Autor Tópico: Estado Islâmico  (Lida 83568 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1325 Online: 01 de Dezembro de 2015, 21:50:11 »
Será que o Putin ficou putin mesmo ou ele é tranquilo?
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Offline Fabrício

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1326 Online: 01 de Dezembro de 2015, 21:51:20 »
Será que o Putin ficou putin mesmo ou ele é tranquilo?

Ficou Putin quando o avião foi derrubado, mas agora está mais calmo.
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Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1327 Online: 01 de Dezembro de 2015, 21:56:13 »
OTAN premia Erdogan com novas armas antiaéreas instaladas na Turquia © AP Photo/ Emrah Gurel



A OTAN planeja enviar mais aviões e armas de defesa antiaérea à Turquia apesar de Ancara ter usado os seus caças para abater o bombardeiro russo Su-24 que estava realizando missões antiterroristas na Síria.

S-400.

OTAN aumenta presença no Oriente Médio após Rússia implantar S-400 na Síria
Esta informação foi divulgada pela revista alemã Die Welt que alega fontes de alto nível na OTAN.
Os ministros do Exterior dos países-membros da OTAN encontram-se nesta terça e quarta-feira (dias 1 e 2) em Bruxelas onde discutirão as propostas, diz a edição alemã. A decisão será tomada dentro das duas semanas que vêm.

A Aliança tem planos de fornecer caças-interceptores equipados com radares AWACS (Sistema Aéreo de Alerta e Controle). A OTAN também pretende fortalecer os sistemas de mísseis antiaéreos da Turquia e melhorar o controle do tráfego aéreo.

O avião russo Su-24 foi abatido por um caça F-16 turco sobre o território sírio, tendo caído a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia. O presidente russo, Vladimir Putin, chamou a derrubada do avião de um "golpe nas costas por cúmplices dos terroristas". Ancara declara que o SU-24 entrou no seu espaço aéreo. O Estado-Maior Geral da Federação da Rússia afirmou que o bombardeiro não tinha cruzado a fronteira com a Turquia, o que foi confirmado por dados da defesa antiaérea síria. Segundo os dados de uma fonte da Reuters na administração dos EUA, Washington tem todos os motivos para pensar que a aeronave foi abatida sobre a Síria, mas o Pentágono não confirmou esta informação oficialmente.



O piloto do Su-24, Oleg Peshkov, foi baleado a partir do solo durante a ejeção por militantes turcomenos no território por eles controlado. O copiloto salvo, Konstantin Murakhtin, disse a jornalistas que o Su-24 não cruzou a fronteira e que a tripulação não recebeu quaisquer avisos da parte de aviões turcos.


Na sequência do ataque a Rússia instalou o sistema de mísseis antiaéreos S-400 na sua base aérea de Hmeymim na província síria de Latakia. Também nesta segunda-feira (30) os caças-bombardeiros Su-34 que participam das missões das Forças Aeroespaciais da Rússia na Síria foram equipados com mísseis ar-ar de curto e médio alcance pela primeira vez para que possam defender-se de possíveis ataques no futuro.



Leia mais:

http://br.sputniknews.com/mundo/20151201/2936230/OTAN-Erdogan-armas-Turquia.html#ixzz3t7HEjx2T

Offline Sergiomgbr

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1328 Online: 01 de Dezembro de 2015, 22:04:50 »
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Offline Fabrício

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1329 Online: 01 de Dezembro de 2015, 22:10:32 »
Será que o Putin ficou putin mesmo ou ele é tranquilo?

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1330 Online: 01 de Dezembro de 2015, 22:12:50 »
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Ficou Putin quando o avião foi derrubado, mas agora está mais calmo.
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Offline Fabrício

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1331 Online: 01 de Dezembro de 2015, 22:13:38 »
Será que o Putin ficou putin mesmo ou ele é tranquilo?

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1332 Online: 01 de Dezembro de 2015, 22:15:30 »
Será que o Putin ficou putin mesmo ou ele é tranquilo?

Ficou Putin quando o avião foi derrubado, mas agora está mais calmo.
O Putin tem uma cara de manezão...

Nada, ele tira fotos sem camisa, dando tiros, andando a cavalo... as mina pira.
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Offline André Luiz

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1333 Online: 01 de Dezembro de 2015, 23:44:00 »
Caças interceptores equipados com radares AWACS

Meus olhos, meus olhos, estão queimando   :grito: :grito:

Offline Geotecton

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1334 Online: 02 de Dezembro de 2015, 00:30:05 »
Caças interceptores equipados com radares AWACS

Meus olhos, meus olhos, estão queimando   :grito: :grito:

"Caças interceptadores equipados com radares AWACS"?

Você não quis dizer 'caças-interceptadores com apoio de aviões com sistema AWACS"?
Foto USGS

Skorpios

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1335 Online: 02 de Dezembro de 2015, 07:34:18 »
Caças interceptores equipados com radares AWACS

Meus olhos, meus olhos, estão queimando   :grito: :grito:

"Caças interceptadores equipados com radares AWACS"?

Você não quis dizer 'caças-interceptadores com apoio de aviões com sistema AWACS"?

Na matéria diz exatamente "caças interceptores equipados com radares AWACS"

 :histeria:

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1336 Online: 02 de Dezembro de 2015, 07:46:46 »
Caças interceptores equipados com radares AWACS

Meus olhos, meus olhos, estão queimando   :grito: :grito:

"Caças interceptadores equipados com radares AWACS"?

