Você se apóia em teorias de conspiração achados em sites obscuros de credibilidade
e imparcialidade duvidosas. Em alguns casos nem se dá ao trabalho de postar a história
toda e o que o "outro lado" pensa do assunto. Até uma wikipédia serviria melhor.
Teoria da Conspiração, ddv? Um mercado de gás de trilhões de dólares que vai alijar compahinhas americanas e ainda por cima fortalecer enormemente a economia dos inimigos
dos EUA, e, principalmente, de Israel, é e sempre foi motivo mais do que suficiente para
começar uma guerra. Faz sentido para qualquer pessoa com pelo menos 2 neurônios e um
quebra-molas no meio.
É infinitamente mais plausível do que supor que toscos zelotes, sem nenhum "background"
externo, de repente vieram de todas as partes por seus próprios meios e formaram um
grupo poderoso o suficiente para enfrentar ao mesmo tempo o forte exército sírio, as
forças iraquianas e ainda os curdos de contrapeso. Alegar que as armas foram tomadas
de um exército iraquiano em fuga esbaforida, é algo que só pode ser situado em algum
ponto entre o cinismo e a burrice. Devemos imaginar então que inicialmente estavam
armados apenas com paus e pedras e com isso botaram pra correr as forças sírias e
iraquianas, e aí sim, ficaram com todos os seus tanques, blindados e artilharia.
Inclusive com os sofisticados mísseis anti-tanques e terra-ar de FABRICAÇÃO AMERICANA
e que estes exércitos NÃO POSSUEM.
É cômico.
Quando um conflito dessas proporções é explicado por esse tipo de análise infantil eu creio que é preciso procurar razões mais concretas. O envolvimento do ocidente, por meio de suas marionetes/aliados, é provado, por exemplo, por documentos como aquele exibido pela Globo News, que revela o GOVERNO saudita libertando e enviando prisioneiros para lutar na Síria. Ou será que a Globo News é de "credibilidade duvidosa"? Sem dúvida que sim! Mas a parcialidade da Globo é notória por se alinhar, em questões de "international affairs", com a mídia norte-americana e sua propaganda, não por expo-la.
Por falar em credibilidade e parcialidade, se não há nenhuma "conspiração" porque a CNN, FOX,
etc, bombardeia o público com matérias "fake" como as desmascaradas nos vídeos abaixo?
Não se trata nem de parcialidade, mas sim de forjar fatos.
CNN, Globo... Eu não me "apoiei" em sites obscuros,( você conseguiria apontar algum? ),
eu citei fatos de conhecimento geral, como os projetos dos gasodutos, e fiz a minha
análise e expressei minhas opiniões. Aliás, como todos fazem, inclusive você. Por acaso
ainda não vimos, em nenhum dos seus "posts", "a história toda" e o que "outro lado pensa
do assunto", apenas a sua opinião e o seu ponto de vista. Então porque o seu muito mal
disfarçado proselitismo sionista serviria melhor aos assinantes deste fórum do que uma Wikipedia?
Bom, talvez por ser exatamente isso: um fórum! Uma ferramenta para as pessoas expressarem suas próprias opiniões, informações, pontos de vista, etc, e até, porque não, se assim quiserem, um proselitismo parcial e ideologicamente orientado, pouco comprometido com a verdade e os fatos.
O principal fator é geopolítico. Israel é um parceiro mais confiável dos EUA do que qualquer país árabe demonstrou poder ser. É culturalmente e institucionalmente mais idêntico aos EUA.
Serve como um estado-tampão ou mesmo satélite numa região tão importante e estratégica como o Oriente Médio.
Como fator religioso, temos o apoio dos judeus e protestantes. Os protestantes têm mais simpatia pelos judeus do que os católicos, talvez porque lêem a Bíblia e se identifiquem mais com o "povo escolhido". Não subestime o argumento religioso.
Como profetizado alhures é divertido ver o esforço para fabricar justificativas tão artificiais e forçadas para a aberrante e descarada subserviência do governo norte-americano aos interesses de Israel, que não levem em consideração o bilionário lobby sionista, que constrói e destrói carreiras políticas, assim como a pervasiva e onipresente penetração, controle e influência das principais mídias.
Nada deixa mais evidente a extensão do poder do lobby judaico do que tentar explicar a postura americana no conflito árabe-israelense sem levar o mencionado lobby em consideração.
