Autor Tópico: Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo  (Lida 24620 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #326 Online: 19 de Janeiro de 2016, 11:22:04 »
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FMI piora projeções para o Brasil e deixa de ver crescimento em 2017

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de contração da atividade econômica brasileira em 2016 e não vê mais retomada do crescimento em 2017, o que vai pesar sobre a economia mundial como um todo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer retração de 3,5% este ano, ante projeção de contração de 1% feita em outubro. Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo de queda de 3% antes, segundo atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgada nesta terça-feira (19).

Já em 2017, o FMI aponta que o Brasil deve registrar estagnação econômica, deixando de ver expansão de 2,3% como antes.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/fmi-piora-projecoes-para-o-brasil-e-deixa-de-ver-crescimento-em-2017.html

PIB cair quase 10% em dois anos é pouco, tem que cair mais. Tem que falir o país de vez, tem que quebrar tudo. Tem que ter desemprego em 30% e inventar mais uns 15 impostos parecidos com a CPMF. Tem que aumentar o número de ministérios, inventar novos benefícios para os políticos e duplicar os cargos comissionados.

Com tudo isso, talvez, o brasileiro acorde. Talvez.

"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline DDV

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #327 Online: 19 de Janeiro de 2016, 12:04:09 »
Há algum meio de evitar que o governo crie mais impostos para compensar a "perda" de arrecadação provocada pela recessão?

Tipo...o governo arrecada 2 trilhões, mas a economia retraiu e ele só arrecadou 1,5 trilhão. Tem como impedir que essa praga aumente impostos para "repôr" esses 500 bilhões?
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Geotecton

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #328 Online: 19 de Janeiro de 2016, 12:32:00 »
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FMI piora projeções para o Brasil e deixa de ver crescimento em 2017

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de contração da atividade econômica brasileira em 2016 e não vê mais retomada do crescimento em 2017, o que vai pesar sobre a economia mundial como um todo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer retração de 3,5% este ano, ante projeção de contração de 1% feita em outubro. Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo de queda de 3% antes, segundo atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgada nesta terça-feira (19).

Já em 2017, o FMI aponta que o Brasil deve registrar estagnação econômica, deixando de ver expansão de 2,3% como antes.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/fmi-piora-projecoes-para-o-brasil-e-deixa-de-ver-crescimento-em-2017.html

PIB cair quase 10% em dois anos é pouco, tem que cair mais. Tem que falir o país de vez, tem que quebrar tudo. Tem que ter desemprego em 30% e inventar mais uns 15 impostos parecidos com a CPMF. Tem que aumentar o número de ministérios, inventar novos benefícios para os políticos e duplicar os cargos comissionados.

Com tudo isso, talvez, o brasileiro acorde. Talvez.

Se forem criadas mais benesses para o populacho, mesmo que leve à ruína econômica o país, não tenha dúvida que este bando de ladrões se re-elege.
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Offline Johnny Cash

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #329 Online: 19 de Janeiro de 2016, 13:33:12 »
Há algum meio de evitar que o governo crie mais impostos para compensar a "perda" de arrecadação provocada pela recessão?

Tipo...o governo arrecada 2 trilhões, mas a economia retraiu e ele só arrecadou 1,5 trilhão. Tem como impedir que essa praga aumente impostos para "repôr" esses 500 bilhões?

Não sei, mas seria interessante ter um modo de "fixar" as taxas relacionadas a impostos junto à aprovação do orçamento, ou talvez tornando obrigatório que o candidato estabeleça as taxas em plano orçamentário durante campanha eleitoral, não sendo depois alterável sem consequências mais drásticas ou penosas para o próprio arranjo político.

Em algum modo isso pode acabar sendo manipulável demais pelos opositores/golpistas, mas só vejo a parte de traçar metas rígidas vinculadas a concessões de outros "estágios de programas" ou até mesmo do mandato, como algo duro o bastante a ponto de fazer com que as pessoas tenham alguma disposição em cuidar bem do dinheiro dos outros.

Offline Gabarito

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #330 Online: 19 de Janeiro de 2016, 14:52:41 »

PIB cair quase 10% em dois anos é pouco, tem que cair mais. Tem que falir o país de vez, tem que quebrar tudo. Tem que ter desemprego em 30% e inventar mais uns 15 impostos parecidos com a CPMF. Tem que aumentar o número de ministérios, inventar novos benefícios para os políticos e duplicar os cargos comissionados.

Com tudo isso, talvez, o brasileiro acorde. Talvez.

Eu também tenho essa mesma impressão.
O que já aconteceu até aqui já seria suficiente para derrubar uns 20 governos.
Se fosse o contrário, com o PT na oposição, a fila já teria andado vários quarteirões.

Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #331 Online: 20 de Janeiro de 2016, 12:08:09 »
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Brasileiro está se endividando por causa da conta do supermercado
Pesquisa sobre crédito no país mostra que alimentação se tornou a principal responsável pela inadimplência no fim do ano passado.

Nada de luxo ou compra por impulso. Agora o brasileiro está se endividando por causa da conta do supermercado. Uma pesquisa sobre crédito no país mostra que a alimentação se tornou a principal responsável pela inadimplência no fim do ano passado.

