Autor Tópico: Estado Islâmico  (Lida 83552 vezes)

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Offline DDV

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #925 Online: 14 de Julho de 2015, 10:11:44 »
Apesar de alguns preconceitos que existem sobre jogadores de rugby Rathbone demonstra que não desconhece que existem análises que relacionam certas conturbações popularmente associadas ao islã a fatores como a política externa de certas potências, interesses do complexo industrial militar e interesses capitalistas. Ele não dá muito crédito a estas considerações simplórias, e com a mente afiada de quem já recebeu inúmeras pancadas na cabeça jogando de quarto-zagueiro, entende muito bem que são as exortações malévolas do Alcorão que tem levado tantos muçulmanos a agirem de maneira demoníaca.

 :biglol:

É a primeira vez que vejo esse tipo de falácia.




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Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #926 Online: 14 de Julho de 2015, 12:51:57 »
E para reforçar outro ponto, minha assinatura

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Tipo o... George W. Bush?
E a ideologia do Bush era pacifista?
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Re:Estado Islâmico
« Resposta #927 Online: 14 de Julho de 2015, 12:55:54 »
È mesmo a religião islâmica o fator nº 1?

O fator nº 1? A principal causa do "terrorismo" e de conflitos que hoje se estendem pela África, Oriente Médio e
Rússia?

Pedro Reis, existe um tópico com o exato título de sua pergunta: ../forum/topic=29038.0.html

Esse aqui é para o Estado Islâmico em si. Tem havido muita confusão nesse sentido por aqui, ainda mais quando sabemos que o EI não é o Terrorismo mundial, nem é A religião nem são OS islâmicos, embora seja constituído de um grupo de fanáticos.

Uma boa pergunta para você é: Quanto o Estado Islâmico tem de islâmico? Segundo articulista da The Atlatinc, que eu já até postei por aqui, tem muito e entender isso é fundamental para armar as estratégias necessárias a fim de diminuir o grupo. Aliás, é a literalidade e anacronismo do islâ que dá o tom chocante de hoje ao ISIS.

Parece que desde aquela época e durante todos estes séculos os muçulmanos sempre leram o mesmo livro sagrado, mas este só se tornou inspiração para a "barbárie e o terrorismo" de umas poucas décadas para cá.

Por quê?

O que Clyde Rathbone responderia?

O mesmo aconteceu, inversamente, com os católicos?

Já foram responsáveis por barbaridades inúmeras e hoje nem tantas assim, o que mudou? Não foi o livro.

Veja, pessoas diferentes reagem a estímulos diferentes em épocas diferentes. Além de nem sempre estarmos falando do todo e sim de setores.



A propósito, se a gente acabar com a CIA, o ISIS também some?


Uma religião é definida pela sua interpretação majoritária  atual
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Re:Estado Islâmico
« Resposta #928 Online: 14 de Julho de 2015, 13:53:35 »
E qual é a interpretação majoritária atual do islamismo?

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #929 Online: 16 de Julho de 2015, 22:44:17 »
Uma interpretação de merda. A melhor interpretação de todas as religiões é a dos deuses do Olimpo, ninguém mais dá a mínima.

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #930 Online: 16 de Julho de 2015, 23:06:39 »
Resposta deslocada do contexto. Tentativa de desviar o assunto?

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #931 Online: 16 de Julho de 2015, 23:20:05 »
 :histeria:
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Re:Estado Islâmico
« Resposta #932 Online: 16 de Julho de 2015, 23:45:55 »
Patético.

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #933 Online: 17 de Julho de 2015, 08:15:53 »
:ok:
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Offline Johnny Cash

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #934 Online: 20 de Julho de 2015, 11:41:11 »
+28 mortos e vários feridos em ataque suicida, até então de autoria provável do EI, em Suruc na Turquia.

Os mortos são vários estudantes/jovens.




Vamos ver se mais detalhes serão divulgados sobre a motivação e real autoria, nos próximos instantes.

Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #935 Online: 20 de Julho de 2015, 14:02:41 »
Malditos israelenses e americanos
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Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #936 Online: 20 de Julho de 2015, 14:13:28 »
Maldito trollismo.

Offline DDV

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #937 Online: 20 de Julho de 2015, 15:20:57 »
Pelo jeito o Ocidente terá que intervir na região com tropas, mais cedo ou mais tarde.

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Offline DDV

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #938 Online: 20 de Julho de 2015, 15:24:17 »
Não existem mais protetorados como antigamente? O que vocês acham da idéia de transformar (temporariamente, claro) países muito instáveis como o Iraque em protetorados governados por interventores da ONU?



