Autor Tópico: Vídeos políticos  (Lida 68242 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1725 Online: 23 de Agosto de 2018, 19:40:32 »

Enquanto isso na Mitolândia... Bolsonaro sendo a favor do Bolso-mito-família (deve ta esquerdando, ficando senil ou só sendo político demagogo mesmo):

<a href="https://www.youtube.com/v/FwKDL1z4X8k" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/FwKDL1z4X8k</a>









Sabia que o Pingão era contra a distribuição de alimentos, ticket leite etc?

Nas palavras dele era som um modo de controlar o eleitor pelo estômago.

Ele mesmo disse.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1726 Online: 23 de Agosto de 2018, 21:33:18 »
Bolsonaro já se manifestou publicamente contra alguma vez, desde os anos 2000, pelo menos? Achava que era algo que tivesse acabado se tornando uma constante, com apenas críticas nas linhas de que o ideal não é aumentar o número de recipientes, mas melhorar a economia a fim de que cada vez mais pessoas possam deixar o programa.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1727 Online: 23 de Agosto de 2018, 23:37:35 »
O fato de que Lula não tinha cargo público em 1995 não o livra de acusação de crime. Ele e/ou o PT deram abrigo a fugitivos da Justiça narcoterroristas, o que implica crime de homizio. (ver o texto "O que consiste o chamado homizio?" do site Jus Brasil).

Quando teria ocorrido esse crime?

As FARC eram então considerados fugitivos da justiça brasileira?

Eram considerados oficialmente terroristas pelo Brasil?

Que provas haveria de Lula e/ou o PT  terem provido esse abrigo? Seria "todo" o PT, PT caracterizado como organização criminosa, ou apenas teria membros criminosos?

Eles foram denunciados ao MP, ou isso é apenas falação de blogs e facebook?

Isso toca a todo o FSP, este seria legalmente, não apenas "em força de expressão", classificado como organização criminosa internacional?




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Todavia, segundo o que o diplomata Paulo Roberto de Almeida falou no seu blog Diplomatizzando, quem leu as atas do Foro de São Paulo constatou que a FARC participou dela pelo menos até 2004, portanto, se isso for verdade, seria o caso até de crime de prevaricação (segundo o forista Acauan Guajajara do RV, as atas do Foro de São Paulo já foram públicas até Olavo de Carvalho ter tido a ideia de copiar e distribuir seu conteúdo para meio mundo, fazendo um escândalo, o que fez com as atas fossem removidas dos sites onde estavam disponíveis).

Tentativas de correspondência de Reyes com Lula contradizem as inferências de que as FARC tenha participado do FSP:

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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT5004-15223-5004-3934,00.html

[...] ÉPOCA teve acesso agora, com exclusividade, a um lote de três cartas que mostram como as Farc tentaram oficialmente estabelecer relações com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo depois de sua eleição, em 2002, e em seu primeiro ano de mandato no Palácio do Planalto, em 2003. As correspondências foram enviadas por Raúl Reyes, o líder das Farc morto em março deste ano, durante um ataque das Forças Armadas da Colômbia a um acampamento da guerrilha no norte do Equador. Elas tinham como destinatário o presidente Lula. O portador das cartas no trajeto da Colômbia até o Brasil foi Édson Antônio Albertão, um vereador de Guarulhos que estava na ocasião no PT e hoje está no P-SOL. Albertão, além de freqüentar os acampamentos das Farc, era amigo pessoal de Reyes e recebeu dele a incumbência de trazer as cartas para Lula em julho de 2003 – data da última delas.

Reyes, por meio de outros portadores, já havia tentado enviar ao presidente Lula duas das três cartas trazidas por Albertão ao Brasil. A primeira delas é datada de 28 de novembro de 2002, cerca de um mês depois s da vitória de Lula no segundo turno da eleição disputada contra José Serra, então candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Nessa correspondência, Reyes saúda Lula pela eleição e tenta obter apoio para sua política de ataques ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. [...]

Como soube que as duas primeiras correspondências não haviam chegado ao destinatário, Reyes escreveu, então, uma terceira carta. Era 23 de julho de 2003. Reyes manifesta expressamente o desejo das Farc de estabelecer “relações político-diplomáticas” com o próprio Lula e com seu governo. Também pede uma conversa com o presidente Lula para “pessoalmente” tratar de “temas de benefício recíproco”. Na carta, ele apresenta Albertão como “ponte de comunicação” com a guerrilha e se refere ao vereador de Guarulhos como um “amigo comum” entre ele e o presidente Lula.

Édson Albertão, de 52 anos, foi um dos fundadores do PT. Ex-metalúrgico, conheceu Lula antes mesmo da criação do partido, no movimento sindical. Hoje no P-SOL, ele é uma espécie de embaixador informal das Farc no Brasil. Foi um dos responsáveis pela rede de proteção formada para evitar a extradição do padre Olivério Medina, representante das Farc no Brasil preso em 2005 a partir de uma ordem internacional. A articulação deu certo. O Conselho Nacional para Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça, concordou em conceder asilo ao padre, sob protestos do governo da Colômbia. A partir daí, Albertão, que divide o exercício do mandato de vereador com as atividades como professor de artes numa escola pública de Guarulhos, estreitou suas relações com os guerrilheiros – em particular com Raúl Reyes. Além de viajar clandestinamente para acampamentos das Farc, ele participou de treinamentos de guerrilha. Hoje, Albertão é integrante da Coordenadora Continental Bolivariana, uma espécie de braço avançado das idéias políticas difundidas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e pelas próprias Farc. A Coordenadora, presente em vários países da região, promove os chamados Círculos Bolivarianos, para difundir o socialismo pela América Latina.

Em julho de 2003, depois de ter recebido de Reyes a missão de entregar as cartas a Lula, Albertão, tão logo chegou ao Brasil, procurou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Albertão pediu a Suplicy que fizesse chegar a Lula um envelope contendo as três cartas de Reyes. O senador atendeu. Marcou uma reunião no Palácio do Planalto com Frei Betto, então assessor especial do presidente Lula, e levou as correspondências. “O Frei Betto recebeu muito bem e disse que entregaria pessoalmente ao presidente”, disse Suplicy a ÉPOCA na quinta-feira passada. O senador, ao ser indagado, reagiu com preocupação. “Não fiz nada demais. Vocês sabem que meu interesse é pela paz”, afirmou. Suplicy disse não saber se houve qualquer tipo de resposta do governo para as Farc. Na ocasião, Frei Betto, além de ser assessor especial da Presidência, era tido pelo comando das Farc como um de seus contatos no Brasil. O próprio Raúl Reyes declarou isso numa entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 2003, pouco antes de redigir as cartas.

[...] Aparentemente, mesmo que tenha lido as cartas de Reyes, o presidente Lula não se comoveu. Não houve, desde 2003, nenhuma mudança perceptível na política brasileira em relação às Farc. Mas as cartas revelam uma possibilidade de acesso ao presidente por uma organização violenta, que representa um risco à estabilidade continental e até à segurança das fronteiras brasileiras. E elas podem não ser tudo. Logo depois do conflito com Equador e Venezuela, suscitado pelo ataque colombiano que matou Reyes em território do Equador, o governo de Uribe deixou vazar e-mails do ex-líder das Farc para autoridades equatorianas e venezuelanas. Oficiais do setor de inteligência do Brasil suspeitam que possa haver contatos mais comprometedores da guerrilha com políticos brasileiros. “Certamente há, mas a Colômbia vai guardar isso como trunfo”, disse um desses oficiais, sob a condição de anonimato.

[...]

A favor da esperança de que Cano possa dar um passo adiante nas negociações há o fato de ele ter participado de duas conversações de paz, em 1991, no México, e 1992, na Venezuela. Essas experiências podem ter valor num momento delicado como o atual. Nascido em Bogotá, formado numa das principais universidades da capital colombiana, Cano está próximo dos 60 anos. Ele ingressou nas Farc na década de 70, depois de participar ativamente de movimentos que davam apoio, nas principais cidades do país, à guerrilha. Já tinha conquistado o lugar de principal ideólogo das Farc. Ele integra desde 1990 seu Secretariado, uma espécie de Estado-Maior da organização, formado por sete integrantes. Sua ascensão ao topo foi precedida por duros embates internos. Sabia-se há tempos que Tirofijo estava para morrer. Antes de ser abatido pelas bombas da aviação colombiana, o próprio Raúl Reyes era um dos adversários de Cano na disputa interna das Farc. Reyes era um dos favoritos na linha sucessória. Sua morte abriu caminho para o rival. Mas o futuro parece mais difícil. A solução da crise, ou das crises, está nas mãos dele. Para a Colômbia e para a América Latina, a melhor solução é uma só: o restabelecimento da paz.


Mas é claro, pode ser que seja parte da conspiração, bem como a notícia da Época e a entrevista da Folha de São Paulo (que Olavo afirma querer ocultar a organização que coincidentemente tem as mesmas iniciais) com Reyes.



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Na reportagem "Índio acertou o alvo" de 2010, a Veja mencionou que membros da FARC participaram do Fórum Social Mundial em 2001 (Porto Alegre) e que tais membros foram recebidos no gabinete de políticos petistas do governo do RS. Segundo eu li uma vez no blog de Rodrigo Constantino, isso foi noticiado no jornal local, o Zero Hora, se não me engano. (Eu acho que eu pus um link acerca do caso no tópico do CC "Político honesto: exemplos"). A reportagem de 2010, também apresenta outros dados interessantes...

