Autor Tópico: Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.  (Lida 10572 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #75 Online: 23 de Maio de 2015, 11:05:54 »

imaginemos deus como um circulo de agua corrente entre oceanos, mares, rios e córregos desconsiderando a evaporação, apesar destas aguas estarem sempre ligadas cada "divisão" dela apresenta caraterísticas próprias, turbidez, correnteza, pureza.
penso que Deus seja uma unica energia manifestando-se em  diferentes formas.
Imaginemos deuso como uma pelota de chiclete sabor morango semimastigada por um pterodáctilo no momento em que ele pousou nas costas de uma mosca Tsé Tsé com câimbras na terceira patinha esquerda num momento de alucinação enquanto via seu rostinho refletido numa pocinha d'água do mediterrâneo.

de fato tudo isso que voce citou faz parte de Deus, por isso cada um monta o seu segundo a própria capacidade adquirida!
ex crentes acreditaram no deus genio da lampada magica, se decepcionaram e tornaram-se ateus.
E ex crianças param de olhar debaixo da cama e dormem com a lâmpada apagada. Faz parte.

andou assistindo monstros SA
Não fio, fiquei parado na poltrona.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline El Elyon

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #76 Online: 26 de Maio de 2015, 03:01:42 »
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"Fariseu" vem de "farisi" ou "farsi", que significa "persa". Depois da libertação do exílio, os imperadores persas, como Ciro, foram chamados de "ungidos" pelos profetas.

Não necessariamente, a etimologia mais aceita de "fariseu" é do próprio aramaico, sendo traduzida como "eleitos" ou "puros" (separados). A hipótese persa (judeus "persianizados") não é implausível, contudo.

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talvez nos essênios, Jesus e o seu primo João teriam sido membros , ja ouviu falar das cartas de cristo ?
quantos aos ensinamentos de Jesus não tratam só de fé ,mas sim de discernimento moral.o problemas de historiadores e arqueólogos é que procuram evidencias segundo a própria crença ou descrença, logo não são confiaveis, alias podemos escrever qualquer coisa que no seja convenientes .

Okay, você não tem evidências ou fontes que confirmem/evidenciem essa afirmação. Deixemos esse assunto de lado.

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mas que papo é é esse da esposa de Deus e esse aqui:

O Desafio de Elias (900 a.C), nos diz que finalmente Javé saiu-se vencedor, e Elias por sua obediência foi arrebatado por uma carruagem de fogo, ou seja, um disco voador.

Javé dos Exércitos assume o controle da Terra, e os israelitas mais tarde atribuem a ele os atos criacionistas que os babilônios deram a Rá-Marduk. Javé era um deus preocupado com os destinos da humanidade, conforme nos fala o Salmo 82 da Bíblia, que também fala claramente na presença de vários deuses:

Javé está no conselho de EL
julga no meio dos Deuses:

“Até quanto julgareis injustamente,
e aceitareis as pessoas dos ímpios
fazei justiça ao órfão e ao pobre.
Eles não conhecem, nem entendem, andam em trevas,
todos os fundamentos da Terra vacilam.
Vós sois Deuses, e todos vós filhos de EL Elyon,
todavia morrereis como homens”.

Esse é um assunto muito mais interessante. Em uma versão ultra-simplificada, o povo de Israel era politeísta/henoteísta e o culto monoteísta demorou a ser "a regra". Asherah ser a esposa de Javé é uma interpretação possível de alguns trechos bíblicos, mas a evidência que ela era vista como a Esposa de Javé é limitada (a melhor existente, uma estela com uma imagem de Javé e sua Asherah, desapareceu - o que indica que pode ter sido roubada, destruída ou ser uma fraude).

De qualquer forma, é de conhecimento comum que as regiões vizinhas ao que hoje chamamos de Israel (basicamente, povos semitas) veneravam diversas divindades em uma estrutura relativamente comum - uma família de divindadesliderada por uma figura patriarcal que também assume o papel de Rei, com uma esposa e filhos/filhas que possuem moradias celestes (divindades de segundo grau), além de seus servidores e mensageiros (divindades de terceiro e quarto-graus).

Israel não foi necessariamente uma exceção a isso. Muito próxima à Israel ficava uma cidade-estado chamada Ugarit (modernamente, Ras-Shamra) que venerava um panteão com estrutura similar ao que coloquei acima. Só que esse era um panteão liderado por uma divindade chamada El, com sua esposa Athirat como sua rainha. Anat era uma das suas filhas, assim como Baal'Hadad e/ou Baal'Hamom (podem ser ou não a mesma divindade, de acordo com diferentes fontes), que também pode ser um "agregado" (ele seria um filho de outra divindade, Dagan/Dagon). Baal, o filho/agregado de El, é uma personagem central em Ugarit. Ele se tornará o Rei dos Deuses (tomando o cargo de El após vencer Yam), derrotado e morto por Mot e posteriormente retorna a seu papel de Rei dos Deuses após Anat resgatá-lo de Mot no "Mundo Subterrâneo" e Baal fazer Mot aceitar sua Suserania.

