Autor Tópico: Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo  (Lida 24621 vezes)

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Offline Lorentz

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #350 Online: 29 de Janeiro de 2016, 13:50:13 »
Se na versão otimista/realista o Aécio é o próximo presidente, salve-se quem puder.

Prefere quem? Temos algum Macri?
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Offline Cumpadi

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #351 Online: 29 de Janeiro de 2016, 14:03:59 »
Se na versão otimista/realista o Aécio é o próximo presidente, salve-se quem puder.

Prefere quem? Temos algum Macri?
Não sei muito bem como é o Macri ou o que faria, mas não precisa ser um gênio para saber que o PSDB e o PT tem os mesmos objetivos, os mesmos discursos e as mesmas ações na prática. Mantenho o que disse antes: em época de hiperinflação qualquer partido dá um jeito de fazer um plano real (apesar de que provavelmente o PT seria incompetente demais para isso), mas logo as coisas melhoram, voltam a fazer as mesmas cagadas.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Lorentz

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #352 Online: 29 de Janeiro de 2016, 14:15:35 »
Eu tenho medo de ficar criticando a oposição, porque o principal objetivo atualmente é tirar o PT do poder para que o país pare de piorar.

Eu não tenho dúvidas que qualquer um dos atuais candidatos ajudaria a melhorar a situação atual caso fosse eleito. Os empresários e demais investidores são quem dizem isso.

Como dizem por aí, não podemos tornar o "bom" inimigo do "ótimo" (mesmo o "bom" sendo algo minimamente aceitável).

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #353 Online: 29 de Janeiro de 2016, 14:22:09 »
Acho que está mais para tornar o "ruim, ainda assim o melhor* que se tem " inimigo do "pior".


* ou "menos pior" para o clássico anti-eufemismo. Disfemismo?


É mesmo. Etimologia rulez.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Disfemismo

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #354 Online: 29 de Janeiro de 2016, 14:22:31 »
Há algum meio de evitar que o governo crie mais impostos para compensar a "perda" de arrecadação provocada pela recessão?

Tipo...o governo arrecada 2 trilhões, mas a economia retraiu e ele só arrecadou 1,5 trilhão. Tem como impedir que essa praga aumente impostos para "repôr" esses 500 bilhões?



Uma boa ideia seria colocar um limite constitucional para a tributação em termo de relação carga tributária/PIB.   Digamos, por exemplo, 20% (ou 15%).




Offline DDV

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #355 Online: 29 de Janeiro de 2016, 14:28:10 »
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/rombo-nas-contas-publicas-soma-r-111-bilhoes-em-2015-maior-da-historia.html


Quando disseram que Dilma faliu uma loja de 1,99, ninguém imaginava que iria fazer igual com o país inteiro.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Dr. Manhattan

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #356 Online: 29 de Janeiro de 2016, 15:05:08 »
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/rombo-nas-contas-publicas-soma-r-111-bilhoes-em-2015-maior-da-historia.html


Quando disseram que Dilma faliu uma loja de 1,99, ninguém imaginava que iria fazer igual com o país inteiro.

É, Dilma superou as minhas piores expectativas. Acho que nunca houve um presidente que fez tanta c&%#da na economia como ela. Só o Collor chegou perto.
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Alan Watts

Offline Lorentz

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #357 Online: 29 de Janeiro de 2016, 16:33:15 »
http://rodrigoconstantino.com/artigos/dilma-nos-pedimos-encarecidamente-que-voce-renuncie-e-va-para-cuba-que-te-pariu/

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DILMA, NÓS PEDIMOS, ENCARECIDAMENTE, QUE VOCÊ RENUNCIE E VÁ PARA A CUBA QUE TE PARIU!



Leandro Ruschel fez um comentário cirúrgico sobre o “pedido” da presidente Dilma, muito “carinhoso”, para que ajudemos seu governo a avançar mais ainda sobre nossos bolsos:

Dilma Rousseff, aquela que enganou boa parte dos brasileiros, que não abre mão de todos os luxos que o cargo oferece, com diárias de dezenas de milhares de reais, voos de helicópteros de 5 minutos que poderiam ser feitos de carro e comitivas gigantes para rasgar dinheiro do contribuinte quer que você pague mais impostos.

Dilma, que jogou o país no abismo econômico ao gastar mais do que poderia, fraudando as contas públicas para ninguém perceber e ela conseguir ganhar a eleição agora quer que você pague a conta.

Dilma, a presidente que vive na década de 60 e acredita num modelo comunista que nunca deu certo, quer continuar apostando no centralismo econômico e você tem que pagar a conta.

Dilma, a mulher que mandou bilhões para os ditadores comunistas amigos agora quer que você pague a conta. Os mesmos ditadores que destruíram os seus países…

Dilma, a senhora que representa um partido que mais parece uma quadrilha, como os seus mais importantes quadros presos ou investigados por roubar bilhões da Petrobrás, dos Fundos de Pensão, do BNDES, de outras estatais e entidades públicas e privadas agora quer que você pague a conta da ladroagem.

Dilma, aquela que mantém milhares de cargos desnecessários e não os corta para comprar políticos e evitar o Impeachment quer que você pague a conta.

