
Aí vem gente me pedir mais dinheiro em tributos... pra bancar isso aí.
Só pode ser sacanagem.
Venha para o lado anarquista da força

Saudações
Não há força nenhuma nesse lado, só tem fraqueza total. São completamente fracos e insignificantes.
E nações que são quase anarquias, são quase que completamente irrelevantes no mundo. Como por exemplo a poderosa Etiópia, ou o poderoso Afeganistão.
Porque o Afeganistão seria classificado como (quase) Anarquia e não outra coisa?
Otan avalia futuro de missão no Afeganistão em meio a aumento de fadiga e frustraçãosegunda-feira, 9 de novembro de 2015 08:47 BRST Imprimir [-] Texto
Tropas da Otan na área de Torkham, no Afeganistão. 16/06/2014 REUTERS/ Parwiz
Por Krista Mahr e Sabine Siebold
CABUL/ZARAGOZA, Espanha (Reuters) - Parceiros da Otan estão considerando maneiras de reforçar a missão de treinamento e assistência no Afeganistão, à medida que crescem as preocupações sobre a capacidade das forças locais de enfrentarem uma insurgência crescente de militantes do Taliban, de acordo com autoridades em Bruxelas e Cabul.
O sucesso do Taliban em tomar a cidade de Kunduz, no final de setembro, e mantê-la por diversos dias causou choque entre parceiros internacionais do Afeganistão, que investiram bilhões de dólares na tentativa de criar uma força de segurança capaz de se manter.
"A situação é preocupante, não é tão estável quanto esperávamos que seria", disse o general Hans-Lothar Domroese, veterano do Afeganistão, que é o segundo principal general da Alemanha na Otan.
Falando às margens de um exercício da Otan na Espanha, ele disse que
o fraco controle do governo em muitas áreas e a corrupção estão dificultando o reforço de segurança, mas acrescentou: "se não ficarmos, vai virar um turbilhão, e existe um perigo significativo de isso acontecer".
Ministros de países da Otan estão programados para se encontrar em dezembro para decidir o futuro da missão Apoio Firme, uma operação de não combate liderada pela Otan e iniciada em janeiro para treinar, assessorar e ajudar o governo afegão e as forças locais de segurança.
Formalmente o acordo entre Otan e Afeganistão não tem data de fim determinada, mas, na prática, seu futuro depende da vontade dos países membros de se comprometerem com o envio de tropas e recursos.
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Governo central fraco. Não consegue impor o seu poder de polícia na maior parte (ou todo) o território.
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN0SY0Y320151109-------------------------
Afeganistão: Nem Perdido nem Esquecido* Ban Ki-moon Secretário-Geral das Nações Unidas
O Afeganistão é um símbolo poderoso dos custos inerentes a abandonar nações às forças desgovernadas da anarquia. Isso é suficiente para justificar os esforços internacionais para ajudar a reconstruir o país.
Para que não reste qualquer dúvida, basta recordar o 11 de Setembro de 2001 e as suas repercussões à escala mundial. Então aprendemos que, desprovido das suas instituições cívicas, um país se converte num vazio que irá ser ocupado por criminosos e oportunistas. Mergulhado no caos e na pobreza, o Afeganistão tornou-se a base do terrorismo.
Teremos de aprender de novo essa lição? Durante os últimos seis anos, uma parceria internacional maciça empenhou-se em reconstruir as instituições do Estado afegão. Foi aprovada uma Constituição moderna, após consultas populares alargadas. Realizaram-se eleições presidenciais e legislativas. Três milhões de refugiados regressaram ao país, depois de décadas no exílio. É evidente que uma grande maioria da população apoia os esforços envidados pela comunidade internacional a seu favor.
Acontece, porém, que estes progressos estão ameaçados. Mais uma vez, os oportunistas estão em ascensão, procurando tornar
o Afeganistão um lugar onde reina a anarquia, um foco de instabilidade, terrorismo e tráfico de drogas. Recorrem a meios desesperados: bombistas suicidas, raptos, assassínio de funcionários do Governo e sequestro de comboios de ajuda humanitária. A reacção daqueles que, no exterior do Afeganistão, apelam a uma retirada parcial ou total das forças internacionais, é quase mais desanimadora. Isso constituiria um erro de avaliação de proporções históricas, uma repetição de um erro que já teve consequências terríveis.
A ONU está no Afeganistão há muitas décadas. A nossa memória institucional remonta aos traumas dos Taliban e à época em que milícias rivais se combatiam para se apoderar dos escassos despojos de um país destroçado pela guerra civil. Esperamos que chegue o dia em que as instituições do Estado afegão sejam autónomas, capazes de enfrentar com dignidade as difíceis tarefas da reconstrução e desenvolvimento, garantindo, ao mesmo tempo, a segurança e a justiça ao seu povo no interior de fronteiras seguras.
Acredito em que esse dia está ao nosso alcance. Não podemos permitir que se perca devido à violência desumana dos rebeldes de hoje.
Apesar de todas as frustrações e reveses periódicos, o apoio forte e continuado da comunidade internacional ao Afeganistão é encorajador. Não obstante as preocupações com a segurança, houve progressos evidentes. A escolarização das raparigas aumentou de uma maneira impressionante, nos últimos cinco anos, e seis milhões de crianças estão matriculadas, hoje, na escola, em comparação com menos de um milhão durante o regime Taliban. Mais de cinco milhões de crianças foram vacinadas contra a poliomielite, o que é crucial não só para elas mas também para a nossa luta pela erradicação da doença no mundo. Meio milhão de afegãos passou a ter acesso a água potável.
Novas estradas ajudam os agricultores a levar os seus produtos para os mercados. Os agricultores afegãos asseguram agora a satisfação de 95% das necessidades de cereais do país, quando, em 2001, essa percentagem era inferior a 50%. A Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão, criada na sequência do Acordo de Bona de 2001, tem actualmente nove escritórios provinciais que promovem activamente os direitos humanos. No tempo dos Taliban, a participação das mulheres na vida pública e política era nula. Hoje em dia, 28% dos assentos no parlamento são ocupados por mulheres.
A ONU, juntamente com os seus homólogos nacionais e internacionais, as organizações não-governamentais e a sociedade civil afegã, continuará a prestar ao Governo afegão toda a assistência de que necessita para levar mais longe essas realizações. O nosso êxito colectivo depende da continuação da presença da Forca Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), comandada pela OTAN, que ajuda os governos locais de quase todas as províncias a manter a segurança e a realizar projectos de reconstrução.
Em Dezembro, o Exército Nacional Afegão, apoiado pela ISAF, reconquistou a cidade de Musa Qala, na província de Helmand, no Sul do país, ocupada por rebeldes desde Fevereiro de 2007 e uma importante zona de cultivo de papoila do ópio. O que é significativo é que a operação foi dirigida pelo exército afegão e levada a cabo a pedido da população local. Finalmente, o trabalho em prol do desenvolvimento pode começar de novo em Musa Qala.
O Governo afegão tem ainda um longo caminho a percorrer para recuperar o controlo do seu destino. Mas fá-lo-á. Trata-se de um trabalho duro, sem glória, que exige grandes sacrifícios. E é por isso que lá estamos.
http://www.unric.org/pt/actualidade/opiniao/15058