Porque eu mencionei todos esses nomes de divindades de uma cidade que desapareceu antes da unificação de Israel? Embora Javé não seja mencionado em Ugarit, a Bíblia equaliza o nome de El com Javé (assim como outros similares, como Elohim, El Elyon e El Shaddai, assim como o nome da futura nação, Israel). Athirat é mencionada como Asherah (não necessariamente como uma Deusa, mas reinterpretada coma "Sabedoria de Javé" ou uma Árvore no Templo) e evidências arqueológicas na forma de ídolos de barro mostram que ela era amplamente venerada na região. E outras divindades de Ugarit como Baal e Dagon são figurinhas comum no Velho Testamento - assim como Moloch e Camush. Não surpreendentemente, todos são oponentes de Javé.

Aliás, o DDV tem um ótimo tópico sobre isso.
"As long as the Colossus stands, Rome will stand, when the Colossus falls, Rome will also fall, when Rome falls, so falls the world."

São Beda.

Offline Fernando Silva

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #77 Online: 26 de Maio de 2015, 09:05:17 »
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O POLITEÍSMO NO ANTIGO ISRAEL

26 jan. 2015  - Escrito por  Emerson Borges - Publicado em ISRAELITA-JUDAICO

Até o ano de 586 a.C. quando começou o exílio dos israelitas em Babilônia o politeísmo fazia parte da cultura de Israel. Foi apenas após o exílio que a adoração única e exclusiva de Yahweh (Javé ou Jeová) tornou-se estabelecida e possivelmente só mais tarde, no tempo dos Macabeus (2º século a.C.), que o monoteísmo se tornou universal entre os judeus. O deus bíblico do Antigo Testamento provavelmente foi uma fusão de vários deuses pagãos. A personalidade e os atributos de Yahweh foram influenciados por outras antigas divindades do Oriente como o Pai celestial El, o jovem guerreiro Baal e a senhora Asherah.

Especialistas que estudam os textos bíblicos, leem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel e escavam sítios arqueológicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Yahweh traçado pela Bíblia que parece ter múltiplas personalidades. Elementos comuns à cultura das antigas civilizações do Oriente Médio, principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as ideias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos (Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman, The Bible Unearthed: Archaeology's New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. Simon & Schuster, 2002, pág. 241-42).



     Há bons indícios de que o deus do Velho Testamento é uma fusão entre um deus idoso e paternal (El), um jovem deus guerreiro (Baal) e a deusa do sexo feminino (Asherah). Existe uma base cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus, moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos. A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueológicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material. A língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico. Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia, no entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças impressionantes com as narrativas da Bíblia (Mark S. Smith, The Origins of Biblical Monotheism: Israel's Polytheistic Background and the Ugaritic Texts. Oxford University Press, USA, November 6, 2003. ISBN 978-0195167689).

     Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El, nome que quer dizer simplesmente “Deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família dos deuses. O El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas, Abraão, Isaac e Jacó.

Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio de vida eterna. 

Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs e, tal como Abraão, Isaac e Jacó, ele os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.

     Segundo o professor Frank Moore Cross, professor de Hebraico e outras Línguas Orientais, emérito da Universidade de Harvard, notável por seu trabalho na interpretação dos Manuscritos do Mar Morto, Yahweh (YHWH) era um título dado pelos primeiros israelitas à suprema divindade El, durante o período da Idade do Bronze (aproximadamente 1200 a.C.). Posteriormente, o contrário aconteceu, tornando-se a palavra El um título e Yahweh o nome próprio da suprema divindade israelita, talvez num ímpeto nacionalista daquele povo em querer se perceber diferente dos outros povos que habitavam a Palestina (Frank Moore Cross, Canaanite Myth and Hebrew Epic: Essays in the History of the Religion of Israel. Harvard University Press, 1997. ISBN 978-0674091764).

     Outra hipótese muito estudada é a chamada “Hipótese Quenita-Midianita”, proposta pelo teólogo holandês Cornelius Petrus Tiele em 1872, em que Yahweh originalmente era uma divindade originária de perto da região do Sinai, de Parã e Edom. A bíblia retrata que Moisés tinha conexões com os povos desta região, os Quenitas, por meio de seu sogro Jetro, que era Quenita: 

     “E Moisés tornou-se pastor do rebanho de Jetro, sacerdote de Midiã, de quem era genro” (Êxodo 3:1).
     “E os filhos do queneu, de quem Moisés era genro” (Juízes 1:16).


