenação ao racismo não pode depender da inexistência de raças biológicas -- isso é validar moralmente o racismo.

Apenas para reiterar que eu concordo completamente com essa afirmação - mas lembrando que defender essa postura exige que a pessoa não seja um naturalista moral, já que não se pode fazer distinção entre "É" e "Deve Ser" (o "Is-Ought Problem" ou "Guilhotina de Hume") nessa postura.
"As long as the Colossus stands, Rome will stand, when the Colossus falls, Rome will also fall, when Rome falls, so falls the world."

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Offline Skeptikós

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #166 Online: 30 de Novembro de 2015, 12:03:16 »
O que eu vejo aí é a galera criticando a hipocrisia do cara, ele sempre faz discurso sobre valorizar as mulheres negras, e, como muitos negros, assim que fica rico e famoso, se junta com uma mulher branca.
Quer dizer que se eu fazer uma música exaltando a beleza da mulher ruiva, dali em diante eu não poderei me relacionar com qualquer outro biotipo de mulher, sob pena de ser acusado de hipócrita e racista?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #167 Online: 30 de Novembro de 2015, 12:54:51 »
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Não acho que seja mera questão taxonomica, os estudos moleculares estão todos mostrando que não há grandes diferenças.

Não exatamente. É completamente possível distinguir indivíduos de diferentes populações de acordo com a quantidade adequada de alelos a serem avaliados e essas populações distintas a nível alélico apresentam mais distinções quanto a distribuição do que presença/ausência de certos alelos em seu interior, formando um gradiente se vista pela "bird's eye view". Caso queira uma boa explicação quanto a isso, veja os quatro artigos sobre o tópico no Genetics Made Complicated (esse link é para o último artigo, que tem atalho para todos anteriores).

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Eu só quero dizer que o pilar do racismo é infundado,  estudos já refutados de biologia e características físicas.

...por algumas poucas mudanças que existem em cada etnia ( sim, há diferenças mas não absurdas).

Apenas para ilustrar como você está se contradizendo. Alguém que defenda a hipótese da existência de raças pode perfeitamente argumentar que essas diferenças são pequenas, mas existentes e talvez relevantes a nível populacional (mas não necessariamente individual). E então, como você manteria sua afirmação categórica em que "o pilar do racismo é infundado"?  :)

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A posição política/moral de condenação ao racismo não pode depender da inexistência de raças biológicas -- isso é validar moralmente o racismo.

Apenas para reiterar que eu concordo completamente com essa afirmação - mas lembrando que defender essa postura exige que a pessoa não seja um naturalista moral, já que não se pode fazer distinção entre "É" e "Deve Ser" (o "Is-Ought Problem" ou "Guilhotina de Hume") nessa postura.



 
 Sim, dá para distinguir individuos até na mesma família por estudos genéticos, mas em comparação ao grau de alelos iguais,  tem pouca importância. Se eu comparar os meus com parentes que moram na Itália e que foram separados há umas três gerações, seremos de raças diferentes ( Apenas porque lá alguns se misturaram, por exemplo, com turcos e aqui com índios)?

Acho que esse conceito de raças seria científico no caso de humanos se houvesse mais tempo para diferenciação, uma população isolada por muito mais tempo e uma grande pressão para ocorrer variabilidades.

Nossa espécie, mesmo pessoas que vivem no Alaska, por meio da tecnologia não sofrem grandes pressões do meio para acelerar processos importantes de mutações e muito menos estão isoladas. Obviamente há populações na África e até na América que estão isoladas mas o curto tempo e as diferenças do meio não são tão grandes para haver uma grande mudança. Pode ocorrer daqui a uns milhares de anos, claro.


Não acho que tenha contradição, pelo grau de miscigenação na nossa espécie, você pode achar descendentes bastante diferentes em poucas linhagens de seus antepassados, tudo por causa do fluxo gênico. As características compartilhadas em toda a Terra são muito maiores que as diferenças entre as populações.

A nível mundial a tendência pela constante migração, menor pressão do ambiente é termos populações miscigenadas como a do Brasil. Muito provavelmente algumas populações isoladas poderão se diferenciar e estão, mas o tempo para haver mudanças significativas ainda não é o suficiente.

 O artigo abaixo mostra um estudo de 1972 que mais  85,4% da diversidade alélica  estudados ocorria entre indivíduos de uma mesma população, 8,3% entre diferentes populações de uma mesma “raça” e apenas 6,3% entre as chamadas “raças”. E em um outro estudo que está nesse mesmo artigo de 2002, os pesquisadores calcularam que 93-95% da variabilidade genética estava contida dentro das populações. Se as pessoas acham que 5% separa a espécie humana em sub espécies, direito delas. Boa sorte em separar os brasileiros em raças.  :)


http://www.usp.br/revistausp/68/02-sergio-telma.pdf


Quanto ao combate ao racismo pejorativo, agressivo, não se deve depender da biologia mesmo, deve - se depender dos direitos individuais.










