Autor Tópico: Estado Islâmico  (Lida 83535 vezes)

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Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #500 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 23:36:55 »
<a href="https://www.youtube.com/v/2BrueU4xd2w" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/2BrueU4xd2w</a>

Por falar no diabo, Majiid versus Choudary.

Por essa e outras que ele está ameaçado de morte. Mas alguém poderia defender a posição de Choudary que ataca a democracia que o permite falar e ainda recebe AJUDA FINANCEIRA da UK para ameaçar pessoas que ele julga ser inferiores a ele?

Isso que chamo de absurdo do politicamente correto ou ultra-liberalismo idiota.

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


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Offline Johnny Cash

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #501 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 00:00:05 »
Citei esse Choudary posts atrás. O cara é famoso por defender que crucificações e decaptações são REQUERIMENTOS sagrados.

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #502 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 00:03:39 »
Cara, uma sociedade como a britânica simplesmente deveria expulsar lixos assim.. lixos humanos como nazistas radicais. Se o ocidente falhar em conter essa ameaça, será pelo ultra-liberalismo idiota que preenche a mente de pessoas que são incapazes de ver a situação como um todo.

Minha visão é que o próprio radicalismo islâmico tem feito um bom trabalho em calar a boca desses ultra-liberais politicamente corretos.
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Offline Gaúcho

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #503 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 00:04:31 »
Atualmente eu penso que a única solução para o mundo islâmico deve vir do próprio mundo islâmico.

Nos EUA essa visão é compartilhada por muitos liberais e conservadores.

O que você acha?

Concordo. A interferência estrangeira pode sempre alimentar o nacionalismo local, muito mais ainda quando se trata de guerras.

Guardarei esse post para a posteridade e para usar de contra-exemplo quando falarem, por exemplo, que Israel e Palestina nunca chegarão em um acordo.

E que tem a ver comigo?

Atualmente eu penso que a única solução para o mundo islâmico deve vir do próprio mundo islâmico.

Nos EUA essa visão é compartilhada por muitos liberais e conservadores.

O que você acha?

Concordo. A interferência estrangeira pode sempre alimentar o nacionalismo local, muito mais ainda quando se trata de guerras.

Guardarei esse post para a posteridade e para usar de contra-exemplo quando falarem, por exemplo, que Israel e Palestina nunca chegarão em um acordo.

Bicho se pode ter até razão, mas acho que nossa geração não vê um acorde de paz entre os dois.

Se Juca e Agnóstico concordaram em algo, o que são essas diferenças menores como essa da Palestina e Israel? :P
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #504 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 00:06:01 »
 :histeria:
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Offline Fabrício

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #505 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 08:00:13 »
 :histeria: :histeria:
"Deus prefere os ateus"

Offline _Juca_

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #506 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 09:24:09 »
Atualmente eu penso que a única solução para o mundo islâmico deve vir do próprio mundo islâmico.

Nos EUA essa visão é compartilhada por muitos liberais e conservadores.

O que você acha?

Concordo. A interferência estrangeira pode sempre alimentar o nacionalismo local, muito mais ainda quando se trata de guerras.

Guardarei esse post para a posteridade e para usar de contra-exemplo quando falarem, por exemplo, que Israel e Palestina nunca chegarão em um acordo.

E que tem a ver comigo?

Atualmente eu penso que a única solução para o mundo islâmico deve vir do próprio mundo islâmico.

Nos EUA essa visão é compartilhada por muitos liberais e conservadores.

O que você acha?

Concordo. A interferência estrangeira pode sempre alimentar o nacionalismo local, muito mais ainda quando se trata de guerras.

Guardarei esse post para a posteridade e para usar de contra-exemplo quando falarem, por exemplo, que Israel e Palestina nunca chegarão em um acordo.

Bicho se pode ter até razão, mas acho que nossa geração não vê um acorde de paz entre os dois.

Se Juca e Agnóstico concordaram em algo, o que são essas diferenças menores como essa da Palestina e Israel? :P

 :lol:

Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #507 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 22:18:57 »
Citar
Você se apóia em teorias de conspiração achados em sites obscuros de credibilidade
e imparcialidade duvidosas. Em alguns casos nem se dá ao trabalho de postar a história
toda e o que o "outro lado" pensa do assunto. Até uma wikipédia serviria melhor.

Teoria da Conspiração, ddv? Um mercado de gás de trilhões de dólares que vai alijar compahinhas americanas e ainda por cima fortalecer enormemente a economia dos inimigos
dos EUA, e, principalmente, de Israel, é e sempre foi motivo mais do que suficiente para
começar uma guerra. Faz sentido para qualquer pessoa com pelo menos 2 neurônios e um
quebra-molas no meio.

É infinitamente mais plausível do que supor que toscos zelotes, sem nenhum "background"
externo, de repente vieram de todas as partes por seus próprios meios e formaram um
grupo poderoso o suficiente para enfrentar ao mesmo tempo o forte exército sírio, as
forças iraquianas e ainda os curdos de contrapeso. Alegar que as armas foram tomadas
de um exército iraquiano em fuga esbaforida, é algo que só pode ser situado em algum
ponto entre o cinismo e a burrice. Devemos imaginar então que inicialmente estavam
armados apenas com paus e pedras e com isso botaram pra correr as forças sírias e
iraquianas, e aí sim, ficaram com todos os seus tanques, blindados e artilharia.

Inclusive com os sofisticados mísseis anti-tanques e terra-ar de FABRICAÇÃO AMERICANA
e que estes exércitos NÃO POSSUEM.