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Porta-voz das Farc é proibido de falar no Fórum
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Um debate ontem no Fórum Social Mundial virou ato de desagravo ao porta-voz informal das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Brasil, Olivério Medina.
Ele iria participar da oficina "Direitos Humanos e Soberania na América Latina", mas uma resolução da Polícia Federal, que ele recebeu no dia 16, o proíbe de se manifestar em nome do principal grupo rebelde do país.
No ano passado, Medina chegou a ser preso em Foz do Iguaçu (PR), a pedido do governo colombiano, que o acusa de atividades terroristas. Ele acabou solto.
Por orientação de advogado, Medina decidiu acatar a proibição. As cerca de 80 pessoas que assistiram ao debate no campus da PUC-RS protestaram contra a a PF e redigiram uma moção de desagravo.
Medina foi substituído nos trabalhos pelo secretário-geral da Juventude Comunista Colombiana, Nixon Padilla Rodriguez.
O economista Plínio de Arruda Sampaio disse que o colombiano foi "objeto de uma violência policial que dá a idéia de como é tênue a democracia brasileira".
O coordenador do debate, deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da comissão de Diretos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, declarou que irá pedir uma apuração se a notificação da PF tem embasamento legal ou não.

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2801200141.htm


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https://www.terra.com.br/noticias/forumsocial2001/2001/01/27/004.htm

Guerrilheiro das Farc quer encontrar governador do RS

Sábado, 27 de janeiro de 2001, 06h55min



O mistério que cercava a presença de membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na Capital surpreendeu até o seu representante no Fórum Social Mundial, Javier Cifuentes. Em entrevista a Zero Hora, ele negou que seja hóspede oficial do Palácio Piratini, mas afirmou que gostaria de se encontrar com o governador Olívio Dutra.

O guerrilheiro se irritou ao ser perguntado sobre seu verdadeiro nome, que não revela. Cifuentes deixou o campus da PUCRS ao lado de sete pessoas e entrou num Monza bordô com um adesivo da campanha de Tarso Genro. Olivério Medina, antigo porta-voz das Farc no Brasil e que acompanhava Cifuentes, está proibido pela Polícia Federal de dar declarações públicas.

Por que a organização do evento manteve tanto mistério sobre a sua presença?
Javier Cifuentes – O mistério não é das Farc. A guerrilha não se esconde. Somos um partido em luta pelo poder. As Farc não são narcotraficantes. São um Estado dentro do Estado e, como tal, nos comportamos abertamente no Brasil e em qualquer parte do mundo.

O senhor teme ser preso pela polícia brasileira?
Não, porque cumprimos todos os requisitos legais e não intervimos em assuntos do país.

Quem os convidou para o Fórum?
A organização do Fórum.

Há outros integrantes das Farc em Porto Alegre?
Sou o único representante.

Quem está financiando sua viagem?
As próprias Farc.

O senhor terá audiência com o governador Olívio Dutra?
Não. Gostaria, mas não é possível em razão de tempo.

O que o senhor gostaria de conversar com o governador?
O fato de Porto Alegre ser a sede desse Fórum é um indicativo de que estamos diante de um governo progressista. Isso nos interessa.

As Farc trocam experiências com o Palácio Piratini?
Não temos esse tipo de contato.

As Farc têm relações diplomáticas com o Brasil?
Como não somos terroristas, os governos nos reconhecem como um Estado dentro do Estado.

Hernán Ramírez, membro das Farc que se encontrou com Olívio Dutra em 1999, não se deixou fotografar. O senhor parece não se preocupar em se expor.
São diferentes momentos. Agora, não há problema.

O senhor é hospede oficial do Palácio Piratini?
Não. Creio que mais adiante poderemos ser convidados. No momento não há condições para isso. Não temos o reconhecimento de direito.

Por que o senhor não revela o seu nome verdadeiro.
Estou legalmente no Brasil, não estou infringindo nenhuma lei.

Por que as Farc não retomam o diálogo com o governo?
As Farc congelaram o diálogo porque não aceitam que, diante da imprensa, o governo fale de paz e, na prática, assassine o povo colombiano. Quando pararem os assassinatos, falaremos de paz.

Que mensagem as Farc trazem ao Fórum?
Concordamos com seu ideal. Acreditamos que é possível um mundo melhor. Essa é a luta das Farc na Colômbia. Estamos presentes também para denunciar o Plano Colômbia e chamar a atenção para que a questão da Amazônia. Os brasileiros não devem permitir que os Estados Unidos se apropriem da Amazônia.




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https://www.conjur.com.br/2008-jul-31/desembargador_gaucho_explica_contato_farc

Desembargador gaúcho explica contato com as Farc
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31 de julho de 2008, 21h33
Por Anderson Passos

O desembargador Rui Portanova, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, admitiu que manteve contato com membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em 2001. Em entrevista à revista Consultor Jurídico, o desembargador explicou que recebeu um dirigente da organização que estava em visita ao estado durante o governo do petista Olívio Dutra (1998-2002).

Portanova foi citado em reportagem da revista colombiana Cambio, que descreve relações entre dirigentes do grupo guerrilheiro colombiano com destacadas figuras do governo federal brasileiro, membros do Legislativo, do Judiciário e com diversas autoridades. Os relatos têm como base mensagens achadas no computador do ex-porta-voz internacional da guerrilha Raúl Reyes, morto em março passado — leia a reportagem. Não há na reportagem mensagens diretas de brasileiros para Reyes.

Mensagem enviada por e-mail de Mauricio Malverde para Raul Reyes cita o desembargador: “O juiz Rui Portanova, nosso amigo, nos explicou que queria ir aos acampamentos, receber lições e conhecer a vida das Farc. Ele paga a viagem”, escreveu Malverde. O desembargador não fez reparos à mensagem. Ele disse não se lembrar do nome do visitante colombiano.

A visita à sede do governo gaúcho, em 2001, foi feita por Hernán Ramirez, que não se deixou fotografar e ficou reunido por mais de uma hora com o então governador Olívio Dutra.

“O dirigente queria conhecer um desembargador ligado a causas sociais e eu fui indicado. Por isso, o recebemos. Conversamos sobre visitar a Colômbia e conhecer a realidade deles, até como uma gentileza, já que eles vieram ao nosso encontro”, esclareceu.

Rui Portanova disse que, depois, teve medo e desistiu da viagem. “Eu até tinha milhagens para gastar, mas a viagem não aconteceu e não conheço a Colômbia até hoje.”





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https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/arthur-virgilio-e-as-farc

Arthur Virgilio e as FARC

Por Mario Sergio

Rapidamente, tentei acessar pelo Google algumas matérias da época FHC, sobre as FARCs.

Eu já tinha acessado antes, há uns dois anos atrás e algumas tratavam sobre encontros e intermediações diplomáticas do governo FHC com o intuito de intermediar o conflito com a guerrilha.

Quem se destacava nesses contatos era o hoje senador Arthur Virgilio. Lembro-me que usei alguns copy/paste das matérias para contrapor à tentativa (agora repetida) de criminalizar algo trivial e necessário em conflitos dessa natureza em países vizinhos.

Porém não encontrei mais as matérias sobre os encontros e declarações do Arthur Virgílio à epoca.

Folha - 10/11/98

GUERRILHA
Rebeldes colombianos estão em Brasília
Farc querem abrir escritório no Brasilda Redação

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) querem abrir um escritório regional em Brasília para facilitar a inclusão do governo brasileiro nas negociações de paz.

Desde a semana passada, Hernán Ramírez, um dos comandantes do grupo, está em Brasília negociando com parlamentares a abertura do escritório. Ele se juntou a Oliviero Medina, representante das Farc que vive no Brasil há um ano. Na quinta-feira passada, eles se encontraram com o deputado Tuga Angerami (PSDB-SP) e, amanhã, se reúnem com Artur Virgílio, secretário-geral dos tucanos.

Segundo Angerami, as Farc querem que o governo brasileiro participe do processo de paz como fez para solucionar o conflito entre Peru e Equador. Por isso, pedem reconhecimento político no Brasil.

Com 12 mil rebeldes, as Farc são a maior e a mais antiga guerrilha da Colômbia (surgiu em 1958).

Combates entre guerrilheiros e Exército deixam 3.000 mortos por ano. Há 16 anos, o governo colombiano negocia com o grupo um processo de paz. (LUÍS EBLAK)

Da Defesanet

Os contatos das FARC no Brasil

Alguns dos primeiros parlamentares brasileiros com os quais as FARC se encontraram, em final de 1998, foram os deputados tucanos Tuga Angerami (PSDB-SP) e Arthur Virgilio (PSDB-AM). À época, Virgilio era secretário-geral do PSDB. "O Brasil tem grande importância diplomática na América Latina. Podemos ajudar a Colômbia a pôr fim aos conflitos", disse Virgílio à Folha de S. Paulo, para explicar sua atuação.

As FARC tentaram ser reconhecidas oficialmente como força beligerante pelo governo brasileiro, o que poderia ajudar nas negociações de paz - que naquele momento pareciam promissoras - com o governo colombiano. Poucas semanas antes, a intermediação brasileira havia levado a um histórico acordo de paz entre Peru e Equador.

Para tentar alcançar seu objetivo e serem autorizadas a abrir um escritório de representação em Brasília, as FARC enviaram um de seus comandantes, conhecido como Hernán Ramírez, para fazer contatos com políticos e diplomatas brasileiros. Ramirez encontrou, entre outros, dezenas e dezenas de deputados e senadores, de todas as forças políticas.

Os esforços das FARC não deram certo. O Itamaraty não aceitou reconhecer diplomaticamente a guerrilha colombiana, embora as Forças Armadas brasileiras - conforme declarou o general Alberto Cardoso em agosto de 1999 - considerassem seriamente a hipótese de que as FARC pudessem ganhar a guerra, e tomar o poder na Colômbia.