O brasileiro estava se virando, esvaziando o carrinho, parcelando o supermercado, mas não teve jeito. É a inflação. Os preços dos alimentos subiram e a renda do brasileiro não acompanhou da mesma forma. Mas o que mais dificultou o pagamento das dívidas no geral, segundo o estudo, foi o desemprego.

Não tem nada de luxo. Pelo contrário. No carrinho só entram as coisas que a família está acostumada a comer. Ou nem isso mais. "Nossa, a gente corta o contra-filé, que não faltava na minha casa, agora é uma vez por semana”, diz a passadeira Conceição Bevilacqua.

Conceição não é a única e, mesmo assim, tem muita gente com dificuldade de pagar pela comida. Um levantamento do serviço central de proteção ao crédito mostrou que no último trimestre do ano passado, os gastos com alimentação foram os principais culpados pelas contas que os brasileiros não conseguiram pagar.

Ao todo, 18% das pessoas com dívidas disseram que esse foi o motivo da inadimplência. Vestuário e calçados também foram citados por 18% dos entrevistados. Em terceiro lugar, veio o pagamento de contas diversas.

O peso da alimentação entre os produtos que provocaram a inadimplência não mudou desde a última pesquisa. Já estava em 18%. Mas outros itens caíram. A compra de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, caiu de 24% para 16%. Isso mostra que as famílias estão fazendo o dever de casa. Estão cortando os gastos onde dá para cortar. Mas no prato é mais difícil.

O valor médio de uma compra em um supermercado, em São Paulo, caiu de R$ 49 para R$ 42 no último ano. "Qualidade envolve muito, mas de repente eu acho que a gente também tem que experimentar outras marcas e não ficar a vida inteira em uma só", diz a aposentada Silvia Francis.

"Eu procuro ver os preços melhores das coisas, substituir por outras marcas as mesmas coisas porque os preços estão altíssimos", diz a cabeleireira Edinilza Soares.
Essa mudança de hábitos é clara para quem trabalha no supermercado mostrado na roportagem. O gerente diz que o cliente não consegue encher o carrinho como antes.

"Ele já cortou o supérfluo, já diminuiu a quantidade, já trocou de marca, hoje ele está fazendo o quê? Pedindo para parcelar o cartão. Compra de R$ 50 pede para parcelar", explica o gerente Antonio de Sousa.

O pedido do cliente é uma ordem para o gerente que quer vender. “Eu parcelo em duas vezes, parcelei”, diz a dona de casa Maria Izabel de Oliveira .
A loja divide qualquer valor em duas vezes sem juros. Muitas redes estão fazendo isso. Ajuda. Mas não é solução.

O levantamento do SCPC mostrou também que o principal motivo para a inadimplência na compra de qualquer produto é o desemprego. No terceiro trimestre, 35% dos entrevistados atrasaram o pagamento porque ficaram sem trabalho. No quarto trimestre, foram 41%. "O desemprego, ele normalmente já aparece como a principal causa, só que ele aumentou muito como causa da inadimplência, exatamente por causa do mercado de trabalho que está bem pior, isso mostra realmente uma dificuldade muito grande do consumidor para pagar as suas contas num momento em que a renda está diminuindo, o desemprego está aumentando e os preços também estão aumentando", diz o economista Flávio Calife, da Boa Vista SCPC.

Depois do desemprego, o segundo motivo da inadimplência foi o descontrole financeiro, apontado por 23% dos entrevistados.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/01/brasileiro-esta-se-endividando-por-causa-da-conta-do-supermercado.html

#pobrenãocom... wait...
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Offline Gabarito

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #333 Online: 21 de Janeiro de 2016, 13:47:42 »
Quebrar a lojinha foi o aperitivo.
Quebrar o país está sendo o prato principal.
Quebrar a PTbras vem como sobremesa, com cereja, bolo e tudo o mais.

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Como Dilma quebrou sua loja de R$ 1,99 e um País
  N° Edição:  2390 |  18.Set.15 - 20:00 |  Atualizado em 21.Jan.16 - 13:31

Na década de 90, ela faliu duas lojinhas de bugigangas baratas. Vinte anos depois, a presidente mergulha o Brasil numa interminável crise político-econômica e marca sua gestão pela irresponsabilidade fiscal e falta de confiabilidade externa
Sérgio Pardellas (sergiopardellas@istoe.com.br)

Pão & Circo. Com esse nome sugestivo, alusivo à estratégia romana destinada a entreter e ludibriar a massa insatisfeita com os excessos do Império, a presidente Dilma Rousseff abriu em fevereiro de 1995 uma lojinha de bugigangas, nos moldes das populares casas de R$ 1,99. O negócio em gestação cumpriu a liturgia comercial habitual. Ao registro do CNPJ na Junta Comercial seguiu-se o aluguel de um imóvel em Porto Alegre, onde funcionava a matriz. Quatro meses depois, uma filial foi erguida no centro comercial Olaria, também na capital gaúcha. O problema, para Dilma e seus três sócios, é que a presidente cuidou da contabilidade da empresa como lida hoje com as finanças do País – recém-rebaixado pela agência de risco Standard & Poors por falta de confiabilidade. Em apenas 17 meses, a loja quebrou. Em julho de 1996, já não existia mais.