     Independentemente se um Moisés histórico existiu, esta história preserva uma tradição que os israelitas tinham em conexão com estes povos de vida nômade (Quenitas/Midianitas) que viviam na região desértica ao sul de Israel. Provavelmente a história da origem de Moisés é uma construção literária de tribos nômades, como os primeiros israelitas e os cananeus adoradores da divindade El, para retratar a incorporação ao deus do deserto Yahweh. A medida que houve uma miscigenação entre os povos, um acabou identificando sua divindade protetora com a outra, e com o tempo Yahweh foi incorporando aspectos da divindade El, numa espécie de sincretismo religioso (Donald B. Redford, Egypt, Canaan, and Israel in Ancient Times. Princeton University Press, 1992. ISBN 978-0691036069).
     
Outros textos bíblicos corroboram com a tradição de que a habitação ou residência original de Yahweh (Jeová) era nesta região desértica próxima ao Sinai:

     “E ele passou a dizer: “Jeová — de Sinai ele veio, e raiou sobre eles desde Seir, reluziu desde a região montanhosa de Parã, e com ele havia santas miríades, à sua direita, guerreiros pertencentes a eles” (Deuteronômio 33:02)
     “Jeová, quando saíste de Seir, quando marchaste desde o campo de Edom, tremeu a terra... Montes fluíram de diante da face de Jeová, este Sinai, de diante da face de Jeová, Deus de Israel” (Juízes 5:4-5).
     “O próprio Deus passou a chegar de Temã, sim, um Santo desde o monte Parã. Sua dignidade cobriu [os] céus; e do seu louvor encheu-se a terra” (Habacuque 3:3).

     Uma evidência extra bíblica que concorda com esta visão de que Yahweh (YHWH) originalmente é associado com os povos de vida nômade que habitavam regiões desérticas próximas ao Sinai foi encontrada no Templo de Amon em Soleb, Núbia, erigido pelo faraó Amenófis III (1391-1353 a.C.). Em uma parede do templo, o faraó egípcio faz menção a um grupo de pessoas retratadas como “Shasu”, que no idioma egípcio significa “nômades/beduínos”. Dentre vários grupos de Shasu, encontram-se os “Shasu de YHW” (Michael C. Astour, Yahweh in Egyptian Topographic Lists. In Festschrift Elmar Edel, M. Gorg & E. Pusch, Bamberg, 1979 / Anson F. Rainey, Shasu or Habiru. Who Were the Early Israelites? Biblical Archeology Review 34:6, Nov-Dez / Dermot Anthony Nestor, Cognitive Perspectives on Israelite Identity. Continuum International Publishing Group, 2010 p.185)

[Nota – As argumentações acima a partir da referência ao professor Frank Moore Cross são de autoria de Gustavo Padovan extraídas do link: http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=11&t=14440#p286892].

     Quando Yahweh entra em cena na bíblia com seu “nome oficial” durante o êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro Deus cananeu chamado Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano) o papel de comando que era de El. Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Yahweh é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã.

Tal como Baal, Yahweh é descrito como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos fala de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho) ou derrotando monstros marinhos (Isaías 51:9; Êxodo 14:15-31). Há aí uma série de semelhanças com a mitologia Cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o Deus-monstro marinho Yam (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos Deuses. Yahweh também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos, atributos que aparecem entre as funções de Baal (John Day, Yahweh and the Gods and Goddesses of Canaan [Library Hebrew Bible/Old Testament Studies]. Bloomsbury T&T Clark; 1 edition, December 1, 2002. ISBN 978-0826468307).
     
Asherah possivelmente era uma Deusa e consorte de Yahweh no Antigo Israel e não um simples atributo deste. Há referências à adoração de vários Deuses pelos reis israelitas. É relatado na bíblia que Salomão construiu vários templos para muitos deuses e Josias destruiu as estátuas de Asherah que foram erguidas por seu avô Manassés. (1º Reis 11:1-8; 2º Reis 21:1-9) Várias descobertas arqueológicas nos ajudam nesta reflexão, destacando as de Khirbet el-Qom em 1967 e a de Kuntillet Adjrud em 1976, que traz a inscrição “abençoo-te em Yahweh de Teman e sua Asherah” mostrando claramente que a deusa Asherah era encarada na época como uma companheira ou esposa de Yahweh.

Um dos mais antigos artefatos arqueológicos de Israel datado de 1000 a.C., um púlpito politeísta de Tanach escavado em 1968 pelo arqueólogo americano Paul Lapp, apresenta representações da Deusa Asherah e Yahweh, mostrando a natureza politeísta da antiga cultura israelita. (Othmar Kell and Christoph Uehlinger, Gods, goddesses, and images of God in ancient Israel. Fortress Press, 1998, págs. 228-239 / Meindert Djikstra, I Have Blessed you by YHWH of Samaria and his Asherah: Texts With Religious Elements from the Soil Archive of Ancient Israel, in Bob Becking, Only One God? Monotheism in Ancient Israel and the Veneration of the Goddess Asherah. Sheffield Academic Press, 2001, págs. 32-34).

     O livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo. Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos (Provérbios 8:22-31). Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus. Embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar. Portanto, assim como os antigos gregos, os israelitas tinham um panteão de Deuses em sua adoração como Yahweh, Baal e Asherah, conforme comprovado por evidências arqueológicas.   
     