Ainda assim, segundo escreveu o Jornal do Brasil em 17/10/99, Arthur Virgilio (àquela altura promovido líder do governo no Congresso) continuou sendo um importante contato das FARC com o governo Fernando Henrique Cardoso. Ao JB, Virgilio explicou que aceitara esta "responsabilidade" com o objetivo de colaborar com o processo de paz na Colômbia. Ainda segundo o JB, Virgilio teria tentado interceder em favor das FARC junto ao Itamaraty, sem sucesso.







Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1728 Online: 23 de Agosto de 2018, 23:38:17 »
Segundo a reportagem da Veja em 2010: "Documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelados pela reportagem da VEJA de 2005 mostraram que, em 2002, Medina participou de um churrasco com petistas em Brasília e prometeu 5 milhões de dólares para ajudar na campanha. Com o PT no poder, o episódio foi varrido para debaixo do tapete e a investigação suspensa antes que indícios da doação dos terroristas pudessem ter sido recolhidos."

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https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2005/03/17/general-felix-e-diretor-da-abin-garantem-que-documento-de-veja-e-falso

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, garantiram à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência que os documentos que atestariam ligações do Partido dos Trabalhadores (PT) com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), não foram produzidos pela Abin. Esses documentos, fornecidos à imprensa pelo deputado Alberto Fraga (PTB-DF), deram base a reportagens apresentadas pela revista Veja e pelos noticiários das emissoras de televisão Globo e Record.
O general Jorge Armando Félix apresentou o único documento oficial da Abin, que trata deste tema. É um relatório de duas páginas, com  número de classificação: 0095/3100/DOIN/ABIN, de 25 de abril de 2002. Ele informou que o documento foi arquivado por não merecer crédito, devido a não apresentar qualquer prova das afirmações nele contidas. O relatório registrava o boato de que as Farc teriam oferecido US$ 5 milhões ao PT como ajuda nas eleições presidenciais. O dinheiro seria dado por meio de empresários brasileiros simpatizantes do partido, o que camuflaria sua verdadeira origem. O documento dizia ainda que o representante das Farc no Brasil queria registrar em cartório todos os grupos de esquerda no Brasil, e que haveria, no México, um seminário de apoio aos povos palestinos.

- Claro que a Abin acompanha todas as atividades das Farc, é de sua natureza, mas neste caso específico, não há idoneidade, não há confirmação, e portanto a documentação foi arquivada", disse o general Jorge Armando Felix.

Já o diretor-geral da Abin, delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, disse que todo documento produzido pela agência é resultado de coleta, processamento e análise, e as informações vêm de várias fontes, telefonemas, cartas, informantes, agentes. Quando essas informações chegam à agência, segundo o delegado, são redigidas em forma de documento interno, de acordo com manual de redação e estilo, com características peculiares, tipo de letra, locais precisos no papel para colocação da data, logomarca etc.

- Eu posso garantir que os documentos apresentados pelo deputado Alberto Fraga na televisão não são da Abin, fogem inteiramente às características do nosso padrão interno de texto e estilo", disse o delegado Lima e Silva. - Há erros de grafia, o nome do tal falso padre que representa as Farc está grafado erradamente, há erros de digitação, e as informações não confirmadas estão misturadas a boatos, mentiras, dados banais de 2002, uma mistura que visava dar credibilidade ao falso documento, tanto que mereceu reportagem da Veja e das televisões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



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https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2005/03/17/alberto-fraga-garante-que-documentos-que-incriminam-pt-sao-autenticos

O deputado Alberto Fraga (PTB-DF) garantiu que os documentos que apresentou à imprensa, denunciando a doação, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs),  de US$ 5 milhões ao Partido dos Trabalhadores (PT) para a campanha eleitoral de 2002, são autênticos e lhe foram passados por dois agentes da Agência Brasileira de Informação (Abin). "Alguns jornalistas me perguntaram se eu teria comprovantes de depósito bancário. Ora, se eu tivesse, já teria feito a denúncia ao TSE e pedido a cassação do presidente da República", disse Alberto Fraga.
O deputado disse que os dois agentes da Abin o procuraram em seu gabinete com a denúncia da doação das Farc ao PT. "Respondi que era uma denúncia muito grave e eu não poderia ser leviano e receber as acusações sem provas concretas e definitivas. Uma semana depois, me trouxeram a fonte original, o manuscrito, o documento interno da Abin. E esse agente trabalha há sete anos no órgão, não é um simples informante", disse.

Alberto Fraga disse que, como deputado, não poderia ignorar a denúncia e as provas. Segundo ele, em uma fazenda do Mato Grosso chamada Coração Vermelho, houve uma reunião política e um falso padre, chamado Oliverio Medina, teria montado o esquema de doações, e um agente infiltrado fez a denúncia. "É um fato incontestável. O agente trabalha há sete anos na Abin, chegou a ser exonerado pelo general Alberto Cardoso, no governo Fernando Henrique Cardoso, mas continua lá. Não aceito a acusação de que forjei documentos", disse o deputado. Ele acrescentou que o documento tem nomes, telefones, endereços, data e local da inauguração das sedes das Farc no Brasil. "Como bom policial que sou, chequei tudo, os nomes, os números telefônicos, e tudo batia. Não quero aparecer às custas de fatos tão graves", disse.

O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que não existe denúncia séria, é tudo baseado em boatos, e que a própria revista Veja reconhece não haver provas que sustentem a denúncia. "O que se lê e se vê são pretensos comentários vindos de Mato Grosso, que não citam em que cidade isso teria ocorrido, não citam as fontes, não esclarecem quem estava presente.O deputado tem obrigação de mostrar todos os documentos que tem e apresentar suas fontes. Ou tudo é secreto apenas para caluniar, difamar?", perguntou Mercadante. "É como despejar um saco de penas e obrigar outra pessoa a catar tudo, espalha-se a mentira, a calúnia, e os acusados que se defendam", disse.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio,  defendeu uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar tudo. "Até porque quero ver esse doutor Oliverio Medina à minha frente mais uma vez", disse. Virgílio disse que foi procurado, no governo anterior, por Medina, que queria sua ajuda para dar às Farc status semelhante ao da Organização para Libertação da Palestina no Brasil. "Com o respaldo do governo brasileiro, eu lhe disse que a OLP representava um povo em busca de território, enquanto as Farc tentavam derrubar um governo constitucional reconhecido pelo governo brasileiro", disse Arthur Virgílio.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)





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https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2005/03/17/general-se-compromete-a-apresentar-mais-detalhes-em-reuniao-fechada

Em depoimento na tarde desta quinta-feira (17) frente à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, o ministro da Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, disse que só poderia dar mais detalhes sobre reuniões de organizações políticas brasileiras com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em reunião fechada. A afirmação de Félix foi feita em resposta a questão apresentada  pelo senador Jefferson Peres (PDT-AM), que quis saber se houve "encontros políticos" entre integrantes da Farc e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Para Jefferson, não é importante, a princípio, saber se as Farc efetivamente doaram dinheiro ao PT, conforme denúncia publicada pela revista Veja. De acordo com o senador, já é um fato grave que um partido tenha tido reuniões para tratar de temas políticos com "uma organização criminosa estrangeira", em referência ao fato de que as Farc possam ter conexão com o narcotráfico.

Em razão dessa afirmativa do general, o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) propôs que se fizesse reunião em caráter sigiloso, a fim de que o general pudesse fornecer maiores detalhes sobre o caso Farc-PT e mostrar relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre contatos e outros tipos de ação das Farc no Brasil. Durante a reunião,  Félix só mostrou um documento da Abin tratando da suposta  doação de dinheiro ao PT, mas em que apenas é relatada informação não confirmada sobre o trânsito dos recursos pelo Mato Grosso.

- Concordo com o senador Jefferson Peres em que a investigação deve continuar, embora não concorde com a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito para esclarecer o caso - disse Aleluia.

O deputado Fernando Gabeira  (PV-RJ) disse que até concorda com a reunião secreta, mas desde que seja para tratar de documentos que sejam verdadeiros, uma vez que o documento utilizado na matéria de Veja seria uma cópia datilografada de um manuscrito recebido pelo deputado Alberto Fraga (PTB-DF). Em relação ao documento apresentado pelo ministro da Segurança Institucional, Gabeira considerou que, por sua fragilidade, demonstraria o que denominou "a indigência" do serviço de inteligência.

- A matéria da Veja é o que se chama de cascata, na linguagem jornalística. A manchete é afirmativa, mas o conteúdo do texto não prova que houve a doação das Farc ao PT - disse o deputado, garantindo que não tem simpatia pelas Farc e que tem críticas ao PT.

Já o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) sugeriu que se trate com muito cuidado esse assunto, de forma a preservar o estado brasileiro. Na opinião dele, a reuniões e relatórios da comissão sobre o tema, seria preferível que os parlamentares visitassem a Abin e verificassem eles próprios os documentos que considerassem importantes.

No entender do deputado Paulo Rocha (PT-PA), a celeuma em torno do suposto financiamento de campanhas do PT pelas Farc é uma estratégia da oposição para "antecipar a disputa eleitoral de 2006". Já o senador Delcídio Amaral (PT-MS) classificou de "surrealista" a situação vivida pelo PT, ao ter de defender-se de uma acusação sem provas. Mesmo sem acreditar que o PT tenha recebido dinheiro dos guerrilheiros colombianos, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) ressaltou a necessidade de que o assunto seja esclarecido.

Na parte final da reunião, respondendo a perguntas de Antero e do senador Demóstenes Torres (PFL-GO), o general Jorge Armando Félix disse que o serviço de inteligência não tomou conhecimento de evento realizado pelas Farc numa propriedade rural chamada Coração Vermelho e que não possui fita desse evento - fita essa que teria sido gravada por um agente da Abin, conforme o que foi publicado em Veja.