Dilma, o poste plantado por Lula para manter o seu projeto chavista de poder quer mais dinheiro para continuar destruindo as instituições e acabar de vez com o país.

Dilma, nós não pedimos encarecidamente que você renuncie porque sabemos que você não tem consciência e muito menos caráter para fazer isso.

NÓS EXIGIMOS QUE VOCÊ SAIA DO CARGO QUE OCUPA DE FORMA ILEGÍTIMA E ILEGAL!

Para que assim finalmente possamos reconstruir o Brasil.

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #358 Online: 29 de Janeiro de 2016, 16:52:47 »
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Do ‘Aedes aegypti’à tsé-tsé
FERNANDO GABEIRA*

29 Janeiro 2016 | 02h 55

A crise brasileira é um fato internacional. Dentro dos nossos limites, estamos puxando a economia mundial para baixo. Nossa queda não impacta tanto quanto a simples desaceleração chinesa. Mas com alguma coisa contribuímos: menos 1% no crescimento global.

Na crise da indústria do petróleo, com os baixos preços do momento, o Brasil aparece com destaque. Cerca de 30% dos projetos do setor cancelados no mundo foram registrados aqui, com o encolhimento da Petrobrás. Dizem que os brasileiros eram olhados com um ar de condolências nos corredores da reunião de Davos. Somos os perdedores da vez.

Diante desse quadro, Dilma diz-se estarrecida com as previsões negativas do FMI. Quase todo mundo está prevendo uma crise de longa duração e queda no PIB. Centenas de artigos, discursos e relatórios fortalecem essa previsão. Dilma, se estivesse informada, ficaria estarrecida por o FMI ter levado tanto tempo para chegar a essa conclusão. Ela promete que o Brasil volta a crescer nos próximos meses. No mesmo tom, Lula declarou aos blogueiros amestrados que não existe alma viva mais honesta do que ele. Não é recomendável entrar nessas discussões estúpidas. Não estou seguro nem se o Lula é realmente uma alma viva.  ( :lol: )

A troca de Levy por Barbosa está sendo vista como uma luta entre keynesianos e neoliberais. Pelo que aprendi de Keynes, na biografia escrita por Robert Skidelsky, é forçar um pouco a barra acreditar que sua doutrina é aplicável da forma que querem no Brasil de hoje. É um Keynes de ocasião, destinado principalmente a produzir algum movimento vital na economia, num ano em que o País realiza eleições municipais. É o voo da galinha, ainda que curtíssimo e desengonçado como o do tuiuiú.

O Brasil precisa de uma década de investimentos vigorosos, para reparar e modernizar sua infra. Hoje, proporcionalmente, gastamos nisso a metade do que os peruanos gastam.

O governo não tem fôlego para realizar essa tarefa. Isso não significa que não haja dinheiro no Brasil ou no mundo. Mas são poucos os que se arriscam a investir aqui. Não há credibilidade ((a mulher mente compulsivamente)). O populismo de esquerda não é uma força qualquer, ele penetra no inconsciente de seus atores com a certeza de que estão melhorando a vida dos pobres. E garante uma couraça contra as críticas dos que “não querem ver pobre viajando de avião”.

Em 2016 largamos na lanterna do crescimento global. Dilma está estarrecida com isso e a mais honesta alma do Brasil diz “sai um lorde Keynes aí” como se comprasse cigarros num botequim de São Bernardo do Campo.

Aos poucos, o Brasil vai se dando conta da gravidade da epidemia causada pelo Aedes aegypti. Gente com zika foi encontrada nos EUA depois de viajar para cá. As TVs de lá martelam advertências às grávidas. Na Itália quatro casos de contaminação foram diagnosticados em viajantes que passaram pelo Brasil. O ministro da Saúde oscila entre a depressão e o entusiasmo. Ora exagera o potencial das campanhas preventivas, ora reconhece de forma fatalista que o Brasil está perdendo feio a guerra para o mosquito. Com nossa estrutura urbana, é quase impossível acabar com o mosquito. Mas há o que fazer.

Não se viu Dilma estarrecida diante da epidemia. Nem a mais honesta alma do Brasil articulando algo nessa direção. Solução que depende do tempo, a vacina ainda é uma palavra mágica.

No entanto, estamos nas vésperas da Olimpíada. Os líderes que a trouxeram para o Brasil, nos tempos de euforia, quase não tocam no assunto; não se sentam para avaliar como nos degradamos e como isso já é percebido com clareza lá fora.

A Economist publica uma capa com Dilma olhando para baixo e o título: A queda do Brasil. Na economia, área em que as coisas andam mais rápidas, não há mais dúvidas sobre o fracasso.

A segunda maior cidade do Rio, Estado onde se darão os Jogos, simplesmente quebrou. Campos entrou em estado de emergência econômica, agora que os royalties do petróleo parecem uma ilusão de carnaval.

O problema dos salvadores do povo é que não percebem outra realidade exceto a de permanência no poder. Quanto pior a situação, mais se sentem necessários. Os irmãos Castro acham que salvaram Cuba e levaram a um patamar superior ao da Costa Rica, por exemplo. O chavismo levou a Venezuela a um colapso econômico, marcado pelas filas para produtos de primeira necessidade, montanhas de bolívares para comprar um punhado de dólares. Ainda assim, seus simpatizantes dizem, mesmo no Brasil, que a Venezuela está muito melhor do que se estivesse em mãos de liberais.