A proibição da Deusa Asherah é fruto de um dado momento histórico de elaboração e ascensão do monoteísmo. A identidade judaica, após a drástica experiência do exílio babilônico e na tentativa de reorganização da nação, passa a se basear num só Deus. A centralidade em Yahweh se torna um fator importante da nova identidade nacional em formação, que foi moldada pelos movimentos reformadores de Esdras e Neemias. A idolatria passa a ser a causa da ruína de Israel.

Vemos este reflexo no conflito que os textos bíblicos demonstram em relação a Asherah e a outros deuses e deusas, bem como, em relação principalmente às mulheres estrangeiras. A elaboração e instituição do monoteísmo não aconteceu de forma democrática e pacífica. A partir de um contexto politeísta, a centralidade em Yahweh é um processo violento, proibindo e demonizando o diferente como uma ameaça. Um processo nítido de intolerância religiosa e destruição da cultura anterior. A supressão do culto e da imagem da deusa Asherah traz consequências profundas, afetando em especial as mulheres, que tinham na Deusa uma possibilidade de representação do feminino no sagrado. Assim, a religião judaica vai se constituindo em torno de um único deus masculino, sustentando historicamente uma sociedade patriarcal (William G. Dever, Did God Have a Wife? Archaeology and Folk Religion in Ancient Israel. Wm. B. Eerdmans Publishing Co. July 23, 2008. ISBN 978-0802863942).

     Um relato bíblico que demonstra bem esta questão do politeísmo no Antigo Israel encontra-se no livro de 1 Samuel capítulo 15. Nesta passagem, o profeta Samuel ordena que Saul, o primeiro rei de Israel destrua a nação de Amaleque que, segundo o profeta, havia agido mal para com os israelitas no passado. A orientação é destruir tudo sem dó nem piedade, incluindo mulheres e bebês, até mesmo os animais. Só que Saul resolveu ter compaixão e não matou o Rei Aguague e o melhor do rebanho amalequita. Quando Samuel ficou sabendo disso ficou furioso com o Rei Saul, que tentava de todas as formas explicar os motivos que o levaram a agir daquela forma. Mas o profeta Samuel não quis dar ouvidos as explicações do Rei Saul. Ele disse que Jeová (Yahweh) havia rejeitado Saul. Desesperado o Rei Saul agarra a aba da túnica do profeta e implora usando a seguinte expressão: “Pequei. Agora, por favor, honra-me diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel, e volta comigo, e eu certamente me prostrarei diante de Jeová, teu Deus” (1 Samuel 15:30).

     Observou a última expressão usada pelo Rei Saul, “teu deus”? O texto mostra claramente que Jeová (Yahweh) era o Deus de Samuel, mas Saul prestava reverência a outro deus além de Jeová. Samuel não era da mesma tribo de Saul. Pelo visto, cada tribo tinha um Deus considerado o principal e provavelmente Jeová não era o deus principal da tribo de Saul. Se Jeová fosse o Deus principal de Saul ele usaria a expressão “nosso deus”. Mas não foi esta expressão que Saul usou, o texto é bem claro, ele disse “teu Deus”. O fato de Saul ter dito “teu deus” era porque Samuel era um profeta de Jeová.

Havia profetas de vários deuses no Antigo Israel, profetas de Jeová, profetas de Baal, profetas de Asherah etc. Cada um era consultado para determinado assunto. Presume-se que Jeová era associado à guerra, portanto, esta divindade era consultada para este tipo de assunto. Em certa ocasião, o Rei Acazias de Israel pediu consulta ao Deus Baal-Zebube, para saber se ele se recuperaria de seu acidente. Provavelmente, Baal-Zebube era uma divindade ligada à cura: “Certo dia, Acazias caiu da sacada do seu quarto no palácio de Samaria e ficou muito ferido. Então enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se ele se recuperaria” (2 Reis 1:2, Nova Versão Internacional). Se Saul estivesse interessado em saber algo relacionado com sua saúde ou de sua família possivelmente teria consultado um profeta de Baal-Zebube. É sabido que Saul tinha um filho chamado Esbaal, cujo nome significa Homem de Baal: “Ner gerou Quis, que gerou Saul. Saul gerou Jônatas, Malquisua, Abinadabe e Esbaal” (1 Crônicas 8:33, Nova Versão Internacional).

[Nota – O parágrafo acima é de autoria de Gustavo Padovan extraído do link:
http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=11&t=14925#p294442]

     Obviamente, depois do exilio babilônico, os escribas que reescreveram a história de Israel fizeram questão de colocar os profetas dos outros deuses que não fossem de Jeová (Yahweh) como sendo falsos e os que os seguiam como sendo pessoas desviadas da verdadeira fé. Sempre que havia alguma disputa entre os profetas para determinar quem era o verdadeiro e mais poderoso deus, os escribas passaram a colocar os profetas de Jeová (Yahweh) como sendo sempre os vitoriosos, dando assim suporte à adoração monoteísta que eles queriam justificar e perpetuar.