É cômico.

Quando um conflito dessas proporções é explicado por esse tipo de análise infantil eu creio que é preciso procurar razões mais concretas. O envolvimento do ocidente, por meio de suas marionetes/aliados, é provado, por exemplo, por documentos como  aquele exibido pela Globo News, que revela o GOVERNO saudita libertando e enviando prisioneiros para lutar na Síria. Ou será que a Globo News é de "credibilidade duvidosa"? Sem dúvida que sim! Mas a parcialidade da Globo é notória por se alinhar, em questões de "international affairs", com a mídia norte-americana e sua propaganda, não por expo-la.

Por falar em credibilidade e parcialidade, se não há nenhuma "conspiração" porque a CNN, FOX,
etc, bombardeia o público com matérias "fake" como as desmascaradas nos vídeos abaixo?

Não se trata nem de parcialidade, mas sim de forjar fatos.



CNN, Globo... Eu não me "apoiei" em sites obscuros,( você conseguiria apontar algum? ),
eu citei fatos de conhecimento geral, como os projetos dos gasodutos, e fiz a minha
análise e expressei minhas opiniões. Aliás, como todos fazem, inclusive você. Por acaso
ainda não vimos, em nenhum dos seus "posts", "a história toda" e o que "outro lado pensa
do assunto", apenas a sua opinião e o seu ponto de vista. Então porque o seu muito mal
disfarçado proselitismo sionista serviria melhor aos assinantes deste fórum do que uma Wikipedia?

Bom, talvez por ser exatamente isso: um fórum! Uma ferramenta para as pessoas expressarem suas próprias opiniões, informações, pontos de vista, etc, e até, porque não, se assim quiserem, um proselitismo parcial e ideologicamente orientado, pouco comprometido com a verdade e os fatos.

Citar
O principal fator é geopolítico. Israel é um parceiro mais confiável dos EUA do que qualquer país árabe demonstrou poder ser. É culturalmente e institucionalmente mais idêntico aos EUA.
Serve como um estado-tampão ou mesmo satélite numa região tão importante e estratégica como o Oriente Médio.

Como fator religioso, temos o apoio dos judeus e protestantes. Os protestantes têm mais simpatia pelos judeus do que os católicos, talvez porque lêem a Bíblia e se identifiquem mais com o "povo escolhido". Não subestime o argumento religioso.

Como profetizado alhures é divertido ver o esforço para fabricar justificativas tão artificiais e forçadas para a aberrante e descarada subserviência do governo norte-americano aos interesses de Israel, que não levem em consideração o bilionário lobby sionista, que constrói e destrói carreiras políticas, assim como a pervasiva e onipresente penetração, controle e influência das principais mídias.

Nada deixa mais evidente a extensão do poder do lobby judaico do que tentar explicar a postura americana no conflito árabe-israelense sem levar o mencionado lobby em consideração.

Ah, tudo se explica porque os judeus são o povo escolhido e os presidentes americanos leêm muito a bíblia! Risos...

Ou talvez essa seja até melhor: " Israel é um necessário estado tampão." Pra quem não sabe "estado tampão" é um termo que designa um país situado estrategicamente entre grandes potências hostis. Como Israel pode funcionar como um estado tampão para os EUA, com suas fronteiras a mais 20 mil km de distância, é um dos grandes quebra-cabeças da geopolítica
do Oriente Médio. :-D

"Israel é um estado satélite". Em uma região com tantos estados satélites e ditadores e monarquias marionetadas pelo  Ocidente, por quê precisariam criar mais um? Um especialmente que dificulta a relação com todos os outros países da região, e estes sim, ao contrário de Israel, economica e geopolicamente importantes, porque detentores do recurso
mais essencial do mundo moderno: o petróleo. Estranho, de um ponto de vista meramente geopolítico, porque previsivelmente este estado satélite não teria outro efeito senão o de levar vários regimes da região a esfera de influência da União Soviética, o que de fato ocorreu.

Porém o mais estranho é que Israel se comporta de maneira sui generis para um estado satélite. Em 1967, por todas as provas e testemunhos unânimes dos tripulantes, aviões israelenses e lanchas contra-torpedeiras atacaram intencionalmente um navio americano de interceptação de comunicações, matando 34 homens e ferindo mais de 170. Pelo "incidente" nenhuma sanção foi imposta ao Estado Satélite. Ao contrário, com Lyndon B. Jonson fazendo de tudo para abafar o caso.

Também de acordo com artigo da Newsweed - e muitas outras fontes - a atividade de espionagem israelense nos Estados Unidos age agressiva e livremente.

Citar
According to classified briefings on legislation that would lower visa restrictions on Israeli citizens, Jerusalem’s efforts to steal U.S. secrets under the cover of trade missions and joint defense technology contracts have “crossed red lines.”

Nenhuma sanção, sequer uma reprimenda ao "estado satélite".

No ano passado, quando o governo Obama tentava mediar o massacre que os israelenses promoviam em Gaza, a resposta do ministro Uri Ariel foi curta e rude: "Deixem-nos em paz. Vão cuidar da Síria!". No início de agosto, as coisas pioraram, com um ríspido telefonema entre Netanyahu e Dan Shapiro, o embaixador dos EUA em Israel. Segundo relatos, em 2 de agosto Netanyahu disse a Shapiro para a administração Obama "jamais questioná-lo novamente". 