Você não quis dizer 'caças-interceptadores com apoio de aviões com sistema AWACS"?

Na matéria diz exatamente "caças interceptores equipados com radares AWACS"

 :histeria:



Acho que você sabe que é comum que a imprensa não especializada em  equipamentos militares e/ou aviões (civis e militares) cometa esse tipo de deslize.   Acho que você sabe que o texto de um meio não especializado não terá a mesma precisão de, por exemplo, uma Aeromagazine.



« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 07:48:56 por JJ »

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1337 Online: 02 de Dezembro de 2015, 07:53:08 »
EUA se recusam a atacar caminhões-cisterna do Estado Islâmico que vão para a Turquia
 © Foto: Ministério da Defesa da Rússia
MUNDO

09:41 29.11.2015URL curta
81182471355


O exército americano se recusa a atacar os caminhões do Estado Islâmico que contrabandeiam petróleo sírio e iraquiano para a Turquia, alegando que são alvos civis, disse um proeminente político iraquiano.


“Eu pessoalmente contatei representantes estadunidenses pedindo-lhes para alvejarem os caminhões-cisterna do EI que transportam petróleo iraquiano e sírio para a Turquia, mas me informaram que são alvos civis e então não podem os atacar”, disse à Sputnik o líder do partido da Coalizão do Estado de Direito no parlamento iraquiano e antigo conselheiro para a Segurança Nacional, Mowaffak Rubaie.


Cartaz da campanha eleitoral de Recep Tayyip Erdogan, onde se lê Vencemos!
© AFP 2015/ BULENT KILIC
Os negócios duvidosos da família de 'Don Erdogan'


O ministro do Exterior russo Sergei Lavrov disse anteriormente nesta semana que o incidente com o bombardeiro russo Su-24 abatido pela Força Aérea turca supostamente sobre o território sírio foi uma resposta aos ataques russos contra instalações petrolíferas do Estado islâmico.


O chanceler sírio Walid Muallem por sua vez afirmou que o filho do presidente turco Recep Tayyip Erdogan pode ter interesse no comércio clandestino de petróleo com o grupo terrorista Estado Islâmico.


Ele também disse que a Turquia abateu o avião russo agindo em nome da empresa petrolífera propriedade do filho do senhor Erdogan, Bilal.

Entretanto, o presidente russo Vladimir Putin, durante o encontro com o seu homólogo francês François Hollande em 26 de Novembro, falou de um fornecimento de petróleo à Turquia “à escala industrial” pelos terroristas na Síria. Como prova das suas palavras Putin, apresentou fotos feitas por pilotos militares russos deslocados na Síria.


Jazida de petróleo de Rmeilane, na província de Hasakeh, na Síria
© AFP 2015/ YOUSSEF KARWASHAN
Rússia tinha razão: ‘Turquia recebe petróleo do Estado Islâmico’


Nesta terça-feira (24), um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco no espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi salvo e enviado para a base de Hmeymim.
Ancara declara que derrubou o avião russo porque ele violou o espaço aéreo turco, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que durante todo o voo o avião se manteve sempre sobre o território da Síria. “Isto foi registrado por meios objetivos de controle", acrescentou o departamento militar. O presidente russo Vladimir Putin chamou o abate do avião de "golpe nas costas" por parte de coniventes com o terrorismo.



Leia mais:

http://br.sputniknews.com/mundo/20151129/2912317/EUA-Iraque-petroleo-recusa.html#ixzz3t9g7oOCg
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 08:14:00 por JJ »

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1338 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:01:48 »
Após ajuda russa, regime sírio recupera cidades estratégicas



A ofensiva aérea realizada por aviões russos já está influenciando a luta entre o regime de Bashar al Assad e as forças rebeldes. Segundo o Governo sírio, após cerca de 30 bombardeios de caças russos a estratégica localidade de Kafer Nabuda, na divisa entre as províncias de Hama e Idlib, foi recuperada pelas tropas do Exército sírio e por combatentes da milícia xiita libanesa Hezbollah, aliada de Assad. O controle de Kafer Nabuda é vital para atacar posições insurgentes junto à rodovia M5, que atravessa o país da fronteira com a Jordânia, ao sul, até Aleppo, no norte.


O Exército sírio também informou na segunda-feira que suas tropas recuperaram outras quatro localidades na província de Hama e a cidade de Jub al Ahmar, em Latakia. Essa região, bastião da cúpula do Governo, é uma das prioridades na estratégia militar de Assad, com a qual a Rússia vem contribuindo com o apoio aéreo. O controle de Jub al Ahmar abre o caminho para o regime na batalha pela fértil planície de Ghab, entre Hama, Idlib e Latakia, essencial para os interesses de Damasco na faixa oeste da Síria. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres e informantes no terreno, relatou que tanto em Kafer Nabuda como em Jub al Ahmar as hostilidades prosseguem.

EUA lança munição

Em outra frente da guerra síria, a coalizão militar liderada por Washington contra o Estado Islâmico (EI) lançou no domingo munição por via aérea a forças rebeldes que combatem o grupo jihadista no norte da Síria.