O diretor-geral da Abin, delegado  Mauro Marcelo de Lima e Silva, declarou que o relatório sobre as Farc apresentado nesta quinta à comissão é apenas "uma peça de um quebra-cabeças". Ele afirmou que o documento não foi destruído para que fossem feitas mais averiguações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)





Tudo gira mais em torno de relações entre o PT e as FARC, e não o Foro de São Paulo em si.

Por mais dúbio que possa ser, ainda é pertinente a versão do PT em si:

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https://web.archive.org/web/20041220134829/http://www.lula.org.br:80/noticias/not_int.asp?not_cod=1071&cf_cod=30&sis_cod=37


O PT não tem vínculo algum com as FARC
16/10 • 17:39

A VERDADE SOBRE A COLÔMBIA E AS FARC – E O PT


O Partido dos Trabalhadores não tem vínculo algum com as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (FARC).

Junto com uma centena de partidos e movimentos de esquerda da América Latina (entre os quais o PT, o PSB, o PPS e o PDT brasileiros), as FARC fazem parte do Foro de São Paulo. No Foro, convivem organizações de perfil político ideológico bastante distinto. O Partido Socialista Chileno do presidente Ricardo Lagos, por exemplo, participou de algumas reuniões. Todas estas organizações não estão unidas por nenhum laço orgânico, pois o Foro é, justamente, um foro de debate, e não uma estrutura de coordenação política internacional.

No passado, no entanto, houve contatos de dirigentes das FARC com políticos brasileiros.

 

Os contatos das FARC no Brasil

Alguns dos primeiros parlamentares brasileiros com os quais as FARC se encontraram, em final de 1998, foram os deputados tucanos Tuga Angerami (PSDB-SP) e Arthur Virgilio (PSDB-AM). À época, Virgilio era secretário-geral do PSDB. “O Brasil tem grande importância diplomática na América Latina. Podemos ajudar a Colômbia a pôr fim aos conflitos", disse Virgílio à Folha de S. Paulo, para explicar sua atuação.

As FARC tentaram ser reconhecidas oficialmente como força beligerante pelo governo brasileiro, o que poderia ajudar nas negociações de paz – que naquele momento pareciam promissoras – com o governo colombiano. Poucas semanas antes, a intermediação brasileira havia levado a um histórico acordo de paz entre Peru e Equador.

Para tentar alcançar seu objetivo e serem autorizadas a abrir um escritório de representação em Brasília, as FARC enviaram um de seus comandantes, conhecido como Hernán Ramírez, para fazer contatos com políticos e diplomatas brasileiros. Ramirez encontrou, entre outros, dezenas e dezenas de deputados e senadores, de todas as forças políticas.

Os esforços das FARC não deram certo. O Itamaraty não aceitou reconhecer diplomaticamente a guerrilha colombiana, embora as Forças Armadas brasileiras – conforme declarou o general Alberto Cardoso em agosto de 1999 – considerassem seriamente a hipótese de que as FARC pudessem ganhar a guerra, e tomar o poder na Colômbia.

Ainda assim, segundo escreveu o Jornal do Brasil em 17/10/99, Arthur Virgilio (àquela altura promovido líder do governo no Congresso) continuou sendo um importante contato das FARC com o governo Fernando Henrique Cardoso. Ao JB, Virgilio explicou que aceitara esta “responsabilidade” com o objetivo de colaborar com o processo de paz na Colômbia. Ainda segundo o JB, Virgilio teria tentado interceder em favor das FARC junto ao Itamaraty, sem sucesso.


O fracasso da solução negociada do conflito na Colômbia

A luta armada na Colômbia tem uma longa história. Surge em 1948, quando teve início o chamado período da “violência”. É um fenômeno com raízes profundas da história e na sociedade colombiana.

A luta armada acentuou-se na última década, opondo, de um lado, dois grupos de esquerda – as FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional) - e, do outro, o Exército colombiano e os chamados “paramilitares”, uma organização de extrema direita que, segundo denúncias generalizadas, é responsável pela maioria dos atos violentos do país, e é manipulada por setores do Exército e associada ao narcotráfico.

O conflito é tão grave que o governo colombiano anterior (do presidente Andrés Pastrana) decidiu levar adiante um processo de negociação com as FARC e o ELN para buscar uma solução negociada.

Pastrana encontrou-se nas montanhas com o dirigente da guerrilha, Manuel Marulanda, e propôs discutir um plano de paz. Concedeu um vasto território para os guerrilheiros (igual à superfície da Bélgica) e iniciou conversações com a presença de observadores internacionais. Em junho de 1999, o presidente da Bolsa de Nova York, Richard Grasso, subiu a serra para encontrar-se com um dos comandantes das FARC, Raúl Reyes. Em fevereiro de 2000, uma delegação da guerrilha colombiana foi até recebida no Vaticano.

Infelizmente, o processo de negociações fracassou. Não cabe analisar as razões desse fracasso, ainda que o lamentemos. Pastrana decidiu reocupar a zona cedida às FARC e partir para o confronto armado com a guerrilha, com o apoio militar dos Estados Unidos. As negociações com o ELN também não avançaram.

Enfraquecido militar e politicamente, o candidato de Pastrana perdeu as recentes eleições presidenciais. O novo presidente, Álvaro Uribe, defende uma solução de força contra a guerrilha.
 

A omissão brasileira

Durante o período das negociações, o Brasil poderia – e deveria - ter contribuído de forma mais decisiva para obter a paz. O PT insistiu junto ao então ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, para que o Itamaraty assumisse uma posição mais ativa na região.

O PT citou o exemplo do México, que nas décadas de 80 e 90 interveio diplomaticamente nas crises da Nicarágua, El Salvador e Guatemala, tendo contribuído decisivamente para o estabelecimento da paz e da democracia na América Central - e com isso reforçou seu peso político na região. Isto é, o México exerceu de fato uma liderança que o Brasil não soube – e continua não sabendo – exercer.
 

O impasse atual

Hoje, a situação do conflito é mais complicada, pois a liderança colombiana optou por uma solução militar. Tendo em vista o poderio da guerrilha, a truculência dos paramilitares e o apoio bélico dos Estados Unidos, é provável que o conflito ganhe violência e duração cada vez maiores.

O governo dos Estados Unidos classifica as FARC como organização “narco-terrorista”, parte do “eixo do mal”. Com isso justifica a intensificação do “Plano Colômbia”, através do qual se pretende dar assistência “técnica” ao exército colombiano (helicópteros, armamentos sofisticados e assessores militares, além de treinamento de unidades de elite nos EUA).

Essa iniciativa é extremamente perigosa, já que pode produzir uma “vietnamização” da região, isto é, a extensão do conflito para os países vizinhos, especialmente o Brasil.
 

As FARC e o narcotráfico

Há informações contraditórias sobre as relações das FARC com o narcotráfico. O governo do ex-presidente colombiano Andrés Pastrana, de início, negou formalmente que existisse essa relação, a fim de permitir o estabelecimento de negociações políticas. Em seguida, quando as negociações fracassaram, Pastrana acusou as FARC de serem vinculadas ao narcotráfico, e chegou a classificá-las de terroristas.

O PT é enfático no combate ao narcotráfico. Nossos governos têm sido constantemente ameaçados pelo narcotráfico (no Acre, por exemplo) e têm combatido intensamente o crime organizado.

Vale lembrar que mais de 90% da droga produzida na Colômbia é consumida nos Estados Unidos. O que os produtores de folha de coca ganham pela sua produção corresponde a menos de 5% do preço que a droga alcança na ponta, no “mercado” norte-americano.
 

Conclusões

1. A política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será pautada pela busca de soluções negociadas de todos os conflitos armados, especialmente aqueles no âmbito da América Latina que ameaçam diretamente nossas fronteiras;

2. Não nos cabe interferir em assuntos internos da Colômbia, mas, havendo solicitações nesse sentido, vamos colocar-nos à disposição para colaborar na busca de uma solução negociada do conflito. O governo brasileiro não hesitará em associar-se a outros países para uma ação conjunta que restabeleça a paz na região;

3. O futuro governo não se associará a iniciativas militares na região, nem permitirá que o território brasileiro seja utilizado para qualquer ação desse tipo;

4. Combateremos o narcotráfico, reprimindo a circulação e o consumo de drogas no Brasil, reforçando a vigilância em nossas fronteiras e o combate ao contrabando de armas, que tem aumentado a capacidade militar do crime organizado. O futuro governo vai atuar decididamente para romper a ligação entre os narcotraficantes da Colômbia e grupos de traficantes no Brasil;

5. O futuro governo tomará as providências necessárias para, com o apoio das Forças Armadas e da Polícia Federal, proteger as fronteiras do Brasil com a Colômbia e evitar que o conflito possa transferir-se para o território nacional.



 

São Paulo, 16/10/2002





Eu gostaria de ver um diagrama de toda a conspiração. Bem como entender quais seriam os procedimentos técnicos para que houvesse um processo legal e tudo mais, em vez de ficar tudo só na blogagem.


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https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,pf-prende-no-brasil-um-dos-chefes-das-farc-imp-,548712

08 Maio 2010 | 00h00

BRASÍLIA

A Polícia Federal prendeu na quinta-feira, em Manaus, um importante membro da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), procurado pelo governo colombiano por envolvimento em sequestros, homicídios e extorsão, informaram ontem a polícia brasileira e o Exército da Colômbia.

José Luis Sánchez, apelidado de "Tatareto", é considerado o subcomandante da Frente 22 das Farc.

Ele foi preso com outras 8 pessoas e 45 quilos de cocaína durante uma operação antidrogas na Amazônia brasileira. Sánchez atuava no Brasil com uma identidade falsa, sob o nome de Daniel Rodríguez Horosco. [...]