Como acontece no governo, Dilma terceirizou as tarefas principais da sua loja. O negócio durou 17 meses

Tocar uma lojinha de quinquilharias baratas deveria ser algo trivial, principalmente para alguém que 15 anos depois se apresentaria aos eleitores como a “gerentona” capaz de manter o Brasil no rumo do desenvolvimento. Mas, ao administrar a Pão & Circo, Dilma cometeu erros banais e em sequência. Qualquer semelhança com a barafunda administrativa do País atual e os equívocos cometidos na área econômica de 2010 para cá, levando ao desequilíbrio completo das contas públicas e à irresponsabilidade fiscal, é mera coincidência. Ou não.

Para começar, a loja foi aberta sem que os donos soubessem bem ao certo o que seria comercializado ali. Às favas o planejamento, primeiro passo para criação de qualquer negócio que se pretenda lucrativo. A empresa foi registrada para vender de tudo um pouco a preços módicos, entre bijuterias, confecções, eletrônicos, tapeçaria, livros, bebidas, tabaco e até flores naturais e artificiais. Mas a loja acabou apostando no comércio de brinquedos para crianças, em especial os do “Cavaleiros do Zodíaco”, série japonesa sucesso entre a meninada dos anos 90. Os artigos revendidos pela Pão & Circo eram importados de um bazar localizado no Panamá, para onde Dilma e uma das sócias, a ex-cunhada Sirlei Araújo, viajaram três vezes para comprar os produtos. As mercadorias eram despachadas de navio até Imbituba (SC) e seguiam de caminhão até a capital gaúcha.

Apesar de os produtos ali vendidos custarem bem pouco, o negócio de Dilma era impopular – como a presidente hoje, que ostenta míseros 7% de aprovação. Os potenciais clientes e até mesmo os comerciantes vizinhos reparavam na apresentação mal-acabada da loja, com divisórias de tábua de madeira. “Não entrava ninguém ali”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo Ênio da Costa Teixeira, dono de uma pizzaria próxima. Ao abrir a vendinha de importados, a presidente também não levou em conta um ensinamento básico do bom comerciante: “o olho do dono é que engorda o gado”. Segundo relato dos próprios sócios, Dilma aparecia na loja “eventualmente”. Preferia dar ordens e terceirizar as tarefas do dia a dia, situação bem semelhante ao contexto atual, em que delegou a economia ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy e a política ao vice Michel Temer, até este desistir da função dizendo-se boicotado pelo ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil.

Na sociedade da Pão&Circo, o equivalente ao Mercadante era Carlos Araújo, o ex-marido. Era Araújo quem aconselhava Dilma sobre como ela poderia turbinar as vendas. Mas o ex-conjuge se revelou tão inepto quanto o titular da Casa Civil. “Acho que ela não era do ramo”, afirmou o comerciante, André Onofre, dono de um café ao lado. Depois de tantas trapalhadas comerciais, não restou outro destino à lojinha de R$ 1,99 de Dilma senão a bancarrota.

Questionada sobre a mal sucedida experiência no mundo dos negócios, a Dilma comerciante lembrou mais uma vez a Dilma presidente. Há duas semanas, numa espécie de negação da realidade, a presidente rechaçou a “catástrofe” econômica vivida atualmente pelo Brasil. Ao se referir à lojinha, cinco anos atrás, a Dilma comerciante saiu-se com a seguinte pérola: “Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, o microempresário quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse País”. Ou seja, como boa petista, a presidente jogou a culpa em FHC pela malfadada experiência administrativa – que hoje, sabe-se, seria apenas a primeira. Com a agravante que a crise atual, também de sua inteira responsabilidade, atinge milhões de brasileiros. A outra teve alcance bem restrito, afetando somente o seu bolso e as economias de seus sócios. Bem, de todo modo, se Dilma atribui a falência à relação dólar/Real no período em que o negócio esteve em funcionamento, com todo respeito, ela comete um grave erro matemático. Dilma administrou seu comércio de quinquilharias importadas no melhor momento da história do Brasil para se gerir esse tipo de negócio — quando o Real estava valorizado em relação ao dólar. No ano e mês em que a Pão&Circo foi criada – fevereiro de 1995 – o dólar valia R$ 0,8. Quando quebrou, a moeda americana ainda não passava de R$ 1.

O negócio tocado pela então política filiada ao PDT fechou as portas em julho de 1996. Três anos depois ao encerramento da casa de bugigangas em Porto Alegre, Dilma assumiria o cargo de secretária de Minas e Energia na gestão Olívio Dutra (1999-2002). O resto da história, todos sabem.

Foto: Flávio Florido/Folhapress

Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #334 Online: 21 de Janeiro de 2016, 17:52:55 »
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Novo ICMS gera fechamento de uma empresa por minuto

Brasília - A medida adotada pelo Confaz, que alterou as regras de recolhimento do ICMS nas operações de vendas interestaduais, está gerando o fechamento de uma empresa por minuto no Brasil.

A informação foi dada por representantes de entidades ligadas ao comércio e às micro e pequenas empresas, na reunião de hoje com técnicos do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Ministério da Fazenda. O encontro teve como objetivo pedir a suspensão imediata das exigências para as MPEs, que estão valendo desde o início do ano.

Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, as micro e pequenas empresas não podem esperar a próxima reunião do Confaz para que a medida seja revogada.