O lançamento foi “bem-sucedido” e incluiu munição para armas pequenas, segundo nota divulgada na segunda-feira por um porta-voz do Pentágono, acrescentando que os EUA selecionaram previamente os líderes desses grupos para garantirem que eles não têm laços com extremistas. A nota, no entanto, não revela quais grupos foram ajudados, qual foi a munição atirada e qual a localização exata dessas forças.

Até agora, o único suprimento aéreo anunciado publicamente pelos Estados Unidos havia consistido em armas e ajuda médica a tropas curdas que combatiam o EI em Kobane, uma cidade na fronteira com a Turquia, de onde os jihadistas haviam sido expulsos em janeiro por combatentes rebeldes e milicianos curdos.

Tudo indica que essa será uma prática cada vez mais difundida sob a nova estratégia anunciada na sexta-feira pelo Departamento de Defesa dos EUA. Por causa das dificuldades de recrutamento e dos ataques sofridos, o Governo de Barack Obama decidiu deixar de treinar o seu próprio contingente de insurgentes moderados. O foco agora é filtrar os líderes de unidades rebeldes já existentes, dando treinamento e armas aos que forem considerados confiáveis.

Paralelamente, uma força curda anunciou na segunda-feira uma aliança com rebeldes árabes para iniciar uma ofensiva contra o EI na província de Raqa, o principal feudo jihadista no norte da Síria. Os combatentes curdos disseram que esperam receber armamento norte-americano.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/12/internacional/1444672730_740647.html

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1339 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:03:35 »
Putin acusa Turquia de ser cúmplice do Estado Islâmico


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Turquia de cumplicidade com o Estado Islâmico (EI) por derrubar o avião militar russo SU-24 que, segundo ele, realizava uma operação em território sírio. A ação turca "terá sérias consequências" para as relações entre os dois países, disse o líder russo. O Ministério da Defesa, que convocou o adido militar da representação diplomática de Ancara na Rússia, nega que o avião tenha invadido o território turco.

Durante uma reunião com o rei da Jordânia Abdullah II, em Sochi, no Mar Negro, Putin repetiu em duas ocasiões que a queda do avião russo havia sido "um ataque pelas costas" e classificou os autores de "cúmplices do terrorismo". O avião russo foi derrubado por um míssil ar-ar lançado por um caça F-16 turco e caiu em território sírio a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia, disse o chefe de Estado. O avião estava a 6.000 metros de altura quando foi atingido, a "um quilômetro de distância do território turco", disse.

MAIS INFORMAÇÕES
Turquia derruba um caça russo na fronteira com a Síria
Rússia negocia transição na Síria com Estados Unidos e aliados
Rússia estreita laços com Síria para afirmar-se como potência mundial
Após ajuda russa, regime sírio recupera cidades estratégicas
Exército sírio avança com apoio da Rússia, em marco da Guerra Fria
Estados Unidos suspendem programa de formação de rebeldes sírios


O avião derrubado não estava ameaçando a Turquia e realizava uma operação contra o Estado Islâmico no norte da Lataquia, uma área montanhosa "onde os insurgentes estão concentrados, vindos principalmente da Federação Russa", disse Putin. O presidente falou extensivamente sobre o financiamento do EI graças ao contrabando de petróleo da Síria para a Turquia. Segundo Putin, uma grande quantidade de petróleo e derivados é enviada à Turquia a partir dos territórios ocupados pelo EI. Esse comércio representa um "grande injeção de dinheiro" para as "quadrilhas", disse. Mas "agora além de tudo nos atacam pelas costas, a nossos aviões que lutam contra o terrorismo, e isso depois de assinarmos um acordo com os norte-americanos para evitar incidentes no ar, e a Turquia está entre aqueles que supostamente lutam contra o terrorismo sob a coalizão americana", disse.

Além do comércio ilegal de petróleo, segundo Putin, acrescenta-se o fato de que os militantes do EI "são defendidos pelas Forças Armadas de um Estado inteiro".

Aludindo a esse suposto apoio militar da Turquia ao EI, Putin alfinetou: "Por isso entende-se por que se comportam de uma forma tão cruel e descarada, por que assassinam pessoas da forma mais monstruosa, por que cometem atos terroristas em todo o mundo, incluindo o coração da Europa".

Putin criticou a Turquia que, em vez de entrar em contato direto e imediato com a Rússia, dirigiu-se aos parceiros da OTAN para "discutir a questão", como "se tivéssemos derrubado o avião deles, e não eles o nosso". "Será que querem colocar a OTAN a serviço do EI? ", afirmou.



http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/24/internacional/1448377206_491380.html[/b]

« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 08:05:54 por JJ »

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1340 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:10:24 »
TURQUIA, UM DOS MAIORES COMPRADORES DE PETRÓLEO DO DAESH (ESTADO ISLÂMICO)



A venda de petróleo dos campos e refinarias caídas nas mãos do autoproclamado Estado Islâmico (EI) é a mais importante fonte de financiamento dos terroristas sunitas – capaz, só por si, de fazer entrar no território por eles ocupado entre um e três milhões de dólares por dia. Sendo isso claro para todos os países, menos claro é quem são os destinatários desse petróleo – por muito que seja difícil de acreditar que as tecnologias ocidentais não consigam monitorizar a viagem de um camião que mede, no mínimo, 14 metros de comprimento. As pistas do ‘road map’ desse tráfico ‘morrem’ sempre num muro de negações.