Ah, tudo se explica porque os judeus são o povo escolhido e os presidentes americanos leêm muito a bíblia! Risos...
Ou talvez essa seja até melhor: " Israel é um necessário estado tampão." Pra quem não sabe "estado tampão" é um termo que designa um país situado estrategicamente entre grandes potências hostis. Como Israel pode funcionar como um estado tampão para os EUA, com suas fronteiras a mais 20 mil km de distância, é um dos grandes quebra-cabeças da geopolítica
do Oriente Médio.
"Israel é um estado satélite". Em uma região com tantos estados satélites e ditadores e monarquias marionetadas pelo Ocidente, por quê precisariam criar mais um? Um especialmente que dificulta a relação com todos os outros países da região, e estes sim, ao contrário de Israel, economica e geopolicamente importantes, porque detentores do recurso
mais essencial do mundo moderno: o petróleo. Estranho, de um ponto de vista meramente geopolítico, porque previsivelmente este estado satélite não teria outro efeito senão o de levar vários regimes da região a esfera de influência da União Soviética, o que de fato ocorreu.
Porém o mais estranho é que Israel se comporta de maneira sui generis para um estado satélite. Em 1967, por todas as provas e testemunhos unânimes dos tripulantes, aviões israelenses e lanchas contra-torpedeiras atacaram intencionalmente um navio americano de interceptação de comunicações, matando 34 homens e ferindo mais de 170. Pelo "incidente" nenhuma sanção foi imposta ao Estado Satélite. Ao contrário, com Lyndon B. Jonson fazendo de tudo para abafar o caso.
Também de acordo com artigo da Newsweed - e muitas outras fontes - a atividade de espionagem israelense nos Estados Unidos age agressiva e livremente.
According to classified briefings on legislation that would lower visa restrictions on Israeli citizens, Jerusalem’s efforts to steal U.S. secrets under the cover of trade missions and joint defense technology contracts have “crossed red lines.”
Nenhuma sanção, sequer uma reprimenda ao "estado satélite".
No ano passado, quando o governo Obama tentava mediar o massacre que os israelenses promoviam em Gaza, a resposta do ministro Uri Ariel foi curta e rude: "Deixem-nos em paz. Vão cuidar da Síria!". No início de agosto, as coisas pioraram, com um ríspido telefonema entre Netanyahu e Dan Shapiro, o embaixador dos EUA em Israel. Segundo relatos, em 2 de agosto Netanyahu disse a Shapiro para a administração Obama "jamais questioná-lo novamente".
Tão típico de estados satélites...
Será que era exatamente nestes termos que os dirigentes de países da Cortina de Ferro se dirigiam ao premier soviético?
Mas segundo DDV Israel é "confiável" para os americanos. Apesar de já ter violado 32 resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Resoluções com a aquiescência dos EUA, que tem poder de veto, confiando que o "confiável" Israel as acataria. Confiável apesar de bombardear, espionar, roubar segredos industriais e militares, e jamais atender aos poucos pedidos e solicitações da administração americana, mesmo quando sua política agressiva de desapropriações e assentamentos, constantes violações de direitos humanos, desrespeitos a resoluções da ONU e massacre de civis, deixam a Casa Branca em uma situação desconfortável.
Já a ONU não confia tanto em Israel. A ocupação israelense viola o prefácio da Carta das Nações Unidas banindo a aquisição de territórios pela guerra. O que o governo israelense tem feito ao ocupar territórios também viola a Quarta Convenção de Genebra, que proíbe a transferência de população nestas áreas.
Por isso, e muito mais, tentar justificar a "aliança" Israel-EUA como estratégia geopolítica se converte em risível non sense. Porque, para os Estados Unidos, é nada mais do que um tiro no pé. Mas não vamos "substimar o argumento religioso"... Vai ver é porque os congressistas leêm muito a bíblia que Israel recebeu mais de 130 bilhões - a fundo perdido - de ajuda americana.
Está dizendo que estados não costumam tomar decisões "ilógicas" do ponto de vista puramente econômico motivados por ideologia ou geopolítica?
Não sei se eu entendi, DDV. Os interesses econômicos costumam andar lado a lado com os geopolíticos. Ainda não vimos nenhum Estado que almejasse a "geopolítica da bancarrota". Mas você está dizendo que o apoio a Israel é "ilógico" de um ponto de vista estritamente geopolítico????? Então finalmente concordamos...
Ainda que tenha sido por um ato falho seu.