Tão típico de estados satélites... :-) Será que era exatamente nestes termos que os dirigentes de países da Cortina de Ferro se dirigiam ao premier soviético? :-D

Mas segundo DDV Israel é "confiável" para os americanos. Apesar de já ter violado 32 resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Resoluções com a aquiescência dos EUA, que tem poder de veto, confiando que o "confiável" Israel as acataria. Confiável apesar de bombardear, espionar, roubar segredos industriais e militares, e jamais atender aos poucos pedidos e solicitações da administração americana, mesmo quando sua política agressiva de desapropriações e assentamentos, constantes violações de direitos humanos, desrespeitos a resoluções da ONU e massacre de civis, deixam a Casa Branca em uma situação desconfortável.

Já a ONU não confia tanto em Israel. A ocupação israelense viola o prefácio da Carta das Nações Unidas banindo a aquisição de territórios pela guerra. O que o governo israelense tem feito ao ocupar territórios também viola a Quarta Convenção de Genebra, que proíbe a transferência de população nestas áreas.

Por isso, e muito mais, tentar justificar a "aliança" Israel-EUA como estratégia geopolítica se converte em risível non sense. Porque, para os Estados Unidos, é nada mais do que um tiro no pé. Mas não vamos "substimar o argumento religioso"... Vai ver é porque os congressistas leêm muito a bíblia que Israel recebeu mais de 130 bilhões - a fundo perdido - de ajuda americana.

Citar
Está dizendo que estados não costumam tomar decisões "ilógicas" do ponto de vista puramente econômico motivados por ideologia ou geopolítica?  :hein:

Não sei se eu entendi, DDV. Os interesses econômicos costumam andar lado a lado com os geopolíticos. Ainda não vimos nenhum Estado que almejasse a "geopolítica da bancarrota". Mas você está dizendo que o apoio a Israel é "ilógico" de um ponto de vista estritamente geopolítico????? Então finalmente concordamos... :-D Ainda que tenha sido por um ato falho seu.

No entanto, perceba como sua argumentação é confusa e contraditória. Quando eu relacionei alguns poucos exemplos de intervenções colonialistas norte-americanas, suporte a regimes quase nazistas como o da África do Sul, apoio a governos genocidas de extrema direita, golpes para derrubar democracias legítimas e substitui-las por ditaduras, eu estava querendo mostrar com isso que, via de regra, a política externa americana não se importa e nem se guia pelos
valores que supostamente apregoam, como a democracia e o respeito aos direitos humanos, mas tendem a ser pragmáticos, utilizando qualquer meio para atingir seus fins.

E você concordou, DDV. Para cada exemplo você observou: "Geopolítica! Fizeram todas estas barbaridades porque tinham interesses ecônomicos e geopolícos." ( Quanta perspicácia! :-D )

Com toda essa perspicácia você já está a um passo da iluminação. Ora, se os Estados, e especialmente os Estados Unidos, costumam agir de maneira inescrupulosa, sem princípios, ou até mesmo indo contra seus alegados princípios, utilizando de quaisquer meios para obter os fins econômica e politicamente de seus interesses, o que motivaria todas estas benesses
destinadas a Israel, uma vez que você mesmo foi incapaz - apesar do esforço - de apontar qualquer vantagem econômica ou geopolítica nessa contraproducente aliança?

Talvez a seguinte declaração de Jack Straw, membro do Parlamento e antigo secretário dos Estrangeiros do Partido Trabalhista britânico, nos dê uma pista.

Citar
"Grupos políticos pró-Israel como o AIPAC funcionam com fundos ilimitados a fim de alterar a política americana na
região (Médio Oriente)"

A seguinte declaração do judeu Sheldon Adelson, o MAIOR CONTRIBUINTE do Partido Republicano e um importante angariador de fundos para as comissões de ação política pró-Israel, ajuda a entender a geopolítica americana para o Oriente Médio bem melhor do que bobagens sobre protestantes que amam judeus porque leêm a bíblia...

Citar
"Os Estados Unidos deviam lançar uma bomba atómica no Iran para obrigar o país a acabar com o seu programa nuclear"

Em um discurso na Universidade Yeshiva, cidade de Nova York, em 22/Outubro/2013

Ajuda a entender porque o Departamento de Estado rejeitou relações amigáveis e proveitosas com mais de 1,5 bilhões de muçulmanos dando apoio à instalação ilegal de mais de quinhentos mil colonos judeus na terra da Palestina ocupada militarmente na Margem Ocidental e em Jerusalém.

A pergunta estratégica é: como e porquê esta relação unilateral entre os EUA e Israel se mantém há tanto tempo, apesar de ser contra tantos interesses estratégicos e contra os interesses da elite dos EUA?

Alegações de que existem aspectos positivos da relação EUA-Israel raramente resistem a uma investigação. Durante a administração Reagan foi mencionada pela primeira vez uma "relação estratégica" conferindo benefícios aos EUA assim como a Israel.

 A idéia de que Israel - menor tanto em área quanto em população do que Hong Kong - pode oferecer aos EUA benefícios suficientes para compensar a hostilidade que a relação provoca entre 250 milhões de árabes vivendo em 4.000 milhas de território estratégico que vão do Marrocos a Omã é risível. Se torna ainda mais risível quando se apercebe que esta relação tem alienado outros 750 milhões de muçulmanos que, junto com os árabes, controlam mais que 60 por cento das reservas de óleo e gás que abastecem o mundo.

Citar
Ta aí algo que merece explicação. Eu não sabia que apoiar os árabes contra Israel seria melhor para os EUA do ponto de vista geopolítico. Você poderia explicar por que e demonstrar?