No dia 2 de Setembro de 2014, a representante da União Europeia (UE) no Iraque, Jana Hybášková, disse no Parlamento Europeu que alguns países da UE estavam a comprar petróleo ao EI através da Turquia. Bruxelas negou qualquer ligação directa ou indirecta ao tráfico de petróleo por parte dos 28 Estados-membros, mas avançou ter provas de que esse comércio estaria nas mãos de rotas clandestinas controladas por turcos, iranianos e curdos iraquianos.

Os Estados Unidos, por seu lado, alegam que o petróleo segue, grosso modo, as mesmas rotas de tráfico que foram criadas quando o mundo ocidental decidiu, nos anos 80 do século passado, um embargo ao petróleo iraniano (que passava pelo Iraque) e que, neste momento, o petróleo do EI segue para a Turquia, Jordânia e Arábia Saudita – país árabe também acusado de financiar directamente os sunitas radicais (nomeadamente os do EI) contra os xiitas. Todos os nomeados negaram o seu envolvimento.

Segundo a imprensa internacional, o ‘desconto’ praticado pelo EI pode chegar aos 60%: no início do ano passado, a imprensa internacional adiantava que o barril de petróleo ‘made in’ EI estava a cotar nos 30 dólares – numa altura em que nos mercados tradicionais o seu preço rondava os 100 euros. A evolução muito negativa dos preços do barril terá retirado margem ao EI, mas certo é que o seu produto continua a ser escoado. A imprensa internacional diz também que o peso do petróleo no orçamento do EI é da ordem dos 40%.

Outras fontes de receita

Para além de petróleo, o EI inunda os mercados internacionais com ópio, arte (que rouba dos campos arqueológicos que também controla e que vai destruindo), fosfatos, gás natural, cimento, trigo e cevada – este agregado pesa um pouco mais que o petróleo no orçamento do EI.

De fora estão ainda as vendas de mulheres xiitas para redes de prostituição, os raptos, os roubos, as extorsões e os donativos. O negócio dos raptos não é linear e, aparentemente, vale cada vez menos, dado que o resto do mundo evita aproximar-se do território controlado pelos radicais islâmicos.

Quanto aos roubos, eles também são limitados. De qualquer modo, segundo a imprensa internacional, quando o EI tomou a cidade de Mossul, os radicais ‘levantaram’ das várias agências bancárias qualquer coisa como 450 milhões de dólares.

As extorsões parecem ser de dois níveis. Por um lado, aquelas que têm por alvo os próprios habitantes do território, obrigados a pagar uma renda aos ocupantes, com isso assegurando a própria existência; por outro, as que têm a ver com uma espécie de portagem sobre quem passa no território. Segundo as mesmas fontes, só as caravanas de veículos petrolíferos que têm de passar pelos territórios do EI para atingirem o Ocidente deixam nos cofres meio milhão de dólares por ano.



Parece ser no capítulo dos donativos que o EI tem maiores dificuldades. Segundo os analistas não há – excepto talvez o caso da Arábia Saudita – muitos países islâmicos interessados em acudir ao sustento do EI. O comparativo com a Al Qaeda dá algumas pistas sobre a matéria: enquanto o grupo de Bin Laden era fortemente financiado de forma directa por vários regimes estabelecidos e por diversos ‘bem-feitores’ particulares, o EI não consegue grandes proventos nessa área – este item do orçamento não vale mais de 2% do total.


http://www.lusopt.com/mundo/2770-turquia-um-dos-maiores-compradores-de-petroleo-do-daesh-estado-islamico


Fonte Económico

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1341 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:18:53 »
Ex-membro do Estado Islâmico revela que a Turquia apoia o grupo extremista
Parte atualmente do OTAN, a Turquia teria algum vínculo com os radicais islâmicos

PorAlexandre Correia | Tradutor do The Christian Post
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Depoimento prestado por um ex-membro do Estado Islâmico na Síria indica que militantes do grupo extremista enxergam a Turquia, país que atualmente faz parte da OTAN, como seu aliado, e aponta a medida com que os radicais islâmicos têm coordenado os seus esforços com o governo turco.



Um ex-técnico de Comunicações do Estado Islâmico, que trabalhava em um escritório de comunicações do grupo, dentro da fortaleza na cidade síria de Raqqa, disse em entrevista ao site da Newsweek que o governo turco permitiu que comboios dos militantes passem por suas fronteiras e cruzem livremente o país, evitando o combate em regiões controladas pelos curdos e atacando tropas mais vulneráveis na região nordeste da Síria.

Falando sob o pseudônimo de "Sherko Omer", o antigo técnico de comunicações que conseguiu escapar, acrescentou ainda que a base para a cooperação entre eles é que ambos compartilham um inimigo comum: os curdos.


"O Estado Islâmico via o exército turco como seu aliado, especialmente quando se tratava de atacar os curdos na Síria", disse Omer. "Os curdos eram o inimigo comum tanto para Estado Islâmico quanto para a Turquia. Além disso, eles precisam da Turquia como aliada, porque só através da Turquia eles foram capazes de posicionar soldados do grupo nas porções ao norte das cidades e vilas curdas na Síria".


Tendo trabalhado no departamento de comunicações do grupo, Omer disse que os comandantes do Estado Islâmico haviam estabelecido uma linha confiável de comunicação com o exército turco, que autorizou comboios viajarem através da Turquia.