Apesar dos reformadores do período pós exílio reescreverem a história de Israel tentando retirar todos os traços de politeísmo de seus escritos sagrados, observamos em algumas passagens expressões que indicam a cultura politeísta do antigo Israel. Observe alguns versos na bíblia que mostram Yahweh (Jeová) como um entre vários outros Deuses existentes.

     “Quem entre os deuses é semelhante a ti, ó Jeová?”. Entre os deuses, hebraico: ba·’e·lím, plural de ’El (Êxodo 15:11).
     “Não há nenhum igual a ti entre os deuses, ó Jeová, nem há quaisquer trabalhos iguais aos teus”. Entre os deuses, hebraico: va·’elo·hím; Grego: the·oís (Salmos 86:8).
     “Agora sei deveras que Jeová é maior do que todos os [demais] deuses”. Os [demais] deuses, Hebraico: ha·’elo·hím; grego: tous the·oús (Êxodo 18:11).
     “Pois, Jeová, vosso deus, é o deus dos deuses”. Ou “Deus de deuses”, hebraico: ’Elo·héh ha·’elo·hím; grego: The·ós ton the·ón (Deuteronômio 10:17).
     “O Deus dos deuses, Iahweh, o Deus dos deuses, Iahweh, bem o sabe, e Israel deve sabê-lo: se houve de nossa parte rebelião ou infidelidade para com Iahweh, que ele deixe de nos salvar neste dia”. Ou “Deus de deuses”, hebraico: ’El  ’Elo·hím  Yehwáh (Josué 22:22, Bíblia de Jerusalém).
     “Fala Iahweh, o Deus dos deuses, convocando a terra, do nascente ao poente”. Ou “Deus de deuses”, hebraico: ’El ’Elo·hím (Salmos 50:1, Bíblia de Jerusalém)
.
     
Expressões como “Entre os deuses”, “Os demais deuses” e “Deus de deuses” são claras em demonstrar a cultura politeísta no antigo Israel.

    O melhor termo para enquadrarmos a antiga religião israelita seria "monolatria", que significa o reconhecimento da existência de outros deuses, mas prestação de adoração consistente e exclusiva a apenas um Deus. Porém, até mesmo esta classificação pode ser contestada, haja vista que a história israelita que sobreviveu até nós foi contada pelos judeus séculos depois dos acontecimentos. Para os sacerdotes do judaísmo do 2º Templo (após a queda da Babilônia) seria um vexame mencionar que outros deuses eram adorados conjuntamente com Jeová, portanto eles reescreveram a história, apontando que a adoração de outros deuses foi uma exceção, um desvio. Porém a arqueologia está provando cada vez mais que aquilo que a bíblia conta como exceção na verdade era a regra; o politeísmo era a principal religião deles (Mark S. Smith, The Early History of God: Yahweh and the Other Deities in Ancient Israel [Biblical Resource Series]. Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 2 edition, August 3, 2002. ISBN978-0802839725).

[Nota - O parágrafo acima é de autoria de Gustavo Padovan extraído do link: http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=11&t=14767&st=0&sk=t&sd=a&start=10#p291998]
 
 
Fonte - Este texto foi extraído do livro "A Bíblia Sob Escrutínio", publicado pela Editora Clube de Autores. Para conhecê-lo acesse o site através deste link: www.clubedeautores.com.br/book/161402--A_BIBLIA_SOB_ESCRUTINIO

 http://deusesehomens.com.br/deuses/israelita-judaico/item/181-o-politeismo-no-antigo-israel

Offline Criaturo

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #78 Online: 26 de Maio de 2015, 09:06:55 »
admiro a sua fé por acreditar nestas coisas,mas o que seria moradas celestiais  divididas por graus ?
« Última modificação: 26 de Maio de 2015, 09:09:26 por Criaturo »
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

Amo sofia mas, ela parece fugir de mim, de tão longe faz o meu amor platônico.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #79 Online: 26 de Maio de 2015, 09:45:03 »
Que fé o quê, Criaturo, o Fernando está apenas mostrando como as crenças são forjadas no âmbito das necessidades humanas...
Quanto às moradas celestiais, é mais ou menos como as "muitas moradas possui a cada do meu pai..." de que fala Jesus e os livros espíritas usam para justificar os "mundos espirituais".

Captou? :ok:
GNOSE

Offline Criaturo

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #80 Online: 26 de Maio de 2015, 10:13:39 »
Que fé o quê, Criaturo, o Fernando está apenas mostrando como as crenças são forjadas no âmbito das necessidades humanas...
Quanto às moradas celestiais, é mais ou menos como as "muitas moradas possui a cada do meu pai..." de que fala Jesus e os livros espíritas usam para justificar os "mundos espirituais".