Risos... Incrível! Ainda pergunta por quê... Pensei que já tivesse ficado demonstrado no post anterior, mas se nem agora ficou claro, então acho que nem desenhando figuras coloridas... :-D

Porém talvez em cifras possamos demonstrar o porquê do tratamento especial dispensado a Israel. Segundo dados do site

http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/US-Israel/toppactoc.html

organizações pró-Israel contribuíram, no período de 10 anos, com $17,941,118 para campanhas políticas, enquanto ( segundo o mesmo site ), organizações pró-árabe, com apenas $743,517.

O site, apesar de "obscuro de credibilidade e imparcialidade duvidosa", é mantido por judeus e pró-Israel.

No próximo "post" disponibilizo o artigo da ISTO É sobre como o lobby sionista influencia e determina a política externa dos norte-americanos.

Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #508 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 22:23:23 »
Coluna de Paulo Moreira Leite publicada na ISTO É em julho de 2014.

Citar
A força por trás do veto americano
"Se eu fosse um líder árabe, nunca faria um acordo com Israel. Isso é natural: nós tomamos a pátria deles [...]

Nós nascemos em Israel, mas isso foi há 2 mil anos, e o que isso significa para eles? Houve anti-semitismo, os nazistas, Hitler, Auschwitz, mas que culpa eles tiveram nisso? Eles só vêem uma coisa: nós viemos para cá e roubamos sua pátria. Por que eles têm de aceitar isso?”

Esta frase não saiu de nenhum adversário de Israel, nenhum líder antissionista, ninguém que você possa nem de longe considerar um inimigo dos judeus. São palavras de David Ben Gurion, o patrono de Israel, num célebre diálogo entre
lideres do movimento sionista.

Impossível deixar de refletir sobre estas palavras ao longo da semana, quando a ONU prepara-se para discutir a criação de um Estado palestino, dando cumprimento a uma resolução de 1947 e que jamais foi aplicada. A maioria dos países apoia a proposta de criar um Estado palestino mas é grande a possibilidade de que ele venha ser rejeitada por uma decisão unilateral do governo de Barack Obama. Não será a primeira vez que o governo americano veta uma deliberação que possa ferir os interesses do Estado de Israel. Num levantamento de 2006, descobre-se que até ali os EUA haviam utilizado o poder de veto pró-Israel em 32 vezes, mais do que a soma de todos os outros vetos empregados por todos os demais países do Conselho de Segurança. Certa vez, Ehud Barak, que foi primeiro-ministro de Israel, admitiu: se tivesse nascido palestino, “teria ingressado em uma organização terrorista.” O terrorismo é uma catástrofe mas, quando até um primeiro-ministro é capaz de dizer uma coisa dessas, é melhor refletir um pouco sobre o alcance de suas palavras. Elas descrevem uma situação sem saída, perfeita para idéias extremas, ainda que desastradas.

O destino do Estado Palestino não será resolvido no Oriente Médio, nem nos gabinetes de Jerusalém, nem nas ruelas de Gaza. Tampouco será obra dos colonos fanáticos, que ocupam territorios na Cisjordania e hostilizam a população local com apoio do Exército. A ONU tem um papel real mas relativo neste caso.

O destino do Estado Palestino será resolvido a milhares de quilometros de distancia do Oriente Médio, da forma mais artificial possível: em Washington, na Casa Branca e no Congresso.

O provável veto americano é apenas um novo lance de uma política externa que fez de Israel a prioridade número 1 dos governos americanos há pelo menos quatro décadas. O que se pergunta — diante das palavras de Ben Gurion e de Ehud Barack — é qual o interesse dos Estados Unidos em se comportar como aliado permanente e incondicional de Israel.

Era até possível invocar razões geo-políticas para esta atitude no passado, quando a ajuda americana a Israel atingiu o patamar de US$ 500 por cidadão israelense, soma impressionante para um país com renda comparável a Coréia do Sul e a Espanha.

Capaz de realizar pressões diplomáticas e até ações de sabotagem contra países que resolvem fazer pesquisas nucleares, também naquela época Washington fez vista grossa diante da bomba atômica de Israel.

Mas em 2011 não há mais a Guerra Fria, que servia para justificar uma política de contenção dos países arabes, muitos aliados da União Soviética. A primavera árabe desfez o argumento — que sempre teve valor limitado — de que Israel era a única democracia da região. Até porque, ao longo da história, Washington soube entender-se muito bem com democracias e também com ditaduras.

A aliança automática com Israel prejudica todo projeto da Casa Branca melhorar sua diplomacia com outros países da região.

A ameça terrorista aos EUA é real mas um número crescente de analistas já aceita a visão de que a proximidade excessiva com Israel contribui bastante para transformar os Estados Unidos em alvo da violencia de organizações islâmicas.

A atitude da Casa Branca seria mais compreensível se, apesar de todas estas considerações, Barack Obama assumisse a postura de que está de acordo com a orientação seguida. Mas não.

Como vários de seus antecessores, democratas e republicanos, em várias ocasiões Obama deixou claro que claro que gostaria de fazer uma coisa mas acaba fazendo outra. Preferiria mostrar uma postura mais coerente com as pretensões palestinas e o pretendido papel de liderança que os EUA gostariam de exercer no mundo mas acaba recuando. Por que? O que o impede de ir até onde sugere que seria o mais correto?

A explicação envolve várias causas, de muitas camadas geológicas. Mas a principal é simples e direta: num sistema eleitoral aberto ao poder economico e a pressões de toda ordem, a política externa dos EUA foi privatizada pelos grandes lobistas que trabalham para Israel. Não é uma conspiração escondida nem ilegal. Está tudo dentro das regras do jogo. Eles encontram espaço livre para trabalhar e fazem o serviço, no Congresso e na Casa Branca.