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Offline Moro

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #939 Online: 20 de Julho de 2015, 16:58:42 »
Não acho, qualquer intervenção apenas gera mais ódio contra o ocidente. Tem de tirar todas as tropas ocidentais, cuidar das fronteiras, e deixar que se acertem.. até que a região conclua que  religião não é uma boa maneira de se gerir um estado.

Sabe aquelas guerras que a europa fez entre seus países até decidir que não fazia mais sentido, que o custo em vidas era insustentável? Então, está na hora do Islam passar por isso. Só eles podem resolver o problema deles.
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Offline Johnny Cash

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #940 Online: 21 de Julho de 2015, 11:51:04 »
+28 mortos e vários feridos em ataque suicida, até então de autoria provável do EI, em Suruc na Turquia.

Os mortos são vários estudantes/jovens.




Vamos ver se mais detalhes serão divulgados sobre a motivação e real autoria, nos próximos instantes.

Pronto, o EI reivindicou autoria do ataque.

O alvo foi realmente um grupo de estudantes universitários enquanto eles se reuniam para fazer um comunicado à imprensa local sobre uma viagem planejada até Kobane, na Síria. Cidade dominada uma época pelo EI, mas depois retomada pelo time do bem.

Agora, pra manter o clima da história, segundo um dos estudantes que iria viajar, os objetivos quando chegassem em Kobane eram: reconstruir uma livraria, plantar árvores e criar um parquinho para crianças.



fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/video-mostra-momento-de-explosao-que-matou-dezenas-na-turquia.html



Que cisma esse pessoal tem com livrarias e outros temas culturais/educacionais... Tal como alguns evangélicos tem aqui, com aquelas histórias de proibir Harry Potter e outros livros, esculturas e imagens, só que sem explodir ninguém sistematicamente, até onde eu sei.

Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #941 Online: 21 de Julho de 2015, 12:12:35 »
Só que o time do bem é islâmico e o do mal é terrorista.

Então você comparou evangélico com terrorista e não com islâmico. Ninguém explode ninguém só porque quer construir uma livraria. Quem acredita nisso é muito ingênuo e cai na propaganda do EI. Por que não há esses atentados na Indonésia,  o maior país islâmico do mundo?

Mas o EI está conseguindo ganhar a guerra da propaganda, inclusive no Clube Cético.

Offline Johnny Cash

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #942 Online: 21 de Julho de 2015, 12:31:06 »
Só que o time do bem é islâmico e o do mal é terrorista.
[...]
Mas o EI está conseguindo ganhar a guerra da propaganda, inclusive no Clube Cético.

Não só aqui, mas a propaganda do EI tem sido efetiva pra chamar jihadistas/fundamentalistas islâmicos de todo o mundo para lutar pelo Estado Islâmico, não Estado Terrorista.

Não é verdade? Por algum motivo, funciona muito bem pra atrair religiosos dispostos aos mais extremos fins e resultados.

Isso de "se faz o bem" é dos meus, "se faz o mal" é outra coisa, a gente vê muito comumente acontecer quando é difícil assumir uma posição que nos faria descartar aquilo em que acreditamos durante muito tempo. Veja, traçando um paralelo, é o que o governo brasileiro faz já há bastante tempo, sempre jogando a culpa das mazelas brasileiras pras crises internacionais, imprensa golpista, elites (que magicamente excluem a que forma o próprio governo e sua casta militante) e outros mesmo quando temos uma fonte absurda de evidências que indicam o contrário, enquanto apontam todos os avanços nacionais aos esforços dos paladino dos partido.

Note, isso tem até um nome e é estudado em psicologia.

No link: http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=12125926 podemos ler uma matéria de um professor que defende a tese de que não é nossa culpa, apenas, ou "teimosia", mas sim o nosso cérebro atuando pra não largarmos mão das crenças defendidas desde o princípio mesmo quando há toneladas de evidências claríssimas contrárias.

Aliás, além desse professor, muito pode ser estudado sobre Dissonância Cognitiva na internet mesmo, já que é muito comum.

Veja só, um pequeno exemplo:

Citar
Dissonância cognitiva
Termo cunhado pelo psicólogo americano Leon Festinger em 1956 no seu livro “When Prophecy Fails”.

A teoria da dissonância cognitiva defende a ideia segundo a qual 1) as pessoas são geralmente auto-motivadas no sentido de reduzir a dissonância ideológica (incoerência de ideias) mediante a alteração das suas percepções e cognições, ao mesmo tempo que criam outras cognições para cimentar o seu sistema de crenças – ou, 2) em alternativa, reduzindo a importância que se dá aos elementos ideológicos dissonantes e incoerentes que podem perturbar o seu sistema de crenças.