O colapso, a ruína, a decadência, nada disso importa aos populistas de esquerda. Apenas ressaltam suas boas intenções e a maldade dos críticos burgueses, da grande mídia, enfim, de qualquer desses espaços onde acham que o diabo mora. O Lula tornou-se o símbolo desse pensamento. Na semana em que se suspeita de tudo dele, do tríplex à compra de caças, do petrolão às emendas vendidas, chegou à conclusão de que não existe alma viva mais honesta do que ele.

Aqueles que acreditam num diálogo racional com o populismo de esquerda deveriam repensar seu propósito. Negar a discussão racional pode ser um sintoma de intolerância. Existe uma linha clara entre ser tolerante e gostar de perder tempo. O mesmo mecanismo que leva Lula a se proclamar santo é o que move a engrenagem política ideológica do PT. Quando a maré internacional permitiu o voo da galinha, eles se achavam mestres do crescimento. Hoje, com a maré baixa, consideram-se os mártires da intolerância conservadora. Simplesmente não adianta discutir. No script deles, serão sempre os mocinhos, nem que tenham de atacar a própria Operação Lava Jato.

Considerando que Cuba é uma ditadura e a Venezuela chega muito perto disso com sua política repressiva, como explicar a aberração brasileira?

Certamente algum mosquito nos mordeu para suportarmos mentiras que nos fazem parecer otários. Não foi o Aedes aegypti. A tsé-tsé, quem sabe?

* FERNANDO GABEIRA É JORNALISTA

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #359 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 20:26:39 »
O caminhão carregado e sem freio continua descendo a ladeira...

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Um fracasso bilionário
Editorial

01 Fevereiro 2016 | 05h 00

Se um dia o governo Dilma Rousseff conseguir, como demagogicamente está prometendo, iniciar o programa de investimentos que chama de “novo PAC”, não é difícil de prever que será um fracasso. É isso que tem sido o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lançado em 2007, o PAC serviu para o então presidente Lula fazer de Dilma Rousseff, que era ministra-chefe da Casa Civil, a “mãe do PAC”. Relançado em 2010 com o nome de PAC 2, o programa transformou-se em bandeira da vitoriosa campanha presidencial da “mãe do PAC”. Mas os resultados práticos do programa são o oposto dos resultados eleitorais alcançados por seus criadores.

Embora o PAC tenha contribuído para assegurar a eleição e a reeleição de Dilma, apenas duas de suas dez maiores obras foram concluídas em nove anos, como mostrou reportagem do Estado (24/1). Atrasos constantes de obras, mudanças nos planos, revisão de projetos e gastos não previstos com desapropriações e exigências ambientais são citados pelo governo como fatores que elevaram os custos dos projetos. Na maioria dos casos, o que o PAC deixa claro é a falta de planejamento e de competência administrativa.

O PAC 2 incorporou os planos do anterior que não haviam sido concluídos, mas previa investimentos bem mais expressivos, de R$ 1,59 trilhão, o triplo do previsto para o PAC 1. Nem assim, porém, o programa foi executado com a eficiência e a rapidez prometidas.

A maior obra do programa, a Refinaria Premium 1, no Maranhão, é um exemplo perfeito de desperdício e falta de planejamento. Seria a maior refinaria de petróleo do mundo. Orçada em R$ 41 bilhões, o projeto consumiu R$ 2,1 bilhões, mas fez-se pouco mais que a delimitação do terreno. O projeto foi abandonado pela Petrobrás, por razões de mercado e, sobretudo, pela crise financeira em que a estatal mergulhou, por conta de outros programas mirabolantes que o governo do PT lhe impôs. Tudo foi agravado pelo escândalo de corrupção que vem sendo exposto pela Operação Lava Jato.

Os demais 9 projetos entre os 10 maiores do PAC foram orçados em R$ 60 bilhões e neles já foram gastos R$ 168 bilhões. Muito dinheiro ainda será empregado para terminar as obras em andamento.

Um dos projetos que não foram concluídos, o da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi orçado em R$ 5,6 bilhões, mas já custou R$ 35,7 bilhões. Esse valor crescerá, pois apenas 92% das obras e serviços foram executados. Auditoria do Tribunal de Contas da União constatou superfaturamento de R$ 1 bilhão em dois contratos. O projeto nasceu do interesse político do ex-presidente Lula de favorecer o governo da Venezuela, então chefiado pelo bolivariano Hugo Chávez. Mas a parceria com a Venezuela, por meio da estatal PDVSA, nunca se concretizou e a Petrobrás teve de arcar com todo o custo da obra.

Os resultados da execução do PAC desde seu lançamento só não são piores porque os números contabilizados pelo governo embutem um artifício que os infla. Eles incluem financiamentos habitacionais tomados pelos compradores de casa própria em bancos oficiais. Esses financiamentos representam 34% dos valores lançados como investimentos do PAC. Se a isso se acrescentarem os empréstimos subsidiados do programa Minha Casa, Minha Vida, chega-se a 40% do que foi computado no PAC. Ou seja, quase a metade do que o governo apresenta como investimento público é dinheiro que o cidadão utilizou para comprar sua casa.