Captou? :ok:
Tô questionando a crença que o  El Elyon tem no El Elylon personagem, ou melhor na historia que o retrata.
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

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Offline El Elyon

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #81 Online: 26 de Maio de 2015, 15:17:21 »
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Tô questionando a crença que o  El Elyon tem no El Elylon personagem, ou melhor na historia que o retrata.

A mesma que tenho em outros épicos antigos, como Enuma Elish, Ciclo de Baal e em alguns Salmos da Bíblia Hebraica. 

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mas o que seria moradas celestiais  divididas por graus ?

Literalmente o que o nome diz - são locais, geralmente no topo de uma montanha ou nos céus, onde certas divindades habitavam - é um tema recorrente em religiões antigas, o mais famoso caso é o Monte Olimpo onde Zeus habita e o Templo de Enki/Ea construído acima de Apsu/Abzu na mitologia mesopotâmica. Na mitologia de Ugarit, Baal tem seu lar no Monte Zephon/Aqraq e El tem sua morada próxima a Ugarit. Caso queira mais detalhes, veja Meeting Places of the Divine Council.

E a divisão por graus é em relação à "importância" da divindade em relação a El, o Patriarca e sua esposa Anat, aquelas divindades de primeiro grau. Os filhos de El ou aqueles considerados assim eram os de segundo grau - Baal, Shahar e cia. Os de terceiro grau eram serviçais divinos, como Kothar-wa-Khasi, e o quarto grau era representando pelo Mensageiros (Malakim, sim, a mesma palavra usada para Anjos). Contudo, nem todas as divindades habitavam a morada de El, como ocorre com Dagan/Dagon, Yam e Mot.
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #82 Online: 26 de Maio de 2015, 15:58:07 »
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Tô questionando a crença que o  El Elyon tem no El Elylon personagem, ou melhor na historia que o retrata.

A mesma que tenho em outros épicos antigos, como Enuma Elish, Ciclo de Baal e em alguns Salmos da Bíblia Hebraica. 

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mas o que seria moradas celestiais  divididas por graus ?

Literalmente o que o nome diz - são locais, geralmente no topo de uma montanha ou nos céus, onde certas divindades habitavam - é um tema recorrente em religiões antigas, o mais famoso caso é o Monte Olimpo onde Zeus habita e o Templo de Enki/Ea construído acima de Apsu/Abzu na mitologia mesopotâmica. Na mitologia de Ugarit, Baal tem seu lar no Monte Zephon/Aqraq e El tem sua morada próxima a Ugarit. Caso queira mais detalhes, veja Meeting Places of the Divine Council.

E a divisão por graus é em relação à "importância" da divindade em relação a El, o Patriarca e sua esposa Anat, aquelas divindades de primeiro grau. Os filhos de El ou aqueles considerados assim eram os de segundo grau - Baal, Shahar e cia. Os de terceiro grau eram serviçais divinos, como Kothar-wa-Khasi, e o quarto grau era representando pelo Mensageiros (Malakim, sim, a mesma palavra usada para Anjos). Contudo, nem todas as divindades habitavam a morada de El, como ocorre com Dagan/Dagon, Yam e Mot.

ok cada um com suas feiuras!
historias sem pé nem cabeça, só poderiam ser coisas de deuses ,mesmo!
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

Amo sofia mas, ela parece fugir de mim, de tão longe faz o meu amor platônico.

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #83 Online: 27 de Maio de 2015, 18:08:54 »
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historias sem pé nem cabeça, só poderiam ser coisas de deuses ,mesmo!

Admitidamente, tenho muito mais simpatia com esse tipo de divindade do que com aquela usada por teólogos, cristãos/judeus liberais e deístas moralistas terapêuticos (além de partes do budismo theravada e espíritas). Ao invés do "Ground-of-Being Transcendente/Imanente Apofático na qual não sabemos nada, mas escrevemos Livros imensos Sobre", completamente insípido e ultimamente irrelevante, esse tipo de divindade com características antrópicas é muito mais fácil de empatizar, e até mesmo rir com histórias que hoje nos soam absurdas (ou revoltantes).

E o mais relevante, estou falando de aspectos históricos e da facilidade como povos/culturas importam/adaptam elementos religiosos de outro povo/cultura. Você é um ótimo exemplo dessa prática, Criaturo. Sua divindade self-service é basicamente uma mistura do Grande Arquiteto do Universo (Deísta) com elementos post-mortem do Kardecismo.
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #84 Online: 28 de Maio de 2015, 07:23:24 »
é bom adotar o melhor de cada religião segundo nossas afinidades, mas espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos :ghost:.
mas qual seria a sua crença pessoal ?
« Última modificação: 28 de Maio de 2015, 07:25:50 por Criaturo »
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

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Offline Brienne of Tarth

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #85 Online: 28 de Maio de 2015, 09:48:36 »
espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos

Não é uma religião? De onde tirou essa idéia? O conceito "religião" se aplica ao Espiritismo, basta pesquisá-lo.