"Tenho conectado capitães de campo do E.I. e comandantes da Síria com pessoas na Turquia em inúmeras ocasiões", disse Omer. "Eu raramente os ouvia falar em árabe, e foi apenas quando um deles falou com os seus recrutadores, caso contrário, a maioria deles falava em turco, as pessoas com quem eles falavam deviam ser algum tipo de oficial turco, pois os militantes ficaram bem sérios quando falavam com eles”.
Omer detalhou uma situação, em fevereiro, quando ele foi transferido do departamento de comunicações para lutar com um batalhão que foi encarregado de viajar de Raqqa, através da Turquia, para combater curdos na cidade síria de Serekaniye, ao nordeste do país.


Embora a viagem precisasse passar pela Turquia, Omer disse que os comandantes do Estado Islâmico explicavam ao batalhão que tinham linhas de comunicação abertas com o exército turco, que lhes permitiria atravessar a fronteira e viajar pelo país.


"Os comandantes disseram-nos para não temer absolutamente nada, porque havia plena cooperação com os turcos", disse Omer. "Eles nos garantiram que nada vai acontecer, especialmente agora que viajamos regularmente de Raqqa e Alepo às áreas curdas ainda mais a nordeste da Síria, porque era impossível fazer esse caminho pela Síria, pois o Exército Nacional do Curdistão da Síria controlava a maioria das partes da região”.


Quando o batalhão de Omer chegou a Serekaniye, Omer disse que se rendeu assim que os curdos atacaram seu acampamento. Embora ele tenha sido mantido em cativeiro durante meses, as forças curdas libertaram-no, porque sentiram que ele não era um combatente e determinou que ele não havia cometido nenhum ato de violência. Omer afirma que ele originalmente se envolveu no conflito, quando se juntou a um grupo de oposição rebelde sírio em sua luta contra o então presidente, Bashar al-Assad. Mas assim que o Estado Islâmico assumiu, ele acabou envolvido com o grupo.


Um porta-voz curdo da Unidade de Proteção Popular Curda, Pat Can, disse ao Newsweek que o exército turco está fazendo mais pelo E.I do que apenas deixá-los atravessar a fronteira livremente. Ele disse que há evidências de que a Turquia também tem dado suprimentos para o grupo.

"Temos evidências mais do que suficientes provando que o exército turco dá armas e munições aos terroristas, e lhes permite atravessar as fronteiras do país, a fim de que os combatentes do grupo possam iniciar ataques desumanos contra o povo curdo em Rojava (nordeste da Síria)", disse Can.

Até o final de outubro, o governo turco havia impedido guerreiros curdos de atravessar a fronteira para ajudar seus aliados curdos sírios. Isso impediu os curdos que enfrentavam o Estado Islâmico, especialmente na cidade sitiada de Kobane, de obter os reforços necessários para vencer as batalhas.


Curdos de Kobane disseram à Newsweek que, os curdos que tentaram atravessar a fronteira com armas e outros suprimentos, foram alvejados por guardas de patrulha de fronteira turcos.


Presidente do Governo Regional Curdo, Masoud Barzani disse em uma declaração por escrito que a Turquia só permitiu os combatentes curdos de usar a fronteira quando os Estados Unidos se envolveram na elaboração de um acordo de fronteiras entre os curdos e Turquia.


"Conversações bilaterais e trilaterais intensas foram realizadas entre os EUA, a Turquia e a região curda para providenciar acessos para os peshmerga [guerreiros Curdos]", disse Barzani. "Após as negociações, a Turquia informou oficialmente que nos iria fornecer todos os tipos de apoio".


http://portugues.christianpost.com/news/ex-membro-do-estado-islamco-revela-que-a-turquia-apoia-o-grupo-extremista-20274/


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Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1342 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:29:12 »

Offline JJ

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« Resposta #1343 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:44:56 »
Como os EUA 'ajudaram' na criação do 'Estado Islâmico'

Da BBC Mundo
23 abril 2015
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AFP/Getty
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Em abril de 2003, quando os americanos assumiram o controle do campo de detenção, ele foi rebatizado para homenagear Ronald Bucca, bombeiro em NY
Um dos grupos extremistas mais poderosos da atualidade, o autointitulado 'Estado Islâmico', nasceu em um lugar surpreendente: uma prisão americana no deserto do Iraque.
Isto segundo analistas e comandantes que instalaram a prisão de Camp Bucca, no sul do Iraque, e os soldados que trabalharam no local.

Camp Bucca não era o nome original da prisão. Logo depois da invasão do Iraque, a instalação foi batizada de Camp Freddy pelas forças britânicas.

Mas, em abril de 2003, quando os americanos assumiram o controle do campo de detenção, ele foi rebatizado para homenagear Ronald Bucca, um chefe de bombeiros de Nova York que morreu durante os trabalhos de resgate após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra as torres do World Trade Center.

O centro de detenção fica nos arredores da cidade de Basra, sul do Iraque, e foi considerado uma prisão modelo, com unidades habitacionais de cimento e teto de madeira, atividades gerenciadas pelos próprios detentos, direito a visita familiar e assistência médica.

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Camp Bucca chegou a ter 27 mil detentos espalhados em 24 campos e classificados com uniformes de cores diferentes. Muitos destes detentos foram para a prisão transferidos de Abu Ghraib, depois do escândalo de torturas e abuso de prisioneiros.