Esses números deixam claro que o PAC não é um programa de expansão da infraestrutura, como tem sido alardeado, mas um plano habitacional em boa parte sustentado com recursos privados. “Os grandes financiadores do PAC são os cidadãos, que tomam empréstimos e vão pagá-los com juros”, observou o secretário-geral da organização não governamental Contas Abertas, que analisou e interpretou os dados divulgados pelo governo.

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #360 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 20:35:04 »
Cadê o fundo desse poço...  :susto:

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A Tempestade Perfeita
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016


PRELÚDIO
A expressão "tempestade perfeita" é um calque morfológico que se refere à situação na qual um evento, em geral não favorável, é drasticamente agravado pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, transformando-se em um desastre.

Não é novidade que vivemos a pior crise da história do país, desde que medimos a evolução do PIB, mas este pode ser apenas um suave prelúdio de uma derrocada que obliterará os fundamentos da economia Brasileira, que pode estar à beira da maior destruição de valor da história da incompetência gerencial.

Descrevo aqui uma possibilidade (probabilidade?) aterrorizante.

Os principais indicadores da saúde econômica que levam a esta conclusão são a saúde presente e o contingente futuro das contas do Estado, do Setor Produtivo, da Inflação e do TOTAL, COMPLETO E ABSOLUTO COLAPSO SOCIAL E ECONÔMICO DO BRASIL.

O ESTADO

As condições das contas públicas vai piorar  drasticamente, tornando o Estado em um peso ainda mais incarregável, por uma série de fatores factuais, contingenciais e da política pública escolhida. Até 2018 os fatores para isso não mudarão na ausência de um impedimento presidencial, alongando por mais, no mínimo, dois anos o período de queda livre no abismo econômico brasileiro. E isso fica claro na seguinte combinação:
·      Déficit persistente nas contas estatais (R$ 111 bi) – que toma sua forma mais perversa após o “drible” na lei de responsabilidade fiscal;
·      Preferência do Governo por regular as contas através de aumento de impostos – ao invés da redução dos gastos;
·      Dependência do Governo Federal da manutenção dos gastos em cargos “políticos” para manter apoio político e assim não sofrer impedimento;
·      Ausência de apoio político e/ou interesse em se fazer quaisquer reformas que poderiam gerar redução de gastos;
·      A futura queda do PIB, combinada com a crescente inadimplência piora ainda mais a situação, pois reduz a arrecadação sem reduzir os gastos.
Por isso, contamos hoje com uma  impagável dívida de aproximadamente R$ 2,79 TRILHÕES, que ainda sofre os juros básicos mais altos do mundo, combinada com uma arrecadação federal que se reduz devido à situação econômica, apesar dos aumentos de impostos.

O SETOR PRODUTIVO

As decisões dos governos federais dos últimos 12 anos culminou na inexorável exaustão da “gordura” que o Estado possuía. Essa foi a consequência lógica da escolha de sustentáculo econômico focado em aumento de consumo, ao invés de aumento de produtividade. Se o governo “dá” ao invés de “dar condições para fazer”, a mensagem é clara: ganha quem recebe, não quem faz. A competição foi pelos favores do Estado, direcionados aos “amigos do rei”, em detrimento de uma saudável competição por produtividade, gestando Behemuts no ventre de uma importante parcela das grandes empresas brasileiras. Estes Behemuts mastigaram seu caminho de dentro para fora, e agora começam a ver a luz. Tomam forma e se tornam públicos através dos maiores escândalos de corrupção da história.

Combinado com o (novamente) incarregável peso do Estado, que só faz aumentar, a perda de produtividade consequente do percurso político escolhido pelo Governo Federal, a Produção Interna Bruta do país vive um cenário assustador.

Dentre os maiores setores econômicos do país:
·      Construção quebrada, caindo aprox. 8% a.a.;
·      Indústria de transformação sucateando, caindo aprox. 8% a.a.;
·      Eletricidade, gás e água, em uma baixa histórica de aprox. 5% a.a.;
·      Minério de ferro sofrendo com a baixa de preços decorrente da diminuição da velocidade da economia chinesa;
·      Lava-jato no óleo e gás;
·      Dentro do agronegócio, o sucroalcooleiro ainda não se recuperou da canetada do Executivo federal que subsidiou o preço da gasolina, lá com suas 40 usinas em recuperação judicial.

A única coisa que ainda cresce é a exportação de commodities do agronegócio, que se sustenta com a alta do dólar – vivemos de exportar soja. Já vimos na crise do café em 1929, maior crise da história do país até a de hoje, o que acontece quando se aposta de forma exclusiva em exportação de commodities agrícolas.

A INFLAÇÃO

Com a derrocada quase onipresente do setor produtivo, o Estado, através das atitudes do novo ministro, aposta em expansão monetária, do crédito combinada com aumento de impostos.

A posição tomada é absoluta, total, inexorável e irremediavelmente inflacionária. Estamos falando de atitudes como:
·      Expansão monetária relativa através da segurada dos juros;
·      Relaxamento do crédito dos bancos Estatais (que hoje representam mais de 50% do crédito total da economia), tomando sua forma mais perigosa nos créditos fundamentados no FGTS, que não poderia mais servir como um colchão financeiro aos desempregados;
·      À baixa produtividade causada pelo sucateamento da indústria;
·      Aumento de impostos, transferidos ao consumidor;
·      A subida do dólar, decorrente de todos os demais itens também contribui fortemente para a inflação, pois torna os produtos importados mais caros de forma direta, e de forma indireta os nacionais, uma vez que as empresas remanescentes vão preferir exportar do que trabalhar no mercado interno.