“Vamos entrar, o mais rápido possível, com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja cumprido o tratamento diferenciado que deve ser concedido às micro e pequenas empresas, como previsto na Constituição. Deixamos claro na reunião que não podemos ficar esperando. Os pequenos negócios têm que estar fora. É muito pouco de arrecadação para o estrago que vai se fazer com o fechamento de empresas”.

Desde o início do ano, o contribuinte passou a ser responsável pelo cálculo da diferença entre as alíquotas cobradas no estado de origem e na unidade de destino do produto.

A medida também obriga o empresário a se cadastrar no fisco do estado para o qual está vendendo, ou seja, o empresário terá que se registrar em até 27 secretarias de fazenda diferentes, além de gerar 4 guias a mais para cada nota fiscal emitida. A decisão afeta diretamente todas as empresas incluídas no Simples Nacional que fazem operações interestaduais.

http://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/noticia/2016/01/novo-icms-gera-fechamento-de-uma-empresa-por-minuto.html

Pouquíssimas, mas é irrelevante para a o ponto de haver legislações que criam mais dificuldades para o empreendedorismo.

Sei não...  ::)
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/colunistas/jose-dornelas/2015/04/06/brasil-e-o-pais-mais-empreendedor-do-mundo-mas-falta-inovacao.htm

::)
« Última modificação: 21 de Janeiro de 2016, 17:55:01 por Gaúcho »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #335 Online: 21 de Janeiro de 2016, 18:58:51 »
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Apesar de alarde quanto a "crise", país assiste a uma avançada taxa de renovação no empreendedorismo
Empresas antiquadas ficam mesmo para trás, e dão lugar a novos empreendedores. "Aqueles trazendo inovação têm maiores chances de sucesso", aponta economista da CUT.

As grandes forças do setor midiático, largamente desregularizado [...]

www.rede-brasil-171.com/tudovaibem/noticia.php?materia=naoexisteissodecrise


Offline Gabarito

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #336 Online: 21 de Janeiro de 2016, 19:11:48 »
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Apesar de alarde quanto a "crise", país assiste a uma avançada taxa de renovação no empreendedorismo
Empresas antiquadas ficam mesmo para trás, e dão lugar a novos empreendedores. "Aqueles trazendo inovação têm maiores chances de sucesso", aponta economista da CUT.

As grandes forças do setor midiático, largamente desregularizado [...]

www.rede-brasil-171.com/tudovaibem/noticia.php?materia=naoexisteissodecrise


"The Zoeira never ends".
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Offline Gabarito

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #337 Online: 21 de Janeiro de 2016, 19:36:30 »
O PT está conseguindo.
Regresso aos anos 90.
O que o Plano Real significou de conquistas e ordem na economia, está sendo roído, materlado, moído e pisoteado pela incompetência galopante.
O caminhão AINDA está descendo a ladeira sem freios.
Ou seja, vai piorar, pois a senhora DuChefe continua desmantelando tudo.

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Dólar chega a R$4,17

É a maior cotação desde o plano real.

E agora? O BC vai torrar o que resta das reservas pra segurar?

Já já o dólar vale uma ação da Petrobras... o que não é muita coisa também.

http://economia.estadao.com.br/noticias/mercados,bolsas-asiaticas-caem--influenciadas-por-toquio-e-temor-sobre-crescimento-global,1823830


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #338 Online: 21 de Janeiro de 2016, 20:50:04 »
Para quem duvidava que a coisa ainda ficaria muito pior, e podem acreditar que nem chegamos ao meio da crise.

Se essa louca maldita metesse uma bala na própria cabeça faria uma única coisa decente na vida.


Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #339 Online: 22 de Janeiro de 2016, 10:04:46 »
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País deve encerrar o ano com 1,4 mi de vagas formais de trabalho a menos

O Brasil deve perder cerca de 1,4 milhão de postos formais de trabalho até o fim deste ano, após encerrar 2015 com um saldo negativo de 1,6 milhão, de acordo com estimativas da consultoria LCA.

Pelas previsões, a indústria ficará com cerca de 558 mil postos a menos, liderando entre os setores com maiores baixas no número de vagas.

Desde 1999, o país não tinha um segundo ano seguido com fechamento líquido de empregos, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

"Os números também são mais impactantes que naquela época, mas hoje o estoque de vagas formais é maior do que nos anos 1990. Parte dos registrados foi devolvida à informalidade", lembra Fabio Romão, economista da LCA.

Em boa medida, segundo a consultoria, esse resultado aconteceu porque o setor de serviços vinha de bons resultados. "Mas tudo passou a piorar rapidamente. É uma reação às baixas dos outros setores e à perda de renda."

As projeções da consultoria apontam que o rendimento médio do brasileiro deve ter neste ano a segunda baixa consecutiva -retração de 2,5%, depois de fechar o ano passado com queda de 3,9%.

Apesar de liderar a perda de vagas, a indústria é o segmento com maior capacidade de reação, diz Romão.

"Em 2008, muitos postos sumiram, mas naquele período ficou claro que os efeitos da crise mundial não seriam severos no Brasil e se contratou de novo em 2009 e 2010."

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2016/01/1731754-pais-deve-encerrar-o-ano-com-14-mi-de-vagas-formais-de-trabalho-a-menos.shtml

#pobrenãocomeemprego
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #340 Online: 22 de Janeiro de 2016, 20:42:58 »
Não entendo de economia, mas pelo que entendi...