Quando as pessoas pretendem que as suas expectativas se tornem reais, exigem que a realidade se adeqúe àquilo que elas pensam que deveria ser, no sentido de encontrarem um senso de equilíbrio. Mas quando a realidade não se adequa àquilo que essas pessoas pensam que deveria ser, então elas entram em dissonância cognitiva e numa sensação de desconforto e de mal-estar. Para obviar a esta situação, essas pessoas tentarão sempre evitar situações ou fontes de informação que dêem azo a sentimentos de desconforto e, por isso, de dissonância cognitiva.

Por exemplo, é possível que alguém que é contra as touradas não passe sem comer carne de bovino. Para "remendar" essa incoerência (dissonância cognitiva) que a incomoda, essa pessoa pura e simplesmente desvaloriza a morte dos animais nos matadouros, dizendo por exemplo que “é uma morte rápida”. Por outro lado, possivelmente essa pessoa poderá ser contra as touradas e a favor do aborto livre: e para remendar a contradição (dissonância cognitiva) que consiste em defender a vida de um animal e não assumir a mesma posição em relação à vida humana, essa pessoa dirá que “a vida humana só começa a partir de um determinado tempo – por exemplo, 12 semanas – de gestação intra-uterina”. Tentando desvalorizar os dados provenientes da realidade, essa pessoa transforma a realidade em si mesma naquilo que ela quer que esta seja.

A dissonância cognitiva funciona segundo o processo de “redução da dissonância”, por três vias: a primeira, consiste em reduzir a importância dos factos que contradizem as suas expectativas acerca da realidade; a segunda consiste em adicionar elementos de consonância (por exemplo, dizendo que “a vida humana só começa às 12 semanas”: trata-se aqui de um elemento de consonância ou de adequação da realidade com a crença da pessoa); a terceira consiste em mudar a substância dos factores de dissonância (por exemplo, separando os factos da morte do touro na arena, por um lado, da morte do animal no matadouro, por outro lado).

http://sofos.wikidot.com/dissonancia-cognitiva


Vou te dar uma dica, que talvez possa acrescentar ao debate, é mais fácil argumentar que o problema é o fanatismo/extremismo e isso pode acontecer com as mais diversas ideologias e religiões.


......................................

Camarada, sem querer ser falacioso, mas só um toque primitivo. Você que é tão magoado pelas perguntas duras direcionadas a posicionamento de foristas e às vezes aos próprios foristas, não deveria estimular e reproduzir esse comportamento.

Então você comparou evangélico com terrorista e não com islâmico. Ninguém explode ninguém só porque quer construir uma livraria. Quem acredita nisso é muito ingênuo e cai na propaganda do EI. Por que não há esses atentados na Indonésia,  o maior país islâmico do mundo?

A sua pergunta sobre a Indonésia já foi respondida nesse tópico, por diversos foristas.
« Última modificação: 21 de Julho de 2015, 12:34:02 por Johnny Cash »

Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #943 Online: 21 de Julho de 2015, 12:58:53 »
Johnny, sobre a Indonésia a explicação não foi convincente, talvez porque estou sofrendo de dissonância cognitiva... ::)

Você está misturando alhos com bugalhos. Algumas pessoas são atraídas para o EI, por serem religiosas patológicas, ok, outras por serem bandidas não religiosas, mas o meu ponto não é esse. Meu ponto, como você bem sabe são os líderes que ordenaram essa tragédia e as pessoas que a executaram. Por favor, não misture.

Offline Johnny Cash

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #944 Online: 21 de Julho de 2015, 13:09:33 »
Johnny, sobre a Indonésia a explicação não foi convincente, talvez porque estou sofrendo de dissonância cognitiva... ::)

Sem dúvida, essa é uma possibilidade.

Se você não achou as respostas convincentes, repetir a mesma pergunta da mesma forma pode ser que não traga avanço ao debate. Talvez reformular a questão, trazendo novos elementos, pode ajudar a todos a te trazer respostas diversas sem a sensação de circularidade.

Você está misturando alhos com bugalhos. Algumas pessoas são atraídas para o EI, por serem religiosas patológicas, ok, outras por serem bandidas não religiosas, mas o meu ponto não é esse.

Hm, então agora a gente lê aqui que pessoas (em alguma quantidade) se juntam ao Estado Islâmico, justamente por serem muito islâmicas, até em nível patológico. Muito bem.

Temos um avanço.