Isso significa uma depreciação forçada do valor dos ativos e dos salários brasileiros, que terá uma combinação de duas consequências, o empobrecimento da população (estamos falando de 3,3 milhões de famílias de volta à pobreza decorrente da crise até o presente momento, e o número vem piorando rapidamente) e uma quebradeira geral de empresas que não poderão conseguir seguir pagando dissídios e aumentos nos custos trabalhistas em um mercado que compra menos, paga mal e a um Estado que estupra via DARFs, GPSs, GRFs, DAEs, DAMs e afins.

O TOTAL, COMPLETO E ABSOLUTO COLAPSO SOCIAL E ECONÔMICO DO BRASIL

O descontrole das contas públicas, que pode culminar na insolvência do Estado (considerado como “LIXO” pelas agências de risco), juntamente com a derrocada do setor produtivo que não mais aguenta o peso do Estado, fechando (pasmem) 191.000 empresas, colocará milhões e milhões de pessoas na pobreza.

Estas pessoas, pobres, desempregadas e sem recursos, que terão de pagar cada vez mais por menos, em decorrência da galopante inflação, precisarão de recursos do Estado para sobreviver. Mas o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi dado como garantia de empréstimos que afundarão ainda mais as contas familiares. Assim, o FGTS não poderá servir como colchão àqueles que perderam seus empregos.

Os pobres brasileiros não poderão recorrer à bancos públicos, que estarão descapitalizados, tampouco ao Governo Federal que, mesmo sem arcar com suas obrigações de repasses à prefeituras e pagamento de programas prometidos como o PAC, bandeira de campanha, já está absolutamente sem recursos e tentando aprovar orçamentos deficitários, que aumentarão a dívida, o tornando ainda mais deficitário.

Neste momento, com dezenas de milhões de pessoas na pobreza, inflação de dez dígitos, maior juros do mundo, Estado quebrado, setor produtivo sucateado, bancos públicos descapitalizados e à beira do colapso, Fundos de Garantia sem recursos e com dívidas, previdência em déficit, dólar batendo R$ 7, teremos o que?

Insolvência do Estado, invasão de fazendas produtivas e de bancos privados (últimos refúgios da prosperidade), proliferação de pragas e doenças pelo falimento do sistema de saúde, fome, revolução. Será uma revolução liberal que devolverá ao povo seu poder, ou será uma revolução socialista que dará cigarros ao moribundo paciente? Não sei.

Neste cenário, seremos a Venezuela, mas maior, mais pobre, sem petróleo para exportar e sem um Brasil para perdoar suas dívidas. Estaremos falando de uma catástrofe com dezenas de milhões de baixas, comparável às maiores guerras da história.

O impedimento do presente Governo Federal é uma questão de justiça, e de qual mensagem queremos mandar aos corruptos, e ao mundo sobre que país somos e que país queremos ser.

Mas não só isso.

É, também, uma questão de sobrevivência.

Como diria Jim:

“This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end”

“Este é o fim
Belo amigo
Este é o fim
Meu único amigo, o fim
Dos nossos planos elaborados, o fim
De tudo que resta, o fim
Sem salvação ou surpresa, o fim”

A matéria original possui diversos links que embasam as afirmações.

Offline Geotecton

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #361 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 20:44:40 »
E mais dois detalhes.

A nossa gigantesca dívida pública (que já bate próximo de 70% do PIB) aumentará de forma 'explosiva', se nada for feito para detê-la.

E não temos como produzir dinheiro sem gerar inflação, como faz o EUA.
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #362 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 20:46:17 »
Mas tenho a mais absoluta certeza que os petistas do fórum, todos estranhamente ausentes há muito tempo nos nossos debates sobre política e economia, poderão explicar com riqueza de detalhes que tudo isto que vivemos não passa de uma farsa produzida pela direita retrógrada.
Foto USGS

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #363 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 21:46:33 »
Cadê o fundo desse poço...  :susto:
....

A matéria original possui diversos links que embasam as afirmações.

Eu costumava encurtar isso com um "Voltaremos ao governo Sarney", não disseram nada diferente do que eu sempre disse aqui.

É que não entendo de economia mas explicava do meu modo, é só questão de ter um mínimo de bom senso para saber onde acaba.

Voltaremos ao governo Sarney.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #364 Online: 01 de Fevereiro de 2016, 21:49:09 »
E mais dois detalhes.

A nossa gigantesca dívida pública (que já bate próximo de 70% do PIB) aumentará de forma 'explosiva', se nada for feito para detê-la.

E não temos como produzir dinheiro sem gerar inflação, como faz o EUA.

Isso me lembra daqueles tópicos onde criticamos o aumento da dívida pública e o pessoal se contorcia para explicar que a dívida estava maior mas ao mesmo tempo menor em relação ao PIB e blá,blá, blá... e que o Lulla fazia milagres e era o fodão que tirou bilhões de miséria.