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/01/22/usar-reservas-cambiais-pode-ser-uma-hipotese-diz-dilma/

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Usar reservas cambiais pode ser uma hipótese, diz Dilma

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A presidente Dilma Rousseff não é a favor, mas não é contra o uso das reservas cambiais do Brasil, hoje acima de US$ 360 bilhões. Agora não seria a hora. Mas “tem momentos em que isso possa vir a ser colocado como uma hipótese”, afirmou em entrevista hoje (22.jan.2016) ao UOL, em seu gabinete no Palácio do Planalto.

A maioria dos integrantes da equipe econômica já se manifestou contrária ao uso das reservas. Mas há uma corrente silenciosa no governo que defende, se diversas iniciativas falharem na reativação do crescimento, que os dólares da reserva sirvam para irrigar as atividades e fazer o Brasil sair da recessão.


Se não me engano, e já comentei por aqui em outros tópicos, usar essas reservas foi a última coisa que o Sarney fez antes de afundar o país na merda para manter um plano econômico de véspera de eleição.

O país estava endividado e o cara usou essas reservas para comprar até tampinhas de garrafas, deu no que deu.

Situação atual: O país está na merda e querem usar essas reservas, ou seja, torrar ainda mais grana que seria o último passo para hiperinflação se detonarem até essas reservas.

Errei? Entendi mal e falei asneira?

Quem pode responder?




Offline Gabarito

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #341 Online: 25 de Janeiro de 2016, 09:32:32 »

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #342 Online: 25 de Janeiro de 2016, 10:15:16 »
Não entendo de economia, mas pelo que entendi...

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/01/22/usar-reservas-cambiais-pode-ser-uma-hipotese-diz-dilma/

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Usar reservas cambiais pode ser uma hipótese, diz Dilma

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A presidente Dilma Rousseff não é a favor, mas não é contra o uso das reservas cambiais do Brasil, hoje acima de US$ 360 bilhões. Agora não seria a hora. Mas “tem momentos em que isso possa vir a ser colocado como uma hipótese”, afirmou em entrevista hoje (22.jan.2016) ao UOL, em seu gabinete no Palácio do Planalto.

A maioria dos integrantes da equipe econômica já se manifestou contrária ao uso das reservas. Mas há uma corrente silenciosa no governo que defende, se diversas iniciativas falharem na reativação do crescimento, que os dólares da reserva sirvam para irrigar as atividades e fazer o Brasil sair da recessão.


Se não me engano, e já comentei por aqui em outros tópicos, usar essas reservas foi a última coisa que o Sarney fez antes de afundar o país na merda para manter um plano econômico de véspera de eleição.

O país estava endividado e o cara usou essas reservas para comprar até tampinhas de garrafas, deu no que deu.

Situação atual: O país está na merda e querem usar essas reservas, ou seja, torrar ainda mais grana que seria o último passo para hiperinflação se detonarem até essas reservas.

Errei? Entendi mal e falei asneira?

Quem pode responder?



Fiz uma rápida busca sobre isso e não encontrei nada semelhante, o que encontrei foi sobre queda nas reservas (ocasionada por deterioração em balança de pagamentos), mas nada tendo a ver  com a ideia atual de usar reservas para reativar a economia.

Tem isso aqui por exemplo:

"O Plano Cruzado não apenas fracassou, como dele resultaram muitas ações judiciais até hoje em curso, na qual cidadãos comuns exigem de bancos e governos a reparação das perdas monetárias sofridas. "Cada brasileira ou brasileiro será um fiscal dos preços em qualquer lugar do mundo. Ninguém poderá, a partir de hoje, praticar a industria da remarcação. O estabelecimento que o fizer poderá ser fechado, e esta prática ensejará a prisão dos representantes"

O Plano Cruzado também teve como resultado uma deterioração na balança de pagamentos do país com a consequente queda nas reservas internacionais. Sem condições para honrar os compromissos externos, o Brasil teve que decretar a moratória da dívida externa em 1987."

https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Cruzado



Você poderia indicar algum artigo sério sobre o  possível caso que você fez referência ?






« Última modificação: 25 de Janeiro de 2016, 10:19:19 por JJ »

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #343 Online: 25 de Janeiro de 2016, 10:22:34 »
Achei mais isso :


Governo José Sarney

Publicado por: Rainer Gonçalves Sousa em Brasil Atual


O governo de José Sarney foi inicialmente marcado pela frustração político-ideológica da volta à democracia com a morte de Tancredo Neves. Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos da ditadura. Historicamente ligado às tradicionais oligarquias nordestinas, o governo José Sarney tinha a difícil missão de recuperar a economia brasileira sem abrir mão dos privilégios das elites que apoiavam.

Buscando contornar a crise da economia, Sarney montou uma equipe econômica contrária a antiga política econômica do período militar. A nova equipe foi responsável pela criação, em 1986, do Plano Cruzado. Adotando políticas de controle dos salários e dos preços, o governo esperava conter o desenfreado processo de inflação que assolava a economia brasileira. No primeiro instante, os objetivos desse plano foram alcançados: a inflação atingiu valores negativos, o consumo aumentou e os fundos aplicados foram lançados na economia.