No entanto, perceba como sua argumentação é confusa e contraditória. Quando eu relacionei alguns poucos exemplos de intervenções colonialistas norte-americanas, suporte a regimes quase nazistas como o da África do Sul, apoio a governos genocidas de extrema direita, golpes para derrubar democracias legítimas e substitui-las por ditaduras, eu estava querendo mostrar com isso que, via de regra, a política externa americana não se importa e nem se guia pelos
valores que supostamente apregoam, como a democracia e o respeito aos direitos humanos, mas tendem a ser pragmáticos, utilizando qualquer meio para atingir seus fins.
E você concordou, DDV. Para cada exemplo você observou: "Geopolítica! Fizeram todas estas barbaridades porque tinham interesses ecônomicos e geopolícos." ( Quanta perspicácia!
)
Com toda essa perspicácia você já está a um passo da iluminação. Ora, se os Estados, e especialmente os Estados Unidos, costumam agir de maneira inescrupulosa, sem princípios, ou até mesmo indo contra seus alegados princípios, utilizando de quaisquer meios para obter os fins econômica e politicamente de seus interesses, o que motivaria todas estas benesses
destinadas a Israel, uma vez que você mesmo foi incapaz - apesar do esforço - de apontar qualquer vantagem econômica ou geopolítica nessa contraproducente aliança?
Talvez a seguinte declaração de Jack Straw, membro do Parlamento e antigo secretário dos Estrangeiros do Partido Trabalhista britânico, nos dê uma pista.
"Grupos políticos pró-Israel como o AIPAC funcionam com fundos ilimitados a fim de alterar a política americana na
região (Médio Oriente)"
A seguinte declaração do judeu Sheldon Adelson, o MAIOR CONTRIBUINTE do Partido Republicano e um importante angariador de fundos para as comissões de ação política pró-Israel, ajuda a entender a geopolítica americana para o Oriente Médio bem melhor do que bobagens sobre protestantes que amam judeus porque leêm a bíblia...
"Os Estados Unidos deviam lançar uma bomba atómica no Iran para obrigar o país a acabar com o seu programa nuclear"
Em um discurso na Universidade Yeshiva, cidade de Nova York, em 22/Outubro/2013
Ajuda a entender porque o Departamento de Estado rejeitou relações amigáveis e proveitosas com mais de 1,5 bilhões de muçulmanos dando apoio à instalação ilegal de mais de quinhentos mil colonos judeus na terra da Palestina ocupada militarmente na Margem Ocidental e em Jerusalém.
A pergunta estratégica é: como e porquê esta relação unilateral entre os EUA e Israel se mantém há tanto tempo, apesar de ser contra tantos interesses estratégicos e contra os interesses da elite dos EUA?
Alegações de que existem aspectos positivos da relação EUA-Israel raramente resistem a uma investigação. Durante a administração Reagan foi mencionada pela primeira vez uma "relação estratégica" conferindo benefícios aos EUA assim como a Israel.
A idéia de que Israel - menor tanto em área quanto em população do que Hong Kong - pode oferecer aos EUA benefícios suficientes para compensar a hostilidade que a relação provoca entre 250 milhões de árabes vivendo em 4.000 milhas de território estratégico que vão do Marrocos a Omã é risível. Se torna ainda mais risível quando se apercebe que esta relação tem alienado outros 750 milhões de muçulmanos que, junto com os árabes, controlam mais que 60 por cento das reservas de óleo e gás que abastecem o mundo.
Ta aí algo que merece explicação. Eu não sabia que apoiar os árabes contra Israel seria melhor para os EUA do ponto de vista geopolítico. Você poderia explicar por que e demonstrar?
Risos... Incrível! Ainda pergunta por quê... Pensei que já tivesse ficado demonstrado no post anterior, mas se nem agora ficou claro, então acho que nem desenhando figuras coloridas...
Porém talvez em cifras possamos demonstrar o porquê do tratamento especial dispensado a Israel. Segundo dados do site
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/US-Israel/toppactoc.html organizações pró-Israel contribuíram, no período de 10 anos, com $17,941,118 para campanhas políticas, enquanto ( segundo o mesmo site ), organizações pró-árabe, com apenas $743,517.
O site, apesar de "obscuro de credibilidade e imparcialidade duvidosa", é mantido por judeus e pró-Israel.
No próximo "post" disponibilizo o artigo da ISTO É sobre como o lobby sionista influencia e determina a política externa dos norte-americanos.