Taí o resultado.

Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #365 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 12:15:15 »


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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #366 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 12:50:09 »
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Governo faz manobra com recursos do BC para pagar pedalada, mostra estudo
Economistas dizem que o governo precisou de R$ 50 bilhões do Banco Central para quitar pedaladas,por meio de uma operação triangular: BC e Tesouro Nacional negam que o recurso foi usado para este fim, de modo irregular

Desde a virada do ano, economistas que acompanham as contas públicas dedicam artigos a um tema árido: descrever como o Banco Central estaria emprestando dinheiro para o Tesouro Nacional, o que é proibido por lei no Brasil, tanto pela Lei de Responsabilidade Fiscal quanto pela Constituição. Em dezembro, o tal repasse teria sido decisivo para quitar “pedaladas”, jargão usado para débitos protelados pelo Tesouro junto a bancos públicos e autarquias. O governo negou a estratégia, mas levantamento de um grupo de economistas ligados ao Senado, obtido pelo ‘Estado’, sustenta que a operação ocorreu.

Para eles, o remanejamento de R$ 50 bilhões do Banco Central foi indispensável para o governo fechar a conta e pagar as pedaladas.

A sutileza da operação está no fato de o pagamento não ter sido feito diretamente, mas numa triangulação. Utilizando duas Medidas Provisórias e quatro portarias, a maior parte emitida às vésperas das festas de final de ano, o governo remanejou uma série de recursos públicos. Isso foi preciso porque o dinheiro público é carimbado: tem destino certo e ano certo para ser gasto. Nesse tira daqui, coloca para lá, recursos de royalties de petróleo, preferencialmente dirigido à educação, e do Fistel, Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, por exemplo, ajudaram a cobrir o déficit da Previdência.

Também mudaram de destino cerca de R$ 54 bilhões que eram destinados ao pagamento da dívida pública em dezembro: R$ 21,1 bilhões que pagaram pedaladas saíram do colchão de liquidez, uma espécie de reserva estratégica do caixa público. Para a Previdência, foram transferidos R$ 11,7 bilhões de remuneração da conta única, e outros R$ 21,8 bilhões também do colchão de liquidez.

Assim, foi preciso, então, restituir o recurso destinado ao pagamento da dívida. Segundo os economistas que fizeram o levantamento, é nesse ponto que o dinheiro do BC foi indispensável. Repasses do BC ao Tesouro precisam ser obrigatoriamente usados no serviço da dívida. Em dezembro, o Ministério do Planejamento emitiu uma portaria incorporando R$ 103 bilhões de recursos do BC no orçamento. O Tesouro usou R$ 50 bilhões e recompôs o dinheiro destinado ao pagamento da dívida.

“O que a gente constatou é que pegaram o dinheiro do colchão de liquidez e pagaram as pedaladas; e para cobrir os juros e amortizações da dívida, que teriam te ser pagos com o do colchão de liquidez, eles usaram o dinheiro do Banco Central. Houve uma substituição de fontes de recursos”, diz Marcos Mendes, consultor legislativo do Senado, um dos integrantes do grupo que destrinchou o pagamento das pedaladas.

Procurado pela reportagem, o BC declarou em nota que havia sobra de recursos no colchão de liquidez, mas não negou a operação. O Ministério da Fazenda encaminhou a nota onde negou o uso do dinheiro do BC nas pedaladas, mas também não abordou a questão da triangulação, considerada a peça chave da operação.

“Não adianta: não há como negar que a contabilidade criativa e a pedalada ainda estão sendo usadas porque está tudo registrado”, diz Felipe Salto, assessor econômico do senador José Serra, que também participou do estudo. Leonardo Cezar Ribeiro, outro assessor do gabinete, seguiu o caminho do dinheiro para identificar o uso do recurso do BC. “As portarias, MPs e o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo, o Siafi, mostram a operação”, diz.

Também participaram do levantamento os economistas José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, e Marcos Köhler, também assessor de Serra. Os economistas também questionam a origem do dinheiro do Banco Central.

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-faz-manobra-com-recursos-do-bc-para-pagar-pedalada--mostra-estudo,10000015069

Tá chegando a hora, Dilma.
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Offline DDV

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #367 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 13:01:20 »
Até o sistema financeiro está em risco. Tá feia a coisa.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline MarcoPolo

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #368 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 22:23:13 »
Infelizmente, a crise está longe do fim.

E mesmo que a improvável queda de Dilma ocorra, não vejo líderes com idéias boas o suficiente nem um povo que tenha alguma visão consensual do que é melhor para ele.

Realmente não vejo perspectiva alguma.

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #369 Online: 07 de Fevereiro de 2016, 08:19:57 »
Governo Dilma na berlinda

Sexta, 06 de março de 2015, 00h00

Juacy da Silva

Segundo definição, berlinda é estar em foco, ser o foco das atenções, de forma negativa. Quando todos prestam atenção em alguém e a pessoa é foco de críticas. Isto é o que está acontecendo cada vez mais com o Governo Dilma neste início de segundo mandato. Envolta em suas contradições internas, principalmente pelo formato de condomínio que faz parte de sua sustentação política e parlamentar, que tem pessoas e partidos de todos os matizes ideológicos, de latifundiários, usineiros, banqueiros, enfim, representantes da elite econômica até ex-guerrilheiros, socialistas, trabalhistas, marxistas, trotsquistas, fascistas e também muitos incompetentes e oportunistas.