Fotos secretas EXCLUSIVAS de Arthur Virgílio em seus encontros com as FARC:







Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1729 Online: 24 de Agosto de 2018, 10:34:47 »

Enquanto isso na Mitolândia... Bolsonaro sendo a favor do Bolso-mito-família (deve ta esquerdando, ficando senil ou só sendo político demagogo mesmo):

<a href="https://www.youtube.com/v/FwKDL1z4X8k" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/FwKDL1z4X8k</a>









Sabia que o Pingão era contra a distribuição de alimentos, ticket leite etc?

Nas palavras dele era som um modo de controlar o eleitor pelo estômago.

Ele mesmo disse.

Dane-se o Lula! Se ele disse isso, o que um faz justifica o que o(s) outro(s) faz(em)?
Tentando me testar pra saber se apoio Lula? Vai em frente!
Agora se quando se critica a "direita" quando age de forma desonesta e fica se doendo, reage criticando Lula (deve ser alguma obsessão com ele), não posso fazer nada!









 

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1730 Online: 24 de Agosto de 2018, 10:35:43 »


<a href="https://www.youtube.com/v/YaM5bfhWPxw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/YaM5bfhWPxw</a>



Offline Zero

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1731 Online: 24 de Agosto de 2018, 12:56:56 »


<a href="https://www.youtube.com/v/YaM5bfhWPxw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/YaM5bfhWPxw</a>

Ele utiliza-se do artifício de usar as crenças para convencer a si mesmo e ao "fiéis" que ele é um homem diferente, que veio para mudar o Brasil através da palavra de Deus.

Tenho minhas dúvidas se ele realmente crê em algo. Usar a crença alheia para chamar atenção e subir ao poder? Ele, se crente como afirma, não tem medo de uma punição pós morte por se aproveitar desse artifício?

É patético isso, cada um com suas crenças, mas o fato de notar o mau caráter dele por se aproveitar e desvirtuar seu papel de representar o povo, já demonstra que tipo de pessoa é. Não que os outros sejam muito melhores, mas ao menos não fazem essa palhaçada e hipocrisia de se aproveitar das crenças alheias de forma extremamente explícita.

Offline -Huxley-

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1732 Online: 25 de Agosto de 2018, 12:23:27 »
1- Lula não pode usar a desculpa de que estava fora do país ou que Raúl Reyes era fugitivo apenas da Justiça da Colômbia. Existem dois significados possíveis para o “crime” de “Lula cometeu crime”, e ambas constam no dicionário do Google. Em um deles, crime significa “qualquer transgressão moral ou ética, socialmente rejeitada”. Em outro, “transgressão imputável da lei penal por dolo ou culpa, ação ou omissão”.

Dado adicional para entender o segundo significado: pode-se dizer que, mesmo no exterior, haveria a possibilidade de ele entregar Raúl Reyes à polícia de El Salvador para ele ser extraditado para a Colômbia. Portanto, segundo o próprio Hugo Chávez (e Raúl Reyes), Lula cometeu crime de homizio, em um ou em dois casos. Existe a possibilidade de a lei penal brasileira alcançar fatos cometidos fora do Brasil, como mostra um artigo da Jus Brasil “Crime praticado por brasileiro em outro país: Caso de Extraterritorialidade da Lei Penal Brasileira”. E nossa legislação reconhece status de criminoso mesmo para quem cometeu crime no exterior, como mostra os casos de extradições de estrangeiros. (E mesmo El Salvador pode ter leis semelhantes que punem crimes de omissão).

Não sei se Olavo de Carvalho ou outras pessoas que leram as atas do FSP quando elas ainda eram públicas foram bater na porta do Ministério Público para denunciar a relação da FARC com o PT, mas, independentemente disso, seria obrigação legal das autoridades competentes testemunhas da polêmica tirar a limpo a conexão do PT e a FARC, pois, do contrário, estariam cometendo crime de prevaricação. É altamente improvável que ninguém das autoridades jurídicas leu o que foi publicado na entrevista de Raúl Reyes à Folha e nas reportagens de Veja e colunas de Olavo em O Globo nos anos 2000. Mesmo que a existência de apenas evidências parciais fosse o caso, isso não deveria ser empecilho para abertura de investigação (ou continuação dela, no caso Abin).

2- Na reportagem de Época, tentativas de correspondência de Reyes com Lula NÃO contradizem as inferências de que as FARC tenha participado do FSP. Tanto não contradizem que a própria reportagem da Época citada diz “Até meados dos anos 90, as Farc participaram oficialmente do Foro de São Paulo… Mas as relações com as Farc, segundo o PT, foram rompidas depois que elas abandonaram, a partir de 2002, as negociações para um acordo de paz na Colômbia e enveredaram de vez no caminho dos seqüestros e do narcotráfico”. Suponho que o tal “rompimento” ignora evidências posteriores descritas por Veja e pela revista Cambio (teve gente do PT que disse que os documentos dessa última eram falsos; porém, em um de seus artigos, Reinaldo Azevedo escreveu que até a Interpol disse “não” a isso).

3- Os dois homens que garantiram que os documentos de Alberto Fraga/Veja não eram da Abin (e um deles esteve envolvido no escândalo de corrupção da Telecom Italia) foram nomeados por Lula, portanto eram membros do governo Lula, a parte investigada. (Situação análoga acontecia com o José Eduardo Cardozo, do supostamente “impessoal órgão do Estado” AGU, que disse de forma “desinteressada” que Dilma não praticou pedaladas fiscais). É racional apostar que o PT não foi burro de não colocar os arquivos/pastas da Abin e abafamento sob comando máximo possível do investigado, isto é, ele mesmo.

A questão da falsidade dos relatos nos documentos da Abin foi contestada pelo espião da Abin citado no documento e mais dois funcionários da agência. Ele alegou que presenciou a reunião como infiltrado na festa e gravou a promessa de doação de Medina em fita. Veja procurou os três e conseguiu confirmar a história. A reclamação de Aloísio Mercadante sobre isso ser “calúnia” e pseudodenúncia por ser baseado em dados secretos é ridícula. A confidencialidade foi uma pré-condição para a equipe de Veja ter acesso aos documentos e pessoas (as testemunhas identificadas correriam riscos semelhantes às testemunhas-vítimas do caso Celso Daniel). Se Mercandante ficou tão estarrecido com a “calúnia”, e esta é crime, então por que ele ou o PT não processou a Veja devido à reportagem de capa? (Uma dica para a resposta… Se o PT processasse a Veja, a última possivelmente teria o direito a quebra de sigilos protegidos por princípios jurídicos de privacidade para provar a inocência; Reinaldo Azevedo chegou a desafiar publicamente o PT a processá-lo ao comentar a reportagem em tom acusatório). Mais tarde, o comportamento petista pró-Medina deu suporte ao relato do espião da Abin sobre a doação multimilionária com o status de refugiado político dado com ajuda de lobby do PT e com o fato de se ter conseguido emprego para a mulher de Medina no Ministério da Pesca de Dilma por motivos políticos. Isso foi sugerido pelos e-mails de Raúl Reyes divulgados pela revista Cambio. Ah, esse mundo de coincidências fabulosas.Também deve ser coincidência o fato de o PT SEMPRE ter recusado a nomear a FARC como organização narcoterrorista, Lula ter sugerido, ainda em 2009, que não haveria problema em um membro da quadrilha concorrer às eleições presidenciais.
« Última modificação: 25 de Agosto de 2018, 22:48:37 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1733 Online: 25 de Agosto de 2018, 22:37:11 »
O meu último parágrafo ficou mal escrito, tive que fazer uma pequena edição no post.

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1734 Online: 25 de Agosto de 2018, 23:30:22 »

<a href="https://www.youtube.com/v/1yY_tlL0KT8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/1yY_tlL0KT8</a>


E pra quem acha MBL um bom exemplo...

<a href="https://www.youtube.com/v/MGG-T0A33uE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/MGG-T0A33uE</a>
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1735 Online: 26 de Agosto de 2018, 00:39:36 »
1- Lula não pode usar a desculpa de que estava fora do país ou que Raúl Reyes era fugitivo apenas da Justiça da Colômbia. Existem dois significados possíveis para o “crime” de “Lula cometeu crime”, e ambas constam no dicionário do Google. Em um deles, crime significa “qualquer transgressão moral ou ética, socialmente rejeitada”. Em outro, “transgressão imputável da lei penal por dolo ou culpa, ação ou omissão”.

Dado adicional para entender o segundo significado: pode-se dizer que, mesmo no exterior, haveria a possibilidade de ele entregar Raúl Reyes à polícia de El Salvador para ele ser extraditado para a Colômbia. Portanto, segundo o próprio Hugo Chávez (e Raúl Reyes), Lula cometeu crime de homizio, em um ou em dois casos. Existe a possibilidade de a lei penal brasileira alcançar fatos cometidos fora do Brasil, como mostra um artigo da Jus Brasil “Crime praticado por brasileiro em outro país: Caso de Extraterritorialidade da Lei Penal Brasileira”. E nossa legislação reconhece status de criminoso mesmo para quem cometeu crime no exterior, como mostra os casos de extradições de estrangeiros. (E mesmo El Salvador pode ter leis semelhantes que punem crimes de omissão).

Não sei se há realmente suporte para a acusação de "crime legal" nessa situação em particular, não mais do que haveria para o Arthur Virgílio (e gente até da ONU), que é outro que abertamente admitiu contados com membros das FARC ou interlocutores, a fim de chegar a soluções pacíficas ao conflito.



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Não sei se Olavo de Carvalho ou outras pessoas que leram as atas do FSP quando elas ainda eram públicas foram bater na porta do Ministério Público para denunciar a relação da FARC com o PT, mas, independentemente disso, seria obrigação legal das autoridades competentes testemunhas da polêmica tirar a limpo a conexão do PT e a FARC, pois, do contrário, estariam cometendo crime de prevaricação.