Alguns meses mais tarde, a euforia de consumo levou o plano à falência. A estabilização forçada dos preços retraiu os setores produtivos e acabou fazendo com que os bens de consumo desaparecessem das prateleiras dos supermercados e das empresas. Muitos fornecedores passaram a cobrar um ágio sob a obtenção de determinados produtos. Além disso, as reservas cambiais do país foram empregadas na obtenção das mercadorias essenciais que desapareceram da economia nacional.


A fuga das reservas motivou um processo de crise econômica marcado pela moratória, ou seja, o não pagamento dos juros da dívida externa brasileira. Não suportando mais tal conjunto de medidas, o controle dos preços foi eliminado e assim a inflação voltava a disparar. Mesmo ainda tentando novos planos (Bresser, 1987; e Verão, 1989) a economia brasileira não conseguia vencer seu problema inflacionário. No ano de 1989, a inflação anual já alcançava 1764%.


A ineficiência do campo econômico, só não ganhou maior destaque na época devido às movimentações políticas em torno da Constituição de 1988. Esperada como uma nova lei que acabasse com os últimos entraves do sistema repressivo militar e garantisse as liberdades civis e políticas, a nova constituição ofereceu ganhos significativos nas questões das liberdades e dos direitos individuais.


Em contrapartida, essa nova constituição criou um grande problema judiciário devido a sua extensão e riqueza de detalhes. Muitos aspectos da economia, dos poderes instituídos e alguns grupos da sociedade foram prejudicados com o aspecto eminentemente burocrático da constituição. Além disso, sua infinitude de artigos abriu brechas para a contradição das diretrizes constitucionais.


Mesmo com tais problemas, a nova carta reintroduziu a população ao jogo político nacional e garantiu o estabelecimento de princípios democráticos. No ano de 1989, uma nova eleição presidencial inaugurou o período da Nova República com a eleição de Fernando Collor de Mello.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/governo-jose-sarney.htm




Pelo visto ouve uso de reservas para comprar mercadorias.  Mas é bom lembrar que o valor das reservas em dólares naquela época eram muito menores do que hoje.





« Última modificação: 25 de Janeiro de 2016, 10:26:56 por JJ »

Offline JJ

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #344 Online: 25 de Janeiro de 2016, 10:30:08 »
Edmar Bacha: Pau nas reservas? Que má ideia!

  12 de janeiro de 2016   

Artigos e ComentáriosBanco Central, despesas correntes, Edmar Bacha, Globo, pedaladas, reservas internacionais, tesouro

No final do ano passado, o governo editou uma medida provisória que permitiu ao ministro da Fazenda pagar de uma só vez as chamadas pedaladas fiscais de 2014, usando o dinheiro que o Tesouro Nacional mantém no Banco Central (BC). As pedaladas originaram-se de pagamentos feitos pelos bancos oficiais a beneficiários de programas do governo que não foram devidamente ressarcidos pelo Tesouro na época oportuna.

A maneira natural de o Tesouro obter recursos para ressarcir os bancos oficiais pelas pedaladas seria através da colocação de novos títulos de dívida diretamente no mercado, sem envolver o BC. Em vez disso, o governo editou a medida provisória cancelando leis anteriores que previam que o caixa do Tesouro no BC deveria ser usado preferencialmente para pagar dívida do Tesouro com o próprio BC. Deste modo, o Tesouro pôde usar o dinheiro que tinha no BC para pagar os bancos oficiais que haviam financiado as pedaladas. Os bancos, é claro, não deixam esse dinheiro parado, sem render juros.

Usam o dinheiro para comprar títulos do Tesouro no Banco Central, nas chamadas operações compromissadas. Através delas, o BC recolhe o dinheiro dos bancos e, em contrapartida, repassa a eles títulos do Tesouro, com um compromisso de recompra futura. Ou seja, quem se endivida com o mercado para pagar as pedaladas é o Banco Central, e não o Tesouro diretamente. Trata-se de uma operação tortuosa, obscura e quiçá inconstitucional. Agora circula em Brasília a proposta de tentar reativar a economia com a venda das reservas internacionais para financiar um aumento dos gastos do governo.

Convém explicar por que isso também não faz qualquer sentido, antes que mais esse atentado contra as finanças públicas do país seja perpetrado. O BC tem atualmente US$ 373 bilhões de reservas internacionais. Ao mesmo tempo, ele deve US$ 113 bilhões através dos chamados swaps cambiais. Esses são contratos financeiros entre o BC e os bancos, em que o BC troca o principal e os juros em dólar pelo principal mais os juros em reais. O BC tem ganhos se os juros em reais superam a depreciação cambial. Tem perdas se a depreciação supera os juros em reais.

Os swaps cambiais são possíveis porque os bancos entendem que eles estão assegurados pelas reservas internacionais do BC. De fato, eles são uma dedução das reservas internacionais. Diminuindo os swaps das reservas, o valor que fica são US$ 260 bilhões de reservas internacionais efetivas. As normas prudenciais a respeito da manutenção de reservas internacionais sugerem que elas devam ter um valor equivalente a seis meses de importação, para evitar que o país pare, no caso de uma queda súbita das exportações ou de uma suspensão de créditos externos.