Meu ponto, como você bem sabe são os líderes que ordenaram essa tragédia e as pessoas que a executaram. Por favor, não misture.

Não deve ser diferente entre os líderes. Entre os líderes devemos ter gente com vontade política, gente com ideais puramente religiosos, gente que quer só praticar a maldade universal e outros com um mix de motivos não muito bem delineados.

De toda forma, um movimento desse não se faz só de líderes, não é mesmo? Existe um conjunto de fatores aí, a religião não é o único (nem poderia ser), mas representa importância vital, a ponto de ser a principal bandeira do grupo (Bandido) que vai até no nome e ajuda a recrutar uma quantidade grande de membros.

Offline Sergiomgbr

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #945 Online: 21 de Julho de 2015, 13:24:44 »
Minha avó sempre dizia: Líderes nada mais são que as pessoas  lideradas.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #946 Online: 21 de Julho de 2015, 14:54:35 »
O mal não é o Corão. O mal não é a Bíblia. O mal não é a Torá.

Cada um desses livros, quando estudado sem reservas e sem paixões, revelará um conhecimento de hábitos e costumes distantes de nossos dias, mas ainda persistentes em nossas rotinas.

Não é o Ramadan um período de purificação?
Não é a Quaresma o mesmo?
O Yom Kippur possui qual finalidade?

Cada povo adota a melhor forma de incorporar o "divino" em suas vidas, suas necessidades são atendidas e suas ânsias respondidas, e isso não impede que muitos não as aceitem.

A diferença entre um religioso radical e um religioso comum é que o segundo não tenta enfiar sua fé goela alheia abaixo.

Já que falaram de avó, aqui, a minha já dizia: " a diferença entre um terrorista islâmico e uma mãe judia é que com o terrorista você pode negociar"  ::)


Em tempo: não acredito em intervenções da ONU há séculos.

GNOSE

Offline Pasteur

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Re:Estado Islâmico
« Resposta #947 Online: 21 de Julho de 2015, 14:59:34 »
Mais um que sofre de dissonância cognitiva  ::)

Citar
O que faz com que tantos jovens europeus sejam atraídos pelo Estado Islâmico?


Estima-se que 12 mil estrangeiros estejam entre os combatentes do “Estado Islâmico” na Síria e no Iraque, muitos deles europeus descendentes de estrangeiros. O recrutamento de adolescentes é motivo de crescente preocupação na União Europeia.

O alemão Jochen Müller, estudioso do islã especializado em jovens imigrantes, diz que a razão para a radicalização de adolescentes vai além da religião. Segundo ele, ao deixarem a Europa rumo ao Oriente Médio, esses jovens buscam sobretudo aceitação na sociedade, o que não possuem no país onde vivem.

“Eles apresentam problemas sociais ou escolares, estão desempregados ou não são aceitos. Eles estão atrás de uma comunidade, de uma orientação, de respostas claras”, afirma. “A religião é apenas um pretexto – a possibilidade de, em nome de algo, atacar de forma gratuita.

Deutsche Welle: Acredita-se que, entre os alemães recrutados pelo “Estado Islâmico”, 24 sejam menores de idade. Qual é o perigo potencial que eles representam?

Jochen Müller: Isso é difícil de avaliar. Claro que existe um perigo potencial que não deve ser subestimado. É de se supor que alguns recebam treinamento de combate na Síria e no Iraque e que possivelmente também viajem a Alemanha em missões terroristas. Os órgãos de segurança precisam ficar em alerta.

Apesar dos riscos à segurança, não vejo esses adolescentes e esses jovens adultos apenas como uma ameaça em potencial ou como possíveis transportadores de armas, mas também como uma juventude carente. Minha preocupação é negligenciarmos o fato de que são pessoas em busca de respostas e orientação. Muitos vão voltar frustrados e desiludidos. Seus problemas continuarão a existir depois de seu retorno. É preciso considerar o que os levou à Síria ou ao Iraque e só então pensar em como eles poderão ser reintegrados na sociedade alemã.

Os vídeos da propaganda do EI na internet são assustadores. Por que os adolescentes são receptivos a essas imagens?

As motivações dos jovens são variadas. Aqueles mais radicais e violentos, que também se dispõem a participar da guerra, geralmente vêm de uma situação familiar difícil, onde frequentemente a figura do pai é ausente. Além disso, eles apresentam problemas sociais ou escolares, estão desempregados ou não são aceitos. Eles estão atrás de uma comunidade, de uma orientação, de respostas claras.