AFP/Getty
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Em Camp Bucca os detentos tinham direito a visita familiares e gerenciavam as próprias atividades
Por esta prisão passaram, entre outros, nove integrantes da cúpula do 'Estado Islâmico', segundo um relatório do Soufan Group, uma organização que oferece serviços estratégicos de inteligência em segurança a governos e multinacionais. O informe, chamado The Islamic State, foi publicado em novembro de 2014.

'Universidade'

O líder do 'Estado Islâmico', Abu Bakr al-Baghdadi, que afirma ser o califa e "líder de todos os muçulmanos", passou cinco anos em Camp Bucca.

Em fevereiro de 2004 al-Baghdadi estava em uma prisão em Fallujah, a oeste da capital iraquiana, Bagdá, quando foi transferido para o complexo no deserto.

Ele estava com 33 anos e há alguns meses tinha ajudado a fundar o Jeish Ahl al-Sunnah al-Jamaah, um grupo militante com raízes nas comunidades sunitas nos arredores de sua cidade natal, Samarra.
Aqueles eram os tempos da insurgência sunita contra os Estados Unidos.
Leia mais: Como o Estado Islâmico atrai mulheres ocidentais
Mas, o grupo que ele ajudou a fundar não era muito conhecido e, por isso, ele chegou a Camp Bucca sem muita fama.

"Os americanos não sabiam quem estavam prendendo", disse Hisham al-Hashimi, assessor do atual governo do Iraque.
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O local chegou a ter 27 mil detentos espalhados por 24 campos e classificados com uniformes de cores diferentes, dependendo de seu status

Em Camp Bucca, al-Baghdadi conheceu aquele que seria o número dois na cúpula de poder do 'Estado Islâmico', Abu Muslim al-Turkmani, assim como o experiente militar Haji Bakr, já falecido.
E, de acordo com o Soufan Group, também esteve na prisão Abu Qasim, líder dos combatentes estrangeiros.

Para analistas, Camp Bucca apenas aprofundou o extremismo entre eles.

"Antes de sua prisão, al-Baghdadi e outros eram radicais violentos (...), mas seu tempo na prisão aprofundou seu extremismo e deu a eles a oportunidade de aumentar o número de seguidores", afirmou o ex-militar Andrew Thompson ao jornal The New York Times em novembro de 2014.
"A prisão se transformou em uma universidade virtual de terroristas", acrescentou.

Leia mais: No Iraque, valas com até 1,7 mil corpos mostram horror do 'Estado Islâmico'

David Petraeus, general que liderou a operação americana no Iraque, já tinha reconhecido este fato quase com as mesmas palavras.

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Pelas instalações de Camp Bucca passaram, entre outros, nove membros da cúpula do EI, segundo o relatório do Soufan Group

"Estes extremistas estavam, basicamente, gerenciando uma universidade para treinar terroristas em nossas próprias instalações. Estávamos liberando indivíduos que eram mais radicais do que quando chegaram (a Camp Bucca)", afirmou.

Radicalização

O chefe da polícia iraquiana, Saad Abbas Mahmoud, também se referiu à radicalização dentro de Camp Bucca em uma entrevista ao jornal americano The Washington Post.

"Estes homens não estavam plantando flores no jardim."

James Skylar Gerrond, comandante encarregado da prisão entre 2006 e 2007, tem esta mesma opinião.

"Muitos de nós em Camp Bucca nos preocupávamos que, ao invés de apenas alojar os detidos, também tínhamos criado uma panela de pressão do extremismo", escreveu Gerrond em sua conta no Twitter.

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Alguns militares que trabalharam em Camp Bucca afirmam que temiam que o local fosse um campo fértil para a radicalização

Os analistas também afirmam que Camp Bucca não foi apenas um lugar para a radicalização, mas também para a colaboração.

Foi naquela prisão que os membros do Baath, o partido do ex-líder iraquiano Saddam Hussein, se encontraram com os fundamentalistas islâmicos. E isto acabou em um "casamento de conveniência", segundo o Soufan Group.


Leia mais: Militantes do Estado Islâmico 'sequestram' rede social criada polonesa
Os analistas afirmam que cada grupo ofereceu o que o outro precisava. Assim, os jihadistas aprenderam com os membros do Baath habilidades para se organizar e disciplina militar. E os baathistas, por outro lado, encontraram um propósito entre os militantes islamistas.

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Na prisão iraquiana se encontraram membros do partido Baath e fundamentalistas islâmicos
"Em Bucca, as matemáticas mudaram quando as ideologias adotaram traços militares e burocráticos e os burocratas se transformaram em extremistas violentos", afirmou o relatório do Soufan Group.
De acordo com o jornalista da BBC Peter Taylor, que tem 35 anos em assuntos como insurgência e violência política, conhecer estes fatos é fundamental para entender o fenômeno que é o 'Estado Islâmico'.


O EI é um grupo que, em poucos meses, levantou uma fortuna calculada em US$ 2 bilhões, controla grandes áreas na Síria e Iraque, onde vivem cerca de 8 milhões de pessoas, conta com cerca de 50 mil combatentes, usa com muita habilidade as redes sociais para fazer propaganda e, conseguiu levar cerca de 12 mil militantes estrangeiros a prometerem fazer parte da Jihad.


