Esse cara é alguém petista de verdade, ou foi só pego para meme?
Acho preconceituosa e idiota essa colocação de um "popular" do MST como alguém que não quer saber de trabalho e é sustentado por BF.




Não significa que o MST em si não mereça toda uma série de críticas, mas esse tipo de coisa é munição para os argumentos de "direitistas neoliberais preconceituosos e cheios de ódio).
São os "fanfics direitistas"....
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Portal - Quem faz parte hoje do MST?
Graziano: Quem faz parte do MST? Bom, na minha opinião, hoje o MST faz aquilo que eu coloquei no meu livro mais recente (O Carma da Terra no Brasil, 2004): ele montou uma fábrica de sem-terras. Ele recruta pessoas que estão vivendo mal nas cidades, que estão desempregadas, precisando de apoio, carecendo de uma política social, e vende para essas pessoas a ilusão de que a terra é a felicidade. Essa é a razão pela qual a reforma agrária virou política social, mas a pior das políticas, a mais cara, a mais ineficiente das políticas. O MST hoje é uma organização muito forte, muito estruturada; os acampamentos têm cursos, escolas, faculdades. Eles gastam muito dinheiro, pagam salários, ou seja, eles têm dinheiro. Trata-se de uma organização fortíssima, rígida, hierarquizada.
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Ocorre que, no velho paradigma ideológico que domina a questão agrária, é um verdadeiro sacrilégio ver assentado produzindo gêneros “de exportação”. Isso é comércio de fazendeiro rico. Obrigação de pobre é plantar alimento básico, para matar a fome do povo.
Parece mentira, mas é verdade. A regulamentação da atividade produtiva nos assentamentos de reforma agrária do país proíbe, em certo sentido, o sem-terra de progredir. As normativas técnicas restringem a agricultura comercial, impedindo a especialização do trabalho. Sem-terra não pode gostar de agronegócio.
Vem das origens essa esdrúxula deformação conceitual. O processo da reforma agrária foi concebido, há 50 anos, como uma forma de quebrar a hegemonia do latifúndio, seja açucareiro, cafeeiro ou cacaueiro. A esquerda, dominada então pelos comunistas, criticava o “modelo exportador” da economia, defendendo o desenvolvimento “nacional”.
Nesse contexto, a divisão da terra deveria servir ao mercado interno, tese que ganhava simpatia entre os trabalhadores urbanos. A revolução socialista se faria com a aliança operário-camponesa. Puro sonho.
Mais tarde, a birra, agora já comandada pelos neo-revolucionários do MST, avançou contra as grandes fazendas de pecuária. E depois contra as plantações de soja. A idéia básica permaneceu a mesma: assentado que se preze deve produzir a subsistência, roça diversificada, um pouco de tudo, arroz com feijão, milho para a galinha caipira, uma hortinha, o porco na lavagem, leite na teta da vaca... Nostalgia rural.
Escudando-se nessa tese, as autoridades do Incra deram a ordem de despejo para 12 famílias, entre os 176 assentados em Araraquara. Desobedientes, elas haviam se especializado na produção de cana-de-açúcar. Pelas recomendações oficiais, apenas metade da terra, no máximo, poderia receber o doce plantio do açúcar.
Uma mistura de trabalhadores rurais genuínos, atrapalhados por regulações estatais idiotas, pessoas sem essa experiência a quem se convenceu que ser trabalhador rural seria solução para sua vida, idiotas ideólogos/"intelectuais" (in)úteis, e oportunistas que usam a todos.