"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #168 Online: 30 de Novembro de 2015, 13:19:00 »
" Os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética". E por isso separar por aspectos físicos é anti científico.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2011/02/877676-dna-de-negros-e-pardos-do-brasil-e-60-a-80-europeu.shtml
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Offline El Elyon

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #169 Online: 30 de Novembro de 2015, 13:30:12 »
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Sim, dá para distinguir individuos até na mesma família por estudos genéticos, mas em comparação ao grau de alelos iguais,  tem pouca importância. Se eu comparar os meus com parentes que moram na Itália e que foram separados há umas três gerações, seremos de raças diferentes ( Apenas porque lá alguns se misturaram, por exemplo, com turcos e aqui com índios)?

Acho que esse conceito de raças seria científico no caso de humanos se houvesse mais tempo para diferenciação, uma população isolada por muito mais tempo e uma grande pressão para ocorrer variabilidades.

Nossa espécie, mesmo pessoas que vivem no Alaska, por meio da tecnologia não sofrem grandes pressões do meio para acelerar processos importantes de mutações e muito menos estão isoladas. Obviamente há populações na África e até na América que estão isoladas mas o curto tempo e as diferenças do meio não são tão grandes para haver uma grande mudança. Pode ocorrer daqui a uns milhares de anos, claro.

Eu seria muito mais cauteloso em supor que o cenário de maior fluxo gênico válido especialmente para os últimos cinco séculos possa ser estendido para os últimos 10 milênios (dato aproximada do aparecimento da agricultura e domesticação no Crescente Fértil e Vale do Rio Amarelo), quem dera para a última glaciação (entre 12-100 mil anos atrás) e a difusão de grupos humanos do Norte da África para a Eurásia (e posteriormente, Américas).

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O artigo abaixo mostra um estudo de 1972 que mais  85,4% da diversidade alélica  estudados ocorria entre indivíduos de uma mesma população, 8,3% entre diferentes populações de uma mesma “raça” e apenas 6,3% entre as chamadas “raças”. E em um outro estudo que está nesse mesmo artigo de 2002, os pesquisadores calcularam que 93-95% da variabilidade genética estava contida dentro das populações. Se as pessoas acham que 5% separa a espécie humana em sub espécies, direito delas.


http://www.usp.br/revistausp/68/02-sergio-telma.pdf

É o conhecidíssimo artigo The Apportionment of Human Diversity do Richard Lewontin, eu sei muito bem dele. Se leu os dois links que eu repassei, ambos citam alguns detalhes que tornam esse artigo não tão generalizável (ele lida apenas com a frequência de alelos de um único locus), há uma excelente crítica sobre ele feita pelo A.W.F. Edwards chamado Human genetic diversity: Lewontin's fallacy e mesmo assumindo o valor de 5% de diferença expressam a variação quantitativa de alelos, mas não necessariamente a variação qualitativa que há neles.

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" Os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética". E por isso separar por aspectos físicos é anti científico.

E quem afirmou isso aqui? Não enfrente moinhos de ventos, Dom Quixote.  :)
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São Beda.

Offline Sergiomgbr

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #170 Online: 30 de Novembro de 2015, 13:32:00 »
" Os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética". E por isso separar por aspectos físicos é anti científico.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2011/02/877676-dna-de-negros-e-pardos-do-brasil-e-60-a-80-europeu.shtml
Não importa a quantidade de variação(se é pouca ou se é muita), necessariamente, mas a qualidade da variação. As vezes uma variação mínima as vezes até a princípio indetectável pode ser determinante para diferenciação fenotípica e até genotípica entre dois indivíduos de uma mesma espécie. Pra você ter uma ideia, o que antes, aliás, ate muito recentemente já foi considerado DNA lixo hoje é visto como parte essencial de processos genéticos importantes.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #171 Online: 30 de Novembro de 2015, 14:09:06 »
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Sim, dá para distinguir individuos até na mesma família por estudos genéticos, mas em comparação ao grau de alelos iguais,  tem pouca importância. Se eu comparar os meus com parentes que moram na Itália e que foram separados há umas três gerações, seremos de raças diferentes ( Apenas porque lá alguns se misturaram, por exemplo, com turcos e aqui com índios)?

Acho que esse conceito de raças seria científico no caso de humanos se houvesse mais tempo para diferenciação, uma população isolada por muito mais tempo e uma grande pressão para ocorrer variabilidades.

Nossa espécie, mesmo pessoas que vivem no Alaska, por meio da tecnologia não sofrem grandes pressões do meio para acelerar processos importantes de mutações e muito menos estão isoladas. Obviamente há populações na África e até na América que estão isoladas mas o curto tempo e as diferenças do meio não são tão grandes para haver uma grande mudança. Pode ocorrer daqui a uns milhares de anos, claro.