Se é uma antiga constatação, poderia postar aqui para nosso esclarecimento, as fontes dessa afirmação? Evite, contudo, se possível, não inverter o ônus da prova, como de hábito.
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Offline Gigaview

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #86 Online: 28 de Maio de 2015, 10:05:31 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #87 Online: 28 de Maio de 2015, 10:11:47 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Mas existe um cogumelo que nasce no bullshit... ::)
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fernando Silva

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #88 Online: 28 de Maio de 2015, 10:16:07 »
é bom adotar o melhor de cada religião segundo nossas afinidades, mas espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos :ghost:.
Religião tipo comida a quilo? Você faz o prato com o que lhe agrada mais?
Não faz diferença se nada daquilo é verdade?

Qual a diferença entre isso e acreditar em histórias de fadas com duendes, dragões e fadas madrinhas?

Offline Gigaview

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #89 Online: 28 de Maio de 2015, 17:38:00 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Mas existe um cogumelo que nasce no bullshit... ::)

Sim, mas o bullshit continua bullshit apesar de qualquer tipo de cogumelo que ali possa nascer.

Agora estou aqui a pensar que cogumelos poderiam ser esses...alguma idéia?
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #90 Online: 28 de Maio de 2015, 18:12:00 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Mas existe um cogumelo que nasce no bullshit... ::)

Sim, mas o bullshit continua bullshit apesar de qualquer tipo de cogumelo que ali possa nascer.

Agora estou aqui a pensar que cogumelos poderiam ser esses...alguma idéia?
Sim, cogumelos são o espírito encarnando no bullshit buscando luz da forma mais basal com sua natureza fúngica, e em troca disso ele pode ter certos efeitos...reveladores...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #91 Online: 28 de Maio de 2015, 18:18:32 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Mas existe um cogumelo que nasce no bullshit... ::)

Sim, mas o bullshit continua bullshit apesar de qualquer tipo de cogumelo que ali possa nascer.

Agora estou aqui a pensar que cogumelos poderiam ser esses...alguma idéia?
Sim, cogumelos são o espírito encarnando no bullshit buscando luz da forma mais basal com sua natureza fúngica, e em troca disso ele pode ter certos efeitos...reveladores...

O que você escreveu não faz sentido porque é contrário à natureza do ectoplasma.
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #92 Online: 28 de Maio de 2015, 19:10:56 »
espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos

Não é uma religião? De onde tirou essa idéia? O conceito "religião" se aplica ao Espiritismo, basta pesquisá-lo.

Se é uma antiga constatação, poderia postar aqui para nosso esclarecimento, as fontes dessa afirmação? Evite, contudo, se possível, não inverter o ônus da prova, como de hábito.

Com o desenvolvimento da humanidade, o termo "religião" vai tendo mais indissociável os significados pejorativos, de irracionalidade. Então uma tentativa de saída para algumas religiões é tentar colocar alguma roupagem científica, se não na religião toda, em alguns aspectos.

Offline Sergiomgbr

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #93 Online: 28 de Maio de 2015, 19:18:15 »
O espiritismo é apenas bullshit.
Mas existe um cogumelo que nasce no bullshit... ::)

Sim, mas o bullshit continua bullshit apesar de qualquer tipo de cogumelo que ali possa nascer.

Agora estou aqui a pensar que cogumelos poderiam ser esses...alguma idéia?
Sim, cogumelos são o espírito encarnando no bullshit buscando luz da forma mais basal com sua natureza fúngica, e em troca disso ele pode ter certos efeitos...reveladores...

O que você escreveu não faz sentido porque é contrário à natureza do ectoplasma.
Acontece que se você não sabe como se comporta a natureza da matéria espiritual em todos os mundos(esse é o X da questão!)não há como garantir atributos ecotoplasmáticos nesse grau de inerência, logo é preferível a conjectura aberta, à uma certeza autoblocante.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #94 Online: 28 de Maio de 2015, 19:22:19 »
O ectoplasma é apenas substrato material do espírito encarnado. O que realmente importa são suas propriedades imateriais, ou no máximo, semi-materiais (perispírito).

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #95 Online: 28 de Maio de 2015, 19:23:54 »
O ectoplasma é apenas substrato material do espírito encarnado. O que realmente importa são suas propriedades imateriais, ou no máximo, semi-materiais (perispírito).
:ok:
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #96 Online: 28 de Maio de 2015, 20:05:03 »
O ectoplasma é apenas substrato material do espírito encarnado. O que realmente importa são suas propriedades imateriais, ou no máximo, semi-materiais (perispírito).
:ok:
:ok:
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #97 Online: 28 de Maio de 2015, 21:34:46 »
Ave! Como Kardec era despreparado!
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #98 Online: 29 de Maio de 2015, 02:34:26 »
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é bom adotar o melhor de cada religião segundo nossas afinidades

Eu não me oponho, por si só, a essa prática - vivemos em um livre-mercado de ideias, e religiões acabam se adaptando às crenças de seus fieis ou se fragmentando.  :)

Só não deixo de apontar que esse diletantismo/sincretismo religioso é bastante engraçado, ainda mais quando mistura elementos de religiões bastante díspares. Exemplo disso, Espiritismo, que é o cruzamento da noção de ciclo (samsara) do hinduísmo filtrada pela ética cristã com pitadas iluministas e doses generosas de ciências físicas do século XVIII (eletromagnetismo, em especial).