 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150423_eua_criacao_ei_fn
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 08:52:20 por JJ »

Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1344 Online: 02 de Dezembro de 2015, 08:59:08 »
Wikileaks: EUA armaram Estado Islâmico e se recusaram a ajudar Síria no combate ao grupo
Charles Nisz | São Paulo - 12/08/2014 – 06h00

Presidente Bashar al-Assad tentou se aproximar de Washington em 2010, mas governo Obama continuou armando seus opositores e grupos islâmicos

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Os Estados Unidos se recusaram a ajudar o governo da Síria a combater grupos radicais islâmicos como a Al-Qaeda e o ISIS (Exército Islâmico do Iraque e da Síria, que recentemente mudou de nome para Estado Islâmico). Além disso, segundo revelações feitas pelo site Wikileaks, o governo norte-americano armou grupos como o ISIS. Os quase 3 mil documentos sobre essa questão foram vazados pelo site dirigido por Julian Assange na última sexta-feira (08/08).

Em 18 de fevereiro de 2010, o chefe da inteligência síria, general Ali Mamlouk, apareceu de surpresa em uma reunião entre diplomatas norte-americanos e Faisal a-Miqad, vice-ministro das relações exteriores da Síria. A visita de Mamlouk foi uma decisão pessoal de Bashar al-Assad, presidente sírio, em mostrar empenho no combate ao terrorismo e aos grupos radicais islâmicos no Oriente Médio, assinala o documento.

Neste encontro com Daniel Benjamin, coordenador das ações de contra-terrorismo dos EUA, “o general Mamlouk enfatizou a ligação entre a melhoria das relações EUA-Síria e a cooperação nas áreas de inteligência e segurança”, afirmam os diplomatas norte-americanos em telegrama destinado à CIA, ao Departamento de Estado e às embaixadas dos EUA em Líbano, Jordânia, Arábia Saudita e Inglaterra.

Para Miqad e Mamlouk, essa estratégia passava por três pontos: com o apoio dos EUA, a Síria deveria ter maior papel na região, a política seria um aspecto fundamental para ações de cooperação contra o terrorismo e a população síria deveria ser convencida dessa estratégia com a suspensão dos embargos econômicos contra o país. Para Imad Mustapha, embaixador sírio em Washington, “os EUA deveriam retirar a Síria da lista negra”. Nas palavras de George W. Bush, o país fazia parte do “eixo do mal”, junto com Coreia do Norte e Afeganistão.

Reprodução de vídeo da Vice News

Armados pelos EUA, militantes do Estado Islâmico conseguiram lutar em cinco frentes concomitantemente

Apesar da discordância entre EUA e Síria quanto ao apoio de Assad a grupos como Hezbollah e Hamas, os dois países concordavam quanto à necessidade de interromper o fluxo de guerrilheiros estrangeiros para o Iraque e impedir a proliferação de grupos radicais, como a Al-Qaeda, o ISIS e o Junjalat, uma facção palestina com a mesma orientação política. Para Benjamin, as armas chegavam ao Iraque e ao Líbano contrabandeadas pelo território sírio.

Mamlouk reforçou a “experiência síria em combater grupos terorristas”. “Nós não ficamos na teoria, tomamos atitudes práticas”, foram as palavras do chefe de inteligência de Assad. Segundo o general, o governo sírio não mata ou ataca imediatamente esses grupos. “Primeiro, nós nos infiltramos nessas organizações e entendemos o funcionamento delas”. De acordo com Damasco, “essa complexa estratégia impediu centenas de terroristas de entrarem no Iraque”.

Guerra do Iraque e surgimento do Estado Islâmico

No entanto, apesar de afirmarem cooperar com a Síria para combater o terrorismo, os EUA também trabalharam para armar os opositores sírios e isso causaria um problema maior na região: a criação do atual Estado Islâmico. Segundo documentos obtidos pelo jornal britânico Guardian, grande parte do armamento utilizado pelo ISIS (antigo nome do Estado Islâmico) veio de grupos armados pelos EUA e cooptados por Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Califado Islâmico, que hoje controla territórios na Síria e no Iraque.

Economista francês, Thomas Piketty vive dia de celebridade na USP

Wikileaks: EUA têm planos para derrubar Assad desde 2006

Do 11 de setembro ao PRISM: a escalada de espionagem do governo norte-americano


Saddam al-Jammal, líder do Exército de Libertação da Síria, outro grupo anti-Assad, também jurou lealdade ao Estado Islâmico desde novembro de 2013. Para garantir tal apoio, o ISIS mudou a sua estratégia de controle: dava autonomia a essas autoridades locais em vez de controlar diretamente a governança das cidades. Como resultado, o ISIS se expandiu e conseguiu lutar em cinco frentes: contra o governo e os opositores sírios, contra o governo iraquiano, contra o Exército libanês e milícias curdas.

O armamento começou a ser enviado para os opositores sírios em setembro de 2013. Na época, analistas davam o ISIS como terminado e a alegação para fortalecer esses grupos era a de que o governo Assad havia usado armas químicas. Para enviar as armas, o governo Obama usou bases clandestinas na Jordânia e na Turquia. Aliados dos EUA na região, como Arábia Saudita e Catar, também forneceram ajuda financeira e militar.