Também me refiro à geração 11 de Setembro. São jovens que cresceram na Alemanha em um tempo em que o islã é cada vez mais questionado. Eles precisam lidar com isso – e mais ainda depois do 11/9, em relação à violência e ao terrorismo. Trata-se de jovens com histórico de imigração buscando uma identidade. Mas entre os combatentes, também há uma grande parcela de convertidos.

Onde eles encontram tais respostas?

Faltam oportunidades para as famílias, associações e mesquitas – e também para mim – de se aproximarem dos jovens. Com frequência, eles vão parar na internet, seguem procurando, e acabam caindo nas respostas dos salafistas, que inundam a rede com suas ofertas. Os salafistas dão respostas simples e claras. A sociedade precisa criar espaços onde os jovens consigam lidar naturalmente com sua religião – na escola, por exemplo. O islã é parte da Alemanha e obviamente que os jovens, sejam eles religiosos ou não, também pertencem a ela.

Há alguns anos as autoridades monitoram a cena salafista na Alemanha, seja ela pacífica ou voltada ao terrorismo. Existe uma ligação entre os jihadistas do Iraque e da Síria e os salafistas?

Quando falamos em radicalização, pensamos imediatamente nesses 6 mil salafistas radicais [na Alemanha]. Eu diria que uma grande parte dos salafistas segue uma ideologia e apresenta uma ameaça à democracia, à concepção democrática. Apenas algumas centenas são tão radicais a ponto de se prontificarem à violência. Nesse caso, a sociedade precisa intervir: na escola, em centros para jovens, na formação política, alertando para esses perigos e sensibilizando os mais novos.

Fala-se que o jihadista alemão mais jovem teria apenas 13 anos de idade.

Isso é assustador. Eu faço uma comparação com atiradores solitários que querem se livrar de frustrações e de uma agressividade acumuladas. O desejo de aventura também desempenha um papel, mas isso são casos isolados. Nas escolas, também lido com jovens de 13 anos prestes a se radicalizarem que afirmam querer economizar suas mesadas e aderir à Jihad islâmica.

Essa radicalização se dá de formas bem diferentes. Às vezes, leva muito tempo. Eles são abordados em algum lugar e se juntam a uma comunidade, onde se radicalizam. A partir de então, eles confirmam cada vez mais suas convicções e sempre chegam a posições extremas. Em algum momento, surge o desejo de fazer algo, e não apenas de falar. Nessas radicalizações muito rápidas de alguns poucos jovens também é possível observar que a crença religiosa não desempenha um papel importante. Antes de tudo, são histórias familiares, sociais e individuais que desequilibram a balança. A religião é apenas um pretexto – a possibilidade de, em nome de algo, atacar de forma gratuita.

O monitoramento de mídias como Twitter e Facebook por parte do governo provocou grande revolta alguns meses atrás. A radicalização se dá sobretudo através das redes sociais. A vigilância pode ajudar esses jovens em situação vulnerável?

Só é possível chegar aos jovens quando as pessoas ao redor se sensibilizam com as mudanças e as entenderem. Nesse caso, precisamos ser sensíveis a tais desenvolvimentos e interagir com os jovens de forma individual e presencial e ver quem pode fazer algo. Essa pessoa pode ser a irmã, o técnico de futebol ou até o próprio pregador religioso, como o imã.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-faz-com-que-tantos-jovens-europeus-sejam-atraidos-pelo-estado-islamico/


Se você comparar o número de terroristas com o número de islâmicos vai ser necessário uma dose super extra de dissonância para associar uma coisa com outra.
« Última modificação: 21 de Julho de 2015, 22:02:54 por Pasteur »

Offline DDV

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« Resposta #948 Online: 21 de Julho de 2015, 17:00:14 »
Apesar do EI ser o supra sumo do conservadorismo 'moral', ele é visto por muitos idiotas como uma rebelião contra "tudo o que está aí". Muitos jovens que se sentem insatisfeitos com a vida, que se sentem 'excluídos', vêem o EI como uma oportunidade de 'tocar o terror' nas pessoas e coisas que lhes causam inveja ou ressentimento. Muitos estão à procura de emoção, aventura, ou de dar vazão a tendências violentas.
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Re:Estado Islâmico
« Resposta #949 Online: 21 de Julho de 2015, 17:03:02 »
As Cruzadas medievais foram alimentadas com muitos vagabundos errantes (alguns nobres) à procura de algo pra fazer, pra matar o tédio ou pra 'mostrarem seu valor', que se envolviam em torneios e conflitos dentro da Europa.

Algo semelhante ocorre com o EI, mas este não recruta pessoas violentas, mas sim pessoas com tendência ou vontade de ser violento.
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