Madiba, estou dizendo que há diferenças regionais, sendo que a cultura local determina vários atitudes e não só o Islã. Por exemplo, a circuncisão feminina é uma prática africana e não islâmica, tendo alguns países de maioria cristã que a pratica.
Isso é verdade. Deve ser separado o que é Islã e o que é parte da cultura dos povos da região.
Mas me parece que onde o cristianismo moderno chega, vemos algum progresso. Onde o islamismo chega, vemos retrocessos.
A proporção de terroristas islâmicos em terras cristãs me parece maior que a proporção de terroristas de outras religiões em terras islâmicas.
Dificilmente. As maiores vítimas do terrorismo islâmico são os próprios islâmicos. Não há em nenhuma lista entre os top 20 ou 30 países vítimas dessa modalidade de terrorismo, qualquer país do ocidente. Ou seja, dizer que terroristas se infiltram mais em países ocidentais não reflete a realidade.
Além disso, vale lembrar que nem todo terrorismo tem fundamento religioso. As FARC na Colômbia matam mais do que alguns grupos islâmicos. Os Maoístas da Índia matam o mesmo que o Boko Haram. Os Comunistas das Filipinas, mais do que a Al-Qaeda pré-ISIS.
Dos mais de 200.000 mortos pelo terrorismo desde 2001, pra se ter ideia, nos EUA, só cerca de 30 pessoas foram vítimas dessa prática. Isso pra um país que teve uma resposta completamente desproporcional aos ataques, que moldaram a política externa e interna desde então. No entanto, os números pós-11 de Setembro são semelhantes aos números pré-11 de Setembro. Ou seja, os gastos na casa do trilhão pouco mudaram o cenário dentro do sistema americano, mas como consequência, a letalidade dos ataques aumenta sistematicamente desde 2001, depois de enfrentar uma queda entre o fim da década de 80 e na década de 90.