Segue um bom resumo da História de Israel pelo crápula* do Rodrigo Constantino. Não tenho conhecimentos profundos de história e não sei dizer se tudo o que vai abaixo é acurado:
*para os haters
Não odeio o Rodrigo Constantino, apenas não concordo com 99% do que ele escreve e acho que ele possui uma agenda política e ideológica muito clara. Mas acho que ele acredita mesmo no que escreve.
No caso em questão, ele está falando do movimento Sionista que surgiu no final do século XIX. Mas regredindo... os palestinos e israelenses possuem uma única origem étnica: o povo levantino. A identificação dos palestinos com árabes se dá no contexto posterior das conquistas muçulmanas. Após a diáspora dos judeus causada pelos romanos, alguns grupos judeus permaneceram na Palestina (apesar da maioria ter sido exilada ou feita escrava). Durante o período de domínio muçulmano os judeus possuíam uma relativa liberdade por ser considerado um dos povos do livro, que incluía ainda os cristãos. Não tinham os mesmos direitos que os muçulmanos, particularmente em relação a impostos, mas tinham liberdade de culto e atividade laboral.
O respeito aos "Povos do Livro" levou os muçulmanos, como prescreve o Corão, a legalizar a presença das minorias - cristãs e judaicas - em seus vastos domínios. No período do Califado (632-1057), um código de leis - Estatuto Dhimmis - foi instituído, obrigando judeus e cristãos a pagar certas taxas e impostos que lhes permitissem viver em terras muçulmanas, sem terem aceito Alá. O Corão, livro sagrado do islamismo, manifesta-se, de forma clara e inequívoca, sobre a existência das religiões judaica e cristã. Os muçulmanos reconhecem as duas religiões como formas "primitivas, incompletas e imperfeitas do Islã, embora depositárias de uma genuína, ainda que distorcida revelação divina" (2). Pelos Estatutos Dhimmis, tendo pago as devidas taxas, judeus e cristãos poderiam lá residir e manter o exercício livre de suas habilidades profissionais. Não aceitando Alá e o Corão, as duas minorias diferenciavam-se dos cidadãos árabes por opção própria e, como tal, passavam a ser "cidadãos de segunda classe".
http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=216&p=0O que era muito diferente do que acontecia na Europa no mesmo período. Durante a Primeira Cruzada aconteceram vários massacres a judeus, inclusive durante ao cerco de Jerusalém (entre cristãos do oriente, muçulmanos e judeus morreram entre 6.000 a 40.000 pessoas, sendo alguns judeus queimados nas sinagogas).
Agora sobre o movimento sionista, ele surgiu na esteira dos movimentos nacionalistas da Europa, que levarão à I Guerra Mundial. Foi um movimento de nacionalistas judeus europeus que pregavam "a erradicação da Diáspora Judaica, com o retorno da totalidade dos judeus ao atual Estado de Israel. O movimento defende a manutenção da identidade judaica, opondo-se à assimilação dos judeus pelas sociedades dos países em que viviam." (wikipedia). Eles consideravam que a Palestina havia sido tomada por estranhos.
Isso, claro, passou para um processo de colonização das terras palestinas. Já "havia também a tradição judaica de migrar para a Palestina para lá morrer e ser sepultado, ou para estudos religiosos nas diversas yeshivot instaladas na região. Estas escolas de formação rabínica recebiam recursos doados por organizações filantrópicas, mas na segunda metade do século XIX, algumas destas organizações, como a Aliança Israelita Universal, passaram a investir na fundação de cidades e fazendas coletivas, dentro de um espírito socialista e secular. Assim Mikveh Israel foi fundada em 1870, seguida por Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882) e outras comunidades agrícolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion." (Wikipedia).
Como não podia deixar de ser, existiam várias vertentes de sionismo: o socialista, o político (que pretendia a criação do Estado de Israel pela via diplomática), o revisionista (liberal) e o religioso. Qual era a vertente mais forte? O socialista, que pregava que o estado judaico seria criado não pela democracia, mas pela luta de classes. Instituíram os kibbutzim e tinham entre seus membros David Ben-Gurion, Moshe Dayan, Golda Meir, Yitzhak Rabin e Shimon Peres.
Também houve levas de imigração clandestina para a Palestina, boa parte conduzida por Ben Gurion, durante o tempo que os britânicos tentavam limitar a imigração judaica.
Também não foi colocado que a Haganá (que foi a base do exército de Israel) foi uma "organização paramilitar judaica de cárater sionista, atuante no território do que era então o Mandato Britânico da Palestina, entre 1920 e 1948. Lutou contra a ocupação britânica da região e também contra a população de etnia árabe." (wikipedia). Da Haganá surgiu o Irgun que praticava atos terroristas contra militares britânicos durante o Mandato Britânico. Inclusive contra civis, como foi o caso da explosão do Hotel King David. Qual a diferença entre as ações desses grupos com as ações de grupos terroristas da palestina?
Considero que Israel tem todo o direito de existir e se defender. Mas também os palestinos têm o direito de possuir um estado próprio. É o princípio da autoafirmação dos povos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_do_Hotel_King_Davidhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Irgunhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hagan%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Sionismohttp://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=216&p=0http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_de_Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Cruzadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Judeu