Creio que prevaricação não é apenas negligência em sua função, mas mais uma "distorção" dela em benefício próprio. Acho que não se enquadra nisso não ir ativamente atrás de investigar ou ordenar que se investigue algo que não se considere ter substanciação.



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É altamente improvável que ninguém das autoridades jurídicas leu o que foi publicado na entrevista de Raúl Reyes à Folha e nas reportagens de Veja e colunas de Olavo em O Globo nos anos 2000. Mesmo que a existência de apenas evidências parciais fosse o caso, isso não deveria ser empecilho para abertura de investigação (ou continuação dela, no caso Abin).

Se a ABIN está envolvida em uma acobertação de associação criminosa entre PT e FARC, isso deve tocar mais ao PSDB do que ao FSP, numa tramóia bastante complexa em que o PSDB usa de acusações de ligações do PT com as FARC para se beneficiar eleitoralmente, enquanto na verdade ambos têm essas relações secretas, etc e tal. Então as acusações livram o PSDB de suspeitas (apesar da "confissão" aberta de contatos com as FARC por este, também), que também nunca são confirmadas quanto ao PT em qualquer teor criminoso de envolvimento.



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2- Na reportagem de Época, tentativas de correspondência de Reyes com Lula NÃO contradizem as inferências de que as FARC tenha participado do FSP. Tanto não contradizem que a própria reportagem da Época citada diz “Até meados dos anos 90, as Farc participaram oficialmente do Foro de São Paulo… Mas as relações com as Farc, segundo o PT, foram rompidas depois que elas abandonaram, a partir de 2002, as negociações para um acordo de paz na Colômbia e enveredaram de vez no caminho dos seqüestros e do narcotráfico”. Suponho que o tal “rompimento” ignora evidências posteriores descritas por Veja e pela revista Cambio (teve gente do PT que disse que os documentos dessa última eram falsos; porém, em um de seus artigos, Reinaldo Azevedo escreveu que até a Interpol disse “não” a isso).

Eu não havia afirmado que as FARC tivessem participado do FSP, apenas que sua participação pós 2000-2002 é menos clara do que sugere a inferência/interpretação de textos dessas supostas confissões públicas de crimes que nunca são usadas como prova, só tema de blog.

Os documentos a que se refere são e-mails obtidos dos computadores de Reyes depois de morto, e não revelam participações secretas deles no FSP, apenas contatos com membros do PT e outros partidos e indivíduos no Brasil, alguns deles "nunca negados" pelos citados. Mesmo Uribe preferiu não colocar os holofotes sobre essas ligações, por ver no Brasil com Lula um aliado mais da Colômbia do que das FARC, em contraste com a abordagem com Equador e Venezuela. A revista colombiana Cambio ainda afirma que ninguém do PT ou do governo mandou mensagens para as FARC.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI3041934-EI306,00-Revista+Farc+tentam+influenciar+alto+escalao+do+governo+Lula.html




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3- Os dois homens que garantiram que os documentos de Alberto Fraga/Veja não eram da Abin (e um deles esteve envolvido no escândalo de corrupção da Telecom Italia) foram nomeados por Lula, portanto eram membros do governo Lula, a parte investigada. (Situação análoga acontecia com o José Eduardo Cardozo, do supostamente “impessoal órgão do Estado” AGU, que disse de forma “desinteressada” que Dilma não praticou pedaladas fiscais). É racional apostar que o PT não foi burro de não colocar os arquivos/pastas da Abin e abafamento sob comando máximo possível do investigado, isto é, ele mesmo.

Coisas que eu acho estranhas:
Estes levantamentos de dados da ABIN teriam origem anterior ao governo Lula, e ainda assim, há algo próximo de silêncio absoluto de todo o restante da ABIN e daqueles que anteriormente ocuparam essas posições assumidas por supostos abafadores.

Outras notícias ainda colocam, de forma que parece menos especulativa, coisas como que esses contatos das FARC de baixo escalão pagam para eles baixas quantias, 600, 800 dólares. Isso torna curioso o grande esquema das coisas; pessoas sem ligação com as FARC dão a elas pequenas quantias, para depois receber dela 5 milhões? Se o acúmulo deste dinheiro é de onde resultam essas quantias mais vultosas, por que passar pelas FARC?

Isso parece mais uma "sujação" de dinheiro, que depois ainda precisaria ser novamente lavado no repasse passando por algo cmo 300 empresários, segundo algumas fontes, para então retornar ao PT, dinheiro de origem brasileira.

Sobre a Veja:

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[...]No dia 24 de janeiro de 2008, o diretor de redação de Veja, Eurípedes Alcântara, proferiu palestra para os alunos do Curso Abril de Jornalismo.

Cobrado pela capa das FARCs, explicou o que a revista fez:

"A Veja disse que a Abin estava investigando. Não disse que Lula recebia de guerrilheiros. Isso é uma interpretação".
[...]

https://sites.google.com/site/luisnassif02/intocavel2

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https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1703200513.htm
Em reunião fechada com parlamentares, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Armando Félix, e o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, confirmaram ontem a existência de um documento oficial que registra uma promessa de doação de US$ 5 milhões para a campanha presidencial, em 2002, que seria feita pelas Farc, grupo guerrilheiro colombiano ligado ao narcotráfico.
O documento, registrado com o número 0095, é de abril de 2002 e integra os arquivos da Abin. Segundo Félix e Mauro Marcelo, seria esse o único registro, entre os 200 relacionados às Farcs e guardados na Abin, que faz menção a contribuições eleitorais.
[...]
Segundo Félix e Mauro Marcelo contaram a deputados e senadores em reunião da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional, a Abin não aprofundou as investigações na época porque não teria encontrado elementos contundentes para fazê-lo. Mais do que isso, em se tratando de um órgão de Estado, a Abin teria se preocupado com o possível uso eleitoral do informe 0095.
"Eles nos disseram que o informe não tinha credibilidade e que havia o temor de que pudesse causar algum dano ao candidato da oposição [Luiz Inácio Lula da Silva, que disputava a Presidência com o tucano José Serra na eleição de 2002]. Como a Abin seria um órgão de Estado e não de governo, o documento foi arquivado", afirmou o senador Demóstenes Torres (PFL-GO).
Ainda conforme Demóstenes, o general e o delegado disseram não ter condições de fornecer mais elementos sobre o caso porque, à época, não ocupavam os cargos pelos quais respondem hoje. Consequentemente, não teriam mais informações. Na época, quem respondia pelo GSI era o general Alberto Cardoso e pela Abin Marisa Del'Isola, que serão ouvidos pela comissão em data ainda a definir, conforme requerimento aprovado na reunião de ontem.[...]





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A questão da falsidade dos relatos nos documentos da Abin foi contestada pelo espião da Abin citado no documento e mais dois funcionários da agência. Ele alegou que presenciou a reunião como infiltrado na festa e gravou a promessa de doação de Medina em fita. Veja procurou os três e conseguiu confirmar a história.

Ou, a Veja confirmou certas declarações, que, por sua vez levam a certas interpretações, que, o próprio editor da Veja diz não serem necessariamente fatos.

Citação de: ABIN
Citação de: Veja
Os microfones vão ser ligados
Congresso aprova convocação de três envolvidos no caso Farc-PT

Na semana passada, a comissão do Congresso encarregada de fiscalizar o setor de inteligência do governo resolveu entrar no caso Farc-PT. Há quatro semanas, o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vem garantindo que jamais investigou a suspeita de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teriam dado 5 milhões de dólares à campanha eleitoral do PT em 2002. A versão da Abin, de que ouviu apenas um "boato" e nem lhe deu importância, já foi desmentida

A ABIN NÃO FOI DESMENTIDA, A ABIN PROVOU TÉCNICAMENTE QUE OS DOCUMENTOS EXIBIDOS NÃO FORAM PRODUZIDOS PELA AGÊNCIA.


Citação de: Veja
por um ex-agente da agência, o coronel Eduardo Ferreira, que trabalhou sete anos na Abin e esteve envolvido com a investigação. Também foi desmentida por um espião da agência que trabalha infiltrado no movimento sindical em Brasília. O espião contou que elaborou dois relatos sobre o caso. O coronel Ferreira, por sua vez, conta que a investigação da Abin durou mais de um ano, gerou dezenas de relatórios, gravações de áudio e vídeo.

NA ABIN NÃO EXISTE FOTO E/OU GRAVAÇÕES DE ÁUDIO E VÍDEO SOBRE OS FATOS ALEGADOS.


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O coronel vai mais longe: diz que os investigadores encontraram três ordens de pagamento com indícios de que 1 milhão de dólares teriam de fato entrado no Brasil.

A AFIRMATIVA DE QUE "ENCONTRARAM TRÊS ORDENS DE PAGAMENTO" É FALACIOSA. A ABIN NÃO TEM CONHECIMENTO DESSES DOCUMENTOS.

[...]

http://www.ojornalista.com.br/news1.asp?codi=1041

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http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2005-03-18/abin-apresenta-provas-de-que-documentos-ligando-farc-ao-pt-sao-falsos

[...] O general atribuiu à imprensa o que chamou de "mistura" entre o documento que traz o "boato" sobre a doação das Farc, guardado nos arquivos da agência, com os outros divulgados pela mídia. "Misturaram os dois, o que gerou notícia na Veja e nos editoriais", ressaltou. Além das informações divulgadas pela revista Veja, na semana passada o deputado Alberto Fraga (PTB-DF) apresentou em duas redes de televisão cópia do documento que teria sido produzido pela Abin com a denúncia de doação das Farc ao PT.