Eu seria muito mais cauteloso em supor que o cenário de maior fluxo gênico válido especialmente para os últimos cinco séculos possa ser estendido para os últimos 10 milênios (dato aproximada do aparecimento da agricultura e domesticação no Crescente Fértil e Vale do Rio Amarelo), quem dera para a última glaciação (entre 12-100 mil anos atrás) e a difusão de grupos humanos do Norte da África para a Eurásia (e posteriormente, Américas).

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O artigo abaixo mostra um estudo de 1972 que mais  85,4% da diversidade alélica  estudados ocorria entre indivíduos de uma mesma população, 8,3% entre diferentes populações de uma mesma “raça” e apenas 6,3% entre as chamadas “raças”. E em um outro estudo que está nesse mesmo artigo de 2002, os pesquisadores calcularam que 93-95% da variabilidade genética estava contida dentro das populações. Se as pessoas acham que 5% separa a espécie humana em sub espécies, direito delas.


http://www.usp.br/revistausp/68/02-sergio-telma.pdf

É o conhecidíssimo artigo The Apportionment of Human Diversity do Richard Lewontin, eu sei muito bem dele. Se leu os dois links que eu repassei, ambos citam alguns detalhes que tornam esse artigo não tão generalizável (ele lida apenas com a frequência de alelos de um único locus), há uma excelente crítica sobre ele feita pelo A.W.F. Edwards chamado Human genetic diversity: Lewontin's fallacy e mesmo assumindo o valor de 5% de diferença expressam a variação quantitativa de alelos, mas não necessariamente a variação qualitativa que há neles.

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" Os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética". E por isso separar por aspectos físicos é anti científico.

E quem afirmou isso aqui? Não enfrente moinhos de ventos, Dom Quixote.  :)



O fluxo atual é o que importa nesse caso porque impediu a especiação ou grandes mudanças nessas populações. Tome por exemplo uma especie de peixes que por algum motivo tem seu habitat separado durante muitas gerações, mas por algum outro motivo esse habitat volta como era antes e se o tempo foi relativamente curto e essas espécies ainda podem criar descendentes férteis, as espécies não divergirão, o pool genético foi restabelecido entre elas.


Realmente não dá para generalizar, há tribos na África que são bem isoladas e possuem mais diferenças genéticas que o resto da população. Mas até onde essas diferenças são importantes  e por que as tornam outras raças? Isso ninguem disse ainda.


A última postagem não foi para você.



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Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #172 Online: 30 de Novembro de 2015, 14:12:58 »
" Os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética". E por isso separar por aspectos físicos é anti científico.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2011/02/877676-dna-de-negros-e-pardos-do-brasil-e-60-a-80-europeu.shtml
Não importa a quantidade de variação(se é pouca ou se é muita), necessariamente, mas a qualidade da variação. As vezes uma variação mínima as vezes até a princípio indetectável pode ser determinante para diferenciação fenotípica e até genotípica entre dois indivíduos de uma mesma espécie. Pra você ter uma ideia, o que antes, aliás, ate muito recentemente já foi considerado DNA lixo hoje é visto como parte essencial de processos genéticos importantes.


Quais são essas variações importantes  que tornam negros, asiáticos... de outras raças? Concordo que algo mínimo agora pode ser uma importante diferença e talvez até gerar uma nova espécie no futuro, mas no nosso presente essas características não são suficientes para fazer essa distinção, ou ainda não foram demosnstradas como tal.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #173 Online: 30 de Novembro de 2015, 14:43:16 »
Eu só quero dizer que o pilar do racismo é infundado,  estudos já refutados de biologia e características físicas.
).

Mais importante para o racismo do que a sustentação da classificação em raças biológicas (ou "sociais") são o exagero/invenção de diferenças "raciais" (que nem necessariamente serão "raciais", como em anti-semitismo ou islamofobia), bem como a consideração moral de que tais diferenças justificariam discriminação, política e individual.

De forma similar que o "sexismo" não tem o "pilar" em ser possível reconhecer dois tipos de genitálias em vez de serem todos hermafroditas, mas sugere diferenças mais significativas, que sexistas consideram justificar lógica e moralmente a discriminação.

Pessoas contrárias a discriminação também cometem um erro parecido em tentar minimizar exageradamente diferenças entre os sexos, dizendo coisas como que é um "mito" que homens sejam em média mais fortes e mais altos.

Sendo um argumento risível a muitas pessoas, isso acaba minando a credibilidade dessas causas -- que não requerem uma "igualdade absoluta" para defender "igualitarismo" legal/moral, haver instâncias injustas de discriminação que precisam ser combatidas.