Com um time que mais se parece um ajuntamento de jogadores escolhidos sem nenhum critério, os quais jamais formam ou formarão uma equipe afinada e de primeira grandeza, além de um apetite voraz para poder ter a chave do cofre, o trabalho da técnica deste time de várzea (Dilma ) mesmo com a ajuda de seus conselheiros mais próximos, incluindo seu mentor ou tutor Lula, não tem sido nada fácil.

‘A semelhança de um Campeonato nacional de futebol, como time, o Governo Dilma está entre os piores, sujeitos ao rebaixamento para uma divisão inferior. Neste caso, a Diretoria do Time, com certeza, pressionado pelos torcedores (eleitores) que desejam melhores resultados, só teria um caminho: demitir a técnica . Isto é o que com certeza aconteceria se o Brasil fosse um país sério e o sistema político ao invés do presidencialismo imperial fosse uma democracia parlamentarista, onde os governos que não contam com maioria parlamentar de verdade e apoio do povo acaba caindo e novas eleições são convocadas.

Quais os fatores que estão colocando o Governo Dilma na berlinda, indagarão os leitores e eleitores. Existem várias razões, a começar pelo fiasco na área econômica, financeira e orçamentária. O seu primeiro mandato foi um rosário de incompetência, casuísmo e medidas contraditórias, levando o Brasil para o fundo do poço, com baixos índices de crescimento do PIB, inflação em alta, juros em alta, aumento assustador do endividamento público, aumento do deficit público, deficit na balança comercial, política cambial sem efetividade, descontrole das contas públicas.

Neste início de segundo mandato, apesar da troca da equipe econômica, este quadro está se deteriorando de forma rápida, com perspectivas de aumento do desemprego, da queda de arrecadação , do aumento acelerado dos juros, da inflação, do endividamento das famílias, aumento rápido da dívida pública e da dívida externa privada, ao aumento absurdo das tarifas e preços administrados como da energia, água, combustíveis, transporte público.

Nos aspectos sociais a insatisfação de todos os setores, incluindo empresários, servidores públicos, trabalhadores do setor privado, dos movimentos sindicais e sociais estão conduzindo para greves em vários setores, inclusive dos caminhoneiros e de outros que já se articulam para paralisações e protestos de rua, como os convocados para a próxima semana pelas centrais sindicais para protestarem contra as mudanças das regras trabalhistas e setores diversos que desejam o ‘impeachment’ da Presidente.

Para completar este quadro de crise, o Governo Dilma não tem conseguido dialogar nem com os partidos e o Congresso Nacional, onde tem acumulado algumas derrotas emblemáticas, como para as Presidências da Câmara e do Senado e a mais recente, desta semana quando o Presidente do Senado teceu várias críticas em relação a uma Medida Provisória que eleva as alíquotas de impostos sobre folha de pagamento e a considerou inconstitucional, devolvendo-a ao Poder Executivo.
Há poucos dias, quando ocorreu um empate em uma votação no plenário do STF diversos ministros da mais alta corte de justiça do país teceram críticas pesadas á presidente Dilma pelo fato de que passados mais de sete meses da aposentadoria do ex-ministro Joaquim Barbosa o Poder Executivo ainda não apresentou um novo nome para ser sabatinado pelo Senado e ser nomeado para o STF. Alguns ministros chegaram a dizer que isto é um desrespeito ao Poder Judiciário por parte da Presidente e uma forma de atrapalhar o desempenho daquela corte.

Em meio a tudo isso, o escândalo da roubalheira na PETROBRAS continua sangrando o governo, principalmente pelas denúncias de dirigentes de grandes empreiteiras, que até pouco tempo tinham livre acesso aos gabinetes do Palácio do Planalto e, imagina-se, sabem bem os meandros da corrupção dentro e fora do Governo.

Finalmente, a pá de cal nesta berlinda vem do exterior, onde o governo brasileiro a cada dia é visto de forma mais negativa, seja pelos investidores, seja pelas agências de classificação e também pela mídia. Há muito tempo o Brasil não estava tão ruim na foto. Ainda bem que eu não votei em Dilma e não tenho do que me arrepender! Muita gente começa a dizer que o Brasil está afundando, salve-se quem puder!

Juacy da Silva é professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. E:mail: professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy


http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/60/materia/443891/t/governo-dilma-na-berlinda

« Última modificação: 07 de Fevereiro de 2016, 08:23:29 por JJ »

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #370 Online: 07 de Fevereiro de 2016, 08:22:32 »
"Técnica deste time de várzea"


Gostei dessa.    :hihi:

Offline MarcoPolo

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #371 Online: 07 de Fevereiro de 2016, 21:26:09 »
Poucas vezes foi tão fácil ligar o mandatário da nação a uma sequência de desastratres que acabaram por afundá-la. Existem vários casos, mas vamos analisar a energia.

