Só que o time do bem é islâmico e o do mal é terrorista.
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Mas o EI está conseguindo ganhar a guerra da propaganda, inclusive no Clube Cético.
Não só aqui, mas a propaganda do EI tem sido efetiva pra chamar jihadistas/fundamentalistas islâmicos de todo o mundo para lutar pelo Estado Islâmico, não Estado Terrorista.
Não é verdade? Por algum motivo, funciona muito bem pra atrair religiosos dispostos aos mais extremos fins e resultados.
Isso de "se faz o bem" é dos meus, "se faz o mal" é outra coisa, a gente vê muito comumente acontecer quando é difícil assumir uma posição que nos faria descartar aquilo em que acreditamos durante muito tempo. Veja, traçando um paralelo, é o que o governo brasileiro faz já há bastante tempo, sempre jogando a culpa das mazelas brasileiras pras crises internacionais, imprensa golpista, elites (que magicamente excluem a que forma o próprio governo e sua casta militante) e outros mesmo quando temos uma fonte absurda de evidências que indicam o contrário, enquanto apontam todos os avanços nacionais aos esforços dos paladino dos partido.
Note, isso tem até um nome e é estudado em psicologia.
No link:
http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=12125926 podemos ler uma matéria de um professor que defende a tese de que não é nossa culpa, apenas, ou "teimosia", mas sim o nosso cérebro atuando pra não largarmos mão das crenças defendidas desde o princípio mesmo quando há toneladas de evidências claríssimas contrárias.
Aliás, além desse professor, muito pode ser estudado sobre Dissonância Cognitiva na internet mesmo, já que é muito comum.
Veja só, um pequeno exemplo:
Dissonância cognitiva
Termo cunhado pelo psicólogo americano Leon Festinger em 1956 no seu livro “When Prophecy Fails”.
A teoria da dissonância cognitiva defende a ideia segundo a qual 1) as pessoas são geralmente auto-motivadas no sentido de reduzir a dissonância ideológica (incoerência de ideias) mediante a alteração das suas percepções e cognições, ao mesmo tempo que criam outras cognições para cimentar o seu sistema de crenças – ou, 2) em alternativa, reduzindo a importância que se dá aos elementos ideológicos dissonantes e incoerentes que podem perturbar o seu sistema de crenças.
Quando as pessoas pretendem que as suas expectativas se tornem reais, exigem que a realidade se adeqúe àquilo que elas pensam que deveria ser, no sentido de encontrarem um senso de equilíbrio. Mas quando a realidade não se adequa àquilo que essas pessoas pensam que deveria ser, então elas entram em dissonância cognitiva e numa sensação de desconforto e de mal-estar. Para obviar a esta situação, essas pessoas tentarão sempre evitar situações ou fontes de informação que dêem azo a sentimentos de desconforto e, por isso, de dissonância cognitiva.
Por exemplo, é possível que alguém que é contra as touradas não passe sem comer carne de bovino. Para "remendar" essa incoerência (dissonância cognitiva) que a incomoda, essa pessoa pura e simplesmente desvaloriza a morte dos animais nos matadouros, dizendo por exemplo que “é uma morte rápida”. Por outro lado, possivelmente essa pessoa poderá ser contra as touradas e a favor do aborto livre: e para remendar a contradição (dissonância cognitiva) que consiste em defender a vida de um animal e não assumir a mesma posição em relação à vida humana, essa pessoa dirá que “a vida humana só começa a partir de um determinado tempo – por exemplo, 12 semanas – de gestação intra-uterina”. Tentando desvalorizar os dados provenientes da realidade, essa pessoa transforma a realidade em si mesma naquilo que ela quer que esta seja.
A dissonância cognitiva funciona segundo o processo de “redução da dissonância”, por três vias: a primeira, consiste em reduzir a importância dos factos que contradizem as suas expectativas acerca da realidade; a segunda consiste em adicionar elementos de consonância (por exemplo, dizendo que “a vida humana só começa às 12 semanas”: trata-se aqui de um elemento de consonância ou de adequação da realidade com a crença da pessoa); a terceira consiste em mudar a substância dos factores de dissonância (por exemplo, separando os factos da morte do touro na arena, por um lado, da morte do animal no matadouro, por outro lado).
http://sofos.wikidot.com/dissonancia-cognitivaVou te dar uma dica, que talvez possa acrescentar ao debate, é mais fácil argumentar que o problema é o fanatismo/extremismo e isso pode acontecer com as mais diversas ideologias e religiões.
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Camarada, sem querer ser falacioso, mas só um toque primitivo. Você que é tão magoado pelas perguntas duras direcionadas a posicionamento de foristas e às vezes aos próprios foristas, não deveria estimular e reproduzir esse comportamento.
Então você comparou evangélico com terrorista e não com islâmico. Ninguém explode ninguém só porque quer construir uma livraria. Quem acredita nisso é muito ingênuo e cai na propaganda do EI. Por que não há esses atentados na Indonésia, o maior país islâmico do mundo?
A sua pergunta sobre a Indonésia já foi respondida nesse tópico, por diversos foristas.