Ironicamente, os EUA sabem inclusive a real identidade do líder do Califado. Durante um ataque à cidade iraquiana de Falluja em 2004, os norte-americanos prenderam alguns dos militantes pelos quais procuravam. Entre eles, estava um homem de 30 e poucos anos e pouco importante na organização: Ibrahim Awad Ibrahim al-Badry. 10 anos depois, ele se tornaria líder da mais radical insurgência islâmica contra o Ocidente, segundo informações de um oficial do Pentágono.


http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/37414/wikileaks+eua+armaram+estado+islamico+e+se+recusaram+a+ajudar+siria+no+combate+ao+grupo.shtml



Offline JJ

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1345 Online: 02 de Dezembro de 2015, 09:38:15 »
Turquia:  Democracia nota 1000


Justiça turca condena 244 pelos protestos antigoverno de 2013



Um tribunal turco condenou esta sexta-feira mais 244 pessoas a 2 a 14 meses de prisão, com pena suspensa ou comutada por multa pecuniária. O processo está relacionado com os protestos antigoverno do verão de 2013, no Parque Gezi, em Istambul, e que alastraram a várias outras cidades.


A acusação colocou 255 pessoas no banco dos réus, incluindo 7 estrangeiros, por danos em propriedade pública, proteção de criminosos, agressão a funcionários públicos ou sequestro de transportes públicos. Os procuradores pediam penas de até 12 anos de prisão.


Turkey finds 244 protesters guilty in Gezi park trial https://t.co/lvQxD1GP9l


— Agence France-Presse (@AFP) 23 outubro 2015
Quatro dos acusados foram sentenciados com 10 meses de prisão por “invasão de local de oração”, por terem entrado na mesquita Dolmabahce, com outras 12 pessoas, para fugir aos confrontos com a polícia.


O incidente caiu muito mal ao então primeiro-ministro, e hoje Presidente, Recep Tayyp Erdogan, que os acusou de entrarem na mesquita calçados e de terem bebido cerveja enquanto ali estiveram refugiados. O Imã da mesquita sempre garantiu, porém, que ninguém consumiu álcool no local.







« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 09:41:25 por JJ »

Offline Peter Joseph

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1346 Online: 02 de Dezembro de 2015, 10:53:32 »
Pessoal, a questão toda envolve o petrodólar. Ele é a única coisa que ainda mantêm os EUA, país mais endividado do mundo, como maior potência do mundo. E os EUA não irão aceitar perder facilmente seu trunfo e, consequentemente, afundar de vez e perder seu poder como superpotência hegemônica. Só que eles bateram num obstáculo bem difícil de eliminar, a Rússia. Não que Putin seja bonzinho e queira livrar o mundo da tirania americana. Ele também, como Obama e líderes de outras potências, só quer garantir o seu poder de influência econômica e política. É só questão de tempo pra esta bagunça toda virar algo realmente catastrófico, como já vimos antes na história.

Que é isso, imagina meu.  Você está compurscando a imagem dos santíssimos espalhadores de democracia no mundo.  Os caras estão ajudando a destroçar a Síria para que em seu lugar nasça uma viçosa e ordeira democracia jihadista. Da mesma forma que hoje temos uma fantástica e ordeira democracia no Iraque após o malvado ditador Saddam ter sido derrubado.


Quem não consegue ver  a maravilhosa democracia que hoje viceja no Iraque só pode ser mesmo um leitor do sputnik.

Meu amigo, isto tudo é resultado natural e previsível de um sistema onde recursos estratégicos  e mercados são disputados em um nível menor por pessoas físicas e jurídicas e num nível bem maior entre nações. Nos colocamos a brigar igual cães por comida e depois declaramos buscar o humanismo e o fim de tragédias humanas como as guerras em larga escala, como se tal coisa fosse possível neste contexto. Como diria o alienígena hipotético do Carl Sagan: "acho que estou vendo o planeta dos idiotas."
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Offline Peter Joseph

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1347 Online: 02 de Dezembro de 2015, 11:23:19 »
Obama crê que Rússia irá reconsiderar sua posição na Síria em algum momento

Putin irá aceitar a saída de Assad, seu aliado regional, para a entrada de outro regime fantoche dando as cartas no quintal da Rússia e controlando seu acesso ao mar? Acho que não  ::)  Assim como EUA jamais aceitaria que algo semelhante ocorresse nas suas barbas.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 11:34:07 por Peter Joseph »
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Offline Barata Tenno

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1348 Online: 02 de Dezembro de 2015, 12:06:12 »
JJ, manera no flood aí ou levará cartão. Aviso formal da moderação.
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Offline André Luiz

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #1349 Online: 02 de Dezembro de 2015, 22:18:07 »
Caças interceptores equipados com radares AWACS

Meus olhos, meus olhos, estão queimando   :grito: :grito:

"Caças interceptadores equipados com radares AWACS"?

Você não quis dizer 'caças-interceptadores com apoio de aviões com sistema AWACS"?

Na matéria diz exatamente "caças interceptores equipados com radares AWACS"

 :histeria:



Acho que você sabe que é comum que a imprensa não especializada em  equipamentos militares e/ou aviões (civis e militares) cometa esse tipo de deslize.   Acho que você sabe que o texto de um meio não especializado não terá a mesma precisão de, por exemplo, uma Aeromagazine.





Em outra matéria colocaram a foto de um F - 14 como sendo o avião russo derrubado  :hihi:

 

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