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é bom adotar o melhor de cada religião segundo nossas afinidades, mas espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos :ghost:.

Note que eu usei Kardecismo, não Espiritismo - embora ambos sejam praticamente sinônimos e sim, são religiões no sentido amplo e estrito da palavra. O que você tem em mente ao descrever "acredita na existência espíritos, especialmente de pessoas mortas e capazes de se comunicar com os vivos (necromancia)" é o Espiritualismo, que é um termo amplo que engloba todo o misticismo fin-de-siécle que fez sucesso na Europa dos séculos XVIII e XIX, derivado de Swedenborg, Mesmer, Kardec e mais ou menos, Blavatsky (Os Teosofistas tem suas rusgas com o resto dos Espiritualistas).

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mas qual seria a sua crença pessoal ?

Para todos os fins, um "típico ateu".  :)
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Re:Paraíso e Inferno cristãos: Uma ideia que não faz o menor sentido.
« Resposta #99 Online: 29 de Maio de 2015, 07:31:40 »
espiritismo não é uma religião e sim uma antiga constatação da existência de espíritos

Não é uma religião? De onde tirou essa idéia? O conceito "religião" se aplica ao Espiritismo, basta pesquisá-lo.

Se é uma antiga constatação, poderia postar aqui para nosso esclarecimento, as fontes dessa afirmação? Evite, contudo, se possível, não inverter o ônus da prova, como de hábito.

Naqueles dias os filisteus reuniram suas tropas para lutar contra Israel. Aquis disse a Davi: "Você deve saber que você e seus soldados me acompanharão no exército".
Disse Davi a Aquis: "Então tu saberás o que teu servo é capaz de fazer". Aquis respondeu-lhe: "Então, o colocarei como minha guarda pessoal permanente".
Samuel já havia morrido, e todo o Israel o havia pranteado e sepultado em Ramá, sua cidade natal. Saul havia expulsado do país os médiuns e os espíritas.
Depois que os filisteus se reuniram, vieram e acamparam em Suném, enquanto Saul reunia todos os israelitas e acampava em Gilboa.
Quando Saul viu o acampamento filisteu, teve medo; ficou apavorado.
Ele consultou o Senhor, mas este não lhe respondeu nem por sonhos nem por Urim nem por profetas.
Então Saul disse aos seus auxiliares: "Procurem uma mulher que invoca espíritos, para que eu a consulte". Eles disseram: "Existe uma em En-Dor".
Saul então se disfarçou, vestindo outras roupas, e foi à noite, com dois homens, até a casa da mulher. Ele disse a ela: "Invoque um espírito para mim, fazendo subir aquele cujo nome eu disser".
A mulher, porém, lhe disse: "Certamente você sabe o que Saul fez. Ele eliminou os médiuns e os espíritas da terra de Israel. Por que você está preparando uma armadilha contra mim que me levará à morte? "
Saul jurou-lhe pelo Senhor: "Juro pelo nome do Senhor que você não será punida por isso".
"Quem devo fazer subir? ", perguntou a mulher. Ele respondeu: "Samuel".
Quando a mulher viu Samuel, gritou e disse a Saul: "Por que me enganaste? Tu mesmo és Saul! "
O rei lhe disse: "Não tenha medo. O que você está vendo? " A mulher disse a Saul: "Vejo um ser que sobe do chão".
Ele perguntou: "Qual a aparência dele? " E disse ela: "Um ancião vestindo um manto está subindo". Então Saul ficou sabendo que era Samuel, inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra.
Samuel perguntou a Saul: "Por que você me perturbou, fazendo-me subir? " Respondeu Saul: "Estou muito angustiado. Os filisteus estão me atacando e Deus se afastou de mim. Ele já não responde nem por profetas nem por sonhos; por isso o chamei para dizer-me o que fazer".
Disse Samuel: "Por que você me chamou, já que o Senhor se afastou de você e se tornou seu inimigo?
O Senhor fez o que predisse por meu intermédio: rasgou de suas mãos o reino e o deu a seu próximo, a Davi.
Porque você não obedeceu ao Senhor nem executou a grande ira dele contra os amalequitas, ele lhe faz isso hoje.
O Senhor entregará você e o povo de Israel nas mãos dos filisteus, e amanhã você e seus filhos estarão comigo. O Senhor também entregará o exército de Israel nas mãos dos filisteus".
Na mesma hora Saul caiu estendido no chão, aterrorizado pelas palavras de Samuel. Suas forças haviam se esgotado, pois ele tinha passado todo aquele dia e toda aquela noite sem comer.
1 Samuel 28:1-20
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