A agência não teve acesso ao documento apresentado pelo deputado, que também deu origem à reportagem produzida pela revista Veja. Segundo o diretor-geral da Abin, delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, a agência digitalizou as imagens do documento divulgadas pelo deputado Alberto Fraga nas emissoras de TV e comprovou que não foi produzido pela Abin. "Temos uma série de normas para a redação dos nossos documentos. A data tem posição específica, utilizamos caixa alta para algumas informações, e o documento não está no nosso padrão. Essas informações permitem à Abin dizer que esse documento não foi produzido pela agência", garantiu o diretor-geral do órgão.

Líderes do governo e da oposição pediram ao presidente da Comissão, Cristovam Buarque (PT-DF), que solicitasse ao deputado Alberto Fraga cópia do documento para que pudesse ser analisado pela Comissão. Cristovam Buarque atendeu ao pedido dos parlamenteres, mas o deputado se recusou a entregar o documento à Comissão Mista. "Eu vou entregar toda a documentação, mas em uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI seria o caminho correto, até mesmo para inocentar o PT se ele for inocente. Não vai ser dando declarações numa Comissão que não tem força para ouvir as pessoas que nós vamos resolver", afirmou Fraga.

A recusa do deputado gerou discussões entre os parlamentares na tentativa de espaço para comentar a postura de Alberto Fraga. "O senhor está escondendo documentos importantes. Eu vou analisar se temos instrumentos jurídicos para requerê-los", afirmou Cristovam Buarque. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse ser fundamental a apresentação dos documentos como forma de garantir a própria credibilidade do deputado. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) acusou Alberto Fraga de estar cometendo "irregularidades" ao decidir esconder o documento. [...]



Citar
[...]
Segundo a revista:

O coronel diz que, nos arquivos da Abin, há gravações em áudio das promessas das Farc de ajudar o PT e, também, cópias das três ordens de pagamento.

Comentei no capítulo:

Com acesso à fonte, por que a revista não exigiu a apresentação das cópias - ainda que sob o compromisso de não publicá-las? Qual a razão para não ter ido atrás do elemento que não apenas consolidaria a capa, como seria o grande furo da reportagem?

De fato, tudo não passou de uma grande interpretação, com direito a capa.

O que chama a atenção é que na matéria seguinte, em que procurava justificar o factóide, a revista se valeu de quem? Do senador Demóstenes Torres, o mesmo que aparece no suposto grampo da conversa com Gilmar Mendes. Clique aqui.

Na semana passada, o espião do caso Farc disse que está disposto a contar tudo o que sabe no Congresso, desde que seu depoimento seja tomado em reunião fechada. Diante dessa possibilidade, VEJA consultou o senador Demostenes Torres, do PFL de Goiás, membro da comissão que apura a história. O senador disse que, publicada a reportagem da revista, faria o pedido para ouvir o espião. Disse também que convocaria o coronel Ferreira. Diz o senador: "As declarações dos dois, se confirmadas, revelam que a Abin compareceu à comissão do Congresso e ocultou a verdade dos parlamentares. É grave". É grave mesmo.

A matéria não teve suíte, não teve continuação, não teve inquérito. Era falsa.

No dia 24 de janeiro de 2008, o diretor de redação de Veja, Eurípedes Alcântara, proferiu palestra para os alunos do Curso Abril de Jornalismo.

Cobrado pela capa das FARCs, explicou o que a revista fez:

"A Veja disse que a Abin estava investigando. Não disse que Lula recebia de guerrilheiros. Isso é uma interpretação".

[...]

https://sites.google.com/site/luisnassif02/intocavel2




Citar
A reclamação de Aloísio Mercadante sobre isso ser “calúna” e pseudodenúncia por ser baseado em dados secretos é ridícula. A confidencialidade foi uma pré-condição para a equipe de Veja ter acesso aos documentos e pessoas (as testemunhas obviamente correriam riscos semelhantes às testemunhas-vítimas do caso Celso Daniel). Se Mercandante ficou tão estarrecido com a “calúnia”, e esta é crime, então por que ele ou o PT não processou a Veja devido à reportagem de capa? (Uma dica para a resposta… Se o PT processasse a Veja, a última possivelmente teria o direito a quebra de sigilos protegidos por princípios jurídicos de privacidade para provar a inocência; Reinaldo Azevedo chegou a desafiar publicamente o PT a processá-lo ao comentar a reportagem em tom acusatório).

Ou seja, não só a ausência de provas (admitida pela(s) revista(s)) é prova, como não ter havido qualquer processo... que só poderia provar que é tudo verdade. A menos que houvesse ainda outra camada de acobertamento, claro.

Ainda assim, todo o tempo, tudo se refere a apenas ligações entre indivíduos do PT e outros partido, e às FARC (na maior parte do tempo, ligações abertamente reconhecidas pelos envolvidos), e não sobre o FSP como mega-organização criminosa assustadora.
 

Citar
Alguns anos mais tarde, o próprio Medina deu suporte ao relato do espião da Abin sobre a doação multimilionária ao ser beneficiado com status de refugiado político com ajuda de lobby do PT e ter conseguido emprego para sua esposa no Ministério da Pesca de Dilma por motivos políticos. Isso foi sugerido pelos e-mails de Raúl Reyes divulgados pela revista Cambio. Ah, esse mundo de coincidências fabulosas.Também deve ser coincidência o fato de o PT SEMPRE ter recusado a nomear a FARC como organização narcoterrorista, Lula ter sugerido, ainda em 2009, que não há problema em um membro da quadrilha concorrer às eleições presenciais.

Não há qualquer "coincidência fabulosa" em um governo com membros simpáticos às FARC darem proteção a interlocutores/membros e parentes, e isso contudo não prova aquilo que as publicações também afirmam não ter provas, a doação de 5 milhões através de 300 empresários depois de uma rota bastante tortuosa. Tampouco que as FARC sejam uma mega-organização criminosa que domina a America do Sul, e daí por diante até ONU e Soros, se for o caso.

Também é simplesmente natural e nada surpreendente que este governo fosse ainda menos provável que o antecessor de classificar como terrorista a organização, se buscava influenciar para soluções pacíficas/democráticas (como o anterior). Calha das FARC terem eventualmente se tornado um partido colombiano atualmente, o que me parece preferível à continuidade de suas ações como terroristas.

Em compensação, talvez com o Brexit, o IRA volte a ser terrorista, para o agrado dos que preferem que esses grupos tenham essa rota de atuação.

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1736 Online: 26 de Agosto de 2018, 18:15:32 »

Quer argumentos desse vídeo seriam certos ou errados desse vídeo sobre Ciro Gomes e SPC


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Offline -Huxley-

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1737 Online: 27 de Agosto de 2018, 23:32:17 »
1- Como já foi demonstrado nos meus posts, algumas assertivas factuais sobre atitudes do PT perante a FARC envolve absurdo antiético (ex.: oferecer lobby ou proteção política para bloquear punição de crime de narcoterrorista no exterior), e isso, em um importante sentido, por si só já configura crime, independentemente do que a lei diga. Não é a ética que tem que se adaptar a lei, mas sim a lei que tem que se adaptar a ética (e como mostra a doutrina jurídica, mesmo a lei sempre pode ser interpretada à luz do que for mais favorável à ética). Isso já é suficiente como demonstração de existência de crime e ponto final.

2- Tem-se repetindo incessamente o “isso não prova o crime”, mas em nenhum momento foi contra-argumentado eficazmente que não houve indício(s) que permitiria(m) abertura ou aprofundamento de investigações. O gerenciamento de risco na área jurídica obrigatoriamente deveria ser no sentido de prevenir omissões com consequências potencialmente catastróficas, como a que envolveria a conexão criminosa entre um partido legal com alta influência na esfera da política federal e um grupo narcoterrorista internacional influente. Quando há consequências potencialmente catastróficas, mesmo um ativismo paranóico investigativo perante qualquer probabilidade não-negligenciável se justifica. Portanto, é somente um escapismo sofista referir-se a uma “necessidade de presença de evidências totais, e não apenas parciais” para a abertura ou aprofundamento de investigações.

3- No caso PT-FARC-Abin, a equipe de Veja JAMAIS DISSE que “não tinha provas”. O que aconteceu foi somente que Veja teve acesso a seis documentos da pasta da Abin sob a condição de não reproduzi-los (e suponho que mostrar cópia autenticada por tabelião entra no conceito de "reprodução"; e, agora que vi as duas reportagens de Veja na íntegra, percebi que a revista, em ambas, não diz que as cópias de Fraga eram verdadeiras). Mas tais papéis não foram as únicas evidências a que eles tiveram acesso, existiram também as testemunhas que trabalharam na investigação da Abin, incluindo o espião que ouviu a promessa de doação de Medina e o seu superior, o Coronel Eduardo Rodolfo Ferreira, que foi uma testemunha identificada pelo nome (o espião não pode revelar a identidade, pois estava na ativa na época). Numa reportagem da Veja entitulada “Eles sabem de tudo”, foi dito que o espião e o Coronel Eduardo Rodolfo Ferreira disseram que os documentos não eram simplesmente dados abandonados pela agência, por falta de provas ou consistência, como quis fazer supor o General Félix. O espião disse que a Abin considerou a história tão importante que o seu superior da época (o coronel) chegou a sugerir que ele se dedicasse só à espionagem deste caso. Portanto, o Coronel Félix não contou toda a verdade para a comissão de deputados e senadores, no mínimo. Ademais, ainda sobre o coronel Eduardo, tem-se isso:

Citar
O coronel contou que, com a ajuda do setor de inteligência da polícia federal, a Abin obteve três ordens de pagamento, somando cerca de um milhão de dólares com indícios de que se tratava de parte do dinheiro das Farcs para o PT. "Não podemos afirmar que era o dinheiro da guerrilha mesmo. Eram indícios. Indícios fortes, mas a investigação parou quando o PT ganhou as eleições"

Todos os desmentidos de pessoas identificadas nas reportagens contrárias vieram de funcionários nomeados por Lula, portanto, vieram de possíveis ou prováveis lacaios do governo petista. O mesmo se poderia dizer do porta-voz oficial da Abin na internet.