Como as importações anuais do país são cerca de US$ 300 bilhões, isso significa que as reservas prudenciais de que necessitamos são iguais a US$ 150 bilhões. Portanto, o excesso das reservas efetivas sobre as reservas prudenciais é igual a 260 menos 150, ou seja, US$ 110 bilhões. Deste modo, o valor das reservas que o governo poderia em princípio pensar em dispor seria de US$ 110 bilhões, apenas 30% das reservas de US$ 373 bilhões, mas ainda assim um valor significativo. Considere-se, entretanto, que as reservas são um ativo que o governo adquiriu com a emissão de dívida interna.

Para comprar as reservas, o governo teve que vender títulos no mercado interno. O razoável, portanto, seria que a receita obtida com a venda de US$ 110 bilhões das reservas fosse usada para abater a dívida interna. Haveria, nesse caso, uma economia considerável de pagamento de juros por parte do governo. Supondo que a diferença entre os juros pagos sobre a dívida interna e os recebidos pelas reservas seja de 10% ao ano e que a taxa de câmbio seja igual a R$ 4 por dólar, então a economia anual de juros seria de R$ 44 bilhões de reais (pois: 110 x 0,10 x 4 = 44).

Essa seria uma economia que se repetiria todo ano, dependendo da diferença entre os juros internos e externos, ajudando as contas do governo e a rolagem da dívida interna, que seria menor do que antes. O problema é que querem gastar o dinheiro da venda das reservas não para reduzir a dívida interna, mas para aumentar a despesa do governo, o que é uma péssima ideia.

O pior dos mundos seria usar as reservas para aumentar as despesas correntes do governo, porque estaríamos trocando um ativo valioso por um gasto temporário sem retorno. Se for para despesas de capital, também seria ruim, porque, embora essas despesas aumentem a demanda interna de imediato, não são um impulso que possa se manter à frente, porque as reservas acabariam. A demanda aumentaria num ano, para reduzir-se novamente no ano seguinte. Muito provavelmente, a ponte ficaria pela metade. Perderíamos as reservas e continuaríamos no fundo do poço.

Edmar Bacha é sócio fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças


http://www.pps.org.br/2016/01/12/edmar-bacha-pau-nas-reservas-que-ma-ideia/


« Última modificação: 25 de Janeiro de 2016, 10:43:10 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #345 Online: 25 de Janeiro de 2016, 12:44:52 »
Não entendo de economia, mas pelo que entendi...

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/01/22/usar-reservas-cambiais-pode-ser-uma-hipotese-diz-dilma/

Citar
Usar reservas cambiais pode ser uma hipótese, diz Dilma

Citar
A presidente Dilma Rousseff não é a favor, mas não é contra o uso das reservas cambiais do Brasil, hoje acima de US$ 360 bilhões. Agora não seria a hora. Mas “tem momentos em que isso possa vir a ser colocado como uma hipótese”, afirmou em entrevista hoje (22.jan.2016) ao UOL, em seu gabinete no Palácio do Planalto.

A maioria dos integrantes da equipe econômica já se manifestou contrária ao uso das reservas. Mas há uma corrente silenciosa no governo que defende, se diversas iniciativas falharem na reativação do crescimento, que os dólares da reserva sirvam para irrigar as atividades e fazer o Brasil sair da recessão.


Se não me engano, e já comentei por aqui em outros tópicos, usar essas reservas foi a última coisa que o Sarney fez antes de afundar o país na merda para manter um plano econômico de véspera de eleição.

O país estava endividado e o cara usou essas reservas para comprar até tampinhas de garrafas, deu no que deu.

Situação atual: O país está na merda e querem usar essas reservas, ou seja, torrar ainda mais grana que seria o último passo para hiperinflação se detonarem até essas reservas.

Errei? Entendi mal e falei asneira?

Quem pode responder?



Fiz uma rápida busca sobre isso e não encontrei nada semelhante, o que encontrei foi sobre queda nas reservas (ocasionada por deterioração em balança de pagamentos), mas nada tendo a ver  com a ideia atual de usar reservas para reativar a economia.

Tem isso aqui por exemplo:

"O Plano Cruzado não apenas fracassou, como dele resultaram muitas ações judiciais até hoje em curso, na qual cidadãos comuns exigem de bancos e governos a reparação das perdas monetárias sofridas. "Cada brasileira ou brasileiro será um fiscal dos preços em qualquer lugar do mundo. Ninguém poderá, a partir de hoje, praticar a industria da remarcação. O estabelecimento que o fizer poderá ser fechado, e esta prática ensejará a prisão dos representantes"

O Plano Cruzado também teve como resultado uma deterioração na balança de pagamentos do país com a consequente queda nas reservas internacionais. Sem condições para honrar os compromissos externos, o Brasil teve que decretar a moratória da dívida externa em 1987."

https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Cruzado



Você poderia indicar algum artigo sério sobre o  possível caso que você fez referência ?








Não tenho fontes, eu vivi a época e falo do que lembro que era publicado nos jornais impressos da época já que não existia internet.

O imbecil tabelou preços, mas como vc sabe existem preços que dependem do dólar como petróleo, gás importado, químicos industriais....

Ficou impossível para muitas empresas manter preços tabelados quando o próprio FDP subia a gasolina, diesel  e tarifas públicas três vezes por semana.

Um monte delas faliram, principalmente as que dependem de derivados do petróleo, químicos e plásticos, os produtos sumiram das prateleiras e para ganhar a eleição seguinte esse corno maldito do Sarney, o segundo maior parasita que já existiu no Brasil, começou a usar reservas para comprar até tampinha de garrafa.