Isso não significa que não existam muitos exageros ou coisas questionáveis se tratando de diferenças raciais e sexuais, mas é um erro tentar "refutar" tudo já na "base" com a defesa de uma igualdade biológica absoluta, de sermos praticamente uma espécie de clones hermafroditas. É antes de tudo um problema moral.

Digamos, no "pior cenário possível", que existissem pessoas que têm verificadamente características comportamentais e cognitivas marcadamente diferentes, e até inferiores, à população geral. Então, nesse caso, os "racistas venceram", essas pessoas mereceriam mesmo um tratamento sub-humano, talvez até o extermínio? Bem, pessoas assim existem: síndrome de Down, autismo, etc. De modo geral as pessoas contrárias ao racismo conseguem admitir que não existe uma igualdade absoluta nesses casos, mas serem ainda tão humanitárias e até igualitarísticas quanto possível. Possivelmente mesmo muitos racistas "de carteirinha" que tenham filhos ou parentes próximos nessas condições não vão sempre aderir a toda cartilha hitlerista e preferir que fossem alvo de um programa de eutanásia.

Quaisquer que sejam as diferenças reais de "raças" e sexo, serão ínfimas comparadas a essas, cuja existência não precisamos negar para que consideremos imoral um tratamento desumano ou injusto a essas pessoas.

Offline Azazel

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Re:Preconceito e racismo contra todas as pessoas
« Resposta #174 Online: 30 de Novembro de 2015, 15:49:01 »
Eu só quero dizer que o pilar do racismo é infundado,  estudos já refutados de biologia e características físicas.
).

Mais importante para o racismo do que a sustentação da classificação em raças biológicas (ou "sociais") são o exagero/invenção de diferenças "raciais" (que nem necessariamente serão "raciais", como em anti-semitismo ou islamofobia), bem como a consideração moral de que tais diferenças justificariam discriminação, política e individual.

De forma similar que o "sexismo" não tem o "pilar" em ser possível reconhecer dois tipos de genitálias em vez de serem todos hermafroditas, mas sugere diferenças mais significativas, que sexistas consideram justificar lógica e moralmente a discriminação.

Pessoas contrárias a discriminação também cometem um erro parecido em tentar minimizar exageradamente diferenças entre os sexos, dizendo coisas como que é um "mito" que homens sejam em média mais fortes e mais altos.

Sendo um argumento risível a muitas pessoas, isso acaba minando a credibilidade dessas causas -- que não requerem uma "igualdade absoluta" para defender "igualitarismo" legal/moral, haver instâncias injustas de discriminação que precisam ser combatidas.


Isso não significa que não existam muitos exageros ou coisas questionáveis se tratando de diferenças raciais e sexuais, mas é um erro tentar "refutar" tudo já na "base" com a defesa de uma igualdade biológica absoluta, de sermos praticamente uma espécie de clones hermafroditas. É antes de tudo um problema moral.

Digamos, no "pior cenário possível", que existissem pessoas que têm verificadamente características comportamentais e cognitivas marcadamente diferentes, e até inferiores, à população geral. Então, nesse caso, os "racistas venceram", essas pessoas mereceriam mesmo um tratamento sub-humano, talvez até o extermínio? Bem, pessoas assim existem: síndrome de Down, autismo, etc. De modo geral as pessoas contrárias ao racismo conseguem admitir que não existe uma igualdade absoluta nesses casos, mas serem ainda tão humanitárias e até igualitarísticas quanto possível. Possivelmente mesmo muitos racistas "de carteirinha" que tenham filhos ou parentes próximos nessas condições não vão sempre aderir a toda cartilha hitlerista e preferir que fossem alvo de um programa de eutanásia.

Quaisquer que sejam as diferenças reais de "raças" e sexo, serão ínfimas comparadas a essas, cuja existência não precisamos negar para que consideremos imoral um tratamento desumano ou injusto a essas pessoas.



Mas eu nunca neguei que há diferenças,tanto em questões étnicas quanto sexuais, pode ler o que escrevi anteriormente. O que estou dizendo é que não vejo algumas poucas características diferentes justificativa para separarmos a população em raças. Nem sempre uma pessoa que tenha mais melanina terá maior grau de parentescos com africanos do que algumas pessoas que tenham menos, até e outras características tambem além da cor.


Voltando ao assunto original, que é racismo social, desde que não haja agressão, as pessoas podem escolher se relacionar com quem desejar, seja namoro, negócios... acho que não deveria ter mais nada além dessa "regra".







« Última modificação: 30 de Novembro de 2015, 15:55:52 por Azazel »
"Estou contigo", pareceu dizer-lhe O`Brien. "Sei exatamente o que sentes. Sei tudo de teu desprezo, teu ódio, teu nojo. Mas não te aflijas, estou a teu lado!" 1984 - George Orwell

 

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