Ademais, não há nada de estranho no silêncio da possível equipe restante da Abin que investigou o caso, já que denunciar crime de membros de partido influente na política federal não é “almoço grátis” em termos de risco (as testemunhas do caso Celso Daniel que estão cemitério que o digam), especialmente quando existiu a possibilidade de torcer de longe pegando a carona na coragem de outros que se dispuseram a testemunhar.

Obviamente, há hipóteses divergentes baseado em grupos antagônicos de testemunhas, mas somente a hipótese que aceita a veracidade do testemunho dos funcionários da Abin que investigaram a relação PT-FARC em 2002 tem o poder explicativo para tornar compreensível porque um partido vai ter a atitude pública desgastante de esforçar-se para que um criminoso narcoterrorista não pague pelos seus crimes no exterior. Já a hipótese alternativa, não explica isso e ela será comentada no item 4 deste psot.

Por fim, Buckaroo fez o uso, pela enésima vez, do pífio apelo à autoridade da falta de processo como evidência de ausência de evidência, varrendo para debaixo do tapete as evidências de incompetência das autoridades jurídicas, coisa que permeia intertemporalmente o passado jurídico brasileiro (vide o caso da impunidade e complacência omissiva na investigação de Lula no caso do mensalão). Camada de acobertamento deliberado além da que existe na instituição aparelhada petista nem sempre é uma necessidade explicativa. Isso acontece porque os fenômenos psicológicos de viés da prova social, group thinking e a falta de coragem “racionalizada como prudência” de uma minoria encarregada de desafiar adversários populares e poderosos também podem gerar uma “burrice (quase) consensual” que ocasiona uma falta de processo.

4- Ah, então quer dizer que não é uma coincidência fabulosa um governo com membros simpáticos às FARC darem proteção a interlocutores/membros e parentes? Então, vejo aqui a infinita inocência de acreditar na inverossímil hipótese de que um partido se empenharia na atitude pública desgastante de se esforçar na proteção de impunidade a um narcoterrorista sem haver uma contrapartida de um “toma lá, dá cá”. Por que digo “atitude pública desgastante”? Na própria reportagem de capa da Veja em 2005, o secretário de Relações Internacionais do PT da época, Paulo Ferreira, e o Aloísio Mercadante, reconhecem algo que sugere que defender a FARC é custoso e desgastante. O primeiro já disse que as relações PT-FARC não são amistosas: “Ao contrário. Hoje, nós temos conquistado o ódio da Farc” e “Não há interesse em manter relações com um grupo belicista que, entre outras coisas, usa métodos como o sequestro de civis.” Ferreira disse que a posição do secretário de Relações Internacionais do PT não é unanimidade. Sobre o comitê que apoia as ações da Farc que é integrado e dirigido por militantes do PT, o secretário da época disse: “Essas ligações existem à revelia do partido. Posso dizer que são até criminosas”. Mercadante, na mesma reportagem, diz: “A guerrilha representa tudo que abominamos em termos de política. Não se pode esquecer que o PT já nasceu em oposição à luta armada”.

Em resumo, os crentes de coincidências fabulosas querem nos fazer acreditar em algo análogo à história hipotética de um partido legal que faz lobby para que um membro do Comando Vermelho não pague por seus crimes sem que tal partido receba uma contrapartida estilo “toma lá, dá cá” do narcotráfico, e sendo que já houve um depoimento de espião da Abin que já sugeriu a relação perigosa.

E ainda me vem com essa estória da carochinha de que o PT poderia acreditar que a impunidade de Olivério Medina pudesse ser um ponto de virada na resolução da guerra civil na Colômbia. A respeito disso, digo o seguinte. Trocar impunidade de crimes hediondos e risco para a segurança brasileira por uma esperança de uma negociação dúbia de narcoterroristas com o governo colombiano por si só já é uma atitude criminosa, independentemente do que o PT diga que acredite. Ademais, somente um grau avançado de demência não permite reconhecer, para qualquer um que se aprofundou em investigar o assunto, o extremo perigo para a segurança nacional de abrigar um narcoterrorista de uma quadrilha que tinha tentáculos muito influentes no Brasil na década de 2000. Como escreveu Reinaldo Azevedo no artigo “AS FARC NO BRASIL, E OLIVÉRIO MEDINA, UM CHEFE”, o jornal colombiano El Tiempo mostrou, com farto material publicado, que, em 2008, a Farc não só tinha 400 grupos espalhados em 7 países da América Latina, mas também que a principal estratégia dos terroristas era enviar representantes que ganham status de refugiados políticos. Medina era reconhecido por trocar cocaína por armas e também por fazer recrutamento de simpatizantes. É claro que os crentes de coincidências fabulosas vão dizer que o PT nada sabia disso, e que não faziam sequer ideia de qualquer risco grave no abrigo de um narcoterrorista de uma influente e internacional quadrilha. Segundo esse raciocínio, o PT seria um grupo de dementes inocentes, a despeito de toda inteligência maquiavélica que já demonstrou para ser um mal extremamente influente na política brasileira. Dá para acreditar nisso? Ah, dá licença.
« Última modificação: 28 de Agosto de 2018, 20:43:28 por -Huxley- »

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1738 Online: 28 de Agosto de 2018, 20:45:51 »


Vídeo atrasado, esqueci de postar na época:


Ladrão de bitcoins foge da Islândia no mesmo voo da primeira-ministra

Na Islândia, um país onde pessoas costumam deixar porta das casa abertas sem medo de furtos e roubos, um cara roubou Bitcoins e ainda escapar.
pois é, não só Brasil que tem ladrão até menos violento e criminoso do mundo, acontece. E ainda roubaram Bitcoins (moeda virtual, que muitos falam ser mais segura), o mascote dos anarco-capitalistas. se a moda pega e chega Brasil  aqui pode virar escola (se não for algo tecnicamente muito complicado)...   

Sindri Stefansson é protagonista de uma das mais insólitas fugas. As autoridades acreditam que está já na Suécia, onde chegou a bordo do avião em que também viajava a primeira-ministra da Islândia

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Offline Gigaview

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1739 Online: 29 de Agosto de 2018, 23:35:50 »
Manifestação da TFP em São Paulo. É melhor "jair" se acostumando.

Que Nossa Senhora de Fátima nos proteja da agenda homossexual.

« Última modificação: 29 de Agosto de 2018, 23:39:25 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1740 Online: 01 de Setembro de 2018, 22:55:49 »
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Offline Gigaview

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1741 Online: 01 de Setembro de 2018, 23:20:07 »
Amoedo com camisa vermelha???//???? Entrevistando????/???????// /Só pode ser fake...
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Lorentz

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1742 Online: 02 de Setembro de 2018, 00:08:16 »
Amoedo com camisa vermelha???//???? Entrevistando????/???????// /Só pode ser fake...

A camisa é laranja, mais escura.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1743 Online: 02 de Setembro de 2018, 13:48:00 »
Eles vão passando gradualmente por vários tons  de laranja até chegar no vermelho sem ninguém perceber, se valendo de cegueiras cognitivas para implementar o neo-comunismo de livre-mercado da Agenda 2666 da ONU.

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É assim que Satanás conquista a mente dos incautos.

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1744 Online: 02 de Setembro de 2018, 18:03:47 »


Quem acompanha esse Antagonista sabe que alinhamento ele tem? Liberal, Conservador, centro?

Postaram um link sobre Amoedo com isso:

Partido Novo pede ao TSE que juízes eleitorais tenham poder de polícia contra ‘fake news’

https://www.oantagonista.com/internet/partido-novo-pede-ao-tse-que-juizes-eleitorais-tenham-poder-de-policia-contra-fake-news


Offline Gauss

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1745 Online: 02 de Setembro de 2018, 22:20:11 »


Quem acompanha esse Antagonista sabe que alinhamento ele tem? Liberal, Conservador, centro?

[...]

Anti-PT e anti-esquerda socialista, sem uma preferencia específica declarada por algum candidato de centro, centro-direita e direita.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Geotecton

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1746 Online: 03 de Setembro de 2018, 00:54:43 »
O PT colocou no ar uma propaganda com a imagem do Lula, contrariando o TSE?
Foto USGS

Offline Gigaview

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1747 Online: 03 de Setembro de 2018, 01:16:09 »
O PT colocou no ar uma propaganda com a imagem do Lula, contrariando o TSE?

Sim, mas foi autorizado até segunda. O material tinha sido enviado na sexta antes do resultado do julgamento. A partir de terça o presidiário desaparece como candidato.
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Offline JJ

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1748 Online: 03 de Setembro de 2018, 11:03:26 »


TSE VETA PROPAGANDA ILEGAL DE LULA


Brasil  03.09.18 09:30

A primeira liminar do Novo contra o PT foi deferida pelo ministro Luís Felipe Salomão.

O PT terá de pagar uma multa de 500 mil reais para cada propaganda ilegal veiculada no rádio.



https://www.oantagonista.com/brasil/tse-veta-propaganda-ilegal-de-lula/

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #1749 Online: 03 de Setembro de 2018, 14:24:31 »
Lula já filmou também, antes da prisão, propagandas dentro da hipótese de que Haddad tivesse que ser o candidato?

Nem precisava de ser scripts inteiros diferentes, só cenas finais/pontuais alternativas, "por isso, vote em mim", trocado por "por isso, vote no Haddad", e depois se adapta tudo na edição.

 

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