Não é modo de dizer, onde vc lê "produtos essenciais" no seu link pode entender com tampinhas de garrafas, papel jornal, alimentos em geral.

Hoje o Brasil tem 360 bilhões em reservas? Grande merda, isso evapora em dois meses.

Offline Gaúcho

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #346 Online: 28 de Janeiro de 2016, 10:40:25 »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline -Huxley-

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #347 Online: 28 de Janeiro de 2016, 23:51:04 »
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/politica/cinco-cenarios-para-a-politica-em-2016-do-apocaliptico-ao-mais-otimista

Mais um artigo humorístico do Narloch. Foi publicado há um mês. O cenário superotimista animaria até o forista Libertário :histeria:


Cinco cenários para a política em 2016 (do apocalíptico ao mais otimista)

Como será 2016 (e os anos seguintes) se fracassarmos – ou se tivermos uma tremenda sorte

1. Superpessimista

Dilma cai, Temer assume em aliança com o PSDB. Na primeira tentativa de reforma fiscal e trabalhista, espalha-se pelo país uma onda de manifestações, ocupações de escolas e invasões de MST. Jovens ocupam o Palácio do Planalto por 80 dias. Ao reintegrar a posse, a polícia fere cinco estudantes, motivando protestos com mais de 10 milhões de pessoas pelo país. Acuado, Temer renuncia. Convocam-se novas eleições. Durante o discurso de posse, que coincide com a abertura das Olimpíadas, a presidente Luciana Genro cita Hugo Chávez. O ministro do Trabalho, Leonardo Sakamoto, eleva o salário mínimo para 8 mil reais e determina o confisco dos bens de empregadores denunciados por qualquer irregularidade trabalhista. O desemprego vai a 85%. “Classe C financia mudança para Miami em dez vezes no cartão”, dizem os jornais em dezembro.  Uma votação online escolhe a música “O meu guri”, de Chico Buarque, o novo Hino Nacional.

2. Pessimista

Dilma fica. Leva o ajuste fiscal nas coxas, como em 2015. A Lava Jato não chega em Lula, que constrói a narrativa de ter passado a limpo pela investigação mais rigorosa da história deste país. Em 2017, o governo enfim dá um sinal claro de que está comprometido com o equilíbrio das contas. Vende os Correios, a participação da Infraero nos aeroportos e ações da Vale. Investidores acham que o pior já passou e voltam ao Brasil. O PIB sobe 3,8% entre julho de 2017 e de 2018; a popularidade de Dilma acompanha. Durante a campanha presidencial, alguém na internet reclama que nordestinos só votam no PT. O partido se aproveita do conflito. Ressentidos com os paulistas, nordestinos votam em peso no PT. Jaques Wagner ganha a eleição com uma vantagem de 4% sobre Aécio.

3. Realista

A permanência de Dilma custa ao país o retorno dos indicadores sociais aos níveis de 2002. Em 2018, Aécio ganha, mas sem maioria do Congresso, e ainda tendo que equilibrar as contas.

4. Otimista

Dilma cede à pressão do baixo clero do PT e abandona o ajuste fiscal. Nelson Barbosa pede para sair; Luiz Gonzaga Belluzzo assume o Ministério da Fazenda. Em março, com o dólar a 9 reais, Renan Calheiros abandona o governo e faz as pazes com Temer. Na véspera da votação do impeachment, Luciana Lóssio, ministra do TSE, sai de cima da investigação sobre a campanha de Dilma e Temer. Os dois têm o mandato cassado e Aécio assume. Armínio Fraga entra no Ministério da Fazenda, Gustavo Franco volta ao Banco Central. O índice Bovespa fecha o ano com valorização de 90%. José Serra se filia ao PSB e afirma que se será candidato à presidência em 2018. Sua meta é baixar a taxa de juros.

5. Superotimista

Para desviar a atenção da crise e do processo de impeachment, Dilma declara guerra à Inglaterra e invade as Falklands. Em resposta, o primeiro-ministro David Cameron bombardeia Brasília. Ninguém morre (a cidade havia sido evacuada), mas todos os edifícios de Niemeyer na capital são destruídos. O Brasil se rende em três dias. Enquanto isso, na Inglaterra, o Daily Mail descobre que Margaret Thatcher não morreu em 2013 – está viva, saudável e disposta a assumir o poder da nova colônia inglesa. Sob as ordens da Dama de Ferro, o Brasil privatiza até a Previdência Social. O Ministério da Educação aprova a base nacional curricular com apenas uma exigência: estudar inglês doze horas por semana. O Brasil adota a Union Jack, bandeira do Reino Unido, e em cinco anos supera Singapura como o melhor lugar do mundo para se fazer negócios.

@lnarloch
« Última modificação: 28 de Janeiro de 2016, 23:58:49 por -Huxley- »

Offline Lorentz

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #348 Online: 29 de Janeiro de 2016, 11:02:27 »
No ritmo que vão as coisas, a versão superotimista é mais plausível que a Pessimista (votar em peso no PT).
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Offline Cumpadi

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Re:Crises Econômica e Política - O rastro e o rombo que Dilma vai fazendo
« Resposta #349 Online: 29 de Janeiro de 2016, 13:18:10 »
Se na versão otimista/realista o Aécio é o próximo presidente, salve-se quem puder.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

 

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