1- Dilma tenta conter a inflação já ascedente através do controle dos preços da gasolina e energia elétrica.
2- A Petrobrás se endivida de maneira descontrolada e irreversível
3- O Alcool deixa de ser competitivo. Centenas de usinas falem ou entram em recuperação judicial.
4- O BNDES havia emprestado bilhões a essas usinas, valores que já começam a ser provisionados como prejuízo.
5- Milhares e milhares de emprego são destruidos junto com as usinas.
6- Sem dinheiro para investir, as elétricas são obrigadas a comprar energia gerada por combustíveis fósseis
7- As elétricas não poderiam repassar os custos do aumento. Bilhões foram emprestados a custo subsidiado pelo BNDES.
8- A seca deixa a situação insustentável para as elétricas
9- O endividamento sem precendentes e corrupção fazem com que a Petrobras tenha que repassar os preços

Consequências, Dilma:

1- Destruiu a Petrobras
2- Destruiu o setor elétrico
3- Criou um rombo no BNDES
4- Destruiu o setor alcoleiro gerando milhares de desempregos
5- Aumentou os preços justamente quando o petróleo está em sua baixa histórica e poderia ser um fator de contenção da inflação e aumento de competitividade
6- O mesmo com a energia elétrica
7- Aumentou a inflação
8- Foi reeleita a partir da destruição da economia


Claro que ninguém defende mais a Dilma nessa altura da crise, mas sinto falta das pessoas conectando os pontos da destruição que estamos enfrentando diretamente à mandatária da nação.

Offline Lorentz

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #372 Online: 07 de Fevereiro de 2016, 23:21:24 »
Mas do ponto de vista do governo, tudo foi um sucesso, pois conseguiram se reeleger 3 vezes.
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Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #373 Online: 10 de Fevereiro de 2016, 13:39:26 »
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País pode ter recessão inédita, diz estudo do Credit Suisse

A economia brasileira corre o risco de mergulhar em um período de três anos seguidos de contração, fato inédito desde 1901, início da série histórica.

Dados muito negativos de atividade econômica referentes ao fim de 2015 e o início deste ano têm levado as projeções de analistas para o desempenho do PIB em 2016 (Produto Interno Bruto) a continuar piorando.

O banco Credit Suisse esperava contração de 3,5% do PIB, mas agora já trabalha com número mais próximo de 4%, mesma estimativa da instituição para 2015. E, para 2017, projeta um terceiro recuo, entre 0,5% e 1%.

A última vez que o PIB encolheu por dois anos seguidos foi no biênio 1930-1931, quando a economia global passava por crise severa após a quebra da Bolsa de Nova York. Um período de três anos de contração nunca ocorreu.

SEM PRECEDENTES

Recessão atual caminha para ser a mais longa da história do país

O Itaú Unibanco anunciou na sexta (5) esperar contração de 4% do PIB em 2016. Antes, projetava recuo de 2,8%. Para 2017, estima expansão modesta de 0,3%.

A consultoria MB Associados trabalha com cenários alternativos: com e sem a presidente Dilma Rousseff.

Se a presidente deixar o governo, espera queda de 3% do PIB neste ano e expansão de 0,6% no próximo.

Caso Dilma sobreviva ao processo de impeachment, os números mudam para duas contrações de 4,1% e 1%.

"Não há nada nem de perto comparável à crise atual", diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, que acredita que o governo ainda não adotou mecanismos capazes de reverter esse quadro.

SEM PRECEDENTES

O ciclo recessivo longo tem mergulhado o país num cenário de grande incerteza, acentuado pela crise política doméstica e pela situação externa desfavorável, principalmente por causa dos riscos de desaceleração mais forte do que o esperado na China.

Esse contexto de poucos precedentes dificulta a projeção dos indicadores econômicos e sociais brasileiros.

"O fato de que nunca vimos isso antes dificulta muito a análise econômica", afirma Leonardo Fonseca, economista do Credit Suisse.

A equipe da instituição tem feito análises detalhadas da história de outros países que já viveram recessões prolongadas para ajudar na estimativa dos dados de atividade econômica brasileiros.

Descobriu, por exemplo, que nações cujos mercados de trabalho se comportam de forma semelhante ao brasileiro tiveram, em média, alta anual na taxa de desemprego de 2,9 pontos percentuais quando viveram contrações maiores que 2% por, pelo menos, dois anos seguidos.

O resultado ajuda a embasar a expectativa do Credit Suisse de que a taxa de desemprego —medida pela pesquisa Pnad Contínua (IBGE)—, que foi de 6,8% em 2014 e deve ter chegado a 8,3% em 2015, alcançará 13,5% em 2017.

O Itaú Unibanco também espera que o desemprego ultrapasse 13% no próximo ano. Segundo Felipe Salles, economista do banco, o cenário atual é de profunda incerteza para o Brasil e o mundo.

Mas ele ressalta que há sinais, ainda que incipientes, de que a piora da atividade doméstica pode estancar nos próximos meses.

Salles cita os indicadores de confiança de consumidores e empresários que subiram em janeiro, embora permaneçam em nível muito baixo em termos históricos.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1737586-pais-pode-ter-recessao-inedita-diz-estudo-do-credit-suisse.shtml

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Já tô até começando a me sentir como se estivesse chutando cachorro morto, principalmente porque, de uma hora pra outra, não temos mais defensores do governo entre nós.
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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #374 Online: 13 de Fevereiro de 2016, 20:47:22 »
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