Vários levantamentos isentos indicam que no Congresso americano, os lobistas pró-Israel só são menos influentes do que as entidades de aposentados — mas tem mais poder do que os sindicatos e do que os fabricantes de armas de fogo. Mas são os únicos que demonstram tanto empenho e tanta eficiencia na defesa de relações com um país estrangeiro que nem de longe é o o principal comercial americano nem um aliado militar indispensável.

Na Casa Branca, os mesmos lobistas mantém conexões históricas com os republicanos, e também com os democratas. Conforme um levantamento do jornal Washington Post, os candidatos democratas precisam dos aliados de Israel para “obter 60% do dinheiro” de suas campanhas. Essa influencia é tão grande que nas negociações de Camp David, num desses inúmeros encontros para levar à paz que sempre falham no último momento, a delegação palestina queixava-se de que estava tratando “com duas delegações de Israel: uma usava a bandeira israelenese e a outra, a bandeira americana.”



Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #509 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 22:35:51 »
Mas para compreender de forma mais profunda e científica como os interesses sionistas controlam a política e diversos aspectos da sociedade americana, eu recomendo o estudo de dois eméritos cientistas políticos.

John Mearsheimer e Stephen Walt.

O primeiro é professor de Ciências Políticas na Universidade de Chicago e autor de The tragedy of great power politics

Steven Walt é professor de Assuntos Internacionais na Kennedy School of Government em Harvard.

O estudo está disponível em Português no link:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002006000300003

Como que para provar a própria tese, depois de publicado o referido estudo, os autores passaram a ser implacavelmente perseguidos.

Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #510 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 22:41:12 »
Como um aperitivo, apenas a introdução do referido estudo, linkado no post acima:

Citar
Nas últimas décadas, e especialmente desde a Guerra dos Seis dias em 1967, o componente mais importante da política dos Estados Unidos para o Oriente Médio tem sido sua relação com Israel. A combinação de apoio resoluto a Israel com o esforço a ele relacionado de disseminar a "democracia" por toda a região inflamou a opinião árabe e islâmica e pôs em risco não só a segurança dos Estados Unidos, mas também a de grande parte do resto do mundo. Essa situação não tem equivalente na história política americana. Por que os Estados Unidos se dispuseram a deixar de lado sua própria segurança e a de muitos de seus aliados para promover os interesses de outro Estado? Poder-se-ia supor que o vínculo entre os dois países se baseava em interesses estratégicos comuns ou em imperativos morais inarredáveis, mas nenhuma dessas explicações é suficiente para explicar o notável nível de apoio material e diplomático fornecido pelos Estados Unidos.

O cerne da política dos Estados Unidos na região deriva, antes, quase inteiramente da política interna, em especial das atividades do "Lobby de Israel". Outros grupos de interesse específicos conseguiram influenciar a política externa, mas nenhum lobby conseguiu desviá-la para tão longe do que o interesse nacional indicaria, ao mesmo tempo convencendo os americanos de que os interesses dos Estados Unidos e os do outro país — no caso, Israel — são essencialmente idênticos.

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #511 Online: 24 de Fevereiro de 2015, 23:29:39 »
Pedro, vamos fazer alguns testes. O que os EUA foram fazer no Iraque?
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Offline Jack Carver

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #512 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 01:24:03 »
IRAQ ACCUSES BRITAIN OF DELIVERING WEAPONS TO ISLAMIC STATE

http://www.infowars.com/iraq-accuses-britain-of-delivering-weapons-to-islamic-state/
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline eddie

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #513 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 11:58:49 »
Citação de: BBC BRASIL
Drones misteriosos sobrevoam Paris pela 2ª noite seguida e causam apreensão

A polícia não sabe quem está operando as pequenas aeronaves.

No total os drones foram vistos cinco vezes pela polícia e pelo público entre as 23h da terça-feira (horário local) e 2h da madrugada desta quarta-feira, segundo informações da imprensa francesa.

Até três drones foram vistos perto do museu de L´armé e da Place de la Concorde e dois foram vistos perto dos antigos portões da cidade.

Cinco drones foram vistos na noite anterior em áreas próximas e também perto da torre Eiffel e nos arredores da embaixada americana, perto da Place de La Concorde.

Também foram vistos drones em pontos mais distantes do centro, em áreas importantes para o transporte na capital francesa como Porte de Clignancourt, no norte, e Porte de Saint-Cloud, no sudoeste.

Sobrevoar Paris durante a noite é ilegal e voos baixos pela cidade precisam de autorização.

Drones menores são baratos na França e é fácil comprar um, mas a aparição destas pequenas aeronaves nos últimos meses em pontos importantes de Paris gerou preocupação entre as autoridades francesas.

Imagens


As pequenas aeronaves foram vistas nos principais monumentos como a torre Eiffel


Alguns dos drones sobrevoando Paris foram flagrados por câmeras de vídeo e as imagens serão analisadas por uma equipe de dez investigadores. A equipe foi formada depois dos primeiros drones serem avistados na capital francesa.

E estas aeronaves podem fornecer imagens aéreas de alta qualidade quando equipadas com câmeras de vídeo.

A apreensão com estas aeronaves começou no mês passado. Em janeiro um drone foi visto sobrevoando o Palácio Elysée, a residência do presidente François Hollande, e, em outubro, várias usinas nucleares do país foram alvo do sobrevoo de drones.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150225_drones_paris_fn


Espero que não estejam usando o drone para algum objetivo maléfico...
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2015, 14:08:34 por Oberon »

Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #514 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 12:35:31 »
Não dá ideia... :shocked:

Offline eddie

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #515 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 14:09:04 »
Não dá ideia... :shocked:


Tem razão, vai que é apenas brincadeira de algum moleque. Na dúvida editei o texto para que o NSA não pense que sou um terrorista.  :hihi:

Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #516 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 15:32:33 »
É brincadeira... :lol:

e a NSA só rouba dados, mas não consegue ler tudo...muita coisa!

Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #517 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 20:23:39 »
Pedro, vamos fazer alguns testes. O que os EUA foram fazer no Iraque?

Rapaz, a gente pode dizer com mais segurança o que eles NÂO FORAM fazer.

Não foram procurar armas de destruição em massa e não foram destruir um aliado da Al Qaeda.

O mundo inteiro sabia ( menos o Bush, a NSA e a CIA ) que Al Qaeda e Saddan Hussein eram inimigos naturais.

Alguns acham que foram atrás dos contratos da indústria do petróleo e de engenharia que, depois da primeira guerra do golfo, estavam em poder de empresas russas e chinesas. Já John Mearsheimer afirma que corre na comunidade de inteligência americana o comentário de que teria sido uma guerra travada por procuração, pelos interesses de Israel.

Citar
Dada a dedicação dos neoconservadores a Israel, sua obsessão com o Iraque e sua influência no governo Bush, não é de surpreender que muitos americanos suspeitassem que a guerra tinha por objetivo promover interesses israelenses. No mês de março passado, Barry Jacobs, do American Jewish Committee, reconheceu que a crença de que Israel e os neoconservadores tinham conspirado para levar os Estados Unidos a uma guerra no Iraque estava "disseminada" na comunidade de inteligência. Mas poucas pessoas diriam isso em público, e a maioria das que o fizeram — entre elas o senador Ernest Hollings e o deputado James Moran — foi condenada por levantar a questão. Michael Kinsley escreveu no final de 2002 que "a falta de discussão pública sobre o papel de Israel [...] é o proverbial elefante na sala". A razão para a relutância a falar sobre isso, observou ele, era o medo de ser rotulado de anti-semita. Há pouca dúvida de que Israel e o Lobby foram fatores fundamentais na decisão de ir à guerra. Trata-se de uma decisão que os Estados Unidos teriam muito menos probabilidade de tomar sem os esforços desenvolvidos por eles. E se pretendia que a guerra fosse só o primeiro passo. Uma manchete de primeira página do Wall Street Journal logo depois do início da guerra diz tudo: "O sonho do presidente: mudar não só o regime mas uma região: uma área democrática pró-EUA é uma meta que tem raízes israelenses e neoconservadoras".

Citar
As pressões de Israel e do Lobby não foram o único fator responsável pela decisão de atacar o Iraque em março de 2003, mas foram um fator decisivo. Alguns americanos acreditam que aquela foi uma guerra por petróleo, mas dificilmente há uma evidência direta que sustente essa afirmação. Antes, a guerra foi motivada em boa parte por um desejo de tornar Israel mais seguro. Segundo Philip Zelikow, ex-membro do Foreign Intelligence Advisory Board do presidente, diretor executivo da Comissão do 11 de Setembro, e hoje assessor de Condoleezza Rice, a "ameaça real" do Iraque não era uma ameaça aos Estados Unidos. A "ameaça não declarada" era a "ameaça contra Israel", disse Zelikow a uma platéia na Universidade da Virginia em setembro de 2002. "O governo americano", ele acrescentou, "não quer insistir demais nisso retoricamente, porque não é algo que tenha muita aceitação popular".

Em 16 de agosto de 2002, onze dias antes de Dick Cheney iniciar a campanha pela guerra com um discurso linha-dura aos Veterans of Foreign Wars, o Washington Post relatou que "Israel está exigindo que os representantes americanos não adiem um ataque militar contra Saddam Hussein, do Iraque". Nessa altura, de acordo com Sharon, a coordenação estratégica entre Israel e os Estados Unidos alcançou "dimensões sem precedentes", e funcionários da inteligência israelense passaram a Washington uma variedade de relatos alarmantes sobre programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa do Iraque. Como disse mais tarde um general israelense aposentado, "a inteligência israelense teve participação plena na elaboração do quadro apresentado pela inteligência americana e britânica em relação à capacidade militar não-convencional do Iraque".


Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #518 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 20:30:28 »
IRAQ ACCUSES BRITAIN OF DELIVERING WEAPONS TO ISLAMIC STATE

http://www.infowars.com/iraq-accuses-britain-of-delivering-weapons-to-islamic-state/

Pois é... eu já vinha falando sobre as evidências disso.

Se você vai atrás das armas chega no dinheiro. Se chega no dinheiro chega no patrocinador. Se chega no patrocinador chega nos interesses por trás dessa guerra.

Talvez a intenção não fosse lançar o Iraque no caos nem criar um monstro como o ISIS ( embora a gente nunca saiba realmente o que é tramado por debaixo dos panos ), mas, com tanto dinheiro e armamento fluindo inconsequentemente para as mãos de qualquer grupo disposto a lutar contra o regime de Assad, o ISIS pode ter sido o efeito colateral dessa política insana e irresponsável.

« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2015, 20:38:10 por Pedro Reis »

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #519 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 21:04:56 »
Pedro então os EUA pegaram a grande maioria dos contratos após a queda de Saddam para basicamente lapidar o patrimônio iraquiano.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #520 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 21:47:56 »
Pedro então os EUA pegaram a grande maioria dos contratos após a queda de Saddam para basicamente lapidar o patrimônio iraquiano.

Por que lapidar o patrimônio iraquiano?

Se a motivação foi essencialmente econômica então as corporações estavam interessadas em seus ganhos, não necessariamente em destruir o Iraque. Algo que é fato é que, além do próprio Bush, muitas pessoas chaves na sua administração eram oriundos de empresas que lucraram astronomicamente com a guerra no Iraque.

A maior parte deles veio da indústria do petróleo. Como o Bush, que tinha sua própria empresa petrolífera, a Ambush, e daí suas ligações pessoais estreitas com a família do Bin Laden. A Condolezza Rice tem até um navio petroleiro batizado em seu nome. Dick Cheney havia sido executivo da  Haliburton, que faturou 39,5 bilhões com a guerra. Apenas para citar alguns.

Mas se a principal motivação foi, como pensam alguns, os interesses israelenses na destruição de um inimigo, então talvez a destruição da infraestutura do país estivesse na agenda.
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2015, 22:04:57 por Pedro Reis »

Offline DDV

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #521 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 22:10:00 »
Retomando o assunto sobre Israel...


Eu vejo Israel praticamente como um aparte dos EUA no Oriente Médio, quase como uma colônia ou estado americano na região (e acho que os países árabes também o vêem dessa forma).

Nenhum outro país no Oriente Médio será um aliado mais confiável dos EUA do que Israel, não só por afinidades culturais e institucionais, mas também porque Israel deve sua existência e segurança aos EUA.

Dizer que Israel manda nos EUA é o cúmulo do surrealismo. Eu percebi que o que existe na verdade entre ambos é uma política de cooperação e de "não atrapalhar" as políticas de segurança do outro em seus quintais. Ex: Israel pediu autorização dos EUA pra vender armas e reformar os caças da Venezuela, tendo a autorização negada. Talvez os EUA façam o mesmo com Israel com relação aos vizinhos deste último.


Pra finalizar, um trecho da Wikipédia falando o óbvio:


"Bilateral relations have evolved from an initial US policy of sympathy and support for the creation of a Jewish homeland in 1948 to an unusual partnership that links a small but militarily powerful Israel, dependent on the United States for its economic and military strength, with the American superpower trying to balance other competing interests in the region. Others maintain that Israel is a strategic ally, and that US relations with Israel strengthen the US presence in the Middle East.[1] Israel is one of the United States' two original major non-NATO allies in the Middle East. Late Republican Senator Jesse Helms used to call Israel "America's aircraft carrier in the Middle East", when explaining why the United States viewed Israel as such a strategic ally, saying that the military foothold in the region offered by the Jewish State alone justified the military aid that the United States grants Israel every year."


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #522 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 22:37:46 »
Então Pedro, a destruição da infra não estava na agenda saiba que a motivação econômica dos EUA foi para merda

http://content.time.com/time/world/article/0,8599,1948787,00.html

U.S. Companies Shut Out as Iraq Auctions Its Oil Fields

Parece que o "investimento" deles na guerra foi tão inteligente quanto o que fizemos no porto maribel.

http://www.nytimes.com/2013/06/03/world/middleeast/china-reaps-biggest-benefits-of-iraq-oil-boom.html?pagewanted=all

Acho que você tem certeza demais de suas visões conspiracionistas. Os EUA se foderam porque perderam a credibilidade em uma guerra idiota com motivações falsas e ainda quebraram o país com o custo dessa aventura.

Bush não é um Leopoldo (para não usar Hitler) que queria dizimar uma nação, deixar estuprar as mulheres, roubar toda a riqueza e ir embora.

Ele provavelmente queria fazer do Iraque um .. Alabama um lugar onde poderiam comprar petróleo a preços razoáveis e ter uma democracia afiliada aos EUA.

Bom, deu tudo errado.

Você lê erradamente o cenário com essas suas teorias sem sentido cheias de 1/4 de verdades.

« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2015, 00:04:34 por Bahadur »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Pedro Reis

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #523 Online: 26 de Fevereiro de 2015, 02:14:39 »
Então Pedro, a destruição da infra não estava na agenda saiba que a motivação econômica dos EUA foi para merda

http://content.time.com/time/world/article/0,8599,1948787,00.html

U.S. Companies Shut Out as Iraq Auctions Its Oil Fields

Parece que o "investimento" deles na guerra foi tão inteligente quanto o que fizemos no porto maribel.

http://www.nytimes.com/2013/06/03/world/middleeast/china-reaps-biggest-benefits-of-iraq-oil-boom.html?pagewanted=all

Acho que você tem certeza demais de suas visões conspiracionistas. Os EUA se foderam porque perderam a credibilidade em uma guerra idiota com motivações falsas e ainda quebraram o país com o custo dessa aventura.

Bush não é um Leopoldo (para não usar Hitler) que queria dizimar uma nação, deixar estuprar as mulheres, roubar toda a riqueza e ir embora.

Ele provavelmente queria fazer do Iraque um .. Alabama um lugar onde poderiam comprar petróleo a preços razoáveis e ter uma democracia afiliada aos EUA.

Bom, deu tudo errado.

Você lê erradamente o cenário com essas suas teorias sem sentido cheias de 1/4 de verdades.



Bahadur,

As minhas certezas são pálidas perto das suas convicções. Você até tem certeza que sabe mais que o próprio Secretário de Estado adjunto da Defesa, Paul Wolfowitz, um dos principais responsáveis pela elaboração dos planos de invasão do Iraque, que declarou, em um rasgo de inorportuna honestidade, que as tais armas de destruição em massa não tinham passado de "justificação burocrática".

Mais importante que isso, Wolfowitz admitiu publicamente em uma conferência em Singapura que a "real razão para a invasão do Iraque foi o petróleo."

http://www.publico.pt/mundo/jornal/wolfowitz-admite-que-petroleo-justificou-guerra-contra-o-iraque-202021

Nesse caso não é preciso ler "cenários", basta ler declarações como esta. Se supor que os americanos invadiram o Iraque pelo petróleo é uma teoria da conspiração, veja que surpresa, apesar de você discordar, o Secretário de Estado Adjunto de Defesa, segundo homem em poder no Pentágono, concorda com ela!

Antes de ler cenários Bahadur, você precisa aprender a ler TEXTOS. Porque a minha "teoria da conspiração" foram considerações sobre as verdadeiras razões por trás da guerra na Síria, e não sobre invasão de Iraque.

Além de não ler o que está escrito ( talvez porque não entenda ), lê o que nem foi escrito. Em nenhum momento, em lugar nenhum, eu afirmei que Bush tinha intenção de destruir o Iraque. Mas você precisava dessa afirmação para encaixar em um texto que já estava pronto.

Por isso perguntou afirmando:

Citar
Pedro então os EUA pegaram a grande maioria dos contratos após a queda de Saddam para basicamente lapidar(sic) o patrimônio iraquiano.

Too bad! Porque eu respondi:

Citar
Por que lapidar o patrimônio iraquiano?

"Lapidar" talvez fosse uma figura de linguagem que você estivesse utilizando para se referir ao patrimônio iraquiano como um diamante a ser lapidado. Ou, mais provável, era apenas o uso incorreto do verbo dilapidar mesmo.

Em qualquer caso, como você nem se deu ao trabalho de ler, a sua frase seguinte no seu próximo "post" ( que já estava escrita ), ficou sem um contexto.

Citar
Bush não é um Leopoldo (para não usar Hitler) que queria dizimar uma nação, deixar estuprar as mulheres,roubar toda a riqueza e ir embora.

Isso é fundamental: ler o que se pretende contestar. Para pelo menos saber do que se está discordando. De uma teoria da conspiração sobre o Iraque, que convinha mas que infelizmente ninguém elabarou, ou sobre a teoria da conspiração sobre a insurgência Síria e a formação do ISIS, que foi o que eu realmente escrevi.

Mas ao querer criticar "certezas" e teóricos da conspiração você deixou de perceber o óbvio!

O que você não percebeu é que supor a administração Bush criando um plano maquiavélico para invadir um país, enganando a ONU, os EUA e o mundo, com "motivações falsas" ( como vc mesmo diz ),  e pra isso forjando falsos relatórios de inteligência sobre inexistentes planos desenvolvimento de armas, inventando falsas provas de ligações com grupos  terroristas, arregimentando figuras do mais alto escalão do governo, dos serviços de inteligência e da Defesa para corroborar todas estas mentiras, e ainda cooptando todos os meios de comunicação para iludir o povo americano sobre as reais motivações da guerra, que segundo você seria a aspiração caipira de ver o Iraque promovido a Alabama, É TAMBÉM UMA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO.

Só que ridícula!

Você não se dá nem conta de que a ÚNICA ALTERNATIVA para não ter havido uma conspiração é a versão oficial ser totalmente verdadeira.

Ou seja, não só a Casa Branca, mas o FBI, a NSA e a CIA, três dos melhores e mais sofisticados serviços de informação do mundo, estavam completamente equivocados e crendo genuinamente que Saddam possuía um poderoso arsenal destrutivo e estava pronto para lança-lo ( sabe deus como... ) sobre Nova York e Washington. E se não houve conspiração então só a CIA não sabia que o Iraque não teve nenhuma participação no atentando de 11 de setembro, e só a CIA não tinha conhecimento que o relatório apresentado na ONU sobre o arsenal iraquiano era um documento falsificado. Algo que os jornalistas estrangeiros descobriram em menos de 24 horas.

Ainda, se não houve conspiração, então a mídia americana engoliu e reproduziu todas estas besteiras apenas por amadorismo e incompetência, enquanto todo o resto da imprensa mundial denunciava a farsa.

Ou foram todos equívocos ingênuos porém sinceros, e Humsfeld, Cheney e Bush eram os três idiotas mais desinformados do mundo, e o Washington Post e o New York Times jornais tão ruins que ninguém deveria ler, ou em algum momento vários setores governamentais e corporativos se articularam para enganar as pessoas.

O que você acha?

Você já disse: acredita em uma teoria de conspiração envolvendo alguma coisa com relação ao estado do Alabama, né?

Outros acham que a motivação pode ter sido a indústria trilionária do petróleo, os contratos bilionários de empresas ligadas a integrantes do governo como a Halliburton de Dick Cheney e a Chevron de Condolezza Rice, estratégia geopolítica e os interesses de segurança de Israel...

Mas cada um com as suas certezas, não é?

Mas a única certeza mesmo é que acreditar na versão oficial é passar atestado de débil mental pra si próprio.

Um mico tão grande que nem o Secretário de Defesa quis pagar.

Offline Sr. Alguém

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« Última modificação: 26 de Fevereiro de 2015, 12:29:19 por Felipp Jarbas »
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

 

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